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Herdeira Renascida: Reconquistando o que é Seu por Direito! - Capítulo 674

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Capítulo 674: quatro

Ser mandada do nada fez Aurora se arrepiar, mas ela ainda assim levantou a cabeça obedientemente para encontrar o olhar dele.

Seu rosto era tão marcante como sempre, mas seu olhar havia esfriado notavelmente.

Vendo a inocência nos olhos dela, a irritação de Everett desapareceu. Ele soltou um suspiro quieto.

“Coma.”

Ele graciosamente cortou um pedaço de bife e o levou à boca. Até o jeito como ele comia parecia sem esforço e elegante.

Aurora olhava, completamente hipnotizada.

Quando ela percebeu, seu rosto esquentou e ela silenciosamente se amaldiçoou por ser ridícula.

Ela mal comeu qualquer coisa durante a refeição, mas Everett não a pressionou. Afinal, tecnicamente aquele era o primeiro encontro deles.

Depois do jantar, uma música romântica suave começou a tocar ao fundo. Se não estava enganada, era uma famosa peça de tango—Por Una Cabeza.

Everett caminhou até ela e ofereceu sua mão com um leve gesto.

Aurora congelou, sem saber o que fazer. Everett levantou uma sobrancelha, confiante como sempre.

“Levante-se. Dance comigo.”

Espere, é assim que se convida alguém para dançar?

Aurora ficou tanto divertida quanto desamparada. Mesmo assim, ela se levantou e colocou sua mão na dele.

“Eu… estou um pouco enferrujada. Aprendi essa peça antes, mas não danço há muito tempo…”

Naquela época, quando ela estava com Alexander, aquele cara estava sempre trabalhando, fazendo bicos e agindo como um robô. Quando ele tinha tempo para dançar?

Aurora raramente saía dançar. Seu tempo livre era gasto treinando seus vocais. Ela havia deixado a dança de lado.

A empresa recentemente havia dito a ela para se atualizar na dança—só por precaução.

Felizmente, ela tinha musicalidade natural, então seu canto não sofria mesmo sem muito treino.

“Está bem. Eu te ensino,” disse Everett calmamente.

Ele também estava um pouco nervoso. Na verdade, ele nunca realmente havia dançado também. Mas depois de assistir Perfume de Mulher, ele ficou intrigado por Por Una Cabeza e praticou sozinho.

Aurora… se embaraçou completamente.

Ela estava muito nervosa, muito inquieta e continuava pisando nos sapatos de Everett.

Ela queria enfiar-se em um buraco e morrer.

Quando a dança terminou, ele a puxou para um abraço silencioso. Nada inapropriado—apenas um abraço pacífico e caloroso.

Os olhos de Aurora brilharam como água de primavera, e seu coração derreteu.

Mas o momento romântico não durou muito. Tobias bateu na porta—o pai de Everett estava chamando. Era sobre Cassian.

Everett imaginou que tinha que ser seu tio implorando por misericórdia.

Ele realmente não queria ir, mas sabendo como seu tio de língua afiada poderia elevar a pressão sanguínea de seu pai, ele não teve escolha. Ele pediu a Tobias para escoltar Aurora de volta ao hotel enquanto ele corria para casa.

Aurora pensou… talvez eles estivessem finalmente começando algo real.

Na tarde seguinte, Everett veio se despedir dela no aeroporto. Ele parecia relaxado e casual.

“Certifique-se de sentir minha falta,” ele disse com um sorriso de lado.

Dominic, que estava ouvindo por perto, conteve uma risada atrás da mão.

O rosto de Aurora corou levemente.

Enquanto isso…

No País S, dentro da cidade—

Alexander estava deitado em um apartamento alugado humilde, sem se barbear e sem vida. Ele olhou para Peyton quando ela entrou pela porta, seus lábios comprimidos em uma linha fria.

Peyton ficou parada de modo desajeitado, sem ousar se aproximar mais.

Afinal, agora Alexander era “o cara com AIDS.”

Ele tossiu e disse roucamente,

“Peyton… por que está tão longe? Estou sozinho. Venha conversar comigo por um momento.”

Os olhos de Peyton tremularam de medo.

O médico havia dito que uma conversa casual não transmitiria nada, mas… ela ainda estava com medo.

Porque ele tinha HIV. Uma doença incurável.

E se ela pegasse?

Ela teria que morrer cedo também?

Ela ainda era tão jovem—apenas na casa dos vinte. Ela tinha amigos, um futuro promissor, e muito a perder.

Ela também tinha pais ricos a apoiando—por que razão ela deveria continuar namorando Alexander?

A chamada doença de Alexander havia sido “descoberta” uma semana atrás.

Ele estava fingindo ter um resfriado. Quando Peyton veio cuidar dele, ela acidentalmente viu um laudo de laboratório—e isso a assustou.

“Alexander… você está bem? Quer ver um médico?” ela perguntou, sua voz tremendo.

“Não precisa, Peyton. Agora… você é tudo o que eu tenho. Pode ficar comigo um pouco?” A voz de Alexander estava extra gentil.

Peyton balançou a cabeça em pânico. Não havia como ela continuar perto de um homem com esse tipo de doença.

“Eu—eu acabei de lembrar de algo urgente no trabalho! Tenho que ir, Alexander. Eu… eu vou contratar uma enfermeira para você, ok?”

Sem mais um olhar para a expressão lamentável dele, ela bateu a porta e saiu correndo do apartamento como se estivesse fugindo para salvar a própria vida.

Alexander deitou na cama e soltou uma risada fria.

Peyton era uma idiota—apavorada com um único pedaço de papel. Ele havia desempenhado o papel perfeitamente.

Ele pagou a um paciente HIV positivo para fazer o teste em um hospital—usando seu nome.

Então, quando Peyton verificou o laudo, o nome nele era de Alexander.

A pequena clínica não aplicava protocolos rigorosos, e ele havia explorado essa brecha perfeitamente. Agora que ela fugiu de medo, ele estava livre para se infiltrar novamente na vida de Aurora.

Alexander pegou o telefone e discou o número de Aurora.

“Desculpe, o número que você discou está desligado.”

Seu humor instantaneamente afundou novamente. Já fazia dez dias desde que o telefone dela havia saído do ar.

O que diabos tinha acontecido com ela?

Preocupado, ele tentou ligar para Courtney. Mas ela também não sabia onde Aurora estava.

Depois de alguns segundos de pensamento, Alexander decidiu ligar para Peyton. Ele queria que ela realmente o temesse. Que o odiasse.

Peyton atendeu depois de uma longa pausa.

“Alexander? O que houve?” ela perguntou suavemente, claramente tentando disfarçar seu desconforto.

“Peyton, você está livre agora? Estou com desejo de comer canja… você se importaria de fazer para mim?”

Seu tom era caloroso, íntimo. “Depois de todo esse tempo, percebi que você é muito mais gentil do que Aurora jamais foi, e…”

“N-não! Eu não tenho tempo agora!” Peyton interrompeu, em pânico.

Alexander deu uma risada silenciosa e melancólica.

“Entendo… bem, talvez eu peça para minha mãe fazer, então. Peyton, apesar de eu gostar muito de você agora, não quero te arrastar comigo. Mas percebi… não posso te perder. Você poderia vir me ver amanhã? Quero sair um pouco…”

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