Imortal Imperatriz do Gelo: Caminho para a Vingança - Capítulo 252

252: Introspecção 252: Introspecção Quando tudo ficou escuro, Mira se viu em um lugar estranho. Este lugar tinha o tamanho aproximado de um quarto e era completamente preto exceto por uma das paredes. Esta parede era quase transparente, mas por alguma razão, fazia Mira lembrar de uma TV da Terra.

Ela olhou ao redor um pouco mais, mas não viu mais nada. Então, ela se examinou e em vez de ver seu corpo normal, se encontrou flutuando no ar com o corpo de um fogo-fátuo. Ou pelo menos algo parecido com um fogo-fátuo.

Este corpo fogo-fátuo dela era uma mistura de cores, mas as principais cores são vermelho, preto e azul. Do vermelho, Mira podia sentir um ódio sem limites, raiva e intenção de matar. Do preto, ela podia sentir a morte, um desejo por poder, junto com algo maligno. E do azul, ela podia sentir uma aura gélida emanando dele. Exceto que esta aura não continha apenas seus poderes de gelo, mas emoções também.

Havia mais uma cor que era fraca, mas talvez contivesse a sensação mais misteriosa e essa cor é a Púrpura Real. Esta cor parecia representar sua ambição e orgulho, que emanava uma sensação soberana.

Havia outras cores ali também, mas essas quatro eram as mais prevalentes. Olhando para isso, Mira sentiu que podia entender a si mesma um pouco melhor e ela não tinha certeza do que sentir sabendo dessas informações.

Ela é basicamente um amontoado ambulante de raiva cujo único objetivo na vida é matar seu opressor. Ela pode sentir que a única razão da cor púrpura aparecer é que a pessoa que a fez sofrer por todos esses anos tem um poder semelhante ao de um deus.

É um pouco triste saber que suas únicas características redentoras são seu desejo por poder e vingança. Todo o resto é meramente secundário ou inconsequente. Embora Mira achasse isso um pouco triste, ela não pensou muito a respeito.

E daí se ela deseja poder?

E daí se ela deseja vingança?

Ela só quer ter controle sobre sua vida! Se ela quer morrer, então ela deve ter a capacidade de fazer isso! Se ela quer viver, ela deve conseguir fazer isso nos seus próprios termos!

Alguns podem dizer que ela é ingênua por pensar uma coisa dessas. Claro, vamos dizer que essa entidade semelhante a um deus não estivesse constantemente tentando levá-la ao limite, ela não estaria necessariamente no controle de seu destino.

Todas essas coisas que aconteceram com ela poderiam ainda ter acontecido mesmo sem a intervenção desse deus. Quem sabe se a vida dela teria sido melhor ou pior sem a intervenção dele, mas isso não importa para Mira.

Se ela não tivesse uma entidade semelhante a um deus constantemente interferindo em sua vida, então ela seria capaz de fazer suas próprias escolhas! Mesmo que tal escolha signifique cometer suicídio! Ela seria capaz de escolher e só poderia culpar a si mesma pelo seu destino.

No entanto, Mira nunca foi dada uma escolha! Claro, ela pode escolher continuar cometendo suicídio, mas isso é realmente uma escolha? Nesse ponto, suas escolhas são ou viver constantemente em um estado onde ela não tem corpo por sabe-se lá quanto tempo até enlouquecer? Ou ela pode viver no inferno que aquele deus planejou e fazer o melhor para escapar de um destino tão miserável.

De qualquer forma, ela perde.

Não apenas perde, mas é completamente derrotada. Pelo menos se ela decidir viver, ela tem a chance de escapar de seu destino. Pelo menos é o caso no Mundo de Cultivação. No Mundo Mortal sem nenhuma Energia Espiritual, praticamente não há chance dela escapar de seu destino.

Isso é porque ela pode ganhar poder!

Poder! Poder!! PODER!!!

Contanto que ela tenha poder, ela pode matar aquele filho da puta e se libertar do domínio dele! Como ela chega lá, não importa.

Amigos? Família?

Essas coisas perderam seu valor há muito tempo atrás. Claro, ela curte passar tempo com Maria e Celaine, mas isso é partindo do princípio que elas nunca parem de crescer mais fortes. Ela não tem utilidade para os fracos. Isso pode soar meio elitista e frio, mas Mira não podia se importar menos.

Um amigo forte não apenas será capaz de cuidar de si mesmo, mas também será capaz de viver tanto quanto ela uma vez que atinja o pico, ou pelo menos perto do pico, de poder.

Seja como for, Mira sabe que isso é um tanto frio e severo. Quer dizer, os amigos não deveriam se importar uns com os outros independentemente de sua força ou status? Pelo menos, é o que a maioria das pessoas pensa…

Na verdade, Mira deseja poder pensar assim também. Amigos não deveriam se preocupar com esse tipo de coisa, mas Mira não tem esse luxo. Ela está literalmente contra uma entidade semelhante a um deus e assim, a maior parte, senão todo o seu tempo, é investido em aumentar seu poder individual.

Então, se essa entidade semelhante a um deus não matar seus amigos, então a breve duração da vida deles o fará, porque Mira não vai parar de buscar poder até que o mate. Naturalmente, a busca por poder é uma jornada longa e árdua que pode levar milhares ou até dezenas de milhares de anos. Talvez até mais do que isso. Sendo esse o caso, ela teria que ou não fazer amizades, fazer amizades fortes, ou fortalecer amigos.

Mira decidiu sobre a última opção com Maria e Celaine, pois ambas têm uma afinidade bastante alta com ela. Celaine, com seu impulso por poder e atingir o pico com sua Saber.

Enquanto Maria… bem, ela é como uma namorada psicótica que não suporta a ideia de deixar seu amante. Mira sabe que ela se sente em dívida por salvar sua vida, mas isso é provavelmente apenas secundário.

Na verdade, Maria provavelmente só quer passar tempo com Mira e se treinar e cultivar lhe permite fazer isso, então ela não hesitará em se tornar tão forte quanto preciso para passar mais tempo com ela…

Viram? Completamente louca!

Ainda assim, essa é a característica que Mira mais gosta. Pode ser irritante às vezes… não, na maior parte do tempo, mas pelo menos ela é confiável em seus pensamentos e intenções.

Justo quando Mira estava prestes a continuar com sua introspecção, a ‘tela’ à sua frente se acendeu e mostrou um feto na tela. Sem ao menos saber o que estava acontecendo, Mira instintivamente sabia que o feto na tela era ela, ou pelo menos seria. Talvez…

Honestamente, Mira não tem certeza do que diabos está acontecendo! Como pode aquilo ser ela quando ela está bem aqui? Isso é algum tipo de sonho? Ela morreu de fato? Será esse seu novo corpo? Por que ela ainda está nessa sala se aquele corpo é dela?

Para piorar as coisas, Mira começou a poder sentir o que o feto estava sentindo e ver o que o feto estava vendo. Ainda assim, ao mesmo tempo, ela não tinha controle sobre a mente ou o corpo do feto. A única coisa que ela sabia era que este lugar não é o lugar para onde ela é normalmente enviada quando morre. No entanto, Mira não tinha certeza se isso era bom ou ruim nesta altura do campeonato…

Ela só tinha uma pergunta em mente neste ponto:
“Que porra está acontecendo?!”