Herdeira Renascida: Reconquistando o que é Seu por Direito! - Capítulo 646
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Capítulo 646: Prensado Contra a Parede
“Alguém nos trancou aqui?” Aurora franziu a testa e se virou para Everett. “É um dos seus? Ligue para alguém.”
Everett deu um meio sorriso. “Desculpe, não dá. Meu telefone ficou encharcado quando eu pulei para te salvar. Está sendo consertado em uma sede no País Y.”
Aurora ficou em silêncio. Seu próprio telefone também tinha sido danificado pela água, então ela não podia culpá-lo realmente.
Frustrada, ela bateu na porta várias vezes. “Ei! Tem alguém aí fora? Abram a porta! Abram!”
“Olá? Vocês podem me ouvir? Senhor? Senhor?!”
Aurora se lembrava claramente—Tobias estava sempre ao lado de Everett.
Ele havia fechado a porta atrás dela quando ela entrou. Ele definitivamente era o responsável por isso.
As pessoas de Everett eram todas problemáticas—exceto o honesto Diego!
Aurora continuou batendo na porta e gritando, mas ninguém respondeu.
Entrando em pânico, ela correu para a janela, mas a encontrou completamente lacrada.
Que tipo de hospital no País Y lacra janelas assim?
“Não adianta. Ninguém vai abrir essa porta tão cedo,” Everett falou calmamente enquanto a observava voltar e bater novamente.
Ele conhecia Tobias. O cara parecia honesto e confiável, mas quando começava a tramar, ninguém conseguia competir com ele.
Tobias não ia abrir a porta tão cedo—e ele também não estava preocupado com a raiva de Everett. Tobias o conhecia bem demais.
Aurora o encarou com raiva, depois se jogou no sofá, respirando pesadamente. “Que tipo de pessoas você tem ao seu redor? Fazendo coisas sombrias como essa? Everett, o que você está tentando fazer?”
Na mente de Aurora, Tobias não ousaria fazer algo assim sem a aprovação de Everett.
“Eu não estou tentando fazer nada,” Everett falou preguiçosamente, claramente se divertindo com o desespero dela. Ele recostou a cabeça no encosto.
“O quê, você acha que se ficarmos presos aqui por um tempo, eu vou simplesmente te devorar? Odeio te decepcionar, mas mesmo se eu quisesse, não conseguiria. Estou fraco pra caramba—você não percebeu?”
Ele sorriu novamente. Aurora virou o rosto e murmurou para si mesma enquanto girava o pequeno globo na mesa repetidamente.
Everett, vendo que ela estava ignorando-o, apenas fechou os olhos e ficou quieto.
O único som no quarto era o murmúrio de Aurora.
“Eu deveria saber melhor do que vir aqui. Tão estúpida. Nada de bom nunca acontece quando estou perto desse cara.”
“Só azar. Argh!”
O sorriso de Everett lentamente desapareceu enquanto ele ouvia seus murmúrios. Então ele abriu os olhos e falou casualmente, “Venha aqui. Me ajude a ir ao banheiro.”
Aurora ergueu a cabeça abruptamente, olhos arregalados. “O que você acabou de dizer? Eu não sou sua serva! Por que eu deveria te ajudar a ir ao banheiro?”
Everett deu um sorriso diabólico. “Não quer sair daqui mais rápido? Se quer, então cuide bem de mim. Relaxa. Eu não tenho forças para colocar a mão em você agora—e nem estou com humor para isso.”
Aurora quase engasgou.
Ele estava chantageando ela.
Ela olhou para o homem preguiçoso, cerrando os dentes. “É só isso que você sabe fazer, Everett? Me ameaçar?”
Ele ergueu uma sobrancelha, simulando estar ofendido. “Ameaçar? Eu sei fazer várias coisas—gerir uma empresa, assinar contratos, resgatar idiotas perdidos, salvar idiotas que estão se afogando… ah, e dormir e comer. Quer que eu te mostre como eu sou bom em dormir—?”
“Cale a boca!”
Aurora estava além de irritada. Ela queria mais do que tudo expulsá-lo do quarto.
O sorriso de Everett apenas ficou maior. Ele se sentia completamente à vontade perto dela—livre para provocar, brincar, sem filtro.
Sem pressão, sem restrição.
Estar com ela era como se eles se conhecessem há anos.
E ainda assim, estava impregnado daquela tensão agridoce—romântica, esperançosa, dolorosa ao mesmo tempo.
Aurora, ainda furiosa, saltou e correu até a janela novamente, gritando algumas vezes. Nenhuma resposta.
Então ela voltou para a porta, bateu e chutou. Ainda nada.
Everett cobriu os ouvidos. “Senhorita Máquina de Ruído, dá para parar? Alguns de nós estão tentando descansar.”
Aurora voltou a se sentar, ainda respirando pesadamente, com os punhos cerrados em frustração.
“Vamos lá,” Everett disse, calmamente, mas com firmeza. “A partir de agora, a cada minuto que você me deixar esperando, vou pedir para acrescentarem mais uma hora à tranca.”
Aurora quase perdeu o controle.
Aumentar uma hora?! Quer dizer… cada segundo que ela passasse com esse demônio ia parecer algum tipo de tortura espiritual?
Melhor esquecer!
Aurora, ponderando, não teve escolha senão levantar e caminhar até ele obedientemente.
Seu rosto ficou vermelho. “Everett, vou te levar até o banheiro, mas depois disso você está por conta própria!”
Everett deu um sorriso provocador e de repente inclinou-se perto do ouvido dela. Sua respiração tocou a pele dela, fazendo-a se arrepiar levemente.
“Se eu não estiver cuidando de mim mesmo… você está dizendo que vai me ajudar?”
Aurora imediatamente recuou, colocando um pouco de distância entre eles. “Vamos logo.”
Ela realmente não tinha escolha. Se ela não o “servisse”, ficaria trancada naquele quarto por horas—ela nem queria imaginar como sobreviveria a esse tipo de tortura.
Com uma mão, Aurora segurou Everett, e com a outra, pegou o suporte de soro e foi ajudando-o lentamente até o banheiro.
Everett estava se sentindo um pouco melhor, mas ainda estava fraco.
A verdade era que, se quisesse realmente se mover, ele poderia se virar sozinho.
Mas vê-la sem nada para fazer deu a ideia de implicar com ela um pouco.
Aurora o ajudou a entrar no banheiro, colocou o suporte de soro de lado e rapidamente se virou para dar um pouco de privacidade a ele.
Everett deu um sorriso preguiçoso. “Já tivemos contato próximo—deixe-me pelo menos dar uma olhadinha para valer a pena.”
Aurora se virou de repente e beliscou o braço dele com força.
Everett prendeu a respiração. Droga, essa mulher não brincava—ela realmente torceu ele daquele jeito?
Aurora deu a ele um sorriso zombeteiro. “Como se eu quisesse olhar para você. Só de pensar nisso meus olhos já ficam sujos.”
O humor de Everett mudou instantaneamente.
Mas no momento, ele tinha questões mais urgentes para lidar. Não passou muito tempo antes de Aurora ouvir o som inconfundível de Everett fazendo xixi. Ela ficou constrangida e se afastou ainda mais da porta.
Isso era tão embaraçoso. Só os dois naquele quarto—se um repórter pegasse isso, não haveria como limpar sua reputação, não importa o quão inocente fosse.
Tanto faz. Se ela vivesse a vida preocupada com a opinião de todos, como poderia sobreviver?
Depois que Everett fechou o zíper, ele pressionou o pedal da descarga, e o som do vaso sanitário foi alto.
Ele se virou e olhou para as costas dela, esbeltas. “Aurora, dá uma mão aqui.”
Aurora ergueu os olhos. Ela sabia muito bem que ele podia andar sozinho. Ele simplesmente não podia suportar vê-la relaxando nem por um segundo—e provavelmente achava divertido irritá-la.
Relutantemente, ela se virou e segurou o braço dele, ajudando-o a sair.
De repente, Everett deixou o peso todo do corpo sobre ela. Seu rosto se torceu ligeiramente, como se estivesse sentindo dor.
“Everett, o que foi?” Aurora perguntou, assustada. Antes que pudesse reagir, ele já havia a prendido contra a parede.
Pobre Aurora estava agora encurralada—entre a parede fria e um Everett muito vivo.