Jogos da Rosie - Capítulo 443
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443: Exibição Intransigente 443: Exibição Intransigente À medida que Rosalinda recuperava gradualmente a consciência, o peso da confusão pressionava sua mente. Sua memória parecia fragmentada, como se peças de um quebra-cabeça dispersas anseiassem ser remontadas. Sua testa franzida se aprofundava, uma sensação perturbadora de peso aderia ao seu corpo, puxando seus sentidos.
Piscando os olhos abertos, ela esperava se encontrar no banheiro opulento, cercada pelo abraço enevoado do vapor. Em vez disso, seu olhar caiu sobre as ásperas paredes de pedra de uma caverna mal iluminada.
A umidade impregnava o ar, misturando-se a um sutil aroma terroso. Esse notável contraste com suas expectativas enviou um jorro de ansiedade pelas suas veias.
“O que está acontecendo?” ela murmurou, sua voz ecoando fracamente pelo espaço cavernoso. Seu entorno parecia estranho e desconhecido, e a desorientação acentuava sua sensação de vulnerabilidade. Ela lutava para recordar os eventos que a levaram àquele lugar enigmático, mas as memórias permaneciam ilusórias, escorrendo por entre seus dedos como grãos de areia.
Na luz tênue, ela notou um brilho fraco emanando do fundo da caverna. A curiosidade misturada com suspeita a impelia a investigar. Seus pés descalços faziam contato com a superfície fria e irregular do chão da caverna enquanto ela cautelosamente navegava pelo terreno misterioso.
À medida que se aproximava da fonte do brilho etéreo, ela percebeu que era uma pequena poça de água, sua superfície cintilando com uma luminescência de outro mundo. O reflexo de Rosalinda a encarava de volta, a confusão gravada em sua expressão.
Os últimos resquícios de suas memórias fragmentadas giravam dentro da mente de Rosalinda, deixando-a em um estado de desarranjo.
A recordação de tirar a roupa de Lucas persistia, mas as circunstâncias que a rodeavam permaneciam envoltas em mistério. Sua confusão se aprofundava ao se ver inexplicavelmente transportada para uma caverna sinistra, separada do abraço familiar da realidade.
Perguntas clamavam por respostas, suas vozes persistentes amplificando sua sensação de inquietação. O que tinha acontecido depois de ela despir Lucas? Por que agora estava confinada dentro desta caverna desolada? Suas sobrancelhas se contraíam, uma mistura de apreensão e curiosidade marcava seus traços.
Enquanto ela examinava a extensão mal iluminada, seus olhos foram atraídos por uma visão hipnotizante.
A água diante dela, outrora parada e serena, começou a girar com energia de outro mundo. As ondulações se uniram, formando imagens vívidas que materializaram como fantasmas na névoa. Era uma cena de guerra, uma representação visceral de caos e conflito.
A visão a atingiu com um choque de reconhecimento. Era como se memórias, há muito suprimidas, lutassem para emergir à superfície, exigindo reconhecimento. O fôlego de Rosalinda ficou preso na garganta.
Dentro do tumultuoso quadro, ela avistou uma figura com uma forte semelhança consigo mesma.
A mulher ficou na beira de um penhasco, seu olhar fixo no campo de batalha abaixo. Os humanos, contra todas as probabilidades, lutavam valorosamente e ganhavam a vantagem. As criaturas e demônios, antes formidáveis adversários, eram forçados a recuar.
Mas em vez de júbilo, uma tensão inquietante marcava a fisionomia da mulher. Uma carranca profunda gravava linhas em sua testa, sua expressão um reflexo de conflito interior.
À medida que as águas giratórias se acalmavam, deixando-a mais uma vez na caverna mal iluminada.
Mais uma vez, a dança etérea da água giratória capturava a atenção de Rosalinda. Desta vez, revelava uma cena de folia e júbilo.
A mulher, cuja aparência espelhava a dela, sentava-se no meio de um grupo de pessoas, seus rostos adornados com sorrisos e risadas.
Eles se reuniam ao redor de uma mesa retangular longa, adornada com comida suntuosa e taças transbordantes de vinho. O ar estava vivo com alegria, enquanto melodias alegres preenchiam o espaço, instigando os convidados a dançar com abandono.
Mas em meio ao barulho estridente, a mulher parecia desligada, uma ilha de solidão em meio ao mar de celebração. Seu olhar, distante e frio, demorava-se sobre a fartura diante dela. Os sons de riso e o aroma das iguarias não penetravam seu mundo. Era como se existisse em um reino paralelo, desconectada da vibrante tapeçaria da vida que se desenrolava ao seu redor.
Curiosidade e preocupação se misturavam nos pensamentos de Rosalinda enquanto observava o comportamento da mulher.
O que havia de errado com ela? Que fardo ela carregava que erigia uma barreira impenetrável entre ela e as festividades?
Em meio à folia, os olhos da mulher revelavam um turbilhão de emoções — saudade, anseio e um toque de melancolia.
A luz vacilante das velas dançava em seu rosto, lançando sombras que espelhavam as complexidades de sua alma. Embora cercada de companheiros, parecia aprisionada no confinamento de seus próprios pensamentos, prisioneira de sua própria existência enigmática.
As águas se aquietavam mais uma vez, deixando Rosalinda no abraço silencioso da caverna.
Rosalinda suspirava exausta, a realização de que aquilo era sem dúvida um sonho se infiltrando nela.
Teria ela realmente cochilado enquanto tirava a roupa de Lucas? Seria porque ela achava o corpo dele um tanto quanto sem graça?
O pensamento provocou um risinho em seus lábios. Que nome de deusa estava ela pensando?
“Você quer ver?” uma voz ecoou por trás dela, fazendo Rosalinda tropeçar para trás de surpresa.
Seus olhos se arregalaram ao ver uma mulher que tinha uma forte semelhança com seu próprio rosto. Confusão e curiosidade se entrelaçavam dentro dela, levando-a a perguntar, “Você — Quem é você?”
A voz da mulher ecoou novamente, suas palavras ressoando com um ar de mistério, “Você quer ver?”
Pega de surpresa, Rosalinda repetiu sua pergunta, buscando desesperadamente clareza, “Eu — Do que você está falando?”
Um sorriso travesso brincava nos lábios da mulher enquanto ela respondia, “Deixe-me mostrar-lhe…”
Os instintos de Rosalinda entraram em ação, e ela tentou invocar sua bênção sombria, mas para seu desalento, permanecia inalcançável. Um crescente sentimento de inquietação a tomava enquanto ela cautelosamente recuava da mulher até que suas costas fizessem contato com as pedras ásperas da caverna.
O alarme enchia sua voz quando ela perguntava, “O que você pretende fazer?” Uma sensação de mau pressentimento se espalhava sobre ela, deixando-a com uma sensação perturbadora sobre esta mulher.
“Acorda…” Rosalinda ouviu a voz de Lucas ao redor da caverna.
“Lucas?” A voz de Rosalinda tremia enquanto ela se esforçava para separar os fios da realidade da névoa persistente do sonho. Ela olhou para a mulher, sua mente um turbilhão de confusão e medo. “Você é um sonho… Fique longe de mim!”
Antes que a mulher pudesse proferir outra palavra, uma voz familiar cortou as profundezas cavernosas, quebrando o transe etéreo que tinha enfeitiçado Rosalinda.
“Rosalinda?” Era Lucas. O som ressoava dentro dela, atraindo-a de volta ao reino da vigília.
Ofegante, Rosalinda forçou suas pesadas pálpebras abrirem, o mundo mudando ao seu redor. A umidade da caverna foi substituída pelo abraço vaporoso do banheiro, o aroma da água quente envolvendo seus sentidos. Ela se encontrava ainda submersa na banheira, a água quente batendo contra sua pele.
“Lucas?” ela chamou, sua voz entrelaçada com confusão e um lampejo de preocupação. Sua presença no sonho havia parecido tão real, e no entanto, os detalhes estavam desaparecendo como fragmentos de uma ilusão que se desvanece. Ela lutava para se agarrar às memórias que pareciam escorrer de seu alcance.
Os eventos que levaram até aquele momento permaneciam em um borrão nebuloso, obscurecidos pelos véus de sua consciência perturbada.
Um sentimento inquietante de desorientação se estabelecia dentro dela. As fronteiras entre sonhos e realidade haviam se confundido, deixando-a questionando a natureza de suas experiências. O que realmente aconteceu e o que foram meros devaneios de sua imaginação?
“Você conseguiu sair do sonho por conta própria?” A voz de Lucas ecoou atrás dela, enviando um arrepio por sua espinha.
Ela se virou, seus olhos se arregalando ao vê-lo sentado em uma cadeira próxima. A realização de que estava nua debaixo da água fez corar suas bochechas com um rubor de constrangimento.
“O que aconteceu?” ela perguntou, sua voz cheia de uma mistura de confusão e preocupação. “Eu desmaiei?”
O olhar de Lucas penetrava nela, sua expressão uma mescla peculiar de calma e escuridão latente.
Algo havia mudado nele, uma corrente de raiva pulsava sob a superfície. Ele se inclinou ligeiramente para frente, sua voz tingida com uma intensidade contida.
“Do que você se lembra?” ele perguntou, suas palavras pairando no ar como um segredo pesado.
Sua mente acelerava, tentando juntar os fragmentos de sua memória desconexa. Ela vasculhava sua memória, agarrando-se ao único fio que restava tangível. “Eu me lembro… de despir você,” ela admitiu, sua voz tremendo com incerteza. “E então… eu acordei dentro do sonho.”
O olhar de Lucas se intensificava, seus olhos traíam um conhecimento oculto. “Me fale sobre o seu sonho,” ele ordenou, seu tom não admitindo resistência.
Desta vez, ela não hesitou. Com um senso de urgência, ela contou todos os detalhes da mulher e do homem que se pareciam com eles, sua presença enigmática e influência perturbadora sobre seu subconsciente.
“Então, ela falou com você…” Lucas assentiu, um traço de cansaço delineando seus traços.
“O que significa isso?” ela pressionou, sua voz carregada tanto de curiosidade quanto de apreensão.
“Significa… ela desejou fundir-se à sua alma,” Lucas explicou, sua voz tingida com uma gravidade que ela não podia ignorar. “Mas como você conseguiu acordar do sonho por conta própria, sugere que o domínio dela sobre seu subconsciente está enfraquecendo. Talvez seja a essência residual do demônio que você absorveu que contrariou a influência dela.”
Rosalinda franziu a testa, desesperada por respostas. “Você vai me dizer o que realmente aconteceu? O que tudo isso significa?”
Lucas suspirou, uma mistura de frustração e resignação evidente em sua expressão. Ele gesticulou para que ela se acomodasse na banheira, um convite silencioso para mergulhar na água fervente. Enquanto ela fazia isso, seu olhar se fixava nele, seus olhos se arregalando quando ele tirou seu roupão e juntou-se a ela, sua nudez descaradamente exposta.
“Você — o que está fazendo?” ela gaguejou, suas palavras ficando presas em sua garganta enquanto seus olhos eram imediatamente atraídos para sua forma exposta, uma mistura potente de desejo e inquietação agitando-se dentro dela.