Jogos da Rosie - Capítulo 468
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468: Uma Mulher Vestida de Homem! 468: Uma Mulher Vestida de Homem! “Devo admitir, não sou particularmente fã destes,” comentou Rosalinda, com a boca ainda parcialmente cheia de ter devorado outro Beijo da Sereia. Apesar de sua falta de entusiasmo pelo sabor, ela continuou comendo com determinação, tendo comprado uma quantidade significativa a seu pedido.
Lucas observava Rosalinda atentamente por vários minutos, seu olhar fixo nela.
Ela piscou, sentindo o escrutínio dele. “O que está passando pela sua cabeça?” ela perguntou, curiosa sobre os pensamentos que haviam capturado sua atenção. Rosalinda sabia que Lucas não gostava da comida; ele não havia dado outra mordida desde a primeira degustação. Ainda assim, ela achava um desperdício deixar as porções não comidas irem ao lixo.
“Você pode ficar com as minhas,” Lucas ofereceu, um sorriso suave brincando nos cantos dos lábios.
Rosalinda riu discretamente, reconhecendo a sinceridade no gesto dele. “Você realmente não deveria sorrir assim,” ela provocou, seus olhos refletindo seu carinho por ele.
Apesar de seu tom brincalhão, ela aceitou graciosamente sua oferta, reconhecendo que, como seu marido, era natural que ele quisesse que ela apreciasse a comida. “Devemos também experimentar aquelas bolinhas coloridas?” sugeriu, referindo-se a outro item que havia notado no cardápio.
Lucas concordou, expressando seu interesse em experimentar as bolinhas coloridas também. Ele chamou a atenção do atendente do restaurante e fez um pedido de mais chá e dos intrigantes petiscos.
O atendente, ansioso para agradar o casal, revelou um anúncio empolgante. “Prezados convidados, haverá um espetáculo magnífico esta noite, e as pessoas já estão se reunindo. Se desejarem, posso garantir o melhor lugar para vocês desfrutarem do espetáculo.”
Lucas não hesitou em aceitar a oferta. “Isso soa maravilhoso,” ele respondeu, sua antecipação evidente.
“Permitam-me mostrar a vocês o lugar reservado antes de servir seu pedido adicional,” o atendente atencioso ofereceu, guiando-os para uma cabine privada com uma vista panorâmica da janela e do palco no primeiro andar do restaurante. De lá, eles poderiam apreciar a apresentação sem obstruções.
“Esta área é reservada exclusivamente para os convidados que gastaram uma quantia significativa em sua experiência gastronômica,” o atendente os informou orgulhosamente, seu sorriso radiante. “Mais tarde, haverá uma exibição de fogos de artifício deslumbrante visível desta janela. Além disso, vocês terão uma vista clara do contador de histórias de hoje à noite. Por favor, aproveitem o espetáculo. Agora vou anotar seus pedidos.”
Lucas deslizou uma moeda de prata na mão do atendente, expressando sua gratidão pelo tratamento premium que estavam recebendo. “Obrigado,” ele disse calorosamente.
“Tenho a impressão de que o atendente pode ter sido desonesto conosco,” comentou Rosalinda, seus olhos vasculhando o ambiente.
Lucas, por outro lado, olhava pela janela, examinando a vista da rua e o palco diante deles. “Mas, devo admitir, este lugar realmente oferece um excelente ponto de vista tanto para os fogos de artifício quanto para o contador de histórias,” ele adicionou, sua voz cheia de apreciação.
Rosalinda deu de ombros, seus pensamentos permanecendo sobre o comportamento peculiar do atendente, um jovem de vinte e poucos anos.
Ela se perguntou se a decisão de sentá-los aqui foi influenciada pela aparência marcante de Lucas. Enquanto seu olhar repousava sobre o rosto do marido, ela não pôde deixar de suspirar interiormente, reconhecendo sua inegável beleza.
“Acredito que nos colocaram aqui para atrair mulheres jovens,” Rosalinda falou brincalhona antes de se deliciar com outro Beijo da Sereia.
Lucas ergueu uma sobrancelha, um sorriso maroto brincando em seus lábios. “Está com ciúmes, meu amor?” ele provocou, seus olhos cheios de carinho.
“Ciúmes?” ela riu, seus olhos brilhando com travessura. “Você ficaria chateado se eu dissesse que estou apenas contemplando maneiras de usar seu rosto para conseguir descontos ou ganhar dinheiro sem ofendê-lo?” Ela ponderou brincalhona a ideia de alavancar a beleza de Lucas para descontos na comida, esperando que seu charme pudesse garantir algumas economias saborosas.
Lucas riu, achando suas palavras divertidas. “Você percebe que agora tem acesso à minha riqueza, certo? Mas já que você está interessada em ganhar dinheiro, que tal isso: eu te pago para me acompanhar até uma estalagem.
Certamente, as camas em Sloryn são mais confortáveis do que as em Wugari. Que tal me ajudar a testá-las?” ele propôs maliciosamente.
Os olhos de Rosalinda se arregalaram, momentaneamente surpresa com a sugestão ousada de Lucas. Ela olhou em volta, aliviada ao perceber que ninguém parecia ter ouvido seu gracejo íntimo.
Sua atenção foi atraída para o público efervescente no primeiro andar, onde as mesas estavam quase todas cheias e pessoas de todas as idades se deliciavam com suas refeições e bebidas. O ar estava preenchido com risadas contagiantes, criando uma atmosfera calorosa e alegre.
Na verdade, Rosalinda nunca tinha vivenciado algo assim antes. Ela nunca tinha comparecido a um festival, e a atmosfera vibrante a cativou.
“Aliás, qual é o festival que eles estão celebrando mesmo?” ela perguntou, abaixando ligeiramente a voz, intrigada com o evento animado que se desenrolava ao redor deles.
“Eles chamam de Abraço de Marina,” Lucas respondeu, sua voz tingida de diversão. “É uma celebração anual que presta homenagem ao oceano e aos seus abundantes presentes concedidos à terra. O festival acontece durante o auge da temporada de pesca, quando as comunidades costeiras aguardam ansiosamente pela colheita farta do mar.”
Rosalinda assentiu, lembrando-se das decorações de peixe que ela havia visto antes. “Eu notei que as pessoas estavam brincando com jogos mais cedo. Devemos participar das festividades?” ela perguntou, seus olhos acendendo com excitação.
O festival estava repleto de pessoas, e ela tinha visto barracas oferecendo jogos e prêmios. A perspectiva de tentar a sorte em ganhar algo a seduzia — ela nunca tinha vivenciado esse tipo de entretenimento antes.
“Claro,” Lucas respondeu, um brilho brincalhão em seus olhos.
Logo depois, o atendente retornou, entregando graciosamente a comida deles e xícaras de chá frescas. Enquanto ele garantia o conforto deles, seu olhar permaneceu fixado em Lucas, aparentemente alheio à presença de Rosalinda. Ela não pôde deixar de notar a atenção dirigida exclusivamente ao seu marido.
“Talvez você devesse considerar colocar sua máscara de volta,” Rosalinda sugeriu, franzindo ligeiramente a testa.
Lucas riu, seus olhos cintilando com divertimento. “Você não gosta de ver meu rosto?” ele contra-atacou, genuinamente curioso sobre a preferência dela.
Rosalinda suspirou, seu carinho pelo marido evidente. “Não é isso, meu amor. É só que… você é inegavelmente muito atraente, muito bonito,” ela admitiu com um sorriso maroto. Embora se considerasse sortuda por ter um marido tão atraente quanto Lucas, ela não podia negar que seu charme muitas vezes atraía atenção indesejada.
Ela tinha sabiamente escolhido usar uma máscara de pele para ocultar suas próprias feições, permitindo que ela se misturasse mais facilmente. Embora estivesse tentada a sugerir que ele fizesse o mesmo, ela não queria abalar seu ânimo.
O sorriso de Lucas se alargou, sua cabeça inclinando-se ligeiramente para o lado. “Você não deveria se orgulhar de ter casado com alguém tão notável quanto eu?” ele provocou, seu gesto brincalhão arrancando uma risada genuína de Rosalinda.
Suas palavras carregavam um toque de verdade, lembrando-a de que ela deveria se orgulhar da aparência excepcional de seu marido.
Enquanto o barulho do primeiro andar gradualmente diminuía, capturando a atenção dos clientes do restaurante, um homem idoso vestido de branco entrou na sala.
Ele comandou o palco e começou a relatar uma história de Finnian Fleur, um dos ilustres ancestrais da Família Fleur. A história se desenrolava, narrando a ousada jornada de Finnian através do oceano e seu encontro heróico com um temido Dragão do Mar que há muito atormentava os habitantes costeiros do Império.
Os olhos de Rosalinda brilharam de fascinação enquanto ela ouvia atentamente o relato cativante. A história de Finnian era uma mistura envolvente de aventura, coragem e desafio familiar. O jovem havia desafiado as expectativas de seus pais, embarcando numa missão para navegar os mares traiçoeiros e usar suas habilidades extraordinárias para derrotar o temido Dragão do Mar.
Finnian Fleur tornou-se um herói venerado, não apenas por sua aparência excepcional, mas também por sua notável força e bravura, conquistando a afeição dos cidadãos de Sloryn.
“Isso…” a voz de um homem interrompeu o contador de histórias. “Quão grande é esse Dragão do Mar do qual você falou? Por que ninguém realmente viu esse dragão?” Todos os olhares se voltaram para a interrupção, sua curiosidade despertada pela figura imponente que ousava desafiar o contador de histórias. Vestido com trajes azul-celeste que pareciam delicados demais para a troca acalorada, o homem ergueu a sobrancelha de uma maneira arrogante e desafiadora.
O contador de histórias, momentaneamente surpreso pela interrupção, recuperou a compostura e tentou reafirmar sua autoridade. “Senhor, eu não entretendo perguntas durante a narração de histórias. Espero que a audiência mostre respeito e se abstenha de interromper,” ele declarou severamente, tentando restaurar a ordem.
O homem, não se dando por vencido, sorriu com confiança. “Por que você age como se eu o tivesse ofendido? Responda à minha pergunta, e eu o recompensarei com uma moeda de prata. Não é por isso que você escolheu este local? Por causa das taxas que você cobra?” Sua voz estava carregada de desafio, seu queixo erguido enquanto olhava para baixo o contador de histórias. “Se você possui o conhecimento, então compartilhe. Pare de fingir que esta é a primeira vez que alguém ousou interromper sua história!”
“Muito bem,” o contador de histórias cedeu, um toque de irritação em suas palavras. “Se respostas são o que você procura, então as fornecerei. O Dragão do Mar era uma criatura colossal, seu tamanho comparável ao de nosso grande palácio. Com olhos azuis penetrantes e escamas prateadas cintilantes, ele comandava tanto o temor quanto a admiração. Sua presença era dita para atingir o coração daqueles que o contemplavam—”
“Você o viu?” o homem interrompeu mais uma vez, seu tom cheio de ceticismo e ânsia por conhecimento de primeira mão.
O contador de histórias pausou, seus olhos se estreitando ligeiramente com a interrupção.
“Este homem está procurando confusão,” Rosalinda sussurrou.
“Que homem?” Lucas arqueou a sobrancelha. “Aquela é uma mulher.”