Herdeira Renascida: Reconquistando o que é Seu por Direito! - Capítulo 830
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Capítulo 830: Chapter 55: Ruptura
Parecia uma faca cravando em seu peito.
A dor a envolvia em ondas… até que ela lentamente ficou entorpecida.
Aurora não sabia por quanto tempo ficou sentada ali, segurando o celular em estado de torpor.
Não foi até que uma batida suave na porta quebrasse o silêncio que ela voltou à realidade.
Dominic e Eleanor entraram, seus rostos cheios de preocupação. Eles se sentaram ao lado dela na cama, cada um segurando uma de suas mãos.
“Aurora, você está bem?” Dominic perguntou gentilmente.
Nos últimos sete dias, ela e Eleanor raramente se afastaram dela.
Courtney, depois de usar todo seu afastamento, ficou com Aurora por cinco dias antes de precisar voltar ao trabalho.
“Aurora, eu sei que terminar com Alexander deve ser doloroso para você”, Eleanor disse em uma voz calma, mas firme. “Conheci muitos artistas, mas poucos são tão dedicados como você. É admirável… mas você precisa se recompor.”
Nos olhos de Eleanor, Alexander nunca tinha sido digno de Aurora.
Ele nem sequer lhe deu a confiança básica que ela merecia.
E quando ela mais precisava dele, ele virou as costas para ela.
Sim, a situação com Everett era algo que a maioria dos homens não conseguiria aceitar.
Mas Alexander escolher partir nesse momento causou o pior dano possível nela.
Os olhos sem vida de Aurora tinham um traço de amargura. Seus lábios se entreabriram ligeiramente.
“Estou bem… Eu vou ficar bem…”
“Bem?” Eleanor zombou, a raiva flamejando em seu rosto. “Você sequer vê como está agora? Olhe para você!”
Ela pegou um pequeno espelho do criado-mudo e segurou na frente de Aurora.
Aurora encarou seu reflexo.
Cabelo desgrenhado. Um rosto fantasmagoricamente pálido. Lábios rachados e ressecados. E aqueles olhos… vazios, ocos.
Ela mal se reconhecia. A Aurora antes radiante e de rosto fresco tinha desaparecido, substituída por uma mulher que parecia uma década mais velha, como uma alma perdida vagando por um abismo.
Eleanor tirou o espelho.
“Agora você vê? Alexander lhe largou. Mas você realmente vai se desmoronar por causa de um homem?!” Sua voz estava afiada, cortando o silêncio pesado. “Você se lembra do que sua mãe disse antes de falecer?”
Aurora permaneceu imóvel, impassível às palavras de Eleanor.
Frustrada, Eleanor decidiu jogar sua última carta—sua falecida mãe.
Ela não sabia exatamente o que a mãe de Aurora tinha dito antes de falecer, mas sabia uma coisa com certeza—toda mãe quer que seu filho continue vivendo, não importa o que aconteça.
Um lampejo de emoção mexeu nos olhos opacos de Aurora.
Um véu fino de lágrimas embaçou sua visão.
Ela ainda podia ouvir a voz da mãe, rouca e fraca, daquele dia fatídico…
*”Aurora… meu amor… sinto muito. Eu… tenho que partir primeiro. Mas você é meu orgulho, meu maior amor… Se não fosse por você e seu irmãozinho, eu teria terminado minha vida há muito tempo quando seu pai me traiu… me bateu… me humilhou. Mas eu não fiz isso. Eu aguentei por vocês dois.
Mas Deus viu meu sofrimento e decidiu me libertar cedo desta vida…
Mas você—você não deve seguir o meu caminho. Você tem que viver por mim.
Aurora, prometa-me… prometa-me que você continuará vivendo, que cuidará do seu irmão…
Você é tudo para mim. Não me desaponte…”*
Ela nunca conseguiu terminar suas palavras.
Ela havia partido antes que pudesse dizer mais.
Aurora fungou, sentindo uma pequena centelha de calor reacender em seu coração congelado.
Seu corpo ainda estava fraco, seu espírito ainda estilhaçado.
Mas pelo menos agora… ela tinha um motivo para continuar.
Ela forçou um pequeno, amargo sorriso e sussurrou, “Eu me lembro… Não se preocupe, não vou fazer nada estúpido.”
Com um suspiro profundo, ela afastou as mãos e alcançou o pequeno pente no criado-mudo.
Lentamente, ela começou a pentear seus cabelos emaranhados, como se estivesse se recompondo.
Os olhos de Dominic ficaram vermelhos, e sem dizer mais nada, ele se levantou e saiu do quarto silenciosamente.
Eleanor suspirou. “Você não pode ficar aqui mais. Os repórteres invadiram completamente a área. O Sr. Nelson está ciente da sua situação, então ele foi em frente e alugou uma vila perto da empresa só para você. Mas ele fez isso no nome da Sra. Nelson… Então não se preocupe — a Sra. Nelson me ligou pessoalmente para confirmar tudo. Eu vou ficar com você também, então mesmo que a mídia descubra, eles não terão nada sobre o que fofocar.”
Aurora sentiu um calor se espalhar por seu peito.
Ela nunca esperava que, mesmo quando estava se afogando em escândalos, Eric e Ella ainda estivessem ao seu lado.
Parecia que eles não a viam apenas como a estrela em ascensão da LXL — eles realmente a viam como uma amiga.
Com uma gerente e um chefe assim, ela sentia que era toda a bênção de sua mãe lá de cima.
Sua mãe sempre foi bondosa — ela até acolheu uma criança abandonada e lutou para registrar Jesse legalmente, indo ao ponto de implorar ajuda ao seu marido sem coração, apesar de tudo que ele havia feito a ela.
Mas a bondade nem sempre é recompensada.
Sua mãe morreu jovem demais.
Depois disso, Aurora teve que assumir a responsabilidade de criar Jesse, juntando dinheiro e até pedindo ajuda ao tio deles só para se manterem.
Mas talvez… só talvez… a bondade que sua mãe deu ao mundo finalmente estivesse sendo retribuída.
Respirando fundo, Aurora se forçou a sentar-se. A tontura a atingiu forte, mas depois de alguns momentos, ela foi capaz de se mover sem sentir que iria desmoronar.
—
No dia seguinte, Eric enviou uma equipe para mover Aurora para a vila perto da empresa.
Por uma semana inteira, ela mal saiu de casa.
Mas ela não desperdiçou tempo se afogando em miséria.
Ela se forçou a canalizar sua dor em algo produtivo — comendo bem, exercitando-se, mantendo a mente ocupada. Qualquer coisa para impedir de se afundar no desespero.
E enquanto ela fazia isso…
Everett finalmente conseguiu colocar as mãos nos arquivos.
Os arquivos contendo as identidades das pessoas que haviam sequestrado Alexander.