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Herdeira Renascida: Reconquistando o que é Seu por Direito! - Capítulo 678

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Capítulo 678: oito

Aurora mexeu-se em seu sono, com a boca seca e ressequida. Enquanto se movia, as lembranças de tudo o que aconteceu com Everett surgiram repentinamente.

Ela despertou e viu Everett de pé perto da janela.

Até mesmo sua silhueta parecia boa—alto, composto e inegavelmente bonito, mesmo de costas.

Ela abriu os lábios ligeiramente e percebeu que estava deitada em um quarto luxuoso, de estilo europeu—elegantemente decorado, claramente algum tipo de suíte presidencial.

Ela estava com tanta sede.

Ao se levantar, Aurora também percebeu como estava com fome. Ela não tinha sido ferida antes de desmaiar, então agora era apenas sede e fome que a incomodavam.

Ouvindo movimento, Everett virou-se. Seus olhos profundos encontraram os dela.

O rosto de Aurora ficou ruborizado. Vendo-o ainda em seu terno, perfeitamente arrumado, ela baixou o olhar.

“Você… cuidou do seu ferimento?”

“Sim. A bala saiu.”

Ela soltou um suspiro de alívio.

“Você… tirou-a sozinho?”

O pensamento dessa cena brutal fez com que ela soltasse a pergunta.

“Agora que estamos de volta aqui, você realmente acha que eu seria tão burro?” Everett ergueu a sobrancelha, mas secretamente estava agradado—ela estava preocupada com ele?

Bom. Talvez ela tivesse uma consciência, afinal.

Aurora pressionou os lábios juntos e abraçou o cobertor, encostando-se na cama. A imagem daqueles corpos no chão, olhos abertos na morte, veio à sua mente. Ela tremeu.

Everett caminhou até ela, claramente exasperado. Mulheres—sempre tão dramáticas. Mas surpreendentemente, ele não se importava mais. Mesmo que fosse um incômodo, ele estava bem com isso agora.

Ele sentou-se ao lado dela, gentilmente descansando sua mão na cintura dela.

“Não tenha medo. Apenas finja que você assistiu um suspense criminal.”

Aurora respirou fundo. “Eu não estou com medo! Eu estou apenas… muito com fome!”

Ela de repente percebeu que sua voz tinha um tom de lamento—ela estava… fazendo beicinho?

Everett deu um sorriso leve. “Eu já pedi para trazerem o café da manhã.”

Ela olhou para o grande relógio de parede—já eram 9 da manhã.

Não é à toa que ela estava faminta.

“Ah, certo—eu preciso contatar Dominic e os outros!”

Ela rapidamente se sentou, percebendo o quão próximos ela e Everett estavam. Isso parecia… desconfortável.

“Já fiz isso. Eles estão bem,” disse Everett friamente. Sua expressão esfriou—ela não podia focar nele por uma vez?

Aurora suspirou de alívio. “Onde estamos?”

“Hughley Grand Hotel,” ele respondeu friamente.

Aurora sabia disso. Esse lugar pertencia ao Grupo X&L—apenas um de muitos. O homem na sua frente valia bilhões. E de repente, ela se sentiu… pequena.

“Ah… bem, eu vou voltar para o Hotel Shana então…”

Sua empresa tinha reservado quartos para eles no Hotel Shana—cerca de 10 quilômetros de distância.

O rosto de Everett escureceu ainda mais.

“Você realmente odeia estar perto de mim tanto assim? Olhe para mim—não estou em condições de forçar você a nada.”

Isso fez seu rosto corar instantaneamente. Ela rapidamente balançou a cabeça.

“Não… não é isso que eu quis dizer!”

“Então fique hoje. Eu te levarei de volta esta noite.”

A voz de Everett estava calma como sempre, como água parada—mas seus olhos contavam uma história diferente, cheia de calor silencioso.

Aurora mordeu o lábio e não protestou. No final, aceitou seu arranjo.

O café da manhã chegou. Aurora olhou para a mesa e ficou chocada—isso era café da manhã? Parecia uma explosão de buffet.

Macarrão, pães ocidentais e chineses, ovos fritos e cozidos, sanduíches, presunto, wraps de bacon e milho, batatas fritas—cobria toda a mesa longa.

Ela percebeu que nem tinha tomado banho desde a noite anterior, mas decidiu comer primeiro. Depois de lavar o rosto e escovar os dentes, colocou sua escova descartável no copo—então percebeu algo.

A escova dele… combinava com a dela.

Um conjunto de casal?

Quando Aurora saiu, Everett já estava sentado à mesa de jantar, lendo o jornal.

Ela caminhou até ele e notou a forma desconfortável como ele estava segurando o braço.

“Sua… sua lesão está bem?”

“Não. Ainda dói. Quer me alimentar com o café da manhã?”

Ele abaixou o jornal, seu tom casual.

Na verdade, seu braço esquerdo ainda doía um pouco, mas não era nada sério.

Aurora congelou, sentindo-se um pouco confusa.

Ele se machucou por causa dela—quase perdeu a vida. Alimentá-lo com o café da manhã uma vez… não parecia pedir muito, certo?

“Okay… claro.”

Quando estava prestes a pegar a faca e o garfo, Everett deu um meio sorriso, uma quieta ternura em sua expressão.

“Esqueça. Eu não quero te forçar.”

Ela balançou a cabeça rapidamente.

“Não, não é a comida. Eu só acho que você pediu comida demais.”

“Se eu não pedisse um monte, como eu saberia o que você gosta?” ele disse, imperturbável.

Aurora abaixou os olhos, coração batendo forte. Ela estava sentada à sua direita—se ela virasse um pouco, podia ver as linhas nítidas de seu perfil bonito.

Os raios de sol tinham conseguido romper as nuvens, lançando um brilho quente em um lado do quarto.

Depois de um momento de silêncio, Aurora finalmente quebrou o silêncio.

“Sobre a noite passada… Sinto muito. Eu te julguei mal.”

Se não fosse por ela, Everett não teria se envolvido com aquele homem aterrorizante, Garrett. Esse homem a assombraria para sempre.

Mas agora ele estava morto. E ela podia finalmente respirar.

“Está tudo bem. Mesmo sem ele, outra pessoa teria vindo atrás de mim,” disse Everett friamente.

Seu primo era implacável—ele sempre esteve em guarda. Só não esperava que ele atacasse tão cedo.

O rosto de Aurora ficou vermelho. Ela tinha sido tão egoísta antes, e mesmo assim ele não parecia guardar rancor contra ela.

Os dois ficaram em silêncio novamente, sem saber o que dizer.

Aurora mexeu na comida—um pãozinho, um pouco de wrap de bacon e milho—então limpou a boca com um guardanapo.

“Terminei. Vá em frente.”

Everett olhou para ela.

“Só isso? É porque estou aqui que você tem medo de comer normalmente?”

“Claro que não!” Aurora zombou.

“Eu não sou do tipo tímida.”

“Mas seu rosto já está vermelho.”

Aurora virou-se.

“Eu… eu vou tomar um banho. Mas não há roupas aqui, então eu deveria voltar para meu hotel.”

“Há roupas no guarda-roupa,” disse Everett, com uma leve ponta na voz.

“Você acha que eu não consigo arrumar algo para você vestir?”

“Everett, não é isso que eu quis dizer…”

Aurora sentiu uma onda de frustração. Porque a energia deles sempre se chocava assim? E agora ela tinha que tomar banho aqui? E se alguém visse e tivesse uma ideia errada—pensando que os dois passaram a noite juntos?

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