Herdeira Renascida: Reconquistando o que é Seu por Direito! - Capítulo 659
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Capítulo 659: Sentindo pena dele?
Numa hora como essa, todos estavam apenas tentando sobreviver. Além disso, Aurora tinha Everett a protegendo, então Dominic não estava preocupado com ela também.
E realmente, as pessoas estavam aterrorizadas demais para fazer qualquer coisa além de correr. Elas apenas esperavam que os que começaram a atirar não as acertassem.
Aurora estava tão assustada que nem conseguia respirar. Everett tinha se jogado com ela para protegê-la, e sua cabeça doía com o impacto. Então Everett a puxou e disse: “Corra comigo!”
Aurora não teve tempo de pensar. Ela se abaixou, pegou a mão dele e correu na direção que ele a puxou.
Tiros ressoaram novamente atrás deles, seguidos por gritos da multidão.
Aurora ofegava, suas pernas prestes a ceder, mas ela não tinha escolha a não ser se forçar e acompanhar.
Até mesmo um momento de atraso poderia significar ser ferida – ou pior.
Everett a conduziu por uma fila de lojas e entrou em um beco estreito.
Ela não sabia se alguém os estava perseguindo, mas Aurora sentia que não conseguia correr mais.
“Rápido! Esses caras não hesitarão em matar—” Everett parou de desperdiçar fôlego e de repente a pegou nos braços, avançando a toda velocidade.
A boca de Aurora ficou aberta enquanto ofegava pesadamente, completamente exausta e tensa. Suor frio encharcava sua testa e palmas das mãos.
Ela não fazia ideia de quanto tempo correram antes de Everett finalmente parar em frente a um carro. Ele abriu a porta e a empurrou para dentro.
Aurora mal tinha recuperado o fôlego quando viu Everett pular e pisar no acelerador, saindo rapidamente da área.
Os tiros haviam cessado.
Aurora ainda estava respirando pesadamente, o rosto pálido, seu coração batendo forte de medo. E se algo tivesse acontecido com ela…
O carro rasgava a estrada, o vento passando rapidamente. Assustada, Aurora rapidamente tentou prender o cinto de segurança.
A luz interna fraca dava um leve brilho. Não havia carros seguindo. Lentamente, ela começou a relaxar.
Ela olhou para Everett – e notou que seu rosto estava pálido, seus lábios pressionados em uma linha tensa, seus olhos cheios de fúria.
Enxugando o suor da testa, Aurora disse: “Everett, com que tipo de pessoas você se meteu? Agora estou envolvida nisso também!”
Everett não respondeu. Ele apenas continuou dirigindo, em silêncio.
Então Aurora viu o pequeno buraco sangrento na manga direita dele – o sangue estava pingando constantemente.
“Oh meu Deus, você está sangrando!” ela arfou, estendendo a mão instintivamente para cobrir o ferimento.
“Não me toque! Se eu bater, não vou deixar você me culpar por isso,” Everett retrucou friamente.
Aurora congelou, sua mão no ar. Ela só podia observar impotente enquanto o sangue escorria.
Seu peito apertou. Vendo-o assim… ele deve estar com dor, certo?
Dirigindo com um braço ferido – quão forte sua força de vontade tinha que ser?
Aurora não podia suportar pensar nisso. Ela respirou fundo e se forçou a olhar para outro lado, mesmo que no fundo, desejasse que ele simplesmente parasse o carro…
Afinal, ele estava ferido. Dirigir assim – não era algo que qualquer um poderia fazer.
Silenciosamente, ela rezou. Finalmente, o carro parou perto de um trecho de floresta.
Um caminho sinuoso se estendia entre as árvores.
Everett ligou os faróis, iluminando o caminho à frente. Então ele pegou uma caixa do banco de trás e saiu.
Aurora seguiu.
“Este carro… é seu?” ela perguntou, surpresa, enquanto o observava calmamente puxar um kit médico.
“É. Não grite a menos que seja necessário. Não sei se alguém nos seguiu,” Everett disse em voz baixa. Ele estendeu a mão para pegar seu telefone, mas percebeu que deve ter caído em algum lugar.
Esqueça. Primeiro, ele precisava cuidar do ferimento.
Aurora ficou ao lado dele enquanto ele pegava uma pequena tesoura e cortava a manga.
Ela ofegou ao ver.
O ferimento no braço direito de Everett – ele deve ter sido atingido por uma bala.
Pelo que Aurora lembrava, os agressores dispararam apenas quatro tiros, e todos foram direcionados a eles.
Everett deve ter sido atingido enquanto a protegia. Ela lembrou como ele a puxou para o lado bem antes dos tiros, e seu corpo deu um leve tremor.
Depois disso, ele não mostrou sinais de dor.
Everett pegou uma pequena faca e olhou para Aurora. “Me ajude a limpar este bisturi com o antisséptico.”
Aurora pulou. “O que você está fazendo?”
“Tirando a bala. Se eu deixá-la, vai infectar,” Everett disse calmamente, como se não fosse grande coisa. Seus olhos estavam firmes, sem mostrar emoção.
Aurora pegou silenciosamente a garrafa e limpou a pequena faca cirúrgica.
“Você realmente pode fazer isso sozinho?” ela perguntou, entregando-lhe a faca com uma carranca. “Não podemos esperar Tobias nos encontrar e te levar para um hospital?”
Isso era brutal. Ele estava realmente prestes a fazer isso sozinho?
E não havia anestesia. Não doeria? …Espere, ela estava realmente se sentindo mal por ele?
Everett pegou a faca como se já tivesse feito isso antes e fez um corte em forma de cruz em seu braço. “Não podemos esperar. Eles podem demorar para nos encontrar.”
“Por quê? Essas pessoas estão o bloqueando?”
Aurora não pode evitar de se virar, incapaz de assistir algo tão cruel.
Ele estava tirando a bala do próprio corpo. Esse tipo de dor – a maioria das pessoas não sobreviveria, muito menos permaneceria consciente.
Everett não respondeu. Ele não estava fazendo isso apenas para sobreviver – ele queria um pouco mais de tempo com Aurora.
Então ele teve que fazer parecer que essa “perseguição” ia durar um tempo.
Aurora podia ouvir seu próprio coração batendo.
Thump, thump – estava batendo forte.
Ela não tinha coragem de olhar para o ferimento de Everett, mas continuou dando olhadas rápidas em seu rosto.
Suas sobrancelhas estavam franzidas, lábios pressionados com força, e sua expressão era fria.
Ele estava silencioso, trabalhando sob o brilho dos faróis do carro, calmamente tirando a bala do braço. Aurora não podia dizer a quantidade de dor que ele estava sentindo, mas o pequeno movimento de sua sobrancelha fez seu coração apertar.
Reunindo coragem, ela espiou novamente – e instantaneamente se arrependeu. Seu estômago revirou.
Ele estava cortando o próprio braço como se não doesse nada.
Aurora rapidamente se virou e recuou alguns passos.
Ela não sabia o que estava sentindo.
Ela ficou quieta, suas pernas dormentes, até que Everett finalmente disse suavemente, “Está feito. Não precisa ficar tão tensa.”
Ela se virou e viu seu ferimento já envolto em gaze branca.
“Vamos voltar para o carro. Está frio aqui fora. Tobias pode nos encontrar em breve. Até lá, ficamos por aqui. Se andarmos e—”
Everett levantou uma sobrancelha. “A menos que você tenha um desejo de morte.”
Aurora pressionou os lábios, não dizendo nada.
Ela olhou para o sangue no chão e o pedaço rasgado de sua manga. Apenas um olhar foi o suficiente para deixá-la inquieta.
Ela voltou para o carro sem protestar. Everett a seguiu e fechou a porta. O calor dentro foi imediato.
Aurora olhou para seu rosto pálido. “Você está… realmente bem?”