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Capítulo 882: Caverna Secreta
‘Vá atrás de um navio voador se movendo para o Nordeste agora!’
Rhydian parou em pleno voo e franziu a testa, ouvindo a voz imperativa de Mira em sua cabeça.
Respirando fundo para conter sua irritação por ser forçada a trabalhar, ela respondeu, ‘Mas… como vou saber onde eles estão ou como eles são?’
‘É um navio voador! Você vê algum outro no céu?’
A carranca de Rhydian se aprofundou, mas ela apenas suspirou e perguntou, ‘…Como vou conseguir alcançá-los se nem você e aquele pássaro estúpido conseguem?’
‘Você não precisa pegá-los. Apenas encontre a presença deles e siga-os!’ Mira respondeu irritada através da conexão deles, tanto que Rhydian podia sentir sua frustração aumentando a cada segundo.
‘…Tudo bem, mas eu quero algum tipo de recompensa.’ Ela concordou relutantemente, sabendo que era impossível negar Mira nesse ponto.
‘Se você conseguir segui-los, faremos o que você quiser fazer em seguida.’
“…”
Os olhos de Rhydian se arregalaram de choque, assustando as pessoas ao seu redor! Ela nunca tinha ouvido Mira dizer algo tão… simpático(?).
Sim, simpático. Mira estava sendo “simpática” pela primeira vez na vida dela.
“Tá tudo bem, Rhydian?” Dominique, que estava sentada nas costas do lobo, tocou seu ombro e perguntou.
Rhydian saiu de seus pensamentos e acenou com um sorriso largo. “Mais que tudo.”
“Sério? O que aconteceu?”
“Eu peguei um trabalho da sua mãe.”
“Mãe? O que ela queria que você fizesse?”
“Perseguir alguém.”
“…Típico.”
“Mas, ela disse que me deixaria fazer o que eu quiser se eu completar.”
Agora foi a vez de Dominique ficar chocada. Não só ela, mas a mente de Hana também estava explodindo.
‘Ela realmente disse isso? Estamos pensando na pessoa certa?’ Todos pensaram enquanto olhavam para Rhydian como se ela tivesse crescido uma segunda cabeça.
“…A Mãe realmente disse isso?”
“…Eu espero que sim,” Rhydian respondeu hesitante, questionando se era mesmo Mira que ela tinha ouvido e não um fragmento de sua imaginação. “Mas ela parecia brava, então estou 90% certa que era ela.”
“Era mesmo a Mãe…” Dominique murmurou, um pouco atordoada.
Entre todos do grupo, Mira tratava Rhydian da pior maneira. A teoria predominante entre eles era que Mira a achava preguiçosa e não gostava desse aspecto, mas eles também não queriam descartar a possibilidade de Rhydian ser apenas um ótimo alvo para implicância.
No entanto, a loba em questão sabia que Mira tinha grandes expectativas para ela e não queria que alguém ligado a ela ficasse para trás. Ela sabia que Mira não a odiava ou mesmo não gostava dela, mais que ela estava simplesmente irritada com sua falta de iniciativa.
Infelizmente, havia uma falta de comunicação entre as duas. Rhydian não crescia pelos meios normais, mas Mira tentava impor métodos tradicionais de treinamento nela em vez de apenas alimentá-la com recursos incontáveis e deixá-la hibernar.
Foi por essas razões que todos ficaram ainda mais surpresos que Mira recompensaria sua “montaria”, já que normalmente, ela apenas forçava o lobo a fazer algo em vez de permiti-la ser livre.
“Rhydian pousou no chão e se transformou numa versão muito maior de si mesma, com uma envergadura de pelo menos 50 metros. Dominique, Hana, Coralia e Linnea saltaram de seu corpo peludo e olharam para a besta dourada com admiração.
“Estou indo agora,” Rhydian afirmou enquanto batia suas asas, enviando rajadas de vento por todos os lados. “Coralia, cuide de todos, ou a Mira vai te esfolar viva. Literalmente.”
Coralia estremeceu de medo, mas o leve sorriso em seu rosto contava uma história diferente. Mas a sereia apenas acenou firmemente e respondeu, “N-Não se preocupe. Vou garantir que nada aconteça com eles.”
“Talvez só um pouquinho não faria mal…” Ela murmurou para si mesma, mas todos puderam ouvir, fazendo com que se afastassem alguns passos.
Rhydian ignorou o comentário dela e saltou para o ar, querendo não ter mais nada a ver com aquela sereia louca. Com um estrondo sônico, ela disparou para a distância na direção que Mira havia dito que o navio voador estava indo.
Ela voava pelo céu, mantendo seus sentidos em alta alerta, procurando qualquer sinal do navio voador que Mira tinha descrito. A vastidão do céu se estendia à sua frente, mas a maior parte estava completamente vazia.
Enquanto voava, sua mente girava com pensamentos sobre a recompensa que Mira havia prometido. ‘O que eu quiser, hein?’ ela refletia, um sorriso maroto se formando em seus lábios. ‘Isso pode ser interessante.’
A paisagem abaixo era um borrão enquanto ela passava por uma mistura de picos nevados e florestas densas que cobriam o Continente do Norte. Ela aumentava sua velocidade, empurrando suas poderosas asas ao limite.
De repente, uma silhueta tênue apareceu ao longe, um ponto contra o vasto céu. Rhydian estreitou os olhos, focando no objeto. Era o navio, movendo-se a uma velocidade notável, suas velas se enchendo no vento.
‘Te encontrei,’ Rhydian pensou triunfantemente. Ela ajustou seu curso, seguindo o navio à uma distância segura. Seu objetivo era seguir e observar, não se envolver. As instruções de Mira eram claras, e Rhydian não era de desobedecer, especialmente com uma recompensa em jogo.
As pessoas no navio continuavam sem saber de sua perseguidora silenciosa e seguiam seu curso para o nordeste. Rhydian observava atentamente, notando sua trajetória e quaisquer peculiaridades em seu movimento. ‘Eles estão indo em direção… aos Penhascos Congelados,’ ela percebeu, reconhecendo o marco no mapa que Mira tinha comprado.
Enquanto seguia, os pensamentos de Rhydian vagavam para seus companheiros no chão. Dominique, Hana, Coralia e Linnea eram um grupo peculiar, cada um com suas próprias excentricidades e forças. ‘Coralia é melhor cumprir sua palavra,’ ela pensou, uma ponta de preocupação em sua mente. As palavras brincalhonas, porém loucas de Coralia não passaram despercebidas por ela.
No entanto, ela não sabia como lidar com essa nova companheira.
‘Não acho que Mira saiba também.’ Ela pensou, achando isso peculiar.
Normalmente, Mira era alguém incrivelmente decisiva. Quando decidia fazer algo, apenas a morte a pararia, se tanto. Mas em relação a Coralia, ela apenas ignorava sua presença, como se escolhesse não lidar com ela.
‘Não que eu não entenda. Aquela mulher tem algo errado com seu cérebro. Acho que é melhor simplesmente deixar a loucura de lado.’
Era o que todos faziam com Mira, e eles ainda estavam vivos e bem.
Conforme esses pensamentos aleatórios surgiam em sua cabeça, o navio de repente virou à direita, indo em direção a um aglomerado de icebergs flutuantes. Rhydian ajustou seu trajeto de voo, seus olhos nunca deixando o navio. ‘O que eles estão planejando?’ ela se perguntava, agora um pouco mais intrigada por quem estava nesse navio e por que eles tinham deixado Mira tão irritada.
Mas os sentidos de Rhydian permaneciam alertas, vasculhando por quaisquer ameaças ou surpresas potenciais. O Continente do Norte era conhecido por seu clima imprevisível e criaturas perigosas. Ela não podia se dar ao luxo de baixar a guarda, nem por um momento.
O navio manobrava habilmente através dos icebergs, sua tripulação claramente experiente em navegar por essas áreas traiçoeiras. Rhydian admirava suas habilidades, mesmo sabendo que eles provavelmente eram inimigos.
Após cerca de meia hora seguindo o navio, ele finalmente diminuiu a velocidade, aproximando-se de uma enseada isolada escondida entre os icebergs.
Rhydian pairava longe da enseada isolada, seus olhos dourados fixos no navio enquanto ele se aproximava da entrada oculta. Os icebergs se separaram silenciosamente, revelando uma enorme escadaria esculpida na terra, larga o suficiente para o navio entrar. Ela assistia com admiração enquanto o navio deslizava em direção à abertura, desaparecendo nas profundezas abaixo antes que os icebergs se fechassem.
As orelhas da loba se ergueram quando ela ouviu a voz de Mira em sua cabeça. ‘Você os encontrou?’ Mira perguntou, seu tom frio.
‘Sim, eles estão aqui. Há uma entrada oculta no gelo. Parece que eles estão indo para baixo,’ Rhydian respondeu, transmitindo as coordenadas para Mira e Elenei.
‘Ótimo. Estamos a caminho. Mantenha-os sob observação e não os deixe sair de vista,’ Mira instruiu.
Rhydian acenou, mesmo que Mira não pudesse vê-la. Ela se posicionou em um local de vigia, mantendo seu olhar fixo na entrada. O crepúsculo do Continente do Norte lançava um brilho sereno sobre a paisagem gelada, mas Rhydian fazia o possível para não se distrair com o ambiente, apesar de realmente querer tirar uma soneca agora mesmo.
Não demorou muito para Mira e Elenei chegarem, voando pelo céu com uma velocidade incrível. As [Asas Paragão] de Mira congelavam o ar ao seu redor, criando cristais de gelo em seu rastro, enquanto a magnífica forma de Dracofênix de Elenei exalava uma aura dominadora que fazia qualquer fera próxima correr com o rabo entre as pernas.
Rhydian as saudou com um aceno. “Eles foram por ali,” ela disse, apontando para a escadaria.
Mira examinou a área, seus olhos se estreitando enquanto ela sentia algo único. Ela não tinha certeza do que, mas ela sentia… saque. “Esse lugar… não é apenas uma enseada. Tem algo mais aqui. Você consegue sentir?” ela perguntou a Elenei, que concordou com um aceno.
“Sim, há uma energia forte emanando de baixo. Não é natural,” Elenei confirmou, sua voz ecoando com uma mistura de curiosidade e cautela.
“Ótimo. Espero que, seja lá o que eles estejam escondendo lá embaixo, possa compensar meu tempo perdido. Vamos.” Mira decidiu, liderando o caminho em direção à escadaria.