Herdeira Renascida: Reconquistando o que é Seu por Direito! - Capítulo 827
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Capítulo 827: Chapter 77:
Parecia que
Ele nem sequer tinha dado a ela a confiança básica que ela merecia.
E quando ela mais precisou dele, ele lhe virou as costas.
Sim, a situação com Everett era algo que a maioria dos homens não conseguiria aceitar.
Mas Alexander escolher partir neste momento tinha causado o pior dano possível a ela.
Os olhos sem vida de Aurora tinham um traço de amargura. Seus lábios se separaram ligeiramente.
“Estou bem… Eu vou ficar bem…”
“Bem?” Eleanor zombou, a raiva cintilando em seu rosto. “Você sequer vê como você está agora? Olhe para você!”
Ela pegou um pequeno espelho do criado-mudo e segurou à frente de Aurora.
Aurora olhou para seu reflexo.
Cabelo despenteado. Rosto fantasmagoricamente pálido. Lábios rachados e ressecados. E aqueles olhos… vazios, ocos.
Ela mal se reconhecia. A Aurora outrora radiante, de rosto fresco, havia desaparecido, substituída por uma mulher que parecia ter uma década a mais, como uma alma perdida vagando por um abismo.
Eleanor puxou o espelho de volta.
“Agora você vê? Alexander te largou. Mas você realmente vai se desmoronar por causa de um homem?!” Sua voz era afiada, cortando o pesado silêncio. “Você se lembra do que sua mãe te disse antes de falecer?”
Aurora permaneceu imóvel, indiferente às palavras de Eleanor.
Frustrada, Eleanor decidiu jogar sua última cartada—sua falecida mãe.
Ela não sabia exatamente o que a mãe de Aurora tinha dito antes de falecer, mas sabia uma coisa com certeza—toda mãe quer que seu filho continue vivendo, não importa o que aconteça.
Um lampejo de emoção mexeu nos olhos opacos de Aurora.
Um véu fino de lágrimas embaçou sua visão.
Ela ainda podia ouvir a voz de sua mãe, rouca e fraca, daquele dia fatídico…
*”Aurora… minha querida… Sinto muito. Eu… tenho que partir primeiro. Mas você é meu orgulho, meu maior amor… Se não fosse por você e seu irmãozinho, eu teria encerrado minha vida há muito tempo quando seu pai me traiu… me bateu… me humilhou. Mas eu não fiz isso. Eu resisti por vocês dois.
Mas Deus viu meu sofrimento e decidiu me libertar cedo deste ciclo de vida…
Mas você—você não deve seguir meu caminho. Você tem que viver por mim.
Aurora, me prometa… prometa que você continuará vivendo, que cuidará do seu irmão…
Você é meu tudo. Não me decepcione…”*
Ela nunca conseguiu terminar suas palavras.
Ela havia falecido antes de poder dizer mais.
Aurora fungou, sentindo uma pequena brasa de calor reacender dentro de seu coração congelado.
Seu corpo ainda estava fraco, seu espírito ainda partido.
Mas ao menos agora… ela tinha um motivo para continuar.
Ela forçou um pequeno, amargo sorriso e sussurrou, “Eu me lembro… Não se preocupe, eu não vou fazer nada estúpido.”
Com um suspiro profundo, ela afastou as mãos e alcançou o pequeno pente no criado-mudo.
Lentamente, ela começou a escovar seus cabelos emaranhados, como se estivesse se recompondo.
Os olhos de Dominic ficaram vermelhos, e sem dizer mais uma palavra, ela se levantou e saiu silenciosamente do quarto.
nderstand?”
Aurora assentiu, com lágrimas enchendo seus olhos.
Como ela poderia ter esquecido de seu irmãozinho?
Jesse Hunter não era seu irmão biológico—a mãe dela o encontrou abandonado quando ele era apenas um bebê. Ele era seis anos mais novo que ela, agora com vinte anos e no segundo ano da faculdade na Cidade Y.
Sua mãe havia lhe contado a história muitas vezes.
Aquele dia, ela estava voltando da casa da Vovó Carter quando ouviu o choro fraco de um bebê perto do rio. Quando ela correu até lá, encontrou um recém-nascido abandonado, deixado desamparado na grama. Seu rostinho estava vermelho e inchado, coberto de picadas de formiga.
Furiosa e de coração partido, sua mãe imediatamente o pegou nos braços, afastou as formigas e o levou para casa sem pensar duas vezes.
Aquele bebê agora era Jesse Hunter. Ele adotou o sobrenome da mãe deles.
Pensando na gentileza de sua mãe, Aurora sentiu um calor desconhecido florescendo dentro dela.
Sua mãe e Jesse foram as pessoas mais importantes em sua vida.
E agora que Alexander a havia abandonado, ela tinha que continuar. Não podia decepcionar sua mãe.
“Obrigada, Eleanor,” Aurora sussurrou. “Você está certa. A vida é sobre se manter firme. Se eu me deixar desmoronar agora, então as pessoas que querem me ver falhar… aquelas que querem me ver morta… vão conseguir exatamente o que querem.”
Ela sorriu através das lágrimas. “Se eu cair, se eu morrer, as pessoas que me amam vão sofrer, e as pessoas que me odeiam vão comemorar. Não vou deixar isso acontecer. Vou me reerguer… mas preciso de um mês para me recuperar.”
Eleanor imediatamente assentiu. “Claro. Não há pressa. Ainda estamos decidindo sobre a seleção da sua próxima música. Temos peças de compositores iniciantes e renomados, então você terá bastante para escolher. Só concentre-se em descansar e se recuperar.”
Aurora estava transbordando de gratidão.
Com um gerente e um chefe assim, ela sentia que era toda a bênção da sua mãe do alto.
Sua mãe sempre fora gentil—ela até acolheu uma criança abandonada e lutou para conseguir que Jesse fosse registrado legalmente, indo ao ponto de implorar ao seu marido cruel por ajuda, apesar de tudo que ele havia feito a ela.
Mas a gentileza nem sempre é recompensada.
Sua mãe havia morrido muito jovem.
Depois disso, Aurora teve que assumir a responsabilidade de criar Jesse, juntando dinheiro e até pedindo ajuda ao tio só para se manterem.
Mas talvez… apenas talvez… a bondade que sua mãe deu ao mundo estivesse finalmente sendo retribuída.
Respirando profundamente, Aurora forçou-se a sentar. A tontura a atingiu com força, mas após alguns momentos, ela foi capaz de se mover sem sentir que iria desabar.
—
No dia seguinte, Eric enviou uma equipe para mudar Aurora para a vila perto da empresa.
Durante uma semana inteira, ela mal saiu de casa.
Mas ela não desperdiçou tempo se afundando na miséria.
Ela se obrigou a canalizar sua dor em algo produtivo—comer bem, se exercitar, manter a mente ocupada. Qualquer coisa para impedir-se de afundar em desespero.
E enquanto fazia isso…
Everett finalmente conseguiu por as mãos nos arquivos.
Os arquivos contendo as identidades das pessoas que sequestraram Alexander.