Herdeira Renascida: Reconquistando o que é Seu por Direito! - Capítulo 682
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Capítulo 682: doze
Ela estava tão sedenta.
Arrastando-se para cima, Aurora também percebeu o quanto estava faminta. Ela não havia se ferido antes de desmaiar, então agora era apenas sede e fome que a perturbavam.
Ouvindo movimento, Everett se virou. Seus olhos profundos se fixaram nos dela.
O rosto de Aurora ficou vermelho. Vendo-o ainda em seu terno, perfeitamente arrumado, ela abaixou o olhar.
“Você… você cuidou do seu ferimento?”
“Sim. A bala saiu.”
Ela soltou um suspiro quieto de alívio.
“Você… tirou sozinha?”
O pensamento daquela cena brutal a fez soltar a pergunta.
“Agora que estamos de volta aqui, você realmente acha que eu seria tão estúpido?” Everett levantou uma sobrancelha, mas secretamente ficou satisfeito—ela estava preocupada com ele?
Bom. Talvez ela tivesse consciência afinal.
Aurora pressionou os lábios e abraçou o cobertor, recostando-se na cama. A imagem daqueles corpos no chão, olhos abertos na morte, passou em sua mente. Ela estremeceu.
Everett caminhou até ela, claramente exasperado. Mulheres—sempre tão dramáticas. Mas, surpreendentemente, ele não se importava mais. Mesmo que fosse um incômodo, agora estava bem com isso.
Ele se sentou ao lado dela, descansando gentilmente a mão em sua cintura.
“Não tenha medo. Apenas finja que assistiu a um thriller policial.”
Aurora respirou fundo. “Eu não estou com medo! Estou apenas… muito faminta!”
Ela de repente percebeu que sua voz tinha um tom de choramingo—ela estava… fazendo beicinho?
Everett deu um leve sorriso. “Já pedi para trazerem o café da manhã.”
Ela olhou para o grande relógio de parede—já eram 9 da manhã.
Não é de se admirar que estivesse faminta.
“Ah, certo—eu preciso entrar em contato com Dominic e os outros!”
Ela rapidamente se sentou, percebendo o quão perto estava de Everett. Parecia… estranho.
“Eu já fiz isso. Eles estão bem,” Everett disse friamente. Sua expressão esfriou—será que ela poderia focar nele por uma vez?
Aurora suspirou de alívio. “Onde estamos?”
“No Hughley Grand Hotel,” ele respondeu friamente.
Aurora sabia disso. Este lugar pertencia ao Grupo X&L—apenas um de muitos. O homem na sua frente valia bilhões. E de repente, ela se sentiu… pequena.
“Ah… bem, eu vou voltar para o Hotel Shana então…”
Sua empresa havia reservado quartos no Hotel Shana—cerca de 10 quilômetros de distância.
O rosto de Everett escureceu ainda mais.
“Você realmente odeia estar perto de mim tanto assim? Olhe para mim—não estou em condições de forçar você a nada.”
Isso fez o rosto dela corar instantaneamente. Ela rapidamente balançou a cabeça.
“Não… não é isso que eu quis dizer!”
“Então fique hoje. Eu te levo de volta esta noite.”
A voz de Everett estava calma como sempre, como água parada—mas seus olhos contavam uma história diferente, cheia de calor silencioso.
Aurora mordeu o lábio e não se opôs. No final, aceitou o arranjo dele.
O café da manhã chegou. Aurora olhou para a mesa e ficou pasma—isso era café da manhã? Parecia uma explosão de buffet.
Macarrão, pães ocidentais e chineses, ovos fritos e cozidos, sanduíches, presunto, wraps de bacon com milho, batatas fritas—cobria toda a mesa longa.
Ela percebeu que nem tinha tomado banho desde a noite anterior, mas decidiu comer primeiro. Depois de lavar o rosto e escovar os dentes, ela colocou sua escova descartável no copo—então notou algo.
A escova dele… combinava com a dela.
Um conjunto de casal?
Quando Aurora saiu, Everett já estava sentado à mesa de jantar, lendo o jornal.
Ela caminhou até ele e notou a maneira desajeitada como ele estava segurando o braço.
“Sua… sua lesão está bem?”
“Não. Ainda dói. Quer me dar o café da manhã?”
Ele abaixou o jornal, seu tom casual.
Na verdade, seu braço esquerdo ainda doía um pouco, mas não era nada sério.
Aurora congelou, sentindo-se um pouco agitada.
Ele se machucou por causa dela—quase perdeu a vida. Dar-lhe café da manhã uma vez… não parecia pedir muito, certo?
“Ok… claro.”
Quando ela estava prestes a pegar a faca e o garfo, Everett deu um meio sorriso, uma expressão de calor silencioso.
“Esqueça. Eu não quero te forçar.”
Os olhos de Aurora se arregalaram. Ela percebeu que ele estava provocando-a. Mas quando viu a leve carranca enquanto ele pegava os talheres, claramente lutando, deixou o protesto morrer em sua garganta.
Ela se sentou silenciosamente e deu uma mordida em um pão estilo chinês, mas seu apetite não estava grande.
As imagens perturbadoras da noite anterior ainda pairavam em sua mente, diminuindo sua fome.
Everett olhou para ela.
“Não está com fome? Ou apenas não gosta da comida?”
Ela balançou a cabeça rapidamente.
“Não, não é a comida. Eu só acho que você pediu demais.”
“Se eu não pedisse um monte, como saberia do que você gosta?” ele disse, impassível.
Aurora abaixou os olhos, coração acelerado. Ela estava sentada à direita dele—se virasse um pouco, poderia ver as linhas nítidas de seu perfil bonito.
A luz do sol conseguiu escapar pelas nuvens, lançando um brilho quente em uma parte do quarto.
Depois de um momento de silêncio, Aurora finalmente quebrou o silêncio.
“Sobre a noite passada… desculpe. Eu te julguei mal.”
Se não fosse por ela, Everett não teria se misturado com aquele homem aterrorizante, Garrett. Aquele homem a assombraria para sempre.
Mas agora ele estava morto. E ela finalmente podia respirar.
“Está tudo bem. Mesmo sem ele, alguém mais viria atrás de mim,” Everett disse friamente.
Seu primo era implacável—ele sempre esteve em guarda. Simplesmente não esperava que ele atacasse tão cedo.
As bochechas de Aurora coraram. Ela havia sido tão egoísta antes, e ainda assim ele não parecia nutrir ressentimento contra ela.
Os dois ficaram quietos novamente, sem saber o que dizer.
Aurora beliscou sua comida—um pão, um pouco de wrap de bacon com milho—então limpou a boca com um guardanapo.
“Estou satisfeita. Pode continuar.”
Everett olhou para ela.
“Só isso? É porque eu estou aqui que você tem medo de comer normalmente?”
“Claro que não!” Aurora zombou.
“Eu não sou do tipo tímida.”
“Mas seu rosto já está vermelho.”
Aurora virou o rosto.
“Eu… Eu vou tomar um banho. Mas não há roupas aqui, então devo voltar para meu hotel.”
“Há roupas no guarda-roupa,” Everett disse, com uma leve provocação na voz.
“Você acha que eu não consigo arranjar algo para você vestir?”
“Everett, não foi isso que eu quis dizer…”
Aurora sentiu uma onda de frustração. Por que a energia deles sempre conflitava assim? E agora ela tinha que tomar banho aqui? E se alguém visse e tirasse a conclusão errada—pensando que os dois tinham passado a noite juntos?