Herdeira Renascida: Reconquistando o que é Seu por Direito! - Capítulo 677
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Capítulo 677: sete
Arrastando-se para se levantar, Aurora também percebeu o quanto estava com fome. Ela não tinha se machucado antes de desmaiar, então agora era apenas sede e fome que a atormentavam.
Ouvindo movimento, Everett se virou. Seus olhos profundos se encontraram com os dela.
O rosto de Aurora ficou vermelho. Vendo-o ainda em seu terno, perfeitamente vestido, ela abaixou o olhar.
“Você… você cuidou do seu ferimento?”
“Sim. A bala está fora.”
Ela soltou um leve suspiro de alívio.
“Você… tirou sozinho?”
O pensamento daquela cena brutal a fez soltar a pergunta.
“Agora que estamos de volta aqui, você realmente pensa que eu seria tão estúpido?” Everett arqueou uma sobrancelha, mas secretamente estava satisfeito — será que ela estava preocupada com ele?
Bom. Talvez ela tivesse uma consciência afinal.
Aurora pressionou os lábios e abraçou o cobertor, inclinando-se contra a cama. A imagem daqueles corpos no chão, olhos arregalados na morte, passou em sua mente. Ela estremeceu.
Everett se aproximou, claramente exasperado. Mulheres — sempre tão dramáticas. Mas surpreendentemente, ele não se importava mais. Mesmo que fosse um incômodo, ele estava bem com isso agora.
Ele se sentou ao lado dela, descansando gentilmente a mão em sua cintura.
“Não tenha medo. Apenas finja que você assistiu a um thriller policial.”
Aurora respirou fundo. “Eu não estou com medo! Eu só estou… realmente com fome!”
Ela de repente percebeu que sua voz tinha um tom de reclamação — ela estava… fazendo beicinho?
Everett deu um leve sorriso. “Eu já pedi para trazerem o café da manhã.”
Ela olhou para o grande relógio de parede — já eram 9 horas da manhã.
Não é de se admirar que estivesse faminta.
“Oh, certo — eu preciso contatar Dominic e os outros!”
Ela rapidamente se sentou, percebendo o quão perto ela e Everett estavam. Era… estranho.
“Eu já fiz isso. Eles estão bem,” Everett disse friamente. Sua expressão esfriou — ela não poderia se concentrar nele ao menos uma vez?
Aurora suspirou de alívio. “Onde estamos?”
“Hughley Grand Hotel,” ele respondeu friamente.
Aurora sabia disso. Este lugar pertencia ao Grupo X&L — apenas um dos muitos. O homem à sua frente valia bilhões. E de repente, ela se sentiu… pequena.
“Oh… bem, eu vou voltar para o Hotel Shana então…”
A empresa dela tinha reservado quartos para eles no Hotel Shana — a cerca de 10 quilômetros de distância.
O rosto de Everett ficou ainda mais escuro.
“Você realmente odeia estar perto de mim tanto assim? Olhe para mim — eu não estou em condições de te forçar a nada.”
Isso fez o rosto dela corar instantaneamente. Ela rapidamente balançou a cabeça.
“Não… não era isso que eu quis dizer!”
“Então fique hoje. Eu te levo de volta à noite.”
A voz de Everett estava calma como sempre, como água parada — mas seus olhos contavam uma história diferente, cheia de calor silencioso.
Aurora mordeu o lábio e não se opôs. No final, ela aceitou o arranjo dele.
O café da manhã chegou. Aurora olhou para a mesa e ficou espantada — isso era café da manhã? Parecia uma explosão de buffet.
Macarrão, pães ocidentais e chineses, ovos fritos e cozidos, sanduíches, wraps de presunto e bacon com milho, batatas fritas — cobriam toda a longa mesa.
Ela percebeu que nem mesmo tinha tomado banho desde a noite anterior, mas decidiu comer primeiro. Depois de lavar o rosto e escovar os dentes, ela colocou a escova de dentes descartável no copo — então notou algo.
A escova de dentes dele… combinava com a dela.
Um conjunto de casal?
Quando Aurora saiu, Everett já estava sentado na mesa de jantar, lendo o jornal.
Ela se aproximou e notou o jeito estranho como ele segurava o braço.
“Seu… seu ferimento está bem?”
“Não está. Ainda dói. Quer me dar o café da manhã na boca?”
Ele baixou o jornal, seu tom casual.
Na verdade, seu braço esquerdo ainda doía um pouco, mas não era nada sério.
Aurora congelou, sentindo-se um pouco confusa.
Ele se machucou por causa dela — quase perdeu a vida. Dar-lhe o café da manhã uma vez… não parecia pedir demais, certo?
“Ok… claro.”
Quando ela estava prestes a pegar a faca e o garfo, Everett deu um meio sorriso, uma expressão de calor silencioso.
“Esqueça. Eu não quero te forçar.”
Os olhos de Aurora se arregalaram. Ela percebeu que ele estava provocando-a. Mas quando viu o leve franzir de sobrancelhas enquanto ele pegava os utensílios, claramente com dificuldade, ela deixou a objeção morrer em sua garganta.
Ela sentou-se silenciosamente e deu uma mordida em um pãozinho estilo chinês, mas seu apetite não estava grande.
As imagens perturbadoras da noite anterior ainda pairavam em sua mente, diminuindo sua fome.
Everett a observou.
“Não está com fome? Ou simplesmente não gosta da comida?”
Ela balançou a cabeça rapidamente.
“Não, não é a comida. Eu só acho que você pediu demais.”
“Se eu não pedisse um monte, como saberia o que você gosta?” ele disse, impassível.
Aurora abaixou os olhos, coração batendo forte. Ela estava sentada à direita dele — se virasse um pouco, poderia ver as linhas marcantes de seu perfil bonito.
A luz do sol conseguiu atravessar as nuvens, lançando um brilho quente em um lado da sala.
Depois de um momento quieto, Aurora finalmente quebrou o silêncio.
“Sobre a noite passada… me desculpe. Eu te julguei mal.”
Se não fosse por ela, Everett não teria se envolvido com aquele homem aterrorizante, Garrett. Aquele homem a assombraria para sempre.
Mas agora ele estava morto. E ela finalmente podia respirar.
“Está tudo bem. Mesmo sem ele, outra pessoa teria vindo atrás de mim,” Everett disse friamente.
Seu primo era implacável — ele sempre esteve em alerta. Ele só não esperava que ele atacasse tão cedo.
As bochechas de Aurora coraram. Ela tinha sido tão egoísta antes, e mesmo assim ele não parecia guardar rancor.
Os dois ficaram quietos novamente, sem saber o que dizer.
Aurora beliscou sua comida — um pãozinho, um pouco de wrap de bacon com milho — então limpou a boca com um guardanapo.
“Terminei. Pode continuar.”
Everett olhou para ela.
“Só isso? É porque eu estou aqui que você tem medo de comer normalmente?”
“Claro que não!” Aurora resmungou.
“Eu não sou do tipo tímida.”
“Mas seu rosto já está vermelho.”
Aurora virou-se.
“Eu… eu vou tomar um banho. Mas não há roupas aqui, então eu devo voltar para o meu hotel.”
“Há roupas no guarda-roupa,” Everett disse, com um leve tom de irritação na voz.
“Você acha que eu não consigo arranjar uma roupa para você?”
“Everett, não era isso que eu quis dizer…”
Aurora sentiu uma onda de frustração. Por que a energia deles sempre se chocava assim? E agora ela tinha que tomar banho aqui? E se alguém visse e entendesse mal, pensando que os dois tinham passado a noite juntos?