Jogos da Rosie - Capítulo 457
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457: O Rei de Wugari 457: O Rei de Wugari “Vossa Majestade, o que ele quis dizer com isso?” Rainha Aurinda exigiu, enquanto adentrava o estudo do Rei, tempestuosa. Sua voz estava repleta de frustração e confusão. “Ele não pode simplesmente…”
“Se o Duque quis manter isso por perto então… que mantenha por perto. Há necessidade de seguir com este assunto?” O tom do Rei estava impregnado de irritação enquanto ele gesticulava para um de seus atendentes para servir-lhe uma xícara de chá. Ele recostou-se em sua cadeira, desviando o olhar para Lady Dorothy, que havia seguido a Rainha até o estudo. Ele não fez esforço algum para reconhecer sua presença, escolhendo, em vez disso, concentrar-se em sua esposa.
A fúria de Aurinda inflamou-se, suas sobrancelhas se contraíam fortemente, mas ela não disse nada.
“Está ficando cada vez mais quente e a neve está começando a derreter. Está na hora de preparar a estufa. Posso saber como Sua Majestade está se saindo?” Sua voz escorria acusação e decepção enquanto tentava mudar de assunto.
O olhar de Marlin endureceu. Ele vinha lidando com uma incessante enxurrada de perguntas sobre a propriedade durante todo o dia, sua paciência se esgotando. A constante vigilância dos vários reinos e impérios o deixara exaurido, questionando a lealdade daqueles ao seu redor.
Resumindo, ele não tinha tempo para essa discussão com sua esposa. No entanto, ele só podia resmungar interiormente, mantendo suas frustrações por perto. Como poderia proferir tais palavras duras à sua amada? Como Aurinda havia apontado, ele havia prometido convencer o Duque, mas como poderia persuadir alguém que há muito havia feito sua escolha?
Mesmo sendo o Rei de Wugari, ele pisava cuidadosamente quando se tratava da poderosa Família Rothley. A Família Real de Wugair era limitada por uma lei antiga que ditava seu domínio sobre o reino – manter-se afastado dos assuntos da propriedade de Rothley.
Deveria ter sido um assunto simples. Afinal, este reino prosperou pacificamente por séculos ao aderir a este princípio. Quem poderia prever tempos tão tumultuados?
Marlin não conseguia evitar sentir um toque de amargura. Sua esposa, a Rainha, parecia alheia às complexidades de seu dilema. Embora ele não a culpasse inteiramente, sua recusa em compreender a situação o deixava com um sentimento de injustiça.
A mente da Rainha parecia consumida pelos sonhos da maternidade, ansiando por filhos para encher o palácio com risadas e alegria. O Rei entendia seus desejos, mas também reconhecia que algumas coisas estavam além do seu controle.
Ter um filho não era um mero desejo a ser cumprido por vontade; era uma bênção concedida a eles.
Infelizmente, as bênçãos haviam lhes escapado por tempo demais. O Rei havia sido forçado a tomar concubinas numa tentativa de continuar a linhagem real, e, felizmente, dois príncipes haviam nascido.
No entanto, em vez de encontrar consolo em sua presença, isso só aprofundou a melancolia da Rainha. Seu ciúme e depressão turvavam seu julgamento, levando a explosões como a que eles estavam atualmente vivenciando.
À medida que a tensão enchia o ambiente, o Rei não pôde evitar sentir um toque de tristeza. Ambos estavam sofrendo, cada um à sua maneira. Ele ansiava por aliviar os fardos de sua esposa, por vê-la sorrir e encontrar alegria. Mas naquele instante, suas frustrações colidiram e seu amor pareceu ofuscado pelo peso de seus desacordos.
Um silêncio se instalou entre eles, pesado e carregado. Marlin levantou-se, sua postura tensa, enquanto o olhar de Aurinda suavizava com uma mistura de tristeza e anseio. Suas emoções colidiam, presas numa batalha por resolução.
“Você vai me pedir para parar, de novo?” a voz da Rainha tremia com uma mistura de tristeza e determinação. Lágrimas acumulavam-se em seus olhos, ameaçando transbordar. “Esses olhos, eu sei o que você pretende dizer. Eu posso…” Ela engoliu em seco, fazendo o melhor para segurar as lágrimas.
Então, ela virou a cabeça, como se tentasse se proteger da vulnerabilidade de suas emoções. Com um suspiro profundo, ela limpou a garganta. “Já que você recusa a convencê-lo, então eu mesma farei isso.”
“Diga-me, se você acha que vale a pena,” a voz do Rei continha um toque de angústia. Ele falava com o coração pesado, seu olhar cheio de preocupação. “Uma vez que ele a arruinar… diga-me se tudo valeu a pena.”
“Eu não sou covarde como você,” as palavras da Rainha gotejavam determinação, sua voz trêmula. “Eu sei que valerá a pena.”
A expressão de Marlin se apertou, seu coração dividido entre o dever e o amor. “Só posso ser um covarde pelo meu povo,” ele falou suavemente, sua voz matizada de arrependimento. “Afinal, eu ainda sou o Rei de Wugari. Carrego o peso deste reino e de seus cidadãos. É uma responsabilidade que foi incutida em mim desde o momento em que abri meus olhos neste mundo.”
Ele não pôde evitar sentir o peso de seu egoísmo, pois naquele momento, ele sabia que era isso o que era. Ele não estava disposto a sacrificar tudo que seus ancestrais construíram e preservaram por gerações para satisfazer os desejos de uma mulher que, aos seus olhos, havia perdido o rumo. Para ele, o povo de Wugari era mais importante que qualquer coisa, até mais do que a mulher à sua frente.
O silêncio que se seguiu foi denso, preenchido pela dor não dita e pelo abismo crescente entre eles. O Rei e a Rainha permaneceram lá, apanhados entre o amor um pelo outro e as responsabilidades conflitantes que atormentavam seus corações.
Na profundidade dos olhos de Marlin, persistia um lampejo de anseio, um desejo de superar a divisão e encontrar uma resolução. Mas sua lealdade ao seu reino o reteve, uma barreira que ele não conseguia superar. Seu dever pesava fortemente sobre ele, ameaçando devorá-lo por inteiro.
As lágrimas de Aurinda finalmente derramaram, escorrendo por suas bochechas enquanto ela encarava o homem que amava, mas sentia-se tão distante. O anseio em seus olhos se misturava com um profundo sentimento de tristeza. Ela tinha esperança de que seus sonhos e aspirações compartilhados os guiassem através deste impasse, mas a realidade provou ser muito mais complexa.