Imortal Imperatriz do Gelo: Caminho para a Vingança - Capítulo 951
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Capítulo 951: Maria vs. Mira Parte 3
“Uau~!” Kaius assobiou, observando a batalha entre Mira e Maria se desenrolar. “Essas duas são incríveis!”
Ao lado dele, Celaine assentiu silenciosamente, com o olhar vazio. Kaius estava transmitindo o que via diretamente para a mente dela, permitindo que ela assistisse a tal espetáculo.
“Você não disse que eram amantes? Por que estão tentando se matar?”
“Bem…” Celaine baixou a cabeça. Como ela deveria responder aquilo?
“…O amor é complicado, eu acho.”
“Com certeza.” Kaius concordou seriamente. “Vê-las me faz perceber que minha decisão de ficar solteiro foi a escolha correta!”
“…”
“Já tenho pessoas suficientes tentando me matar como está. Não preciso adicionar outra fraqueza para elas explorarem.”
Celaine estrategicamente manteve a boca fechada, apesar de querer dizer o contrário. Mira e Maria tentavam arduamente não ser um fardo uma para a outra… mesmo que talvez não pareça neste momento. Elas só precisavam ‘conversar’ as coisas.
Ela voltou sua atenção para a batalha, seus ‘olhos’ mal conseguindo acompanhar a velocidade com que ambas se moviam. Se não fosse pela ajuda de Kaius, tudo o que ela veria seria cerca de uma dúzia de luzes fracas se movendo a velocidades extremas, seguidas por clarões de luz.
“Quem você acha que vai ganhar?” Kaius perguntou de repente com um sorriso.
Celaine franziu a testa levemente. “…Não acho que seja meu lugar para—”
“Aposto na loira.” Ele interrompeu, mas Celaine se manteve em silêncio.
Sem se importar com ela, ele continuou, “Ela está dando tudo de si para matar a raposa. Cada movimento é calculado, e ela está até mesmo sobrecarregando o corpo apenas para vencer.”
“Então, você está dizendo que Mira não está?” Ouvindo suas palavras, Celaine ficou curiosa.
“Hmmm… Não tenho certeza. Ela obviamente está tentando vencer, mas ao mesmo tempo, não? Honestamente, não tenho muita certeza. As técnicas que ela mostrou até agora têm sido incrivelmente poderosas, embora um pouco cruas. Ela parece o tipo de pessoa que só tem jogadas matadoras. Se ela quisesse vencer, poderia ser forçada a matar a loira, mas isso é apenas minha especulação.”
“…” Celaine abriu a boca, surpresa com a acuidade de Kaius.
Embora ela não soubesse tanto sobre as técnicas de Mira quanto Maria, sabia que batalhas até a morte com Mira quase nunca duravam tanto tempo. Treinos, talvez, já que nenhum lado estava tentando matar o outro, mas essa era uma história diferente.
‘Mira está se contendo? Não, eu duvido que ela seja estúpida o suficiente para fazer isso. Ela tem que saber que fazer isso seria incrivelmente desrespeitoso.’ Ela pensou, balançando a cabeça.
‘Ou talvez isso seja exatamente o que Maria queria… Talvez ela já tenha levado isso em conta antes de a batalha começar…’ Se fosse o caso, então não era que Mira não tivesse se esforçado ao máximo, mas que Maria havia entrado nisso, sabendo da falta de variedade de Mira apesar de seu poder avassalador.
‘Maria pode realmente sair com uma vitória…!’ Embora anteriormente tenha dito que não era seu lugar, ela estava torcendo por Maria.
Afinal, era esse o ponto inteiro desta viagem!
***
“AHHHH!”
“SOCORRO!”
“FUJA-AGH!”
Gritos e explosões ressoaram enquanto pessoas que foram pegas como danos colaterais foram obliteradas. A batalha de Mira e Maria se estendeu além das proximidades do castelo. Elas ziguezagueavam dentro e fora da tempestade de neve, dispersando a tempestade, reduzindo pequenos biomas a meros remanescentes e aniquilando pequenas cidades.
O número de mortos por causa de seu ‘duelo’ começou nas dezenas, depois nas centenas, e agora está em algum lugar nos milhares enquanto suas lâminas se chocavam à velocidade da luz, ou pelo menos parecia.
Mira liberou uma enxurrada de golpes com sua foice, cada movimento gerando arcos mortais de relâmpagos yin que queimavam o ar e chamuscavam a terra. Maria parava cada golpe com sua espada, o clangor do metal contra metal ecoando como trovão.
Num movimento súbito, os clones de Mira sumiram, deixando-a sozinha contra Maria. Mas isso não foi uma retirada; foi uma finta. Das sombras, a verdadeira Mira emergiu, sua foice apontada diretamente para as costas de Maria.
Maria girou, seu escudo materializando-se num lampejo de luz para bloquear o golpe. O impacto enviou ondas de choque pela área, derrubando as poucas estruturas que ainda estavam em pé.
“Nada mal,” Mira sorriu. “Mas vamos ver como você lida com isso.”
Com um gesto amplo, Mira convocou um vórtice de fogo yin misturado com destruição, as chamas azul-negras girando ao seu redor, buscando Maria como predadores conscientes. Maria ergueu sua espada, canalizando a luz mais pura que conseguia em sua lâmina.
Ela levou a [Lâmina da Pureza] ao extremo, e a espada explodiu em luminosidade ofuscante, dissipando as sombras e evaporando o fogo yin ao contato.
As duas guerreiras colidiram novamente, suas armas se chocando com tal força que a explosão resultante de energia enviou uma onda de choque ondulante por quilômetros. O chão abaixo delas rachou e se partiu, criando abismos que engoliram os remanescentes da paisagem outrora florescente.
Mira adotou uma nova estratégia, seus movimentos se tornando imprevisíveis, seus ataques surgindo de todos os ângulos concebíveis. Maria respondeu com igual astúcia, seus poderes baseados em luz proporcionando-lhe apenas previsão suficiente para antecipar os golpes de Mira e ‘teletransportar’ para contra-atacar.
Num confronto particularmente próximo, a foice de Mira raspou o braço de Maria, tirando sangue. Maria retaliou com uma estocada rápida de sua espada, perfurando o lado de Mira. Ambas as mulheres recuaram, suas feridas graves, mas ainda não fatais.
Elas voltaram para dentro. Outra rodada de ataques se seguiu, com os clones de Mira aparecendo do nada, atacando nos momentos mais aleatórios, e Maria desviando dos ataques necessários e curando aqueles que passavam.
Em algum momento, Maria sentiu suas reservas de Qi começarem a diminuir rapidamente. Além do consumo de sua técnica final, [Santidade do Radiante Primordial], as feridas que recebia começavam a se acumular.
Não importava o quão rápida ela fosse, quão longe ela previsse, ou quão forte ela parecesse, lutar contra tantas Miras era difícil demais. Lutar contra uma já era tão difícil quanto ascender aos Céus! E agora eram nove a mais!
Embora não fossem tão fortes quanto a original, todas estavam conectadas a ela.
Com os dentes cerrados, ela chegou a uma conclusão. ‘Eu tenho que acabar com isso. Agora!’
Do outro lado, Mira não estava diferente. Quanto mais ataques recebia, mais o dano se acumulava, menos sua tremenda vitalidade se manifestava, quase como se estivesse selada.
Pior, sempre que ela acertava um golpe na armadura de Maria, um pedaço daquele Qi da Luz Corrompida entrava em seu corpo e causava estragos!
Lutar contra Maria era como tentar matar um porco-espinho imortal e venenoso tão rápido quanto a velocidade da luz. Não havia uma boa opção. Atacar a machucava. Defender a machucava. Maria era rápida demais para recuar, e enfrentá-la de frente só levava a mais feridas.
‘No entanto, ainda não acabei!’
‘[Explosão de Sangue]!’
‘[Restauração Reversa]!’
Ambas explodiram com poder ao mesmo tempo. Veias sobressaíram por todo o corpo de Mira enquanto quantidades copiosas de sangue cheio de poder bombeavam através delas.
Do outro lado, o corpo de Maria encolheu em todos os lugares exceto em suas pernas e braço que brandia a espada. Ela concentrou cada grama de vitalidade nessas partes, bombeando continuamente mais energia nelas.
A técnica [Explosão de Sangue] de Mira a preencheu com uma força feroz, quase primal, seus olhos brilhando vermelhos com intenção assassina enquanto ela enfrentava Maria, que, apesar de sua aparência esgotada, emanava um poder focado, quase sereno com sua [Restauração Reversa].
Kaius, ainda compartilhando a visão com Celaine, não conseguia conter sua empolgação. “Elas estão ultrapassando seus limites! É assim que um verdadeiro combate parece!”
No campo de batalha, Mira se tornou um borrão de movimento e lançou-se contra Maria. Sua foice cortou o ar, visando não apenas a carne, mas o próprio tecido do ser de Maria.
Maria encontrou o ataque de Mira com uma defesa hábil, sua lâmina brilhando com uma luz intensa que parecia perfurar a escuridão que se reunia.
O choque foi monumental, enviando ondas de energia perturbada cascata pelo campo de batalha, derrubando as ruínas restantes e desarraigando árvores centenárias.
Mira convocou seus clones de volta à briga, cada um copiando seus movimentos, criando uma massa de destruição destinada a sobrecarregar Maria.
Mas Maria antecipou e contrariou cada golpe. Seus movimentos eram um borrão de luz, sua espada cortando os clones, dispersando-os como sombras ao amanhecer. No entanto, com cada clone que destruía, o desgaste em sua vitalidade se tornava evidente, seus movimentos crescendo um pouco mais trabalhosos, suas respirações mais ofegantes.
De volta ao campo de batalha, Mira, percebendo o desgaste que seus clones estavam causando em Maria, intensificou seu ataque, arrancando pedaços de carne com cada golpe.
Maria sabia que tinha que acabar com a luta logo ou arriscar ser sobrecarregada.
Com um estouro de velocidade nascido da pura força de vontade, Maria fechou a distância entre elas, sua espada apontada para um ponto vital.
Mira mal conseguiu desviar do golpe, mas a força do ataque de Maria a fez cambalear para trás.
Aproveitando o momento, Maria soltou um grito de batalha e usou cada grama de Qi restante em seu corpo para terminar isso!
Schlick!
Como se tivesse teleportado até lá, uma lâmina perfurou o peito de Mira, com Maria parada bem à sua frente.
“Ainda não!” Mira gritou e ordenou que os clones restantes atacassem! Eles imediatamente explodiram com poder com suas foices erguidas e atacaram.
“Hahaha~! Eu já tinha considerado isso!” Maria gritou com um sorriso louco. As asas em suas costas se concentraram em um único ponto e a empurraram para frente, agindo como propulsores que lançaram as duas para a frente.
As duas rolaram no chão, com as foices dos clones de Mira as esfaqueando. Ambas sentiram dor em todo o corpo, mas quando a poeira baixou, Maria foi vista sentada sobre alguém, coberta de sangue e ainda segurando a espada no peito de Mira.
“…Eu ganho.” Ela murmurou, um sorriso sangrento atravessando seu rosto enquanto desmaiava.