Imprestável para Inestimável: A Companheira Rejeitada pelo Alpha - Capítulo 66

66: CAPÍTULO 66 66: CAPÍTULO 66 PONTO DE VISTA DO KADEN
“Eu estou esperando por você há mais de meia hora,” ela começou em um tom aborrecido. “Não é gentil deixar uma dama esperando, Kaden, eu certamente te ensinei melhor do que isso.”

“Eu te liguei várias vezes, mãe, você poderia ter deixado uma mensagem,” eu atravessei a sala e tomei meu assento.

Pela primeira vez, houve um silêncio constrangedor entre nós. Minha mãe não ficava constrangida, ela exigia e pressionava até conseguir o que queria, mas era como se, de repente, ela percebesse que eu não era apenas seu filho, mas o Alpha da matilha mais poderosa e havia pouco que ela pudesse me forçar a fazer. Enfrentá-la foi como recuperar algum tipo de controle – algo que ela desesperadamente desejava.

“Acredito que começamos com o pé errado mais cedo,” ela começou fracamente. “Eu só fiquei chocada ao ver alguém em sua casa, especialmente quando a Lucy ligou para me dizer que vocês tinham brigado e que você a tinha expulsado. Eu planejava ir ontem à noite, mas quis que você se acalmasse primeiro… Eu não quis insinuar que a garota era uma prostituta.”

“A garota tem um nome e é Amelia.”

Ela engoliu fundo e deu um sorriso que parecia mais uma careta. “Amelia, certo. Eu nunca deveria ter falado dela daquela maneira, mas eu estava apenas tentando fazer o que sentia ser o melhor para você. Você merece alguém brilhante e inteligente, que possa unificar esta matilha com outra e te dar uma vantagem. Eu conheço a Lucy e conheço a família dela. Acredito que ela seria uma boa escolha para você.”

“Houve mais de cinquenta mulheres que você acreditou serem boas escolhas para mim, mãe,” eu repliquei e ela franziu a testa. “Estou começando a pensar que você simplesmente me emparelha aleatoriamente com qualquer mulher que vê.”

“Eu sou sua mãe, Kaden, você pode estar chateado comigo, mas não tem o direito de falar comigo dessa forma. Sou a única pessoa que tem o seu melhor interesse no coração e a Lucy é o que há de melhor para você.”

“Se foi para dizer isso que você veio, então pode ir embora,” eu gesticulei em direção à porta atrás dela. “Amelia é minha companheira e não há nada que você possa dizer sobre Lucy que me fará mudar de ideia. Não me importo se ela caga ouro.”

Os olhos da minha mãe se arregalaram a ponto de parecerem pires. “Não seja tão grosseiro.” Quando ela viu que eu não respondi, suspirou e se levantou. “Tudo bem, eu vou embora.”

Eu a observei caminhar até a porta. Se fosse outro dia, eu a teria chamado de volta e me desculpado. Minha mãe havia feito tanto por mim e me doía machucá-la, mas nesta situação, eu não conseguia me importar. Enquanto ela não respeitasse Amelia como minha escolha, eu não podia ficar ao lado dela.

Ela parou com a mão na maçaneta e se virou para mim. “Eu só não quero ver você se machucar de novo, Kaden. Você é meu único filho e não quero passar por isso outra vez.”

“Do que você está falando?” eu perguntei, mas ela ignorou minha questão.

“Se é ela quem você quer, que seja. Não posso te impedir, mas não preciso concordar com você.”

Depois disso, ela saiu do meu escritório me deixando em completo silêncio.

Tentei trabalhar por uns minutos depois disso, mas não conseguia pensar claramente. As palavras da minha mãe continuavam se repetindo em meus ouvidos e tentei ligar para ela para perguntar o que ela quis dizer, mas ela ignorou minhas ligações. Eu estava irritado e frustrado, então peguei minhas chaves e fui dar uma volta. Meu primeiro instinto foi ir para casa e pegar as roupas que eu havia levado do quarto da Amelia, mas meu lobo rapidamente me lembrou que agora eu estava com Amelia e não havia razão para pegar suas roupas quando eu podia estar com ela.

Dirigi até a casa do Caleb e a Clara atendeu a porta. No começo, ela deu um sorrisinho, mas rapidamente percebeu minha expressão e deu passagem. “Ela está no quarto dela. Vou dizer à vó que você não deve ser incomodado.”

“Obrigado, Clara.”

Ela deu espaço para mim e fiz meu caminho até o quarto da Amelia. Do lado de fora, eu podia ouvi-la resmungando consigo mesma, mas não conseguia exatamente ouvir o que ela estava dizendo. Empurrei a porta levemente e o cheiro dela me atingiu como um trem. Eu tive que me controlar para não ir correndo até ela e assustá-la. Ela estava sentada na mesa, olhando para um livro. Seu lápis estava preso entre seus lábios e ela passava a mão livre no rosto.

“Estou interrompendo?” eu perguntei e ela se assustou antes de se virar para mim. Assim que nossos olhos se encontraram, suas bochechas esquentaram e eu não precisei vasculhar nossa ligação para saber exatamente o que ela estava pensando. Entrei no quarto e fechei a porta atrás de mim. “O que você está fazendo?”

“Eu tenho um dever de casa para amanhã e não faço ideia do que estou fazendo,” ela murmurou algo mais baixo e eu atravessei a sala.

Fazia tempo que eu não fazia nenhum tipo de dever de casa, mas eu estava determinado a ajudá-la. Se não por outra coisa, mas para que ela pudesse olhar para mim como se eu fosse seu herói. Eu a tirei da cadeira e ocupei o lugar antes de puxá-la para o meu colo. Mais uma vez, suas bochechas esquentaram e quando ela se mexeu em meu colo para ficar mais confortável, eu segurei seus quadris.

“Se você tem planos de terminar isso, então vai parar de se mexer imediatamente,” eu avisei e eu sabia o exato momento que ela percebeu o crescente volume embaixo dela porque ela apertou suas coxas. “Agora, me mostre o que está errado, querida. Quanto mais rápido terminarmos isso, mais tempo eu passo com você.”

Me levou cerca de dez minutos para entrar no fluxo, mas uma vez que eu consegui, terminamos toda a tarefa em menos de meia hora e, como eu previ, o sorriso no rosto dela e a alegria pura e incontaminada com que ela jogou os braços ao redor dos meus ombros foram suficientes para me fazer sentir que eu havia acabado de laçar o sol.

Ela se levantou de mim para guardar os livros no lugar e eu não pude deixar de observá-la enquanto ela se movia pelo pequeno espaço. Um pensamento não convidado sobre ela fazendo o mesmo em minha casa e meu quarto fez o canto dos meus lábios se curvar. Seria o ponto alto da minha vida até agora, mas eu sabia que se eu pedisse a ela agora, ela provavelmente recusaria, então guardei o pensamento para outra hora.

“Muito obrigada, você não tem ideia de quanto tempo eu passei nisso,” ela me disse enquanto se virava para mim. “Eu não estava esperando você hoje, está tudo bem?” Eu assenti e me levantei. Estendi uma mão para ela pegar e ela não perdeu tempo em entrelaçar seus dedos nos meus. “Tem certeza?”

Eu não me dei ao trabalho de responder com palavras, eu a puxei para mais perto até que ela estivesse colada em mim e eu a beijei. Levou um segundo para ela retribuir, mas uma vez que ela fez, ela derreteu contra mim. Ela sentia como êxtase e tinha gosto do meu próprio paraíso. Eu poderia passar o resto da minha vida beijando-a e teria me considerado um homem realizado. Ela gemeu e eu usei a oportunidade para deslizar minha língua em sua boca. Era vergonhoso como só essa ação me deixava duro a ponto de dor.

Eu a queria e era louco o quanto. Quando ela estava por perto, era como se nada mais importasse. Quando eu a segurava, tudo o mais desaparecia. Não havia problema com minha mãe ou questões de lobisomens rebeldes. Quando eu a tinha em meus braços, eu podia apenas ser Kaden – o companheiro dela. Eu não precisava ser o filho perfeito ou o Alpha temido, eu podia apenas ser eu e essa sensação era como uma droga. Ela era como um afrodisíaco feito sob medida para me deixar de joelhos. Eu sabia no meu coração que se ela me pedisse para tirar a lua do céu e trazê-la para a sua porta, eu não descansaria até fazê-lo.

Ela teve que se afastar para respirar e a visão dela com o cabelo bagunçado e os lábios inchados foi meu desfazer. Eu soltei um gemido e encostei minha testa na dela. Ela respirava pesadamente e suas palmas descansavam planas no meu peito. Ela começou a retirá-las, mas eu rapidamente agarrei seus pulsos e os mantive lá.

“Você tem certeza de que está tudo bem?” ela perguntou em um tom suave e ofegante que me fez querer beijá-la novamente. “Você pode conversar comigo, sabe. É sobre a sua mãe?”

“Isso entre muitas outras coisas,” eu admiti relutantemente. Era estranho falar com alguém sobre meus problemas, mas também era bom. Ela abriu a boca para fazer mais perguntas, mas eu a interrompi. “Eu não quero falar sobre nada disso enquanto estou com você. Quero me concentrar em você, pode fazer isso?”

Ela hesitou antes de assentir e eu a puxei em direção à cama comigo. Ela concordou, mas eu podia ver que ela olhava para a porta com receio.

“Ninguém vai entrar,” eu assegurei. “Eles sabem melhor do que isso.”

“E se eles ouvirem?” ela sussurrou com as bochechas em chamas e eu ri.

Puxei-a para a cama e a virei para que eu estivesse deitado sobre ela e me acomodei entre suas coxas. Seus olhos estavam fixos nos meus e eu podia ver o desejo ardente e a luxúria neles, mas estavam enterrados sob a antecipação e a preocupação.

“Você confia em mim?” eu perguntei e ela assentiu. “Ótimo, a única maneira deles nos ouvirem é se você não ficar quieta. Você pode ficar quieta para mim, não pode querida?” Eu vi sua reação ao apelido e fiz uma nota mental para dizê-lo mais vezes. Quando ela assentiu, eu cliquei a língua. “Quero as suas palavras.”

“Sim,”
Eu sorri. “Boa garota.”