Jogos da Rosie - Capítulo 449
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449: Saudades Proibidas 449: Saudades Proibidas Desconhecidos por eles, apenas Rosalinda tem sido atormentada por um sentimento de desgraça iminente, presa em um turbilhão de emoções conflitantes e um sinistro pressentimento.
O desejo insaciável que emanava de Lucas parecia transcender os limites humanos, deixando-a ao mesmo tempo maravilhada e à beira do desespero. Ele era realmente humano, ou algo mais sinistro?
Sua mente lutava para compreender a natureza incompreensível de sua energia ilimitada.
Como poderia uma pessoa possuir um desejo tão insaciável?
Ela questionava os limites de sua própria resistência, imaginando se deveria rir da absurdidade de sua situação ou sucumbir às lágrimas de exaustão.
Ela só podia agradecer por sua benção em curar seu próprio corpo ou já teria sucumbido à fraqueza há muito tempo.
Olhou para Lucas, que dormia pacificamente na cama, suas costas nuas subindo e descendo a cada respiração tranquila. Rosalinda não pôde deixar de sentir uma estranha mistura de admiração e exasperação. Ela nunca o havia visto em um estado tão vulnerável. Suas defesas momentaneamente abaixadas enquanto o sono o reivindicava. Era um espetáculo que agitava emoções conflitantes dentro dela.
Rosalinda não pôde deixar de ser cativada pela vulnerabilidade que ele mostrou.
Seus pensamentos derivaram para o mundo além dos confins de seu quarto, onde o tempo continuava a passar.
Dois dias haviam passado, e ainda assim Lucas não mostrava sinais de desacelerar. Rosalinda não pôde deixar de se perguntar se havia um fim à vista, ou se esse fervor incessante os consumiria a ambos.
A ironia de sua situação não lhe escapava – o medo de perecer pelo mesmo ato que os uniu. Tal destino poderia lhe acontecer, perdida nas profundezas do desejo?
No entanto, em meio à sua luta interna e ao preço físico que cobrava, Rosalinda não podia negar o lampejo de tensão romântica que ainda pairava entre eles. Apesar de seu cansaço, havia um magnetismo inegável que a atraía em direção a Lucas. Sua presença, como um elixir potente, atiçava emoções conflitantes dentro dela.
Ela ansiava por mais, pela conexão intoxicante que compartilhavam, e ainda assim ela desejava um descanso, por uma chance de recuperar o fôlego e encontrar consolo no meio dessa tempestade.
“Vamos comer algo?” O coração de Rosalinda pulou quando ela ouviu sua voz atrás dela, as palavras carregadas com um tom sedutor que a fez arrepiar-se.
Sua mente acelerou, tentando decifrar o significado oculto por trás de sua pergunta inocente. Lucas tinha um jeito de torcer palavras simples em algo carregado de desejo, algo que ateava fogo em seus sentidos.
“Devo pedir para Magda fazer algo?” ela conseguiu responder, sua voz denunciando um toque de nervosismo. Ela sabia muito bem que a noção de comer de Lucas era muito diferente da dela própria.
Com um senso de pânico, ela se levantou da cadeira e virou para encará-lo, apenas para engasgar de horror com a visão diante dela.
“Por que você está nu?” As palavras escaparam de seus lábios antes que pudesse se conter, seus olhos se arregalaram incrédulos ante a sua audácia. No entanto Lucas, simplesmente voltou para a cama e sem esforço jogou um roupão sobre a sua forma esculpida. Um sorriso travesso dançava em seus lábios enquanto ele encontrava seu olhar.
“Melhor?” ele perguntou, sua voz transbordando tanto de diversão quanto de um toque de tensão sensual. Rosalinda não pôde deixar de deixar escapar um suspiro exasperado, seus desejos internos em conflito com sua necessidade de uma refeição mais convencional.
“O que você quer comer?” Sua pergunta pairou no ar, carregada de implicações não ditas. Suspeita cintilou em seu olhar enquanto ela estreitava os olhos para ele, seu corpo agudamente consciente da eletricidade que crepitava entre eles. Sentindo sua hesitação, Lucas não pôde deixar de rir, saboreando o efeito que exercia sobre ela.
“Algo… delicioso?” ele murmurou, seu olhar ousadamente percorrendo de seu pescoço até o volume de seu peito antes de voltar a encontrar seus olhos. A audácia de sua sugestão enviou uma mistura de choque e desejo correndo pelas suas veias, e ela o encarou em resposta.
“Eu quero comida de verdade,” ela declarou firmemente, tentando recuperar sua compostura em meio ao turbilhão de emoções que ameaçavam consumi-la. A provocação de Lucas a havia levado ao limite, testando sua resolução de resistir aos seus encantos e focar em assuntos mais práticos.
“Claro,” ele concedeu, sua voz assumindo um tom mais sério. Estendendo a mão para ela, convidou-a a se juntar a ele em sua escapada culinária.
Suas suspeitas ainda permaneciam, sua mente relembrando as inúmeras vezes em que suas saídas inocentes acabaram enredadas em paixão, deixando-os famintos pela substância de um tipo diferente.
“Você vai sair vestindo isso?” ela não pôde deixar de perguntar, sua voz tingida com uma mistura de incredulidade e preocupação. A neve os cercava, e ela havia aprendido pela experiência que Lucas tinha um jeito de estilhaçar todos os planos em favor de ceder aos seus desejos.
“Você quer que eu saia sem um?” Sua sobrancelha ergueu-se brincalhona, seu olhar fumegante com promessas não ditas. A frustração roía ela, e ela resmungou em resposta. Sentindo sua agitação crescente, ele cedeu, sua risada preenchendo o quarto.
“Tudo bem, vou parar de te provocar. Vamos… Eu vou te levar a algum lugar,” ele declarou com uma nova seriedade. Finalmente, Rosalinda sucumbiu ao encanto de sua mão estendida, permitindo que ele a puxasse para perto. Seu peito pressionou contra o dele, o calor de seus corpos se misturando, e justamente quando ela se preparava para protestar, ele abaixou os lábios nos dela.
No momento, o mundo ao redor deles se desvaneceu em uma névoa de desejo e antecipação, deixando Rosalinda impotente para resistir ao puxão de sua paixão compartilhada.
Entretanto, quando Rosalinda abriu os olhos, ela se viu transportada para um lugar completamente diferente. O ambiente familiar de seu quarto havia se dissolvido, substituído pela atmosfera íntima do estudo de Lucas — o mesmo cômodo onde ele havia compartilhado os segredos das relíquias antigas com ela. A confusão se misturava com a antecipação enquanto ela absorvia a mudança inesperada de cenário.
“Isto é…” Sua voz morreu, seus olhos vasculharam o quarto. Questões rodopiavam em sua mente, mas antes que ela pudesse expressá-las, um sorriso travesso puxou os cantos dos lábios de Lucas.
“Eu pensei que íamos comer algo?” ela finalmente conseguiu perguntar, tentando recuperar sua compostura em meio à mudança de dinâmicas de seu encontro. Seu estômago roncou, lembrando-a de sua fome inicial.
Seu olhar fixo no dela, desejo e fome se entrelaçando em seus olhos. Rosalinda prendeu a respiração, sentindo a inegável onda de tensão sexual entre eles. O ar parecia crepitar com eletricidade, o quarto subitamente carregado com uma energia intoxicante que acelerava seu coração.
“Tem algo para comer aqui,” Lucas murmurou, sua voz baixa e aveludada. Seu aperto em sua mão afrouxou, liberando-a de seu abraço intoxicante. Rosalinda observou-o, sua mente correndo para compreender suas intenções, enquanto um turbilhão de emoções conflitantes agitava-se dentro dela.
Quando seus olhares se encontraram, ela viu um fogo ardendo dentro dele — um desejo primal que espelhava seus próprios anseios proibidos.
Um puxão magnético a trouxe para mais perto dele, seu corpo a traindo com um leve tremor. Sua mente gritou com cautela, mas o encanto do desconhecido, de explorar as profundezas de seus desejos, mostrou-se irresistível.
“De jeito nenhum,” ela sussurrou para si mesma.