Herdeira Renascida: Reconquistando o que é Seu por Direito! - Capítulo 775
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Capítulo 775: 8
“Aurora, você é realmente tão ingênua e influenciável,” Everett disse friamente. “Quando seus pais se divorciaram, sua mãe recebeu 40 milhões de yuan. Sua tia a convenceu a ‘investir’ com ela, dizendo que poderia fazer o dinheiro crescer… Mas então sua mãe morreu naquele acidente de carro. E assim, sua tia ficou com tudo. Você realmente achou que ela te criou por bondade?”
Ele soltou uma risada aguda, cheia de sarcasmo.
“Eu investiguei sua tia e seu tio. Seu tio não tinha ideia disso. E você ainda está dando dinheiro para ela como uma idiota? Ela perdeu todo o dinheiro da sua mãe apostando no mercado de ações, e agora está atrás da sua renda.”
Aurora sentiu como se tivesse sido atingida por um raio. Ela ficou congelada, incapaz de responder.
Todo esse tempo, ela pensou que sua tia era apenas de língua afiada, mas de coração mole. Talvez um pouco egoísta, claro — mas ainda assim alguém que a criou, junto com Jesse. Ela pensou que isso era bondade.
Ela nunca imaginou que a Sra. Wilson tinha roubado a herança de 40 milhões da sua mãe. Ela era muito jovem naquela época para saber de alguma coisa. E agora fazia sentido — a Sra. Wilson só concordou em acolhê-los por causa daquele dinheiro.
Aurora também finalmente entendeu por que seu pai sempre foi tão frio com ela. Aquele dinheiro que ele deu para sua mãe representava dois terços dos bens dele.
Mas sua mãe foi enganada e nunca falou nada. Talvez seu pai assumisse que ela escolheu não deixar nada para Aurora e Jesse.
Uma enxurrada de emoções invadiu Aurora. Ela nem sabia como começar a expressar o que sentia.
“Você encarou a verdade agora,” Everett disse mais suavemente, apertando a mão dela. “Então daqui em diante, mantenha sua posição. Pare de ser tão mole.”
Aurora piscou para segurar as lágrimas.
“Eu sempre pensei que ela era apenas autoritária… Eu nunca imaginei…”
Quarenta milhões.
Isso era mais do que suficiente para criar não apenas duas crianças — mas cem. Não é à toa que a Sra. Wilson disse sim. Era culpa o tempo todo.
“Você quer pegar esse dinheiro de volta?” Everett perguntou calmamente. “O negócio do seu tio não vai bem nos últimos anos, mas…”
Quarenta milhões não era um grande problema para Everett. Ele poderia cobrir isso se precisasse.
Mas fazer isso destruiria o relacionamento de Aurora com a família Wilson. Tornaria tudo completamente hostil. E uma vez que a Sra. Wilson descobrisse, certamente ressentiria Aurora profundamente.
“Não há necessidade.” Aurora deu um sorriso amargo.
Ela se lembrou de seus anos de faculdade — trabalhando meio período apenas para pagar a mensalidade e o aluguel.
Ela não era alguém que nasceu em uma vida de luxo.
Se ela tivesse sido, sua mãe não teria sido enganada, e ela e Jesse não teriam lutado tanto durante o crescimento.
Não foi até que ela assinou com a LXL que as coisas começaram a melhorar. A empresa lhe dava 200.000 por mês, e ela recebia roupas e bolsas patrocinadas. As despesas promocionais também eram cobertas.
Só então sua vida começou a se aliviar. Antes disso? Só de pensar nisso ela se arrepiava.
“Você é muito gentil. Mas duvido que sua tia te deixe em paz tão facilmente,” Everett disse, os olhos brilhando friamente.
Se a Sra. Wilson tivesse bom senso, ela recuaria. Mas algumas pessoas são simplesmente cegas — e não têm ideia de que estão mexendo com alguém perigoso.
E se esse fosse o caso… Everett não se importaria em usar outros métodos.
“Eu só… não quero envergonhar meu tio,” Aurora sussurrou. “Se ele descobrir, o relacionamento deles vai piorar ainda mais.”
As coisas já estavam tensas desde que Kimi foi expulso. Seu tio e sua tia estavam brigando cada vez mais.
Everett esfregou a testa com frustração.
Aurora era apenas muito mole. Se não fosse assim, as pessoas não continuariam a pisar nela.
Bem naquela hora, Tobias voltou com o protetor labial. Ele deu a Everett um olhar conhecedor e provocante antes de sair silenciosamente.
“Aqui, passe isso,” Aurora disse, levantando o protetor. “É muito bom para lábios rachados. Vai parar o sangramento também.”
Ela torceu a tampa para abri-la — mas o rosto de Everett escureceu.
Protetor labial? Para um homem adulto?
“Não, obrigado. É só um corte pequeno. Eu vou sobreviver.”
Ele virou a cabeça, desviando a mão dela, claramente irritado.
Aurora podia dizer que ele estava sendo teimoso, então deu uma leve bufada.
“Ninguém vai te ver aqui dentro. Apenas passe! Seus lábios ficam horríveis sem isso.”
“Aurora, eu sou Everett—a sensação da internet!” ele zombou, claramente ofendido.
“Bem mais atraente que seu ex. Caso contrário, porque metade da internet estaria obcecada por mim?”
Ah, então agora ele estava ciente de quão famoso era?
Aurora franziu a testa. Apenas olhar para seus lábios rachados a deixava desconfortável.
“Everett, só algumas passadas!”
“Nem mesmo meia passada.”
“Everett, seus lábios estão tão rachados que você nem consegue beijar direito!” Aurora corou, mas insistiu—era o único jeito de fazê-lo concordar com o bálsamo.
Everett virou-se para ela, olhos brilhando de surpresa e diversão.
“Ah? Então é sobre isso?”
“Quem iria querer beijar lábios tão feios?”
“…Tá bom.”
Ele finalmente cedeu—embora principalmente porque esperava tirar algum proveito do acordo.
Aurora se inclinou e aplicou cuidadosamente o bálsamo em seus lábios. Após várias passadas suaves, ela pôde ver a umidade voltando e finalmente relaxou um pouco.
Quando ela acabou, Everett ergueu uma sobrancelha.
“Melhor agora, certo? Vai lá, testa.”
Aurora enfiou o bálsamo no bolso e se virou.
“Espere até estar completamente melhor!”
“Sua mentirosa,” Everett murmurou, seu rosto escurecendo. Seu olhar poderia congelar o ar.
Mas então ele se lembrou: Ela está aqui comigo. Isso já é suficiente. Por que pedir demais?
Não muito tempo atrás, até mesmo sonhar em estar com ela parecia impossível.
Everett pressionou os lábios. O bálsamo na verdade estava… meio bom.
“Deita. Dorme comigo.”
Seu tom era autoritário, afiado como sempre.
Aurora piscou.
Agora? Ele queria cochilar com ela agora?
Ele estava falando sério? Ainda era pleno dia lá fora—era mal 5 da tarde!
Nem era hora do jantar ainda!
“Só um cochilo. Comemos depois,” Everett disse, lendo a mente dela. Seus olhos geralmente frios agora estavam cheios de um desejo quase incontrolável.
Tá bom. Aurora suspirou e cedeu. Se ele adormecesse mais rápido, melhor ainda.
Ela se deitou ao lado dele—e no momento em que o fez, Everett se virou e pressionou suavemente seus lábios recém-balsamados aos dela.
E assim, Aurora se sentiu… estranha.
Como se estivesse beijando outra mulher. Era tão estranho.
Então era por isso que ele não queria o bálsamo labial no começo.
Era realmente uma sensação estranha…