Jogos da Rosie - Capítulo 452
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452: Relativamente Pacífico 452: Relativamente Pacífico Dentro dos limites da mansão, um tipo diferente de rumor havia se espalhado. Não tinha nada a ver com a doença que afligia os soldados, mas centrava-se em vez disso nas atividades do Duque e da Duquesa. Sussurros percorriam os corredores, cada palavra pingando de expectativa. O moinho de rumores fabricava contos de um anúncio iminente, um que certamente envolveria a perspectiva de um herdeiro.
Quando Rosalinda ouviu pela primeira vez essas especulações, ela ficou sem palavras. Um herdeiro? A ideia lhe parecia ridícula. Os eventos da última semana haviam sido um borrão, e a noção de que agora ela seria esperada para engravidar e produzir um herdeiro a deixou incrédula. O que essas pessoas estavam pensando?
Talvez fosse a ausência dos constantes ataques das bestas que tivesse mudado o foco para tais assuntos. Buscando consolo e um momento de clareza, Rosalinda decidiu visitar as muralhas protetoras que cercavam a mansão. Enquanto passeava pelo perímetro, ela notou os olhos dos soldados sobre ela, seus olhares preenchidos com uma nova harmonia e reverência.
— Vossa Graça, eu não esperava sua visita hoje — saudou o General Lytton, um amplo sorriso iluminando seu rosto. Ao lado dele estava o Tenente Bohan, fazendo uma reverência respeitosa à Duquesa.
— General — Rosalinda o cumprimentou com um sorriso caloroso. — Como estão as coisas? — perguntou ela, caminhando ao lado dele enquanto subiam as escadas que levavam às muralhas. O ar estava carregado com um senso de vigilância, soldados posicionados em cada ponto estratégico, seus olhos atentos varrendo o horizonte.
— Tem sido relativamente pacífico — respondeu o General. — As bestas parecem menos agressivas nos últimos meses. No entanto, continuamos sempre vigilantes, mantendo nossa guarda…
— Que bom ouvir isso — Rosalinda respondeu, seus olhos examinando o entorno. Ela estava vestida com um elegante vestido preto, envolta em um xale combinando que ocultava sua forma. Isso contrastava perfeitamente com a neve branca ao redor dela.
— Vossa Graça, é com prazer que lhe informo que os soldados que receberam sua assistência no passado todos se recuperaram totalmente. Foram redesignados para seus postos respectivos — informou prontamente o General a Rosalinda, garantindo que ela fosse informada dos desenvolvimentos recentes. Além disso, ele ofereceu atualizações sobre o progresso dos soldados recém-recrutados que haviam passado por treinamento rigoroso.
Rosalinda acenou com a cabeça, reconhecendo o relatório do General. — Parece que as coisas estão avançando bem — ela comentou, sua expressão pensativa.
A resposta do General foi rápida e sincera. — Isso é devido à benevolência e orientação do Duque e da Duquesa.
Rosalinda permaneceu em silêncio, sua mente preenchida com uma mistura de gratidão e autoconsciência. Ela entendia que a estabilidade e resiliência do povo no norte não eram atribuídas apenas aos seus esforços. Era a determinação coletiva e a perseverança implacável do povo que garantiam sua segurança contra as bestas ameaçadoras que se escondiam além das muralhas.
Após visitar as muralhas protetoras, Rosalinda seguiu para a enfermaria, onde soldados feridos em suas valentes batalhas contra as bestas estavam recebendo cuidados médicos. Sem hesitar, ela estendeu seu toque de cura àqueles em necessidade, utilizando a energia dentro dela para curar seus ferimentos e restaurar sua vitalidade.
— Vossa Graça, parece que o Duque está perto de completar suas tarefas — informou gentilmente Magda a Rosalinda, sua voz preenchida com um senso de expectativa. — Devemos voltar para a mansão?
Rosalinda acenou em concordância. Ela havia passado mais de seis horas nas muralhas, imersa em seus pensamentos e observações. Embora ela gostasse do tempo gasto em contemplação, ela também tinha assuntos para discutir com Lucas. Ela reconhecia o peso de suas responsabilidades como Duque e não queria intrusão em seu trabalho a menos que necessário.
Após se despedir do General e dos outros, Rosalinda voltou à mansão, sua mente focada na conversa iminente com Lucas. Ao entrar em seu escritório, ela o encontrou sentado à sua mesa, concentrado nos documentos à sua frente. Denys estava por perto, oferecendo seu apoio constante.
Lucas levantou a cabeça, seu olhar encontrando o de Rosalinda ao entrar na sala. — Ah, você voltou — ele reconheceu, seu tom casual, mas caloroso. — Como foi seu tempo nas muralhas?
— Foi bom, tudo está em ordem — Rosalinda respondeu, um senso de satisfação evidente em sua voz. — No entanto, eu gostaria de discutir a questão da estufa que eu havia mencionado anteriormente. Eu acredito que Denys já tenha lhe informado das minhas intenções, mas eu queria saber quando podemos começar a contratar pessoas para iniciar sua construção. — O progresso havia sido interrompido pelo recente surto da doença, e ela estava ansiosa para resolver o assunto. Além disso, ela se preparou para apresentar um argumento convincente caso Lucas continuasse hesitante sobre a ideia de uma estufa para a mansão.
Lucas considerou suas palavras, seu olhar estável e ponderado. — Denys cuidará dos arranjos necessários. Podemos iniciar o processo de contratação para a construção da estufa o mais rápido possível — ele respondeu, surpreendendo-a com sua concordância imediata. No passado, a mansão não possuía uma estufa, o que a levava a acreditar que Lucas poderia estar menos inclinado à ideia. Rosalinda acomodou-se em uma cadeira, sua surpresa cedendo lugar à satisfação enquanto acenava em aprovação.
— Você pode nos deixar agora — Lucas instruiu Denys, sua voz firme, mas gentil. Com um aceno, Denys saiu da sala, fechando a porta atrás de si. Agora era apenas Lucas e Rosalinda, a sós no escritório.
Lucas voltou sua atenção totalmente para Rosalinda, um lampejo de empolgação em seus olhos. — Que tal você me ajudar a revisar os planos para a estufa? — sugeriu ele, inclinando-se mais perto dela. — Eu ouvi dizer que você desempenhou um papel significativo em seu desenho.
Um sorriso de orgulho e realização adornou os lábios de Rosalinda enquanto ela se aproximava de Lucas, juntando-se a ele na mesa. — De fato, eu o fiz — ela afirmou, sua voz impregnada de satisfação.
Recorrendo ao seu conhecimento e experiências de sua vida passada, ela contribuiu com seus insights para a criação da estufa que ela havia imaginado. Ela ficou ao lado dele, ansiosa para mergulhar nos planos.
Porém, antes que ela pudesse se envolver completamente na tarefa, Lucas a surpreendeu puxando-a para o seu colo. Seus olhos se arregalaram de surpresa, um gás escapou de seus lábios enquanto ela se ajustava à mudança súbita.
— Sente-se — Lucas instruiu, sua expressão séria, mas brincalhona. — Assim é mais confortável.
Rosalinda se encontrou momentaneamente atordoada pela ousadia dele, suas bochechas corando com uma pitada de rosa. No entanto, ela se recompu rápido, um brilho travesso dançando em seus olhos.