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Capítulo 892: Treinamento de Dominique
No dia seguinte, Mira acordou antes do amanhecer. Ela se libertou gentilmente da cama, cuidando para não perturbar Dominique, que ainda dormia profundamente. Saindo para a varanda, ela respirou o ar fresco da manhã, sentindo-se revigorada.
Ela começou sua rotina matinal, uma série de exercícios de meditação.
Após sua rotina, ela foi estender sua estadia no Resort Celestial, que a equipe aceitou com prazer. Mira voltou ao seu quarto para encontrar Dominique despertando. “Bom dia, Mãe,” Dominique murmurou sonolenta, esfregando os olhos.
“Bom dia,” Mira respondeu com um pequeno sorriso. “Prepare-se. Começamos seu treinamento hoje.”
Dominique sentou-se, de repente completamente acordada, seus olhos brilhando de excitação. “Estou pronta!”
O café da manhã foi rápido. Mira delineou o plano para o dia: treinamento físico intensivo pela manhã, seguido por meditação e exercícios de controle de Qi à tarde.
Enquanto se dirigiam ao local de treinamento, Mira não pôde deixar de perceber o entusiasmo de Dominique. Chegaram a uma área isolada, longe do resort, um lugar que era nada mais do que uma vasta expansão de gelo com mais nada – perfeito para treinar sem interrupções.
“Prepare-se.” Mira deu um tapinha no ombro de Dominique antes de se lançar no ar. A garota assentiu firmemente e esperou que ela terminasse.
Mira flutuou para o céu e fechou os olhos para se concentrar. Enquanto estendia os braços, o ar ao redor da área de treinamento começou a cintilar e distorcer. Ela “criou” várias áreas diferentes para treinar envolvendo todas as suas afinidades.
Dominique assistia admirada enquanto o Qi de sua mãe irradiava para fora, moldando os próprios elementos ao redor deles.
O primeiro desafio era a gravidade.
Mira jogou uma esfera preta do tamanho de uma melancia no ar. Os elementos nas proximidades tremiam conforme o peso de tudo se tornava mais pesado.
Os joelhos de Dominique dobraram enquanto ela lutava, seus músculos gritando enquanto ela se forçava a ficar de pé. Ela ofegava, respirando curto enquanto se ajustava à gravidade intensa. Ela podia sentir cada músculo tensionando, seu corpo lutando contra a força avassaladora.
“Eu consigo fazer isso,” ela murmurou para si mesma, dando um passo vacilante para a frente. Cada movimento era uma batalha, seus pés afundando levemente no gelo a cada passo.
“Foque, Dominique!” Mira chamou lá de cima. “Canalize seu Qi para contrabalancear a gravidade. Tornar seu corpo leve.”
Assentindo, Dominique fechou os olhos, concentrando na energia girando dentro dela. Ela a visualizou como uma explosão de vitalidade, empurrando contra o peso opressivo. Gradualmente, ela sentiu seu corpo aliviar, e seus passos se tornaram mais suaves.
Mira assistia com satisfação, então acenou com a mão. A esfera preta pulsou, e de repente, chamas irromperam ao redor de Dominique enquanto a gravidade se intensificava. Dominique gritou, pulando para trás, mas as chamas a seguiam, lambendo seus calcanhares.
“Continue se movendo!” Mira gritou. “Deixe o fogo te empurrar, mas não deixe que ele te consuma! Isso virá mais tarde!”
Dominique percorreu o gelo com as chamas em seu encalço. Ela saltou e torceu o corpo de maneiras que não conhecia antes. Ela entendeu que, embora Mira estivesse limitando severamente seu poder, ser atingida por uma daquelas chamas a deixaria fora de ação por pelo menos uma semana.
Quando as chamas finalmente diminuíram, Mira convocou um torrente de água. Ele desabou sobre Dominique, submergindo-a instantaneamente. Dominique esguichou e nadou até a superfície, limpando água dos olhos apenas para ver uma parede de terra surgindo à sua frente.
“Rompa!” Mira comandou.
Dominique atacou a parede. Rodeando seu punho com Qi, ela atingiu a terra com toda sua força.
BOOM!
Ela rompeu, apenas para ser recebida por uma rajada de vento gelado que a levantou e a jogou no chão com força.
“Equilibre! Use o vento!” a voz de Mira ecoou ao redor dela.
Dominique se levantou e se firmou, canalizando seu Qi para os pés para estabilidade. Ela avançou, inclinando-se contra o vento, usando sua força para se impulsionar para a frente.
Em seguida, Mira convocou relâmpagos do Relâmpago Yin, faiscando ferozmente ao redor de Dominique. Dominique desviou, antecipando cada ataque e saindo de seu caminho.
O campo de treinamento transformou-se novamente, desta vez em um labirinto de luz e escuridão. Feixes brilhantes disparavam pelo gelo, criando zonas cegantes de luz intercaladas com bolsões de escuridão completa.
Dominique navegou pelo labirinto usando seus sentidos aguçados. Na escuridão, ela confiou em sua audição e no sentido de Qi, e na luz, ela protegeu seus olhos e moveu-se rapidamente para evitar ser desorientada.
Os desafios continuaram, cada um mais difícil do que o último. O corpo de Dominique foi levado aos seus limites, e seu Qi foi esticado e testado de maneiras que ela nunca imaginou.
Infelizmente, isso era o mais fácil que ia ficar. Apenas um aquecimento.
Conforme o dia avançava, a intensidade do treinamento escalava. O controle de Mira sobre os elementos se tornava mais impiedoso, cada desafio projetado para empurrar Dominique ao seu ponto de ruptura.
O ar ao redor de Dominique se espessou, transformando-se em um vórtice giratório de Fogo Yin e Gelo. As chamas chamuscavam sua pele, deixando marcas vermelhas, enquanto o gelo entorpecia seus sentidos, tornando cada movimento uma agonia.
Dominique cerrava os dentes, forçando-se a mover através dos elementos torturantes.
“Suporte, Dominique!” a voz de Mira era constante, empurrando-a para frente. “Seu corpo deve se tornar tão resiliente quanto seu espírito!”
Em seguida, Mira conjurou agudos fragmentos de terra que dispararam do chão como lanças. Dominique dançou para longe, mas não rápido o suficiente. Fragmentos roçaram sua perna, cortando profundamente. A dor queimava através dela, mas ela não parou, usando a dor para alimentar sua determinação.
Mira então alterou a gravidade novamente, desta vez fazendo-a flutuar imprevisivelmente. Um momento Dominique estava leve como uma pluma, no próximo, ela estava esmagada sob o peso de uma montanha.
Seus ossos doíam sob a pressão, e seus músculos gritavam em protesto, mas ela perseverava, recusando-se a sucumbir à dor.
Sem aviso, Mira desencadeou uma torrente de Relâmpago Yin, cada raio visando abater Dominique. Dominique saltou e rolou, evitando por pouco os ataques. Tudo o que ela ouvia ao redor era um estalar, como se o próprio ar estivesse cozinhando.
Um raio atravessou seu ombro, enviando uma onda de dor que pareceu como se seu braço tivesse sido arrancado. Mas ela cerrou os dentes e recusou-se a fazer um som.
‘Se a Mãe pode suportar isso, eu também posso!’
“Bom. Parece que você não tem relaxado ultimamente. Agora, vamos ver como você lida com isso,” Mira anunciou. Sua voz ecoou pelo campo de treinamento, e Dominique teve um pressentimento ruim.
Os elementos cessaram seu assalto, e por um momento, houve silêncio.
Então, o chão sob os pés de Dominique cedeu, abrindo-se em um poço de escuridão.
Dominique caiu, seu grito perdido no vazio.
Ela aterrissou duro em uma superfície que parecia gelo mas era mais escura que a noite mais profunda. Seu corpo estava espancado, e seu Qi quase esgotado. Ela tentou se levantar, mas seus membros não obedeceram.
Acima dela, o rosto de Mira apareceu, olhando para baixo no poço. “Esclimbe, Dominique. Mostre-me a força da sua vontade. Se você não consegue sair daqui, então você não é digna de receber o resto dos meus ensinamentos.”
Dominique olhou para cima, vendo a luz bem acima dela. De onde ela estava, era nada mais que um ponto, mas pelo menos ela podia ver seu destino.
‘Ela está certa.’ Ela assentiu lentamente, sentindo uma pontada no pescoço. ‘…Isso é nada. Para a Mãe, isso provavelmente nem é um aquecimento. Isso é apenas um teste. O treinamento de verdade ainda nem começou.’
Com um esforço hercúleo, ela se arrastou para seus pés e caminhou até bater em algo. Deslizando as mãos sobre uma superfície lisa, ela percebeu que as paredes do poço eram escorregadias e íngremes, mas ela começou a escalar. Seus dedos encontraram apoios nas menores das fendas enquanto ela batia seus pés na pedra gelada, tentando criar seu próprio apoio.
Enquanto escalava, Mira não facilitou. Ela enviou uma cascata de elementos, cada um atingindo Dominique enquanto ela ascendia. Mas com cada golpe, a resolução de Dominique endurecia. Ela não seria quebrada.
Finalmente, depois do que pareceu uma eternidade, Dominique alcançou o topo. Ela se puxou para fora, colapsando no chão, ofegante por ar.
Seu corpo estava coberto de hematomas, cortes, ossos quebrados e queimaduras, mas ela tinha conseguido. Ela tinha escalado para fora da escuridão, fora do poço do desespero.
Mira flutuou para baixo, pousando ao lado dela. “Você fez bem,” ela disse, sua voz mais suave agora, mas ainda carregando o peso da autoridade.
“Eu… Eu não pensei que eu conseguisse,” Dominique ofegava, seu corpo tremendo de exaustão.
“Você tem mais força do que você sabe,” Mira respondeu, ajudando-a a se sentar. “Este treinamento é feito para quebrar você, sim, mas também para reconstruir você. Mais forte. Mais resiliente. Inquebrável.”
Dominique olhou para sua mãe, uma mistura de dor e orgulho em seus olhos. “Eu entendo, Mãe. Eu não vou desistir. Eu vou continuar insistindo.”
“É isso que eu espero de você,” Mira disse, um vislumbre de sorriso em seus lábios. “Descanse agora. Você vai precisar da sua força para mais tarde.”