Herdeira Renascida: Reconquistando o que é Seu por Direito! - Capítulo 824
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Capítulo 824: Chapter 44:
D
Aos olhos de Eleanor, Alexander nunca foi digno de Aurora.
Ele nem sequer lhe deu a confiança básica que ela merecia.
E quando ela mais precisava dele, ele virou as costas para ela.
Sim, a situação com Everett era algo que a maioria dos homens não seria capaz de aceitar.
Mas Alexander escolher ir embora neste momento causou o pior dano possível a ela.
Os olhos sem vida de Aurora mostravam um traço de amargura. Seus lábios se entreabriram ligeiramente.
“Estou bem… Eu vou ficar bem…”
“Bem?” Eleanor zombou, raiva cintilando em seu rosto. “Você sequer vê como está agora? Olhe para você!”
Ela pegou um pequeno espelho da mesinha de cabeceira e o segurou diante de Aurora.
Aurora encarou seu reflexo.
Cabelos desalinhados. Um rosto fantasmagoricamente pálido. Lábios rachados, partidos. E aqueles olhos… vazios, ocos.
Ela mal se reconhecia. A Aurora outrora radiante, de rosto fresco, havia sumido, substituída por uma mulher que parecia uma década mais velha, como uma alma perdida à deriva em um abismo.
Eleanor arrancou o espelho de volta.
“Agora você vê? Alexander te largou. Mas você realmente vai desmoronar por causa de um homem?!” Sua voz era afiada, rompendo o pesado silêncio. “Você se lembra do que sua mãe lhe disse antes de falecer?”
Aurora permaneceu imóvel, não se mexendo com as palavras de Eleanor.
Frustrada, Eleanor decidiu jogar sua última carta—sua falecida mãe.
Ela não sabia exatamente o que a mãe de Aurora havia dito antes de falecer, mas sabia uma coisa com certeza—toda mãe quer que seu filho viva, não importa o que aconteça.
Um vislumbre de emoção mexeu nos olhos apagados de Aurora.
Um fino véu de lágrimas embaçou sua visão.
Ela ainda podia ouvir a voz de sua mãe, rouca e fraca, daquele dia fatídico…
*”Aurora… minha querida… Me desculpe. Eu… tenho que partir primeiro. Mas você é meu orgulho, meu maior amor… Se não fosse por você e seu irmãozinho, eu teria acabado com minha vida muito tempo atrás quando seu pai me traiu… me bateu… me humilhou. Mas eu não fiz. Eu me mantive forte por vocês dois.
Mas Deus viu meu sofrimento e decidiu me libertar cedo desta vida…
Mas você—você não deve seguir meu caminho. Você tem que viver por mim.
Aurora, prometa para mim… prometa que continuará vivendo, que cuidará de seu irmão…
Você é meu tudo. Não me decepcione…”
Ela nunca pôde terminar suas palavras.
Ela havia falecido antes de poder dizer mais.
Aurora fungou, sentindo uma pequena brasa de calor reacender em seu coração congelado.
Seu corpo ainda estava fraco, seu espírito ainda estilhaçado.
Mas pelo menos agora… ela tinha um motivo para continuar.
Ela forçou um pequeno sorriso amargo e sussurrou, “Eu me lembro… Não se preocupe, eu não farei nada estúpido.”
Com um suspiro profundo, ela afastou as mãos e alcançou o pequeno pente no criado-mudo.
Lentamente, ela começou a escovar seu cabelo emaranhado, como se estivesse se reconstruindo.
Os olhos de Dominic ficaram vermelhos, e sem dizer mais nada, ela se levantou e saiu silenciosamente do quarto.
Eleanor suspirou. “Você não pode mais ficar aqui. Os repórteres tomaram completamente a área. O Sr. Nelson está ciente da sua situação, então ele alugou uma vila perto da empresa só para você. Mas ele fez isso em nome da Sra. Nelson… Então, não se preocupe — a Sra. Nelson me ligou pessoalmente para confirmar tudo. Eu vou ficar com você também, então, mesmo que a mídia descubra, eles não terão o que fofocar.”
Aurora sentiu um calor se espalhar em seu peito.
Ela nunca esperou que, mesmo quando estava afundando em escândalo, Eric e Ella ainda estariam ao seu lado.
Parecia que eles não a viam apenas como a estrela em ascensão da LXL — eles realmente a viam como uma amiga.
“E não se esqueça do seu irmão mais novo,” Eleanor continuou suavemente, dando tapinhas gentis na mão de Aurora. “Se você continuar afundando em desespero, ele vai ficar muito preocupado com você. Se você nunca se levantar, as pessoas começarão a dizer que você só chegou onde está por causa de Everett.
A vida não é sobre provar nada para ninguém — é sobre manter sua dignidade. Você entende?”
Aurora assentiu, lágrimas enchendo seus olhos.
Como ela pôde esquecer de seu irmão mais novo?
Jesse Hunter não era seu irmão biológico — sua mãe o havia encontrado abandonado quando ele era apenas um bebê. Ele tinha seis anos a menos que ela, agora com vinte anos e no segundo ano de faculdade na Cidade Y.
Sua mãe havia contado a história muitas vezes.
Aquele dia, ela estava voltando da Casa do Carter quando ouviu os choros fracos de um bebê perto do rio. Quando correu até lá, encontrou um recém-nascido abandonado, deixado indefeso na grama. Seu rostinho estava vermelho e inchado, coberto de mordidas de formiga.
Furiosa e de coração partido, sua mãe o pegou imediatamente, afastou as formigas e o levou para casa sem hesitar.
Aquele bebê agora era Jesse Hunter. Ele adotou o sobrenome de sua mãe.
Pensando na bondade de sua mãe, Aurora sentiu um calor desconhecido brotar dentro dela.
Sua mãe e Jesse eram as pessoas mais importantes em sua vida.
E agora que Alexander a havia abandonado, ela precisava continuar. Ela não podia decepcionar sua mãe.
Mas talvez… apenas talvez… a bondade que sua mãe havia dado ao mundo estivesse finalmente sendo retribuída.
Inspirando profundamente, Aurora se forçou a sentar-se. A tontura a atingiu com força, mas depois de alguns momentos, ela conseguiu se mover sem sentir que iria desmaiar.
—
No dia seguinte, Eric enviou uma equipe para mover Aurora para a vila perto da empresa.
Durante uma semana inteira, ela mal saiu de casa.
Mas ela não perdeu tempo se afundando na miséria.
Ela se obrigou a canalizar sua dor em algo produtivo — comer bem, exercitar-se, manter a mente ocupada. Qualquer coisa para impedir-se de afundar no desespero.
E enquanto fazia isso…
Everett finalmente conseguiu colocar as mãos nos arquivos.
Os arquivos contendo as identidades das pessoas que haviam sequestrado Alexander.