Jogos da Rosie - Capítulo 433
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433: Uma Dor de Cabeça Latejante 433: Uma Dor de Cabeça Latejante “A Senhora Dorothy estava ajudando nas muralhas.”
As palavras de Denys ficaram suspensas no ar, e a expressão de Rosalinda se estreitava a cada momento que passava. Ela refletiu sobre os motivos da Rainha, sua mente correndo para desvendar os desejos ocultos por trás da chegada de Dorothy em Wugari. O anseio da Rainha por um filho não era segredo, mas a extensão a que ela estava disposta a ir para cumprir esse desejo deixou Rosalinda inquieta.
Era realmente necessário sacrificar algo no processo? A testa de Rosalinda se franziu em um silencioso questionamento enquanto ela caminhava em direção ao seu quarto, seus pensamentos consumidos pelo peso da situação. Amanhã deveria ser seu aniversário, um dia de celebração, mas ela não tinha a intenção de se deleitar nele.
A mente de Rosalinda zumbia com uma infinidade de tarefas e responsabilidades, e agora, a presença de Dorothy adicionava mais uma camada de complexidade à sua já sobrecarregada agenda. Ela suspirou, grata pelo fato de Martin Lux ter partido de Wugari. Pelo menos uma fonte de tensão havia sido eliminada.
Contudo, Rosalinda não podia deixar de desejar a partida rápida de Dorothy da cidade também. Que propósito ela servia aqui? Por que ela estava mesmo presente em Wugari, provocando ainda mais dores de cabeça para Rosalinda? Essas questões perduravam em seus pensamentos, alimentando seu desejo de encontrar respostas e restaurar um semblante de ordem ao seu mundo caótico.
Ao entrar em seu quarto, Denys lhe entregou uma pilha de arquivos. “Estas são as coisas que foram preparadas para o evento de amanhã.”
Ela piscou surpresa. “Um evento? Não fui informada de tal coisa.”
Denys apressou-se em explicar, “O Duque me pediu para enviar os convites e cuidar de tudo. Ele já organizou tudo para a sua celebração de aniversário.”
“Ele… Lucas fez?” As bochechas de Rosalinda coraram, inexplicavelmente envergonhada pelas palavras de Denys. Ela piscou repetidamente, tentando processar a surpreendente reviravolta dos eventos. Por que ele teria se dado todo esse trabalho?
“Por favor, confira se o vestido e as joias são do seu gosto. Sua graça os selecionou pessoalmente para você,” Denys continuou, tentando quebrar o silêncio.
Rosalinda permaneceu em silêncio, sua atenção desviada para os papéis à sua frente. Uma sensação de desconforto avassaladora a envolveu enquanto ela examinava os nomes na lista de convidados e a extravagância do evento planejado. “Isto é demasiado grandioso…” Ela não conseguia sacudir a sensação de que isso era inadequado, dada a iminente ameaça dos demônios se aproximando.
Denys antecipou sua reação e apressou-se em adicionar, “O Duque previu que você expressaria tais preocupações. Ele me pediu para dizer que você nunca teve uma celebração de aniversário realmente grandiosa antes. Ele quer que você relaxe e aproveite a ocasião.”
“Relaxar?” Rosalinda piscou mais uma vez, sua mente agora nublada de suspeita. Ela não pôde deixar de questionar as intenções de Denys. O que o Duque estava tramando? Ele não estaria tentando evitá-la?
Uma dor de cabeça pulsante começou a pressionar suas têmporas enquanto ela olhava para o vestido branco imaculado que estava diante dela. Sua elegância e aparência semelhante à de um vestido de noiva suscitaram uma pergunta que agitava seus pensamentos. Será que Lucas teria a intenção de propô-la em casamento novamente em seu aniversário? A ideia parecia assustadora, mas em seu estado fatigado, ela não tinha energia para se deter nisso ainda mais.
“Tudo bem. Isso será suficiente. Obrigada,” Rosalinda falou, sua voz carregando um tom de resignação. Surpreendentemente, os itens escolhidos por Lucas para ela se adequavam perfeitamente ao seu gosto. Parecia que ele conhecia bem as suas preferências. Colocando os arquivos de lado na mesa, ela se acomodou na cadeira, buscando um breve descanso.
“Por favor, convoque os comerciantes,” Rosalinda instruiu com voz clara e composta. Denys prontamente cumpriu, rapidamente organizando a presença dos comerciantes que vinham enfrentando dificuldades com as bestas ameaçadoras.
Logo depois, os comerciantes reuniram-se diante dela, suas expressões expectantes. Rosalinda não perdeu tempo em explicar o propósito de sua convocação—um portal. Um seria estabelecido em Korusta e outro em Rakha. O Patriarca da Família Blaize havia lhe assegurado que a construção dos portais seria priorizada, com a conclusão esperada em poucas semanas.
A notícia se espalhou como fogo pelos comerciantes, acendendo um senso de júbilo em seus corações. Korusta, um império próspero conhecido por seus comerciantes excepcionais e produtos de qualidade, tinha um enorme potencial para um comércio lucrativo. A perspectiva de um portal conectando Korusta e Wugari prometia um aumento substancial em suas margens de lucro. Em questão de dias, Rosalinda havia conseguido resolver o problema premente em questão, conquistando gratidão e admiração dos comerciantes cujos obstáculos estavam sendo rapidamente superados.
Rosalinda não perdeu tempo e prontamente enviou uma mensagem ao Rei, informando-o sobre as construções iminentes dos portais. No entanto, mesmo enquanto tentava descansar, sua mente continuava a correr com pensamentos de garantir provisões suficientes para a Propriedade. O clima áspero da região norte, com seu inverno de dez meses, representava um desafio significativo em termos de disponibilidade de alimentos.
Incapaz de encontrar repouso no descanso, Rosalinda convocou Denys para chamar construtores e planejadores. Ela estava determinada a corrigir o problema construindo uma estufa dentro da Propriedade. A ideia de ter uma fonte confiável de alimentos e maior segurança oferecia algum consolo em meio a suas crescentes responsabilidades.
“Por que o Duque e os Duques anteriores nunca consideraram construir estufas?” Rosalinda expressou sua dúvida na presença do Mordomo Lance Walford. Sua relação com o Mordomo e a Ama-Chefe, Clemence Spencer, havia sido menos que favorável no passado. No entanto, agora como a nova Duquesa, era essencial para ela estabelecer um bom relacionamento com essas figuras-chave.
“Uma estufa não seria um excelente meio de garantir sustentabilidade e segurança alimentar?” Rosalinda perguntou, com sua curiosidade aguçada. Ela muitas vezes se perguntava por que o Ducado carecia de uma estufa substancial capaz de produzir alimentos suficientes, especialmente considerando que até o palácio tinha uma.
O Mordomo, Lance Walford, hesitou por um momento antes de responder. Felizmente, ele possuía inteligência suficiente para ajustar rapidamente sua postura, reconhecendo a crescente proximidade entre Rosalinda e o Duque. Tinha se tornado evidente que o Duque tinha um carinho por Rosalinda, deixando os servos sem outra escolha a não ser ceder às suas preferências.
“Permita-me falar francamente,” o Mordomo finalmente reuniu coragem para responder. “É simplesmente porque o Duque anterior não tinha interesse em perseguir tal projeto.”
O olhar de Rosalinda endureceu, a realização se aprofundando.