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- Capítulo 482 - 482 O Banquente 1 482 O Banquente 1 Sua graça Princesa
482: O Banquente 1 482: O Banquente 1 “Sua graça,” Princesa Isadora cumprimentou Rosalinda com um sorriso que brilhava como gotas de orvalho numa manhã ensolarada.
“Sua Alteza,” Rosalinda retribuiu o sorriso caloroso, seus olhos varrendo graciosamente a assembleia de mulheres nobres que estava atrás da Princesa. Cada uma delas exalava uma aura de elegância, e sua presença era tão cativante quanto uma sinfonia de estrelas no céu noturno.
O olhar de Rosalinda então se desviou para a majestosa propriedade que se erguia atrás das mulheres como uma obra de arte de tirar o fôlego. Este era o renomado Palácio da Princesa, uma maravilha requintada situada além dos limites do terreno real principal. Os rumores a tinham pintado como um lugar feito sob medida para espelhar os próprios gostos encantadores da Princesa.
“Muito obrigada por nos honrar com sua presença,” disse Princesa Isadora com um toque de reverência, guiando Rosalinda por um caminho que levava ao lado direito do palácio. Logo chegaram a uma visão pitoresca — um lago magnífico e artificial. Suas águas cintilavam como safiras líquidas sob a luz do sol, refletindo a beleza dos arredores com uma graça etérea.
O coração de Rosalinda se encheu de admiração e gratidão. “É uma grande honra ter visitado este lugar,” ela falou sinceramente, seus olhos se fixando em uma charmosa ponte que as convidava para uma área de assentos pequena e encantadora situada no meio do lago.
Este assento coberto era um epítome de elegância, projetado para acomodar até trinta pessoas. Mesas delicadas adornadas com buquês de flores vibrantes preenchiam o espaço, criando uma atmosfera de puro encantamento.
A Princesa observou a admiração de Rosalinda com um sorriso compreensivo. “Você já ouviu falar deste lugar antes?” ela perguntou gentilmente, seus olhos brilhando de curiosidade.
“Com efeito,” Rosalinda respondeu com um toque de nostalgia. “As histórias de sua especial afeição por flores amarelas foram tecidas nas próprias canções que as crianças cantam nas ruas movimentadas.” Suas palavras eram verdadeiras, mas ela as ouviu em sua vida passada e não nesta vida.
Logo se acomodaram nos assentos adornados. Assim como Rosalinda esperava, as mulheres nobres exalavam uma elegância, seus sorrisos semelhantes a uma explosão de sol numa manhã de primavera, enquanto cumprimentavam Rosalinda com um calor que refletia a beleza do ambiente. A antecipação no ar era palpável enquanto esperavam pelo início do banquete.
Rapidamente, a Princesa apresentou as mulheres à Duquesa.
A Princesa e Rosalinda tomaram seus lugares na cabeceira da mesa e, com um sutil aceno, as outras mulheres seguiram seus passos com graça. O comando sem esforço da reunião por Princesa Isadora demonstrava uma graça e porte verdadeiramente dignos de seu status real.
“Virgie…” chamou a Princesa, sua voz suave, mas com autoridade. Em resposta, uma mulher loura e estatuária se aproximou com uma aura de autoridade calma. “Comece a servir as entradas.”
“Sim, Sua Alteza,” Virgie respondeu com uma reverência gentil, seus olhos cintilando em direção ao grupo de servos próximos, prontos para cumprir seus deveres. Rosalinda não pôde deixar de ficar impressionada com a orquestração impecável do banquete. Era um grandioso espetáculo de opulência, onde cada detalhe tinha sido meticulosamente elaborado para encantar os sentidos.
Enquanto os servos se aproximavam com bandejas de prata e taças de cristal, os olhos de Rosalinda se arregalaram de deleite. Cada prato era uma obra de arte, atraentemente arranjada e infundida com um toque de magia que parecia cintilar sob a luz ambiente. O Palácio da Princesa superava suas expectativas mais selvagens.
Virgie apresentou a elas cartões elegantemente desenhados, cada um exibindo as iguarias culinárias que estavam prestes a saborear. A caligrafia intricada, escrita com tinta dourada, evocava um sentimento de maravilha enquanto Rosalinda examinava o encantador menu.
No primeiro curso, elas participariam das místicas Pérolas Relíquias Beijadas pela Luz das Estrelas. Só o nome já provocava arrepios de expectativa na espinha de Rosalinda. A descrição no cartão pintava uma imagem tentadora — uma sinfonia de delicadas pérolas, beijadas pelo brilho cintilante da luz estelar noturna, servidas com um vinagrete celestial e adornadas com pétalas etéreas de flores.
Avançando para o segundo curso, o Abraço do Samambaia Sussurante atraía com sua mistura sedutora de samambaias silvestres, cogumelos tenros da floresta e deliciosos frondes de feto. O prato era elegantemente acariciado pela essência de sussurros etéreos e regado com um fio de néctar da Flor da Árvore Sempre-luz. Os sabores prometiam uma experiência que ia além do reino dos banquetes comuns.
Rosalinda não pôde deixar de se maravilhar com a criatividade e engenhosidade do menu. Cada prato possuía um ar de mistério, uma jornada culinária através de um mundo de fantasia que parecia convidá-la a reinos gastronômicos inexplorados!
“Eu escolhi intencionalmente a carne de veado como o destaque do banquete de hoje, pois era o favorito de minha falecida mãe. Quando eu era criança, ela pedia ao chef para preparar esta refeição específica para mim,” a Princesa revelou com um sorriso nostálgico, seus olhos brilhando com memórias carinhosas. O prato principal do banquete não era um veado comum; era um prato com um nome que evocava o encantamento do reino: Veado Mystic Moonstrider.
“Eu encarreguei meus habilidosos chefs de criar preparações inovadoras e mágicas de veado, infundindo o prato com ervas que só podem ser encontradas nas místicas Montanhas Uivantes, especiarias celestiais e outros ingredientes extraordinários,” continuou a Princesa, sua alegria evidente. “Esta criatividade culinária certamente elevará a experiência de jantar a um reino de pura magia e encantamento. Só posso esperar que a Duquesa não se importe com minhas emoções e sentimentalismo.”
Rosalinda ouviu com o coração terno, comovida pela abertura e vulnerabilidade da Princesa. Com um gesto suave, ela pegou um guardanapo macio e o encostou perto dos olhos, como se um poço de emoções ameaçasse transbordar. Ela olhou para a Princesa com um sorriso melancólico, apreciando a profundidade de seus sentimentos. “Para ser honesta,” ela começou, sua voz suave e reflexiva, “eu também fico bastante emocionada diante de algo que me lembra meus pais.”
Num instante, o sorriso da Princesa congelou, seu olhar compreensivo se fixando em Rosalinda. Sem hesitar, ela estendeu a mão e segurou a mão de Rosalinda com ternura, num gesto de compreensão e compaixão. “Peço desculpas. Não pretendia evocar memórias tão sensíveis durante este evento encantador,” disse a Princesa, sua voz gentil e sincera.
“Sua Alteza, isso não é culpa sua,” Rosalinda respondeu, seus olhos brilhando de apreciação pela gentileza da Princesa. Ela sabia que Lucas, em sua mestria de contar histórias, havia tecido um passado bonito e triste para ela — um passado que a Princesa parecia ter aprendido e abraçado com graça. “Por favor, eu que peço desculpas por ficar tão emocionada com este assunto.”
“Sua Alteza, a Duquesa está certa. Não há necessidade de se sentir culpada por falar de algo tão caro ao seu coração,” uma outra mulher nobre interveio com um sorriso compassivo. “O banquete foi originalmente planejado como uma homenagem à falecida Rainha.”
Ao ouvir estas palavras, a testa de Rosalinda se franziu de surpresa. Não lhe informaram que o banquete era para honrar a mãe da Princesa, e parecia que essa informação foi intencionalmente ocultada dela. Ela não pôde deixar de se perguntar se o traje dos convidados, predominantemente composto de tons que lembravam branco ou cores pálidas, era uma alusão deliberada à memória da Rainha.
Enquanto o murmúrio delicado da conversa circulava pelo salão do banquete, uma mulher sentada a várias cadeiras de distância de Rosalinda perguntou delicadamente, “A Duquesa sabia sobre este assunto?”
Antes que Rosalinda pudesse oferecer uma resposta, outra mulher interrompeu com um leve escárnio, suas palavras tingidas com um ar de desdém. “Julgando pelo traje da Duquesa, parece que não lhe informaram que o banquete era em honra da falecida Rainha,” ela comentou, seus cabelos escuros caindo como uma cascata de seda, seu rosto sardento possuindo uma beleza que parecia ser eclipsada por sua atitude arrogante. Era como se as sombras de sua atitude diminuíssem o brilho radiante de seu charme natural.
Rosalinda se viu surpreendida, como se estivesse presa nas correntes de uma tempestade inesperada. Ela não tinha antecipado ser envolvida em tal conversa. Ela arqueou uma sobrancelha se perguntando aonde isso ia dar.
“De fato,” uma terceira mulher interveio, sua voz carregando uma nota de concordância. “A celebração da Rainha é uma tradição querida, mantida com grande reverência pela Princesa a cada trimestre do ano. Deveria ser uma questão de conhecimento público.”
No meio da tensão sutil que pairava no ar, Rosalinda tomou um fôlego composto, encontrando seu centro em meio à tempestade que se formava. Originalmente, ela não veio aqui para participar de um banquete, mas para falar com o Rei.
Antes que a situação pudesse escalar ainda mais, a Princesa decidiu intervir com uma voz gentil, mas firme. “Todos, não há necessidade de se deter sobre este assunto,” ela disse, seus olhos encontrando cada convidado com um brilho de autoridade que exigia respeito. O salão pareceu silenciar em resposta à sua presença.
Sem perder o ritmo, a Princesa fez um gesto em direção a Virgie, que supervisionava o serviço dos pratos do banquete. “Devemos prosseguir e nos deleitar com o primeiro prato?” ela propôs, redirecionando graciosamente a conversa para as maravilhas culinárias que os esperavam.
Enquanto a atenção de todos se voltava para a comida, Rosalinda sorriu internamente com desdém. Já que eles queriam brincar de jogos, ela naturalmente desfrutaria assistindo ao espetáculo!