Herdeira Renascida: Reconquistando o que é Seu por Direito! - Capítulo 652
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Capítulo 652: dois
Ela empurrou o suporte de soro e o afastou, mas ele caiu de volta sobre ela novamente. “Só me deixe encostar em você… mm, preciso de um descanso.”
Ele estava tão próximo que parecia que estavam aconchegados. Se alguém entrasse, pensaria que era algum momento romântico.
Exceto que não era. Everett tinha encurralado Aurora contra a parede…
Os lábios dele roçaram sua bochecha, macios como pétalas. E sua risada—baixa e arrogante—soou como a de um demônio no escuro.
Esse cara era sem vergonha.
Aurora pisou forte no pé dele. Everett fez uma careta. Mas, antes que ele pudesse reagir, ela o puxou para longe como um porco-espinho atacando.
“Everett, se você não começar a andar, juro que vou te deixar aqui!”, Aurora esbravejou, com seus lindos olhos fulminando.
Everett quase riu.
Segurando o riso, ele manteve o rosto sério. “Certo. Você claramente quer passar mais tempo sozinha comigo.”
Aurora estava furiosa. Como uma pessoa podia ser tão irritante? Ela realmente queria cortá-lo em pedaços.
Ela segurou sua raiva. Everett parou de brincar e seguiu silenciosamente atrás dela.
A linha do soro balançava a cada passo, e de alguma forma, Everett achou aquele movimento… curiosamente gracioso.
Aurora estacionou o suporte de soro ao lado da cama, cruzou os braços e olhou friamente para as pessoas passando ali fora.
Esse andar era muito bem à prova de som. Tratamento VIP, com certeza. Ela bateu no vidro—thunk.
Depois de ficar ali parada por mais dez minutos, Aurora não aguentava mais. Ela se virou para ele. “Everett, você poderia… chamar alguém para abrir a porta?”
Everett ergueu as sobrancelhas inocentemente. “Eu não tranquei. E como eu deveria chamar alguém? Lembre-se, esta sala é à prova de som. Pare de sonhar.”
Aurora estava fumegando. Ela se jogou no sofá, recusando-se a olhar para ele.
Por sorte, havia algumas revistas ali perto—mas todas no idioma do País W.
Ela tinha completamente esquecido que estava no País Y. Aurora não ligava muito para o idioma do País W. Só olhar as linhas de texto já fazia sua cabeça doer.
Ela conseguia entender a maior parte, mas ainda havia palavras que não conhecia. Depois de algumas páginas, suas pálpebras pesaram. Logo, ela estava enroscada no sofá, dormindo profundamente.
Ela abaixou a guarda porque Everett era um paciente. Não é como se ele tivesse energia para tentar alguma coisa.
Observando-a dormir, Everett franziu a testa. “Ela realmente dormiu assim? Sem noção nenhuma de cuidado. Porca.”
Mesmo assim, ele se levantou, pegou o cobertor da cama e, com sua mão presa ao suporte de soro, silenciosamente o colocou sobre ela.
A cabeça de Everett ainda estava um pouco zonza.
Ele se sentou novamente na cama, observando calmamente o perfil adormecido de Aurora.
Era tão bom estar com ela.
Até a noite parecia mais suave.
Até as luzes pareciam mais quentes.
Sentindo-se um pouco frustrado, Everett percebeu que estava com vontade de fumar. Mas depois de trocar de roupa, tudo o que usava estava encharcado. Provavelmente seu isqueiro havia se perdido no lago.
Ele respirou fundo e olhou para Aurora com desejo, como se estivesse com medo de nunca mais vê-la de novo.
Aurora estava profundamente adormecida. Mesmo quando a porta se abriu, ela não se mexeu.
Clack clack clack—o som agudo dos saltos de uma mulher ecoou pela sala. Everett olhou para cima com evidente irritação. No momento em que a mulher entrou, o cheiro do perfume dela preencheu o ar.
O que ele mais odiava.
Um homem e uma mulher entraram. O homem parecia estar na faixa dos cinquenta anos, embora tivesse, na verdade, sessenta. Era o pai de Everett—Sr. Langston Adams.
A mulher que estava à frente dele era a madrasta de Everett, Gianna.
Gianna era do País S. Ela não tinha uma origem pobre, mas sua personalidade era tão calculista quanto à da mãe biológica de Everett.
“Everett, você se machucou e nem nos contou? Se o mordomo não tivesse visto seu carro, não saberíamos que você estava de volta!”
Gianna parecia preocupada, mas quando encontrou o olhar frio e impassível de Everett, ficou calada e se afastou para deixar o Sr. Langston se aproximar.
Enquanto ele se aproximava, Gianna deu um sorriso afável e segurou o braço dele. “Veja? Everett está no soro. Ele realmente deve estar ferido.”
Os olhos de Langston se voltaram para Aurora, ainda dormindo no sofá.
Só então Gianna percebeu que havia outra pessoa na sala—uma jovem, bonita e de aparência marcante. Ela imediatamente franziu o rosto, claramente insatisfeita.
“Quem é ela?”, Langston perguntou, com seu tom afiado e frio.
Talvez as vozes finalmente tenham chegado a ela. Aurora se mexeu, suas cílios tremeram. Ela lentamente abriu os olhos e levantou-se surpresa e desconfortável ao ver dois rostos desconhecidos.
“Ela é minha namorada. Aurora”, Everett disse preguiçosamente.
Aurora? A mulher do País S que estava em todos aqueles rumores sobre Everett?
O coração de Gianna queimou de ciúmes, mas ela manteve um sorriso agradável. “Então você é a Srta. Wilson. Que prazer!”
Aurora já havia se recomposto. “Olá. Eu sou Aurora. E este cavalheiro é…?”
“Esse é meu pai. E essa é sua esposa atual,” Everett respondeu, totalmente indiferente.
Aurora corou levemente ao se virar para o visivelmente irritado Sr. Langston.
“Sr. Adams, prazer em conhecê-lo. Everett estava brincando mais cedo—sou apenas uma amiga, não sua namorada,” ela explicou delicadamente. A expressão de Langston suavizou um pouco.
“Entendo. E você, seu moleque—voltou ao País Y e nem me avisou?”, Langston repreendeu, com seu tom cortante como gelo. Desde que Everett tinha se mudado para o País S, eles mal se viam.
Everett ergueu uma sobrancelha. “Não sou sua amante. Por que eu precisaria lhe dar satisfação?”
Aurora quase engasgou. Ela não esperava que Everett fosse tão sarcástico bem na frente de seu pai.
“Você—”, Langston estava prestes a perder a paciência, mas então lembrou que havia companhia na sala. Ele se virou para Aurora, examinando-a de cima a baixo.
Ela realmente era bonita.
Sua voz era clara e cheia de vida, assim como seu rosto.
Langston não morava no País S, mas estava bem familiarizado com sua indústria de entretenimento. A pessoa que mais se destacava em sua mente era Ella—esposa de Eric—que, ainda jovem, investiu em terras cujo valor disparou anos depois.
E ela até havia substituído Tiffany como a mulher número um do País S em uma importante lista de revistas do País Y.
“Gostaria de falar com Everett. Srta. Wilson, se não for incômodo, poderia se retirar?”, ele disse categoricamente.
Aurora deu um sorriso educado e dobrou o cobertor cuidadosamente. “Everett, eu vou sair. Sr. Adams, Sra. Langston, adeus.”
Ela foi respeitosa e não perdeu a calma diante da evidente hostilidade de Langston.
“Ela é minha namorada. Por que ela deveria sair?”, Everett de repente gritou, frio e firme.