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Herdeira Renascida: Reconquistando o que é Seu por Direito! - Capítulo 647

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Capítulo 647: Ele fez isso de propósito!

Ela de repente olhou para ele, apenas para encontrar Everett se inclinando perto, sua respiração quente contra o rosto dela. Isso a fez se sentir incrivelmente desconfortável.

“Everett, sai de cima de mim—agora!” Aurora rosnou entre os dentes cerrados.

Everett arfava levemente, sua voz fraca. “De repente… acho que não consigo mais andar…”

Mentira. Ele estava obviamente fingindo.

Aurora agarrou o suporte de soro e o empurrou para longe, mas ele se jogou novamente sobre ela. “Apenas me deixe me apoiar em você… mm, eu preciso de um descanso.”

Ele estava tão perto que parecia que eles estavam se abraçando. Se alguém entrasse, pensariam que era algum momento romântico.

Exceto que não era. Everett a havia encurralado contra a parede…

Seus lábios roçaram na bochecha dela, macios como pétalas. E sua risada—baixa e presunçosa—soava como a de um demônio no escuro.

Esse cara era descarado.

Aurora pisou forte no pé dele. Everett fez uma careta. Mas antes que pudesse reagir, ela o puxou para longe como um porco-espinho em ataque.

“Everett, se você não começar a andar, eu juro que vou te deixar aqui!” Aurora disparou, seus belos olhos fulminando.

Everett quase riu.

Segurando a risada, ele manteve a expressão séria. “Tudo bem. É claro que você quer passar mais tempo sozinha comigo.”

Aurora estava furiosa. Como uma pessoa podia ser tão irritante? Ela realmente queria cortá-lo em pedaços.

Ela conteve sua raiva. Everett parou de brincar e silenciosamente seguiu atrás dela.

A linha do soro balançava a cada passo, e de alguma forma Everett achou aquele movimento… estranhamente gracioso.

Aurora estacionou o suporte de soro ao lado da cama, cruzou os braços e olhou friamente para as pessoas passando do lado de fora.

Aquele andar era silencioso demais. Tratamento VIP, claro. Ela bateu no vidro—tum.

Depois de ficar ali mais dez minutos, Aurora não aguentava mais. Ela se virou para ele. “Everett, você poderia… chamar alguém para destrancar a porta?”

Everett levantou as sobrancelhas inocentemente. “Eu não tranquei. E como eu deveria chamar alguém? Este quarto é à prova de som, lembra? Pare de sonhar.”

Aurora estava fervendo de raiva. Ela desabou no sofá, se recusando a olhar para ele.

Por sorte, havia algumas revistas por perto—mas todas na língua do País W.

Ela tinha esquecido completamente que estava no País Y. Aurora não se importava muito com a língua do País W. Apenas escanear as linhas de texto já lhe dava dor de cabeça.

Ela conseguia entender a maior parte, mas ainda havia palavras que não conhecia. Depois de algumas páginas, suas pálpebras ficaram pesadas. Logo, ela estava enrolada no sofá, dormindo profundamente.

Ela baixou a guarda porque Everett era um paciente. Não havia chance de ele ter energia para tentar algo.

Observando-a dormir, Everett franziu o cenho. “Ela realmente dormiu assim? Nenhum senso de precaução. Porca.”

Mesmo assim, ele se levantou, pegou o cobertor da cama e, com a mão do soro segurando o suporte, cuidadosamente o colocou sobre ela.

A cabeça de Everett ainda estava um pouco confusa.

Ele sentou de volta na cama, silenciosamente observando o perfil adormecido de Aurora.

Era tão bom estar com ela.

Até a noite parecia mais suave.

Até as luzes pareciam mais quentes.

Até o tempo parecia mais precioso.

Everett desejou poder congelar aquele momento—apenas sentar ali e olhar para ela para sempre.

Mas essa mulher… provavelmente não o tinha em seu coração, tinha?

Sentindo-se um pouco frustrado, Everett percebeu que estava com vontade de fumar. Mas depois de trocar de roupa, tudo nele estava encharcado. Seu isqueiro provavelmente havia se perdido no lago.

Ele respirou fundo e olhou avidamente para Aurora, como se tivesse medo de nunca mais vê-la.

Aurora estava em sono profundo. Mesmo quando a porta se abriu, ela não se mexeu.

Clack clack clack—o som agudo dos saltos de uma mulher ecoou pela sala. Everett olhou para cima com evidente irritação. No momento em que a mulher entrou, o perfume dela preencheu o ar.

O que ele mais odiava.

Um homem e uma mulher entraram. O homem parecia ter cerca de cinquenta anos, embora tivesse na verdade sessenta. Este era o pai de Everett—o Sr. Langston Adams.

A mulher à sua frente era a madrasta de Everett, Gianna.

Gianna era do País S. Ela não vinha de uma família pobre, mas sua personalidade era tão calculista quanto a da mãe biológica de Everett.

“Everett, você se machucou e nem nos avisou? Se o mordomo não tivesse visto seu carro, não saberíamos que você estava de volta!”

Gianna parecia preocupada, mas quando encontrou o olhar frio e inexpressivo de Everett, ela se calou e deu espaço para o Sr. Langston se aproximar.

Enquanto ele chegava mais perto, Gianna deu um sorriso afetado e segurou o braço dele. “Viu? Everett está no soro. Ele realmente deve estar ferido.”

Os olhos de Langston pousaram em Aurora, que ainda dormia no sofá.

Só então Gianna percebeu que havia mais alguém na sala—uma jovem, bonita e de aparência marcante. Ela instantaneamente franzia os lábios, claramente desagradada.

“Quem é ela?” Langston perguntou, seu tom afiado e frio.

Talvez as vozes finalmente a alcançassem. Aurora se mexeu, seus cílios tremularam. Ela lentamente abriu os olhos e se levantou com surpresa e desconforto ao ver duas faces desconhecidas.

“Ela é minha namorada. Aurora,” Everett disse preguiçosamente.

Aurora? A mulher do País S que estava em todos aqueles rumores com Everett?

O coração de Gianna queimava de ciúmes, mas ela manteve um sorriso agradável. “Então você é a Srta. Wilson. Um prazer!”

Aurora já havia se recomposto. “Olá. Sou Aurora. E este cavalheiro é…?”

“Esse é meu pai. E essa é a atual esposa dele,” Everett respondeu, totalmente indiferente.

Aurora corou um pouco enquanto se voltava para o evidentemente pouco impressionado Sr. Langston.

“Sr. Adams, prazer em conhecê-lo. Everett estava brincando antes—sou apenas uma amiga, não sua namorada,” ela explicou gentilmente. A expressão de Langston suavizou um pouco.

“Entendo. E você, seu moleque—voltou para o País Y e nem me avisou?” Langston repreendeu, seu tom gélido. Desde que Everett havia se mudado para o País S, eles quase não se viam.

Everett arqueou uma sobrancelha. “Não sou seu amante. Por que precisaria reportar a você?”

Aurora quase engasgou. Ela não esperava que Everett fosse tão sarcástico bem na frente do pai.

“Você—” Langston estava prestes a perder a paciência, mas então se lembrou de que havia uma convidada na sala. Ele se virou para Aurora, analisando-a de cima abaixo.

Ela era realmente linda.

Sua voz era firme e cheia de espírito, assim como seu rosto.

Langston não vivia no País S, mas estava bem ciente de sua indústria de entretenimento. A que mais se destacava em sua mente era Ella—a esposa de Eric—que, ainda jovem, havia investido em terras que dispararam de valor anos depois.

E ela até havia substituído Tiffany como a mulher número um do País S em uma importante lista da revista do País Y.

“Gostaria de falar com Everett. Srta. Wilson, se não for inconveniente, poderia dar-nos um momento?” ele disse secamente.

Aurora deu um sorriso cortês e dobrou o cobertor com cuidado. “Everett, estou indo. Sr. Adams, Sra. Langston, adeus.”

Ela foi respeitosa e não perdeu a compostura diante da hostilidade óbvia de Langston.

“Ela é minha namorada. Por que ela deveria sair?” Everett de repente disse, frio e firme.

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