Jogos da Rosie - Capítulo 438
- Home
- Jogos da Rosie
- Capítulo 438 - 438 Descoberta 438 Descoberta Removam-nos da enfermaria e
438: Descoberta 438: Descoberta “Removam-nos da enfermaria e tragam outro grupo de soldados aqui,” Rosalinda comandou, sua voz carregada de exaustão. Apesar de seu próprio cansaço, ela não tinha escolha senão continuar.
A Escuridão havia se mostrado eficaz na cura dos soldados, mas a batalha estava longe de terminar. Seus corpos continuavam enfraquecidos, necessitando de cuidados diligentes para garantir uma recuperação completa.
Rosalinda reclinou-se em sua cadeira, seu rosto pálido pelo esforço de canalizar a Escuridão. Ela fechou os olhos, buscando um momento de descanso em meio ao caos. No entanto, os sussurros persistiam com seus avisos urgentes ecoando em sua mente.
“Corra… eles estão vindo… corra,” a voz dentro de sua cabeça ecoou.
Ela não fez nenhuma tentativa de esconder seu tormento. Os sussurros implacáveis haviam cobrado seu preço, enfraquecendo não apenas seu corpo, mas também seu espírito. Ela respirou fundo, ansiando por um breve momento de tranquilidade.
“Duquesa, os líderes das quatro grandes famílias chegaram para discutir a situação,” General Bohan informou, sua voz preenchida de preocupação.
“Diga-lhes que devem esperar. Convocá-los-ei assim que terminar de curar os soldados,” respondeu Rosalinda, sua voz pesada de exaustão.
Mais cedo, enquanto usava seus poderes para curar os soldados, algo inesperado ocorreu. Não só sua Escuridão curou seus ferimentos, mas também absorveu a misteriosa escuridão que os atormentava. Rosalinda ponderou as implicações, imaginando se esse novo poder representava algum perigo para si mesma.
Para sua surpresa, a escuridão absorvida não teve efeitos colaterais imediatos. Ela não a afetou com memórias dolorosas nem lhe causou dano. Embora a deixasse fisicamente enfraquecida, ela sentiu uma recuperação rápida dentro de seu corpo, uma rejuvenescimento como nunca havia experimentado antes.
“General, traga-me uma faca,” Rosalinda pediu, sua voz tingida de curiosidade. “Uma adaga, se possível.”
Sem hesitar, General Bohan lhe entregou uma adaga, afastando-se para lhe dar espaço. Rosalinda segurou firmemente a lâmina e, sem hesitar, fez um corte profundo na palma de sua mão. Surpreendentemente, o ferimento fechou-se assim que a lâmina tirou sangue.
Uma onda de exaltação a cobriu. A escuridão vinda da doença possuía propriedades extraordinárias, muito mais potentes e substanciais do que as suas próprias. Ela se sentia densa, pesada, e ainda assim lutava para encontrar as palavras certas para descrevê-la completamente.
Com uma determinação renovada, Rosalinda levantou-se de sua cadeira, limpando o suor de sua testa com um lenço. Ela focou nos soldados diante dela, cujas vidas estavam novamente em suas mãos.
Paciente por paciente, ela canalizou a escuridão dentro de si, recuperando seus corpos quebrados até que a estabilidade voltasse às suas formas debilitadas. O tempo parecia esticar-se indefinidamente, mas Rosalinda perseverava, movida por um senso de dever e uma curiosidade recém-descoberta.
À medida que o último soldado se estabilizava, Rosalinda afundou-se de volta em sua cadeira, sua testa brilhando de suor. Usando o lenço para enxugar o suor, ela contemplou a escuridão que havia absorvido. O que começara como um termo simples, escuridão, agora tinha um significado mais profundo.
Ele possuía força e potência que ela não tinha antecipado.
Ela fechou os olhos, mergulhando para dentro de si mesma para examinar seu próprio corpo. Ao contrário de suas expectativas, ela descobriu-se em um estado de condição física primorosa.
O cansaço dissipou-se, substituído por uma sensação de vitalidade que ela não sentira em anos. O enigma de suas habilidades recém-descobertas permanecia, deixando-a com mais perguntas do que respostas.
Com um suspiro, Rosalinda resolveu desvendar os mistérios que se apresentavam diante dela. Ela estava determinada a entender a natureza dessa escuridão e suas profundas implicações, pois nas suas profundezas pode estar a chave para salvar seu povo e assegurar o futuro do ducado.
….
A atmosfera fora da enfermaria crepitava com tensão, um contraste marcante com a serenidade interior. Os soldados afetados pela misteriosa doença haviam sido realocados para os quartéis para a recuperação, deixando a enfermaria disponível exclusivamente para aqueles que necessitavam de tratamento da Duquesa.
Poder-se-ia esperar uma sensação de alívio e alegria pela reviravolta milagrosa dos soldados, mas a realidade pintava um quadro diferente.
Parada fora da enfermaria, Rainha Aurinda, adornada com vestes carmesins esplêndidas, confrontava uma figura volumosa, um homem com um machado massivo e uma espada presos às costas. Sua voz estava carregada de autoridade enquanto ela se dirigia a ele, seus olhos se estreitando com intensidade.
“Está ousando desobedecer sua Rainha?” Rainha Aurinda demandou, suas palavras cortando o ar. “Deixe-me ser perfeitamente clara. Eu insisto em ver a Duquesa, e ainda assim você, Fabian Etonde, patriarca da Família Etonde, junto com as outras grandes famílias pilastras, ousam me obstruir?”
Arriane Madilu, líder da Família Madilu e a única mulher entre os líderes das quatro grandes famílias, deu um passo à frente na tentativa de aplacar a crescente confrontação. Um sorriso tranquilizador surgiu em seus lábios enquanto ela buscava acalmar a situação escalante.
“Vossa Majestade, agimos preocupados com sua segurança,” disse Arriane, sua voz um bálsamo calmante. “A Duquesa está presentemente se recuperando de curar quase setenta soldados…”
No entanto, a postura de Fabian Etonde carecia da mesma compostura de Arriane. Cruzando seus braços desafiadoramente sobre o peito, ele manteve contato visual com a Rainha sem um vislumbre de medo.
“Como ousa encarar nossa Rainha!” um dos cavaleiros, posicionado atrás da Rainha, moveu-se para intervir, apenas para ser detido por uma mão erguida, a Rainha gesticulando para que ele recuasse.
“Muito bem,” a Rainha declarou, sua voz entrelaçada com determinação sutil. Ela não tinha antecipado enfrentar tal resistência das quatro grandes famílias, mas não demonstrou ofensa. Em vez disso, um sorriso enigmático curvou seus lábios enquanto ela encontrava o olhar inabalável de Fabian Etonde. “Esperarei pela presença da Duquesa no palácio. Gentilmente, certifique-se de que ela venha me ver.”
Com essa declaração final, Rainha Aurinda girou sobre os calcanhares e partiu. Dorothy seguiu o exemplo, seguindo a Rainha com passos medidos enquanto elas saíam da propriedade.
“Minha Rainha, parece que a audácia da propriedade Rothley continua a crescer a cada dia,” comentou um dos cavaleiros, sua voz tingida de preocupação.
A Rainha assentiu, seu sorriso inabalável enquanto ela se acomodava dentro da carruagem à espera. Ela estendeu um convite para que Lady Dorothy se juntasse a ela, um reconhecimento silencioso de suas experiências compartilhadas e o laço formado entre elas.
“Estou bem ciente,” respondeu a Rainha, seu tom carregando uma mistura de convicção e intriga. Seu olhar persistiu na grande propriedade diante dela enquanto a carruagem começava a se mover. As rodas rangiam contra a neve e a Rainha desapareceu de vista, deixando a propriedade Rothley para trás.