Imortal Imperatriz do Gelo: Caminho para a Vingança - Capítulo 260

260: Tumba do Céu Parte 1 260: Tumba do Céu Parte 1 “GASP!”

“Haaa… Haaa… Haaa… Blurgh… Haaa… Haa… Haaa…”
Mira caiu de mãos e joelhos, buscando ar enquanto também vomitava entre as respirações. Ela não podia acreditar no que acabara de acontecer!

Num segundo estava gritando de agonia enquanto caía no abismo e no segundo seguinte seu corpo foi teleportado e jogado no chão como um boneco de trapo.

Seus sentidos, memória, alma e corpo estavam lentamente voltando para ela, mas isso não impedia que ela continuasse vomitando e buscando ar.

À medida que as memórias da dor que acabara de passar voltavam, o corpo de Mira começou a tremer e ela ainda sentia a dor fantasma da tortura mesmo após ter passado no teste.

Ela sentiu sua alma tremer só de pensar em ter que passar por aquela sessão de tortura perturbada novamente. Ela quase preferiria morrer a ter que passar por algo assim outra vez.

Na verdade, a única razão pela qual ela ainda não perdeu completamente a sanidade agora é em grande parte porque este lugar não permite tal coisa. Especialmente agora que passou no teste anterior, seja lá o que for este lugar, certificou-se de deixá-la em perfeitas condições para uma nova rodada de tortura.

Relembrando tudo o que já vivenciou até agora, Mira pode dizer com absoluta certeza que está aterrorizada neste momento. Este lugar a assusta pra caramba! Infelizmente, ela não pode sair mesmo que quisesse. Não, ela não pode fazer nada que não esteja de acordo com as regras deste lugar.

Até se quisesse morrer, este lugar não deixaria isso fácil! Neste ponto, Mira realmente compreendeu o que significa ser uma escrava ou pior. Neste momento, ser uma escrava seria considerado algo bom porque pelo menos uma escrava ainda seria capaz de fazer algumas escolhas por si mesma.

Ela nem tem escolha. Ou sofre e morre ou sofre e vive. De um jeito ou de outro, tem que sofrer. A única diferença entre os dois é quanto tempo se tem que sofrer.

Na verdade, não, isso nem ao menos está correto. Este lugar é tão fodido que talvez até mesmo aqueles que morrem nem conseguem descansar em paz, mas são mantidos por perto após a morte para sofrer pelo resto da eternidade.

Não seria uma surpresa para Mira se as pessoas que ‘morreram’ durante um desses testes são as que estão verdadeiramente sofrendo…
Esse pensamento assustou Mira ainda mais. Só de pensar em ter que passar por outra rodada daquela dor na alma que acabara de experimentar fez Mira estremecer.

Mira continuou vomitando enquanto seu corpo tremia de dores fantasmas por mais alguns minutos até que, de alguma forma, ela foi devolvida ao seu estado de pico.

Se alguém olhasse atentamente ainda notaria seu corpo tremendo ocasionalmente, mas seu corpo estava perfeitamente bem, sua alma estava em condições perfeitas, e sua mente estava funcionando adequadamente.

Ela se levantou e olhou ao redor, mas, semelhante a todos os outros cômodos nos quais fora jogada antes deste, não havia basicamente nada. O quarto estava completamente vazio, exceto por uma enorme escadaria no centro do quarto vazio.

Contudo, essa escadaria emitia uma sensação extremamente ominosa. Era diferente de tudo que Mira já sentira antes. Ela se sentia pequena, insignificante, fraca, desamparada, e desesperada só de olhar para essas escadas. Não só isso, mas estas escadas não levavam para cima, elas levavam para baixo. Mira achou que estava olhando para as escadas que a levariam direto para o inferno.

Um nevoeiro roxo-negro cobria a maior parte da escadaria, exceto pelos primeiros degraus e Mira imediatamente soube que não queria tocar naquela névoa. Se ela tivesse escolha, definitivamente não quereria estar no mesmo quarto ou mesmo a quilômetros dessa névoa. Ela gostaria muito de ficar o mais longe possível deste lugar.

Mas que escolha ela tinha? Nenhuma! Não só isso, mas quanto mais tempo Mira ficava lá parada SEM descer as escadas, mais seus instintos gritavam para ela que algo ruim estava prestes a acontecer.

Ela presumiu que isso deve ser uma ‘medida de segurança’ implementada para garantir que as pessoas sendo testadas fossem de fato… testadas.

Conforme Mira caminhou um pouco mais perto das escadas, ela notou uma placa bem ao lado da entrada da escadaria. Estava escrito:
TÚMULO DO CÉU
PASSOS DE SUPLÍCIO ABISMAL
…
“Nossa~ Isso definitivamente não soa ameaçador~ Só o nome sozinho faz eu me sentir como se estivesse entrando num campo verdejante enquanto a brisa fresca de outono acaricia meu rosto~ NÃO MESMO! QUE MERDA!”

Mira disse sarcasticamente, tentando melhorar seu humor, mas era impossível. Se até esse buraco de merda está a avisando dos perigos que essas escadas possuem, então deve ser ruim. Pior do que ruim, na verdade! As coisas provavelmente não poderiam ficar muito piores do que essas malditas escadas na frente dela.

Com ‘pensamentos felizes’ assim, Mira se aproximou da escadaria enquanto o sentimento de temor e impotência dentro dela aumentava. Não era a ponto de não poder lidar com isso, mas era incrivelmente irritante. Mas isso não era o que incomodava Mira. O que a incomodava era que ela já se sentia assim e nem sequer havia começado a descer as escadas!

Ela também não tem ideia de quantos degraus há! Serão 100? 200? 1.000? 10.000? Como ela se sentirá então? Provavelmente muito pior do que se sente agora!

Contudo, os instintos de Mira agora estavam gritando para ela que se não começasse a descer… ela definitivamente teria um fim ruim.

Então, com o coração pesado, Mira deu o seu primeiro passo na PASSOS DE SUPLÍCIO ABISMAL e assim que os dois pés pousaram no primeiro degrau, uma infinidade de coisas aconteceram.

Ela sentiu sua mente sendo invadida pela névoa, com pensamentos de suicídio, temor, impotência e fraqueza a inundando. Naturalmente, esses pensamentos eram bem fracos e Mira pôde ignorá-los sem problemas. Ela também sentiu picadas leves atacando sua alma e, embora não a danificassem, era bastante irritante. Como uma coceira que não se pode coçar.

Em seguida veio uma pressão que recaía sobre seu corpo, tornando mais difícil se mover, mas com a sua força e vontade, a pressão não era grande nesse momento.

No entanto, nenhuma dessas coisas era o que importava. O que importava é que seu corpo pegou fogo assim que ela pisou nessas escadas!