Herdeira Renascida: Reconquistando o que é Seu por Direito! - Capítulo 640
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Capítulo 640: Uma Cena Constrangedora
Todos olharam chocados. Dominic e Eleanor estavam de boca aberta.
O rosto de Aurora ficou pálido. Ela não fazia ideia de onde o inseto tinha ido, e antes mesmo que pudesse reagir, Everett já havia corrido até ela e—sem dar-lhe chance de protestar—enfiou a mão em suas roupas e pegou o inseto que estava rastejando!
Além do grito de Aurora, o set inteiro ficou em silêncio atordoado.
Algumas pessoas estavam chocadas. Outras seguravam risadas. E outras? Claramente com ciúmes.
Everett, completamente tranquilo, calmamente retirou o inseto e olhou para a trêmula Aurora com preocupação. “Você está bem?”
“Ahhh—pervertido! Fique longe de mim! Não me toque!”
Aurora empurrou Everett com força, cambaleando alguns passos para trás enquanto segurava a camisa. Seu rosto e suas orelhas estavam vermelhos, praticamente pegando fogo.
Esse cara… realmente enfiou a mão dentro das suas roupas… na frente de todo mundo.
Imperdoável!
Aurora estava fervendo de raiva e constrangimento, seus olhos cheios de lágrimas que a faziam parecer ainda mais frágil e delicada.
Só então Everett percebeu que havia ultrapassado limites. Afinal, havia outras pessoas ao redor… mas naquele momento, ele só viu o pânico dela, e tudo que conseguia pensar era em tirar o inseto—não pensou duas vezes.
Para ele, Aurora era sua garota. Era instinto.
Mas para os olhos dos outros… é, definitivamente parecia casual demais. Íntimo demais.
Everett, sem graça, segurou o inseto agora esmagado. “Ah… peguei.”
Alguém finalmente quebrou o silêncio com uma risada alta. Dominic e Eleanor correram para o lado de Aurora.
“Aurora, você está bem? Everett só entrou em pânico. Não o culpe,” disse Eleanor rapidamente.
“É, o que mais ele deveria fazer—deixar você enfiar a mão dentro da sua camisa e se atrapalhar lá? Isso teria parecido ainda pior,” Dominic acrescentou.
Ambos tentaram minimizar a situação, mas Aurora mordeu o lábio. Então, enfiar a mão na camisa dela era refinado agora? Sério?
O Diretor Z também se aproximou, rindo. “Foi só um mal-entendido, Aurora. Não leve para o lado pessoal.”
O rosto de Everett agora estava vermelho vivo—algo que ninguém jamais havia visto antes. Algumas mulheres mais velhas próximas estavam se divertindo demais com isso.
“Olhem para Everett—ele está corado.”
“Primeira vez que vejo um homem ficar vermelho. Meio fofo!”
“Caramba, se eu soubesse, teria jogado um inseto na minha blusa também!”
“Pffft—hahaha…”
As mulheres caíram na gargalhada de novo. Aurora e Everett eram figuras públicas—basicamente uma cena cômica ao vivo. Se a notícia vazasse, certamente seria um alvoroço. O constrangimento de Aurora? Provavelmente seria manchete.
Aurora estava furiosa, mas o que poderia dizer? Gritar com Everett na frente de todo mundo?
Seu rosto estava queimando. Eleanor e Dominic continuavam tentando acalmá-la. Quando a maioria da equipe finalmente se dispersou, Aurora ergueu a cabeça.
“Não se preocupe,” Eleanor sussurrou, enxugando as lágrimas do rosto dela. “Everett já pediu para todos não espalharem nada. Ninguém vai desobedecer a ele.”
Aurora fez um beiço. “Não importa. Agora as pessoas realmente vão achar que tem algo suspeito entre nós. Aquele desgraçado—eu odeio ele…”
“Ele só estava preocupado com você. Ele agiu por impulso,” Dominic disse com um leve sorriso.
Aurora lançou um olhar fulminante para ela, seu peito ainda arfando por causa do caos.
“Certo, vamos arrumar as coisas. Tudo isso? Apenas deixe passar. Ninguém vai falar disso. Vamos lá.”
Eleanor segurou a mão de Aurora. Ela não queria prolongar isso também, então abaixou a cabeça e caminhou em direção ao carro.
Mas Everett chamou por ela.
“Senhorita Wilson… sobre o que aconteceu mais cedo… me desculpe.”
Ele parecia genuinamente desconfortável. Ele já havia passado por todo tipo de situação complicada, mas aquilo? Era a primeira vez que tinha feito algo assim—e em público, ainda por cima.
Aurora lançou um olhar fulminante para ele. “Ah, eu deveria te agradecer, né? Por ser um total pervertido?”
Tobias, claramente inquieto pelo seu chefe, soltou, “Senhorita Wilson, o jovem mestre só fez isso porque estava preocupado com você. Se fosse uma mulher qualquer, ele nem teria levantado um dedo…”
“Cale-se!” Everett cortou, seu rosto como gelo.
Tobias ficou em silêncio, abatido. Ele realmente não entendia—Everett tinha mudado tanto por causa dessa mulher, e ela nem ao menos estava um pouco tocada?
Aquele momento agora tinha sido puro instinto. Todos ali eram adultos, mas Aurora tratava como se Everett tivesse feito de propósito.
“Bom, então,” Aurora disse com um sorriso frio, “acho que devo agradecer ao Everett.”
Seu tom mudou imediatamente, sarcástico e cortante. “Espero nunca mais ter que vê-lo novamente.”
Com isso, ela saiu pisando forte.
Eleanor rapidamente tentou amenizar. “Everett, não leve para o coração. Aurora só está constrangida—ela é sensível com esse tipo de coisa.”
Everett assentiu, mas seus olhos permaneceram fixos nas costas de Aurora enquanto ela se afastava.
O dia havia passado voando.
De repente, Everett se arrependeu de não ter prolongado mais as coisas—se tivesse agido um pouco mais devagar, poderiam ter passado dois ou três dias a mais filmando. Mais chances de estar perto dela.
No carro, Aurora estava com uma nuvem de tempestade sobre a cabeça. Ela limpava o suor da testa com um lenço, pensando no inseto rastejando dentro da sua camisa de novo—isso a fazia estremecer.
Ela odiava insetos. Especialmente ali, no meio do mato.
Sua vida não tinha sido fácil crescendo, mas mesmo assim, ver um inseto sempre a fazia querer gritar e virar uma mesa.
“Aurora, você está bem?” veio uma voz de fora da janela do carro.
Era Brown, genuinamente preocupado. “Sua pele está coçando? Se estiver, eu tenho algo para isso.”
Tão atencioso—até tinha pomada preparada.
Aurora piscou, surpresa com sua precaução, mas balançou a cabeça. “Não, estou bem. Não está coçando.”
Brown tentou esconder o leve desapontamento em seus olhos e deu um pequeno sorriso. “Foi só um acidente. Não se preocupe, todos vamos manter isso em segredo.”
Aurora juntou os lábios. Ela apreciava o gesto, mas sabia que não era realista.
Celebridades e atores poderiam ficar quietos—afinal, eles tinham carreiras para proteger.
Mas a equipe? Isso já era outra história.
“Obrigada. Eu agradeço,” ela disse, respirando fundo. Seu sorriso finalmente parecia um pouco menos forçado. “Desculpe se assustei todo mundo mais cedo.”
“Não, de jeito nenhum. Eu só…” Só queria que fosse eu que tivesse tirado o inseto, ele pensou em silêncio.
Aurora tocou o vidro do carro. “Certo. Seja o que for, falaremos na empresa. Se não sairmos logo, perderemos nossa janela.”
Ela não tinha nenhum interesse em passar a noite ali.
Brown fez um sinal de OK e voltou para seu carro.
O incidente do “inseto-na-camisa” rapidamente virou material para Eleanor, Dominic, até mesmo Ella—que revezavam para provocar Aurora sobre isso.
Toda vez que mencionavam o assunto, não conseguiam parar de rir de novo.
No carro de Everett.
Seu rosto estava fechado como um trovão, olhando pela janela com uma expressão que gritava não fale comigo.
Tobias nem ousava dizer uma palavra. Ninguém mais no carro sequer respirava muito alto.
Era a primeira vez em anos que o jovem mestre tinha se humilhado publicamente. Honestamente, Tobias meio que desejava ter ficado cego naquele momento—talvez não tivesse que ver aquilo.
Everett estava de péssimo humor. Ele sentia que tinha estragado tudo.
As coisas estavam caminhando bem—ele e Aurora estavam finalmente começando a se entender. Mas no fim das contas, ele havia arruinado tudo.
Ele fechou os olhos, exausto, e não conseguia parar de repetir o momento em que sua mão havia tocado a pele dela…
Droga.
Sua mente foi direto para aquela noite chuvosa…