Imortal Imperatriz do Gelo: Caminho para a Vingança - Capítulo 936

Capítulo 936: Opções Terríveis; Novato

Linnea tomou um gole generoso de seu Malte Místico, apreciando a mistura única de sabores que dançavam em sua língua. A taverna estava cheia de conversas e risadas de seus clientes, criando uma atmosfera acolhedora apesar da tempestade de neve do lado de fora. Seu olhar vagueava pelo local lotado, observando os diversos personagens que buscavam refúgio no estabelecimento aconchegante.

Ela não pôde deixar de sorrir. Apesar de sua situação, aquele lugar tinha um certo charme – algo que ela não desfrutava há muito tempo.

A porta da taverna se abriu, deixando entrar uma lufada de ar gelado e mais alguns clientes buscando abrigo.

Entre eles, os olhos atentos de Linnea avistaram uma figura familiar – o jovem ágil de cabelos castanhos curtos que se oferecera para buscar informações para ela. Ele avançava pela multidão, com uma expressão que misturava excitação e nervosismo.

“Hey, voltei!” ele exclamou, se aproximando da mesa de Linnea com um passo animado. “Você não vai acreditar no que eu descobri!”

Linnea levantou uma sobrancelha, intrigada. “Fale.”

O jovem se inclinou, baixando a voz para um sussurro conspiratório. “Há uma lenda sobre uma caverna escondida no meio da tempestade de neve. Dizem que é o lugar de descanso de uma fera antiga, e lá dentro, há uma piscina cheia de água que pode curar qualquer doença, até mesmo um dantian quebrado!”

O interesse de Linnea foi despertado. “Uma piscina de cura, é? E quão confiável é essa lenda?”

O rapaz deu de ombros. “Lendas são sempre um risco, mas a fonte parecia confiante, embora um pouco cética. Ele é um velho explorador que já rodou muito. Além disso, com a tempestade de neve, pode ser a hora perfeita para checar isso. Menos concorrentes.”

Linnea ponderava a informação. O risco era significativo, mas a recompensa potencial era tentadora demais para ignorar. Contanto que fosse verdade. “Certo, vou considerar. Os outros descobriram algo?”

Justo quando o jovem ia responder, os outros homens retornaram à mesa, cada um exibindo uma mistura de excitação e decepção. Eles compartilharam o que tinham aprendido – histórias de tesouros escondidos, locais secretos e artefatos místicos, mas nenhum tão promissor quanto a piscina de cura.

Enquanto Linnea ouvia, ela avaliava suas opções. A piscina de cura parecia ser sua melhor aposta, mas ela sabia que se aventurar na tempestade de neve, especialmente para um local desconhecido, estava cheio de perigos. Ainda assim, a chance de reparar seu dantian e recuperar sua força era crucial demais para deixar passar.

Vendo o olhar um tanto decepcionado no rosto dela, o jovem loiro pensou em algo que pudesse ajudar. “Ah!” Seus olhos se arregalaram. “Eu sei que você disse que essa opção estava fora de questão, mas eu ouvi dizer que tem um aprendiz de alquimista na cidade. Se você conseguir o favor dele, talvez o Mestre dele possa fazer uma pílula para você! Embora, eu duvide que você vá receber qualquer coisa no próximo ano se escolher esse caminho.”

“Por quê?” Por mais improvável que fosse, ter um alquimista de Grau Céu ou Místico criando uma pílula para ela era a maneira mais confiável de curar seu dantian. Infelizmente, seu talento provavelmente seria diminuído se ela optasse por isso…

“Não tenho certeza quem é o Mestre dele, mas a maioria desses velhos gurus da Alquimia está associada a uma Seita importante. Eles estão ocupados lidando com isso. Seu pedido provavelmente seria empurrado para o final depois que ele já tiver terminado tudo o mais.”

“Tch. Quase como dizer que nunca vão se preocupar com isso.” Linnea clicou a língua, fazendo os jovens sorrirem sem graça.

Era assim que as coisas funcionavam.

“Bem, rapazes, obrigada pelas informações. Vou ficar na cidade por mais algum tempo. Se descobrirem algo mais, venham falar comigo primeiro.” Linnea sorriu e piscou antes de acenar com a mão. “Uma rodada de bebidas, por favor!”

“Já faço!” Veio a resposta.

Os jovens sorriram e se sentaram à mesa dela. O grupo então começou a conversar, contando histórias de suas aventuras, seus antecedentes e todo tipo de tópicos casuais. Logo, as bebidas chegaram, e eles começaram a ficar um pouco mais altos. No entanto, nenhum deles deu em cima de Linnea.

‘…Eu acho que eles só queriam sair com uma mulher bonita.’ Ela pensou, um tanto narcisista. ‘Não que eu os culpe. A maioria das pessoas aqui são covardes, fracos ou homens de aparência assustadora.’

Fosse por causa da bebida ou da atmosfera, ela se encontrou relaxando, talvez um pouco mais do que havia planejado originalmente.

À medida que a noite avançava, a atmosfera da taverna se tornava ainda mais animada, com clientes cantando e compartilhando histórias. Linnea, embora na maioria das vezes ouvinte, ocasionalmente contribuía com suas próprias anedotas, cuidando para não revelar demais sobre si mesma. Ela notou como suas histórias, mesmo as mais comuns, cativavam sua jovem audiência, com olhos arregalados de admiração e maravilhamento.

O jovem loiro, que parecia ser o líder não oficial do grupo, ergueu seu copo em um brinde. “Para Linnea, a dama mais intrigante e misteriosa que tivemos o prazer de conhecer este ano!” declarou, e os outros brindaram em acordo.

Linnea sorriu, batendo seu copo contra os deles. “Para novos amigos e novas aventuras,” ela respondeu, sentindo um calor que não era apenas do álcool.

À medida que a noite progredia, a mente de Linnea começava a vagar em direção ao seu objetivo. A lenda da piscina de cura perdurava em seus pensamentos. ‘…Eu sei que Elene me deu aquele Anel Espacial, mas… é realmente muito perigoso para mim vagar nesta tempestade de neve sozinha, com quase nenhum Qi no meu corpo.’

Mesmo com os itens que Elene lhe deu, ela quase morreu congelada apenas para chegar a esta cidade. Nem é preciso dizer, uma aventura para encontrar uma piscina de cura aleatória que supostamente é guardada por uma fera forte não era tão atraente.

Foi então que uma agitação na entrada da taverna chamou a atenção de todos. Um grupo de indivíduos de aparência rústica entrou, seus olhos varrendo a sala com um olhar predatório. A atmosfera mudou, a alegria anterior diminuída pela presença imponente dos recém-chegados.

O líder do grupo, um homem musculoso com um rosto marcado por uma cicatriz, fixou os olhos em Linnea. “Bem, bem, o que temos aqui? Um ajuntamento de fracos e um rosto bonito,” ele zombou, se aproximando da mesa dela.

Os companheiros de Linnea se tensionaram, suas expressões ficaram cautelosas. O jovem loiro se levantou, tentando desarmar a situação. “Estamos apenas aproveitando nossa noite. Não há necessidade de confusão,” disse ele, sua voz firme mas sua linguagem corporal revelando seu nervosismo. Ficava claro que ele conhecia o homem.

O homem com cicatriz riu, seu olhar nunca deixando Linnea. “Eu decido o que é necessário, garoto. E o que eu preciso é de um pouco de diversão. Que tal, senhorita? Aceita se juntar a mim para uma bebida?”

Linnea encarou-o calmamente. “Estou bastante satisfeita aqui, obrigada,” ela respondeu, sua voz imbuída de uma polidez gelada.

O sorriso do homem se alargou, mas seus olhos endureceram. “Não seja assim. Eu insisto.”

Antes que a situação pudesse escalar, uma voz alta cortou a tensão. “Já chega, Grax!” O dono da taverna, um homem robusto com uma presença imponente, estava no bar, seus olhos fixos nos encrenqueiros. “Não vou permitir que vocês incomodem meus clientes! Ou sentam e se comportam ou saiam. Não tenho tempo para suas bobagens!”

Grax, o homem com a cicatriz, avaliou suas opções, seu olhar alternando entre Linnea e o dono da taverna. Com um resmungo, ele sinalizou para seu grupo recuar. “Eu te encontro mais tarde,” ele murmurou, se sentando em uma mesa próxima.

De repente, justo quando ele se sentou, Grax pausou, seus olhos ficando vazios.

“…Chefe? O que você tá fazendo?”

“É, senta aí! As bebidas são por nossa conta!”

Antes que alguém pudesse reagir, o homem foi fatiado em mil pedaços, até o ponto de até mesmo seu sangue evaporar no ar, sem sequer tocar no chão.

“…”

Todo o bar se calou, com apenas os uivos do vento ecoando ao fundo. Foi então que um grupo de recém-chegados entrou no estabelecimento. Uma era uma beleza acima da média de cabelos verdes com um sabre pendurado ao lado. A outra era uma mulher quase divinamente bela de cabelos loiros carregando uma pequena raposa vermelha.

As duas mal prestavam atenção na atmosfera enquanto entravam na taverna como se fossem as donas do lugar, conversando entre si.

“Caramba~ Celaine~ Você está começando a agir demais como a Mira~!”

“Hmph! Se fosse aquela bruxa louca, este lugar inteiro teria sido destruído. Pelo menos eu me contive a uma única pessoa.”

“Bem… você não está errada, mas… Ahem! De qualquer forma, nós não estamos-” A beleza de cabelos dourados e olhos dourados virou-se na direção de Linnea, e por um momento, ela sentiu como se estivesse sendo completamente vista.

Os pelos de sua pele se arrepiaram enquanto ela cruzava os braços reflexivamente e estremecia, mas não adiantava.

“Você parece a cara de uma garotinha que eu conheço.”

Antes que alguém, exceto por algumas pessoas, pudesse reagir, Maria e Celaine haviam aparecido diante de Linnea, embora a última estivesse de olho nos companheiros de Grax, pronta para que seus corpos se tornassem um com a nevasca.

“Você é parente da Hana?”

“O QUÊ?!”