Jogos da Rosie - Capítulo 420
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420: Responsabilidades 420: Responsabilidades “Então, foram Brinley e Ena Thun?” A voz de Rosalinda tremia de raiva ao mencionar Ena Thun, fazendo seu sangue ferver. Seus olhos penetravam a expressão séria de Lachlan. “Então… eles atacaram você, e ela,” seu olhar se voltou para Josefina, “de alguma forma te salvou?”
Lachlan assentiu novamente, a expressão grave. “Sim, temos viajado juntos durante semanas.”
“Você viajou com um feiticeiro?” Rosalinda perguntou, evidenciando sua incredulidade. Como poderia um membro das estimadas sete famílias, conhecidas por sua arrogância, estar associado a um feiticeiro? Ela sempre pensou que Lachlan e os demais tinham um profundo desgosto pelos que manejam a escuridão.
“Sim,” Lachlan respondeu simplesmente.
Josefina, parecendo confusa, interveio, “Há algum problema?”
Rosalinda pigarreou, tentando recuperar a compostura. “Nada. Vamos comer um lanche primeiro…” Suas palavras se perderam quando Magda entrou na sala.
“Eu gostaria de comida… digo, carne. Carne de verdade,” Josefina declarou.
“Ah… então…” Rosalinda começou, mas Magda a interrompeu, saindo rapidamente para atender o pedido de Josefina.
O silêncio se abateu sobre a sala enquanto Josefina se deliciava com os doces que Magda tinha trazido. Sua voz quebrou o silêncio. “Hmm… isso é bom. O que é isso?”
O olhar de Rosalinda pousou sobre o divino doce diante dela — uma criação requintada com um redemoinho de compota de frutas vermelhas entremeado entre camadas de massa folhada crocante, adornada com uma delicada camada de açúcar de confeiteiro. “Chama-se Explosão de Frutas Vermelhas,” ela respondeu. Apesar de adorar doces, esse doce específico era um tanto quanto doce demais, até para seu gosto.
“Eu adorei. Você acha que eu posso ter mais desses?” Josefina perguntou ansiosamente.
“Claro,” Rosalinda assentiu, antes de desviar sua atenção de volta para o semblante sério de Lachlan.
Rosalinda observou enquanto Josefina devorava outro doce, saboreando a doçura. “Lembre de me dar mais dois… não, três…” Josefina estendeu ansiosamente três dedos diante de Rosalinda, um claro testemunho de seu prazer.
“Certo,” Rosalinda concordou, anotando mentalmente o pedido, antes de mais uma vez desviar seu olhar para a expressão séria de Lachlan.
“Você sabe o que tem acontecido em Korusta desde que você partiu?” Rosalinda perguntou, com a voz tingida de preocupação.
“Não, mas vou supor que essas pessoas sem vergonha tentaram me incriminar. Estou certo?” A voz de Lachlan transbordava frustração.
“Seu pai queria declarar guerra contra eles,” Rosalinda revelou, escolhendo suas palavras cuidadosamente.
“Ele deveria! Ele—” As palavras de Lachlan foram interrompidas por um pigarro, sua frustração dando lugar a um suspiro resignado. “Bem… Já faz tanto tempo que alguém nos desafiou abertamente. Não é surpresa que meu pai pensaria imediatamente em confronto direto.”
Rosalinda acenou com a cabeça em compreensão, reconhecendo a gravidade da situação. “No entanto, ele não tinha ideia de que Sloryn é apoiado por Ena Thun. Ele precisa saber disso! Preciso voltar para Korusta!” Lachlan declarou com determinação.
“Você deveria. Neste momento, uma guerra não seria um curso de ação sábio,” Rosalinda aconselhou, seu tom cheio de cautela.
“Muitas coisas têm acontecido ultimamente,” Lachlan acrescentou, sua voz carregada de preocupação. “Fale a ela sobre as bestas…” Ele virou seu olhar para Josefina, que agora saboreava mais uma das deliciosas sobremesas.
“Eles costumavam ser humanos,” Josefina falou entre mordidas, suas palavras um pouco abafadas. “Não lhes foi dada a chance de escolher. Eles foram diretamente… eles sofreram,” ela disse, com os olhos cheios de uma mistura de tristeza e raiva. “Quem fez isso não tinha coração.”
Rosalinda franziu os lábios, contemplando a gravidade da revelação de Josefina. “Como você soube disso?” perguntou, sua curiosidade mesclada com cautela.
“Eu vi,” Josefina respondeu simplesmente. “Aquelas pessoas nasceram e cresceram sem ver o sol. E então se tornaram monstros. Um feiticeiro fez isso.”
“Ela pode fazer mais do que isso,” Lachlan interrompeu, enquanto cutucava Josefina com o cotovelo.
“Oh… eu posso dizer de onde eles vieram,” Josefina revelou, surpreendendo Rosalinda. Ela queria perguntar como, mas em vez disso, fechou a boca e acenou com a cabeça, preparando-se para os segredos e mistérios que os esperavam.
…..
Elias franziu a testa enquanto analisava o mapa diante deles. “Podemos realmente confiar naquele feiticeiro?” Sua voz continha uma nota de ceticismo. “Atior já nos traiu,” ele apontou, suas palavras carregadas de suspeita.
Rosalinda foi pega de surpresa pelo comentário de Elias. Ela não tinha certeza de onde ele havia obtido aquela informação, mas escolheu não corrigi-lo. “Não é por isso que eu queria enviar vocês dois para observar?” ela respondeu, tentando redirecionar a conversa. Anteriormente, Josefina havia apontado para eles um local próximo a Lonyth, um lugar que Rosalinda nunca havia visitado, mas sobre o qual ouvira de relatos antigos de Josefina com Lucas. A urgência de sua situação a impedia de ir pessoalmente até lá, já que tinha outros assuntos prementes a resolver. O único motivo pelo qual ela conseguiu vir a esta reunião foi por convencer Denys de que precisava trocar de roupa.
“Você parece que não dormiu nenhuma noite,” Valentin observou, de pé ao lado da mesa, ao lado de Elias. Embora seus olhos estivessem fixos no mapa, seu olhar periodicamente se deslocava em direção a Rosalinda. “Você tem alguma notícia do Duque?”
Rosalinda balançou a cabeça, o cansaço evidente. Valentin assentiu em concordância, sua expressão se tornando mais sombria. “Ele com certeza voltará,” ele declarou, sua voz tingida de determinação.
“Ele voltará,” Rosalinda afirmou, sua certeza inabalável.
“Então, Elias e eu partiremos muito em breve,” Valentin anunciou, se preparando para a missão iminente.
Rosalinda alcançou o bolso e retirou duas pequenas pulseiras, estendendo-as para eles. “Usem isso,” ela instruiu. “Vocês podem esmagá-la se precisarem de ajuda, e eu poderei localizar diretamente a posição de vocês.”
A carranca de Elias se aprofundou ao aceitar a simples pulseira que Rosalinda havia obtido no mercado negro. “Você acha que aquelas bestas vão nos sobrecarregar?” ele questionou, arrogância brilhando em seus olhos.
“Não, eu—” Rosalinda começou, mas Valentin interrompeu, entendendo o sentimento subjacente de Elias. Ele não queria que Rosalinda interpretasse mal suas palavras. “Ele não quis dizer isso,” Valentin esclareceu. “Ele tem estado de mau humor desde que percebeu que Lachlan está aqui, então…”
“Por que eu estaria de mau humor?” Elias sibilou, sua irritação palpável. “Eu estava simplesmente perguntando se ela realmente acha que essas bestas são mais fortes do que nós.”
“Não, eu não penso que elas são mais fortes do que vocês, mas ainda é melhor ser cauteloso,” Rosalinda assegurou-lhes, seu tom gentil ainda sim firme. “As pulseiras permanecerão com vocês, caso precisem.”
“Certo, então. Só não espere que eu as esmague,” Elias retrucou, seu orgulho recusando-se a reconhecer a necessidade de tal plano de contingência.
…..
“Você parece que está prestes a desmaiar,” Magda comentou, sua voz cheia de preocupação. “Eu lembro de quão radiante você parecia quando chegou ao norte. Isso me faz pensar que tem algo a ver com o Duque. É por causa da ausência dele?”
Rosalinda suspirou, sentindo o peso do esgotamento se assentar sobre seus ombros. “Eu tenho trabalhado incansavelmente desde que cheguei,” ela confessou. Gerenciar um território estava se mostrando muito mais exigente do que ela havia antecipado. No passado, ela contou com Dorothy enquanto supervisionava o Império, pensando que nunca teria que assumir um papel como aquele novamente. E ainda assim, aqui estava ela, correndo para mais uma reunião no meio do dia.
“Como estava Lachlan?” Rosalinda indagou, sua curiosidade aguçada.
“Ele tem esperado por você,” Magda respondeu, sua voz tingida com intriga. Ela se sentou ao lado de Rosalinda na carruagem, oferecendo um senso de camaradagem em meio ao caos. “Aquela mulher, por outro lado, era bem diferente.”
A testa de Rosalinda se franziu, seu interesse aguçado. “Diferente? Como assim?”
Magda se inclinou mais perto, baixando a voz. “Ela não dorme em uma cama. Eu a encontrei no chão esta manhã,” ela revelou, um toque de perplexidade evidente em sua voz.
Os olhos de Rosalinda se estreitaram, contemplando essa informação peculiar. “Parece que ela cresceu em algum lugar sem cama,” ela refletiu em voz alta. “Mas e o comportamento dela?”
Magda deu de ombros levemente. “A primeira coisa que ela me perguntou quando me viu foi por comida. Ela queria mais daquela torta de frutas vermelhas que você apresentou a ela. Eu tive que instruir as empregadas a fazerem lotes e entregá-los a ela a cada hora.”
“A cada hora?” Rosalinda repetiu, surpresa pelo pedido.
“Sim, foi o que ela pediu,” Magda confirmou com um aceno de cabeça. “Felizmente, temos uma abundância dessas frutas vermelhas no norte, então atender sua demanda não foi um problema.”
A mente de Rosalinda estava cheia de um turbilhão de pensamentos enquanto ela contemplava as implicações dos hábitos peculiares e apetite insaciável de Josefina. O encontro com Lachlan e Josefina havia acrescentado ainda mais ao seu prato já transbordando de responsabilidades.
Ainda, em meio a todos os desafios que enfrentava, uma coisa a frustrava acima de tudo: a determinação inabalável de Dorothy de fazer Rosalinda sofrer. A presença de Dorothy neste lugar era motivo suficiente para deixá-la em alerta!
Conforme a carruagem seguia em frente através da vasta extensão de neve, o olhar de Rosalinda divagava, perdida em reflexão. Ela não pôde evitar sentir uma sensação de apreensão ao antecipar a próxima reunião no palácio. Era mais um encontro com alguém que buscava o Ducado, mais uma oportunidade para lutas pelo poder e negociações. No fundo, ela esperava que o destino a poupasse de cruzar o caminho de Dorothy ao longo do caminho.
A carruagem continuou sua viagem estável, cada solavanco e balanço do veículo refletindo a turbulência nos próprios pensamentos de Rosalinda. Ela apertou as mãos com força, tentando acalmar a crescente inquietação interior. O palácio se erguia ao longe, sua grandiosidade um lembrete marcante das responsabilidades e desafios que a esperavam.