Imortal Imperatriz do Gelo: Caminho para a Vingança - Capítulo 256

256: Samsara? Parte 4 256: Samsara? Parte 4 Quando Mira terminou de viver a sua 99ª vida paralela, ela se sentiu… Como colocar isso? Mais completa?

É, ela sentiu que era mais do que apenas uma máquina de matar que só era boa em duas coisas: treinar e assassinar.

Isso não quer dizer que ela deixou de ser uma assassina, não, poderia-se dizer que depois de viver mais 99 vidas, ela era ainda mais assassina. O número de pessoas, bestas e outras criaturas que ela matou ao longo de todas essas vidas foi imenso.

No entanto, o estranho é que, mesmo tendo matado bilhões de pessoas ao longo de todas as 99 vidas, isso ainda somava apenas alguns bilhões a mais do que as 10 reencarnações reais pelas quais ela passou.

Isso só mostra que Mira não era nada menos que uma psicopata cujo único propósito na vida era massacrar durante as reencarnações em que era controlada por aquele deus de merda.

Mas agora Mira sabe o que é viver uma vida que não foi construída sobre montanhas de cadáveres. Embora às vezes ela fosse forçada a fazer tal coisa se quisesse ver seu objetivo alcançado em algumas de suas vidas paralelas.

Alguém poderia pensar que viver todas essas diferentes vidas paralelas afetaria a personalidade original de Mira, tornando-a um pouco mais gentil com as pessoas ao seu redor ou talvez um pouco mais aceitável com os outros, mas isso não poderia estar mais longe da verdade.

Mira passou por muitas coisas diferentes ao longo de todas essas vidas paralelas, mas, no final das contas, elas eram todas praticamente a mesma coisa. Algumas de suas outras “eu” poderiam continuar vivendo suas vidas com um sorriso no rosto enquanto se tornavam o melhor que podiam ser. Enquanto outras se tornavam frias e distantes devido a algum trauma na infância ou apenas pelo número de vidas que tiraram.

Mas havia um fato irrefutável que cada Mira tinha em comum…

Todas trabalharam arduamente para alcançar seu objetivo ou morreram tentando. Nada era mais importante do que alcançar seu objetivo! Amigos? Família? Responsabilidades? Tudo isso era secundário quando Mira estabelecia um objetivo.

Isso é um tanto estranho, você não acha? Como podem 99 versões diferentes de Mira serem todas praticamente iguais? Claro, cada versão de Mira é um pouco diferente devido às suas circunstâncias individuais, mas suas personalidades eram quase sempre as mesmas com apenas algumas leves diferenças.

Todas colocavam suas vidas em jogo para completar seu objetivo. Todas nunca entraram em um relacionamento romântico. Todas nunca tiveram filhos. Todas eram incrivelmente orgulhosas. Todas tinham um impulso sádico de matar sempre que vivenciavam algo que o despertava. E se estivessem 100% certas de que iriam morrer pelas mãos de outro, elas se matariam antes que seu assassino pudesse terminar o trabalho.

Não importava se elas nasceram da realeza ou em um mundo onde quase todos eram iguais. Não importava se cresceram ricas ou pobres. Não importava se tinham uma família amorosa ou não. Qualquer que fosse a situação em que Mira nascesse, essas coisas permaneciam as mesmas.

Na verdade, a única diferença entre cada Mira eram seus objetivos e suas expressões. Algumas conseguiam sorrir enquanto outras não. Algumas queriam ser uma Rainha enquanto outras queriam ser a maior guerreira.

Não só isso, mas geralmente, Mira definia um objetivo entre as idades de 7-12 anos. Então, poderia-se dizer que a forma como Mira cresceu influenciou diretamente o seu objetivo. Assim como em sua primeira vida paralela, ela queria ser a melhor costureira. Isso porque era a única coisa que ela poderia aprender na época. Além disso, ela mal sabia o que era um rei, pois ela praticamente cresceu nas favelas.

A Mira original, que estava assistindo e vivenciando todas essas vidas paralelas, ficou bastante intrigada com isso. Ela também estava extremamente orgulhosa de si mesma, pois mesmo que morresse e reencarnasse sem nenhuma das suas memórias, ela não seria tão diferente da sua versão original.

Porém, quando Mira pensou sobre isso, algo a atingiu. Ela não havia pensado muito nisso antes, mas ver suas vidas paralelas ampliou seus horizontes.

E se essas fossem suas vidas passadas? E se o que ela estava vivenciando fossem realmente suas próprias experiências, mas ela simplesmente não consegue se lembrar delas porque essas memórias foram apagadas no processo de reencarnação? E por que ela era praticamente a mesma em todas as suas vidas? Pelo que Mira sabia, isso era definitivamente impossível. Talvez não seja impossível acontecer algumas vezes, mas Mira vivenciou 99 vidas paralelas e todas elas tinham praticamente a mesma personalidade.

É possível que a sua alma ou talvez a sua personalidade original fosse tão forte que depois de reencarnação após reencarnação ela continuasse a mesma?

Mas se esse for o caso, o que isso significa para ela? Ela ganharia algum tipo de poder de alma legal agora que passou por essa experiência? Ela receberia algum tipo de herança da Mira original, uma Mira antes de todas as reencarnações?

No entanto, se Mira fosse realmente algum super especialista de um passado distante, talvez até em um passado tão distante que foi antes da criação do universo atual, ela sentiu que talvez seu eu original estivesse relacionado ao deus que a vinha torturando.

E se eles fossem inimigos em um passado distante e a Mira original tivesse que usar alguma técnica especial para que suas reencarnações não perdessem sua personalidade e sempre dessem prioridade ao seu objetivo?

Quando Mira chegou a esse ponto em seus pensamentos, ela sentiu como se um peso do tamanho de um planeta caísse sobre seus ombros. Se tal coisa fosse possível, quão forte ela era naquela época para poder até influenciar a si mesma possivelmente bilhões de anos depois? Então surge a pergunta, quão forte é o deus que a forçou a tal situação?

Mira ficou congelada em seus pensamentos por um tempo antes de, eventualmente, sair deles.

Ela não sabia nada sobre nada. Ela nem mesmo sabia se havia mesmo uma super-expert imortal Mira que começou tudo isso. Ela poderia muito bem ser apenas um caso especial. Não só isso, mas pode não ser o deus que a tortura agora que forçou a Mira antiga a essa posição. Poderia ter sido outro alguém. Alguém muito mais perigoso. E esse deus descobriu sobre as circunstâncias da Mira antiga e começou a procurar por suas reencarnações.

Ele poderia ser apenas algum babaca oportunista que queria pegar as sobras! Só de pensar nessa possibilidade fez Mira tremer de raiva.

No entanto, poucos segundos depois, Mira se acalmou e decidiu deixar esse assunto de lado. Não faria bem algum pensar em qualquer coisa disso, pois mesmo que soubesse, não seria capaz de fazer nada. Na verdade, ela não seria capaz de fazer muito mesmo depois de se tornar uma Imortal. Agora ela nem mesmo merece ser chamada de grão de poeira diante de alguém próximo ao ápice do Reino Imortal.

Agora, ela só pode se concentrar em melhorar sua força.

Deixando esses pensamentos de lado, Mira começou a refletir um pouco sobre as experiências que acumulou ao longo de suas 99 vidas paralelas, vidas passadas, ou como você quiser chamá-las.

Ela percebeu que em torno de 40% dessas vidas, ela nasceu em um Mundo Mortal primitivo sem energia única. Cerca de 25% dos mundos nos quais nasceu eram semelhantes aos mundos que tinham uma energia única como ‘Aura Corporal’. Outros 20% dos mundos nos quais nasceu eram mundos relativamente avançados similares à Terra. Eles não tinham uma energia única, mas os humanos haviam avançado o suficiente para que tal coisa fosse desnecessária. 10% dos mundos nos quais nasceu eram mundos de fantasia que tinham diferentes raças similares aos Elfos, Anões, Orcs e várias outras raças únicas. Esses mundos também tinham uma forma de energia que era um pouco mais avançada que ‘Aura Corporal’ no sentido de que aumentava a força assim como a longevidade, mas as pessoas nesses mundos eram incapazes de ascender a um Reino superior. Na verdade, o máximo que poderiam se tornar era algo em torno do Reino da Formação do Núcleo no Mundo de Cultivação.

Os últimos 5% eram mundos de ficção científica de alta tecnologia interplanetários onde os humanos conquistaram sistemas solares e galáxias. Além disso, a tecnologia avançou o suficiente para que o processo de envelhecimento pudesse ser quase interrompido e os corpos humanos pudessem ser incrivelmente fortes. Isso não quer dizer que sua expectativa de vida fosse infinita, já que isso é impossível sem Qi, mas os humanos poderiam viver cerca de 500-1000 anos se quisessem.

Sinceramente, Mira ficou mais fascinada por esses mundos porque eram os mais parecidos com o Mundo de Cultivação, mas sem Qi algum. Além disso, quem não gostaria de nascer em um lugar assim onde se pode atravessar galáxias e conquistar planetas como algo cotidiano.

Foi nesses mundos que Mira acumulou tantas mortes. Durante as 5 vidas que vivenciou nesses mundos, ela matou quase o mesmo número de pessoas que havia matado durante suas reencarnações.

Alguém poderia pensar que isso é absurdo. Como alguém que está literalmente conquistando mundos mataria apenas alguns bilhões a mais de pessoas do que um mortal normal em mundos nem de longe tão avançados quanto esses mundos super tecnológicos?

Bem, isso porque Mira nunca estava sozinha em suas façanhas. Ela frequentemente tinha que conquistar um mundo cheio de milhares, dezenas de milhares ou até centenas de milhares de outras pessoas. Todas essas pessoas esperavam matar tantas ou mais do que o próximo para acumular mais mérito. Além disso, viajar de planeta em planeta leva tempo, assim como conquistar um. Pode levar anos ou até décadas para conquistar um único planeta e pode levar anos para ir do quartel-general a esse planeta e voltar ao quartel-general. No geral, às vezes uma dessas missões pode levar mais de 50 anos e Mira só será capaz de matar alguns milhões. Dezenas de milhões se tiver sorte.

Não só isso, mas na maioria das vezes essas missões não são apenas sobre matar, mas também sobre coleta de recursos. Ou talvez ela seja enviada para um planeta que não suporta vida, mas tem uma carga de diamantes ou algo assim.

Então, mesmo que Mira fosse enviada para conquistar planetas, não é como se ela pudesse só detonar uma bomba nuclear e terminar com isso. Acredite ou não, mas bombas nucleares quase nunca eram usadas nessas missões, já que isso arruinaria o planeta que eles estão tentando conquistar!

Depois de relembrar os tipos de mundos que vivenciou, Mira também começou a organizar o conhecimento e a experiência que obteve de suas vidas paralelas.

A maioria das ocupações de suas outras versões geralmente envolviam algum tipo de guerreira ou soldada. Mesmo que essa não fosse sua ocupação primária, as outras versões de Mira quase sempre aprendiam o básico apenas por precaução. No entanto, se tivesse a chance, Mira quase sempre se engajaria em ser soldada.

Houve uma vez onde ela foi uma Rainha, o que Mira achou divertido. Fora isso, Mira basicamente apenas pegou a primeira coisa que viu ou a primeira coisa que lhe interessou.

Chefe de cozinha, ferreiro, costureira, fazendeira, CEO, médica etc.

A maior variedade de ocupações vinha de Mundos Mortais sem tecnologia altamente avançada ou qualquer tipo de energia única.

Mira estava prestes a continuar organizando todas as informações que recebeu até que o espaço ao seu redor tremeu e sua forma etérea foi transportada para outro lugar.