Jogos da Rosie - Capítulo 436
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436: Lealdade Inabalável 436: Lealdade Inabalável O olhar de Rosalinda enrijeceu enquanto ela estudava a figura miserável à sua frente.
O jovem soldado, uma mera sombra de seu antigo eu, jazia imóvel na cama dentro da enfermaria. Seus respirar trabalhoso enchia o ar, um lembrete assombroso da grave situação em que se encontravam.
Ela tinha visto os efeitos da aflição se espalhando pelas suas fileiras, torcendo homens e mulheres saudáveis em seres atormentados. A doença parecia desafiar toda lógica, suas origens envoltas em escuridão. O coração de Rosalinda se apertou com uma mistura de compaixão e determinação. Ela sabia o que estava por vir.
Estas pessoas logo se transformariam em criaturas semelhantes a demônios e perderiam sua humanidade. Seria catastrófico!
Ela suspirou e olhou para outra figura na outra cama.
Seu olhar então pousou no General atrás dela. O General Lytton estava pronto para executar suas ordens sem questionar. Sua lealdade e dedicação inabalável eram confortantes em meio ao caos que os cercava. Eles haviam lutado lado a lado, forjados no crisol de inúmeras batalhas contra as bestas no norte. Agora, eles enfrentavam um inimigo que não podiam ver, um inimigo que incutia medo no coração dos mais bravos guerreiros.
“Duquesa, tudo foi cuidado,” o General relatou. “Sir Bohan está de guarda lá fora, garantindo que ninguém entre ou saia. As portas e janelas foram asseguradas. O que devo fazer a seguir?”
Rosalinda virou-se de frente para ele, seus olhos vasculhando o rosto do General em busca de qualquer sinal de dúvida. Ela não encontrou nenhum. Ela sabia que podia confiar nele e sua disposição de seguir suas ordens sem questionar fortalecia sua resolução.
“General,” ela falou com uma determinação de aço, “preciso que você confie em mim implicitamente. Não faça perguntas, não importa o que presencie ou ouça. Execute minhas instruções diligentemente e discutiremos tudo uma vez que este pesadelo tenha terminado.”
A expressão do General endureceu em resposta, suas feições marcadas por um entendimento solene. “Você tem minha lealdade inabalável, vossa graça,” ele afirmou, um testemunho de seu compromisso ininterrupto com o Ducado. “Eu juro pelos túmulos de meus ancestrais, que corajosamente lutaram contra as mesmas bestas que agora nos ameaçam. Eu não questionarei seus motivos ou ações. Meu dever é proteger você e as pessoas da propriedade.”
Uma onda de gratidão invadiu Rosalinda quando ela acenou em reconhecimento. O peso de sua responsabilidade pressionava sobre seus ombros, mas ela sabia que podia contar com o apoio inabalável do General.
Porem, as palavras do General eram bastante claras. Seu dever era proteger as pessoas. Se ela fizesse algo que pudesse prejudicá-las, então seria a responsabilidade dele tornar-se seu adversário.
Satisfeita com suas palavras, Rosalinda respirou fundo, estabilizando-se para o que estava à sua frente. Ela encarou os soldados. Fechando os olhos, ela se concentrou nas palavras do Duque, suas lições ressoando dentro dela.
As bênçãos da luz e das trevas entrelaçavam-se em seu ser, e se ela poderia manipular o poder da luz para curar feridas, então talvez houvesse um lampejo de esperança em utilizar a escuridão também. A incerteza assolava seus pensamentos, pois ela nunca havia tentado um feito desses antes. No entanto, uma força inegável dentro dela a instigava a dar esse salto de fé.
“Corra…” a voz sussurrou, seu aviso ecoando nos recessos de sua mente. Rosalinda optou por silenciá-la, empurrando para o lado suas próprias dúvidas e medos. Não era hora de hesitação. Ela sabia que tinha que tentar, pelo bem do soldado ferido à sua frente.
Com os olhos fechados, Rosalinda mergulhou fundo em seu eu mais interno, buscando a escuridão que se enrolava em seu coração. Era uma presença densa e sufocante, semelhante a enfrentar uma besta formidável pronta para devorá-la a qualquer momento. No entanto, ela fortaleceu sua resolução, recusando-se a deixar que o medo a detivesse.
O tempo pareceu estender-se para a eternidade enquanto Rosalinda concentrava seus pensamentos, canalizando sua força de vontade. Ela ordenou que a escuridão atendesse seu chamado, para tecer seus tentáculos em volta do corpo maltratado do jovem soldado. As sombras enegrecidas giravam e dançavam, respondendo a seus comandos implícitos.
Uma onda de antecipação percorreu suas veias ao sentir a escuridão envolver a forma do soldado. Era uma sensação estranha, a combinação de sua própria essência com a força malevolente. O ar estalava com energia de outro mundo enquanto a escuridão operava sua magia etérea.
….
Por gerações, os Lytton estiveram ao lado do Ducado, sua lealdade inabalável um testemunho de sua devoção inquebrantável. Para eles, servir o Duque não era apenas um dever — era um vínculo sagrado que transcendia títulos e obrigações meras.
Forasteiros poderiam ter visto sua lealdade como tolice, incapazes de compreender por que uma família de tamanha força e influência seguiria cegamente cada comando do Duque. Aos olhos daqueles de fora do Ducado, os Lytton eram vistos como peões, facilmente manipulados para promover a agenda de outra pessoa.
No passado, ofertas de riqueza e poder lhes foram feitas, tentando-os a trair sua lealdade e tomar controle do Ducado para si próprios. No entanto, os Lytton e o resto das quatro grandes colunas da propriedade, permaneceram firmes, seu compromisso inabalável.
Para a família Lytton, sua lealdade não nascia de ingenuidade ou ignorância. Ela corria fundo em suas veias, entrelaçando-se com sua própria essência. Suas raízes estavam entrelaçadas com os fundamentos do Ducado, tendo ficado ao seu lado desde seus inícios humildes. Seu suporte inabalável não era uma sequência cega, mas um testemunho de sua crença inabalável na retidão de sua causa.
As dúvidas lançadas sobre a Duquesa serviram apenas para alimentar o fogo da especulação.
Sussurros ecoavam pelos corredores das famílias nobres do Norte, questionando a autenticidade de seu casamento com o Duque. Muitos acreditavam que o Duque havia cuidadosamente orquestrado uma farsa para obter maior poder e influência ao casar-se com a Duquesa.
A suspeita pairava pesada no ar, enquanto as famílias nobres especulavam sobre os motivos ocultos do Duque, contemplando a possibilidade de um golpe para reivindicar a coroa do Rei e Rainha atual.
Em meio aos sussurros céticos que ressoavam entre as famílias nobres do Norte, o General e as outras colunas de força permaneciam em silêncio, aceitando a nova Duquesa sem questionar. Muitos os consideravam tolos pela sua aceitação inquestionável, alheios às verdadeiras razões que jaziam ocultas sob a superfície.
O General se manteve calado, não querendo divulgar a informação que os distinguia daqueles que apenas podiam latir como cães, incapazes de entender as complexidades de sua lealdade.
Enquanto os pensamentos do General giravam com segredos não ditos, sua atenção foi bruscamente desviada por uma substância semelhante a névoa escura que envolvia o corpo do jovem homem diante deles. O homem, uma vez saudável e vibrante, sucumbira a uma doença terrível em meras poucas horas — um avanço imprevisto que deixou o General inquieto.
As implicações eram graves. Se a doença pudesse se espalhar e reivindicar vidas de maneira tão rápida, qual destino aguardava o acampamento inteiro se todos fossem infectados? O peso desta possibilidade pendia pesadamente sobre seus ombros.
No entanto, apesar das crescentes incertezas, o General permanecia composto. A névoa negra que envolvia a forma do homem insinuava escuridão ou feitiçaria, um método desconhecido ao olhar treinado do General. Embora essa realização pudesse ter gerado alarme, a calma do General prevalecia.
Aos seus olhos, aqueles que possuíam poder para ajudar seus soldados eram aliados, independente de sua natureza ou origem. Por outro lado, aqueles que representavam uma ameaça a seus homens eram adversários merecedores de sua inquebrantável vigilância.
Era uma crença simples, mas constante, que guiava suas ações. Seja feiticeira ou não, a Duquesa havia provado sua capacidade de ajudá-los no passado, solidificando seu status como aliada. E dentro da propriedade, esse modo de pensar permeava os pensamentos de todos os que lá residiam, fomentando uma frente unida.
…..
O ambiente outrora tranquilo da enfermaria havia descido ao caos, refletindo a situação desesperadora que se desenrolava dentro de suas paredes. O pessoal médico, sobrecarregado pela súbita onda de soldados sofrendo o mesmo destino trágico, trabalhavam incansavelmente para cuidar de seus corpos enfraquecidos.
Formas inconscientes jaziam na neve, enquanto outros lutavam por cada respiração trabalhosa. Os soldados, endurecidos pelas condições severas do Norte e resistentes a doenças, agora pareciam frágeis e vulneráveis, sucumbindo a uma doença enigmática como nenhuma que tinham encontrado antes.
Fora da enfermaria, uma atmosfera tensa estava pesada no ar. Sir Bohan, seu semblante escurecido com preocupação, observava a cena diante dele. Esses soldados haviam sido retirados da prisão, sua condição deteriorante não deixando escolha a não ser trazê-los aqui para atenção médica urgente. A gravidade da situação pesava fortemente sobre ele, agitando uma mistura de frustração e determinação em seu coração.
“Sir Bohan, imploramos que nos permita entrar,” Lady Dorothy suplicou, sua voz preenchida com urgência. “Estas pessoas precisam de cuidados imediatos. Não podemos deixá-las deitadas na neve, pois isso pode exacerbar suas circunstâncias já graves.”
“Senhor, Lady Dorothy está correta desta vez. Precisávamos levar nossos suprimentos para dentro para ao menos dar a eles o cuidado necessário. Não podemos nos dar ao luxo de esperar mais.” Um do pessoal médico falou. “Por favor, nos deixe entrar.”