Herdeira Renascida: Reconquistando o que é Seu por Direito! - Capítulo 639
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Capítulo 639: Pegando-a pela Gola!
O rosto de Aurora esquentou um pouco. “O que ele quer?”
Sério? Ele não podia simplesmente vir até ela e falar ali mesmo? Ele tinha que fazê-la andar até onde ele estava? Isso não alimentava ainda mais os boatos sobre eles?
De repente, ela sentiu um pouco de arrependimento—arrependimento por ter concordado em deixar Everett participar do projeto desde o começo.
“Não faço ideia,” Diego disse com um sorriso. “Mas você deveria ir. Ele está te esperando embaixo da árvore grande, perto do carro.”
A vibe calorosa e descontraída de Diego fazia ele parecer um Buda vivo.
Aurora levantou-se e olhou para Dominic. “Venha comigo.”
Dominic olhou para a expressão de Eleanor, depois levantou-se e seguiu Aurora para fora.
Quando Aurora saiu da tenda de descanso, ela se lembrou de repente da última vez em que eles caminharam na floresta—Diego também estava lá.
Será que… Diego estava, na verdade, trabalhando para Everett?
Brown fitava as costas de Aurora, sentindo um vazio no peito. Isso doía um pouco. Ele era um astro em ascensão na indústria musical, um dos ídolos mais populares do momento—e ainda assim, para Aurora, ele era apenas mais uma celebridade comum.
Ela nunca se esforçou para agradá-lo.
Ela não era como Outono, que constantemente tentava bajulá-lo. E talvez fosse exatamente por isso que Brown gostava de Aurora desde o início.
“Qual o problema, Brown? Coma. Não pense demais,” disse Ling, sua empresária, com gentileza.
Ling entendia a situação. Brown podia ser o ídolo pop mais quente do momento, mas Everett… Everett estava em outro nível.
Ela inclinou-se para mais perto e baixou a voz. “Está óbvio que Everett está interessado na senhorita Wilson. Todos nós vemos isso. Mas você… você é só uma celebridade. Você não tem o status ou os contatos familiares que Everett tem. Então, para o seu próprio bem—não se envolva. Pense no seu futuro.”
Brown ergueu os olhos para ela, esboçou um sorriso desamparado e assentiu em silêncio.
Ele não era burro.
Mesmo deixando Everett de lado, Aurora nunca havia mostrado qualquer interesse romântico nele. Forçar isso seria inútil.
O homem por quem ela se importava… era Everett.
O sol do meio-dia era quente e dourado. Enquanto Aurora caminhava sob ele, parecia brilhar como uma figura imersa em luz solar.
Ela e Dominic se aproximaram de Everett. Percebendo que era hora de deixá-los a sós, Dominic instintivamente recuou alguns passos, deixando-os conversar sozinhos.
Everett estava encostado casualmente no velho pinheiro. Sua ampla copa projetava uma sombra suave sobre seu rosto.
“Quer saber quem gravou aquele vídeo de Outono e Caroline te arrastando embora?” Everett perguntou calmamente, de braços cruzados.
Aurora pressionou os lábios, sem esconder sua curiosidade. “É claro que quero saber.”
“Então me implore.”
Os olhos de Aurora se arregalaram. Ele realmente disse isso?
Apenas três palavras simples, mas soaram sugestivas demais vindo dele. Suas bochechas ficaram ainda mais quentes.
“Everett, não me provoque! Eu não vou implorar pra você!” ela retrucou, girando para ir embora.
Everett caiu na gargalhada—uma risada despreocupada, genuína. Era a primeira vez que ela o ouvia rir tão abertamente, sem sua postura usualmente defensiva.
Ela olhou para ele, momentaneamente atordoada. Quando ele ria assim… ele era dolorosamente bonito.
Uma pena que ele raramente sorria daquele jeito. Geralmente, tinha aquela expressão fria e impassível.
Somente quando estava brincando com ela ele se soltava assim.
“Foi o Diego,” Everett disse com naturalidade.
Aurora não ficou surpresa—ela já suspeitava que Diego estivesse associado a Everett. Então, durante todo aquele incidente, Diego não havia dito nada… ele deixou a oportunidade para Everett?
“Não me olhe assim. Ele não era meu cara naquela época,” Everett acrescentou, arqueando uma sobrancelha. “Ele só tinha medo de cruzar o caminho de Outono, então passou as imagens para mim. Mas agora… sim, ele é meu cara.”
Aurora mordeu o lábio, sem saber o que dizer. Diego era apenas um cara comum—é claro que ele temeria uma retaliação de Outono se cruzasse seu caminho.
“Vamos fazer uma aposta,” Everett disse de repente, sua voz calma, mas seus olhos brilhando com algo diferente.
Aurora olhou para ele, confusa. “Uma aposta? Que tipo de aposta?”
Então ele também gostava desse tipo de coisa? Ou estava apenas armando uma armadilha para ela?
“Quando o videoclipe for lançado—se eu ganhar 50% mais fãs do que você, então… você concorda em filmar outro videoclipe comigo. Mas se os seus fãs ultrapassarem os meus, nem que seja um pouco, eu realizo três desejos seus. Qualquer coisa.”
Everett a encarou diretamente, seus olhos impressionantes quase magnéticos. Aurora desviou o olhar rapidamente, com medo de realmente cair sob o encanto dele.
“Não estou interessada,” ela disparou.
Com isso, girou nos calcanhares e saiu andando, seu passo rápido e aflito—quase como se estivesse fugindo.
Depois de alguns passos, forçou-se a desacelerar. Lembrou-se de que—não tinha mais medo dele.
Ela trabalhou duro para enfrentá-lo sem perder o controle. Seu coração não ficava mais descontrolado só por estar perto dele.
Com sorte, ela poderia eventualmente se tornar completamente indiferente a ele—não sentir nada.
Assim que Aurora retornou, Dominic foi o primeiro a cumprimentá-la. “Aurora-jie, o que o Everett disse para você?”
“Besteira.”
Aurora respondeu secamente. Dominic coçou o nariz, então olhou de volta para o absurdamente bonito Everett e sorriu misteriosamente.
Besteira? Sei. Ela só não queria compartilhar o que haviam conversado, só isso.
Everett observou a figura de Aurora se afastando, seu olhar escurecendo, sua expressão ficando mais fria.
Essa mulher realmente era uma rosa com espinhos. Ele nunca tentou forçá-la, mas ela ainda o tratava como algo a ser evitado—sempre em guarda, sempre revidando.
Tudo bem. Se depois de filmar este videoclipe ela ainda não sentisse nada por ele… então ele desistiria.
Persegui-la ainda mais seria inútil. Se ela o odiava, nenhum esforço mudaria isso.
Depois de uma pausa de uma hora, as filmagens retornaram com a próxima cena.
“Faltam apenas quatro tomadas. Todas simples—sem diálogos, apenas contato visual. Everett, a partir de agora, o seu papel é observar a protagonista feminina silenciosamente de longe. Não há mais interação direta. Entendido?” O Diretor Z perguntou gentilmente, seu tom mostrando um pouco de deferência.
Everett assentiu. Ele já estava familiarizado com o roteiro.
O personagem trágico não o comovia emocionalmente. Ele aceitou o papel principalmente porque o tipo silencioso e sério combinava bem com a sua própria imagem—sem falas, apenas expressões sérias. Fazia sentido para ele.
Aurora trocou um olhar rápido com Brown. Nos olhos dele, ela viu encorajamento, e ela lhe deu um pequeno sorriso em resposta.
Aquele pequeno sorriso iluminou Brown como o sol.
Mas o olhar de Everett escureceu instantaneamente.
Aurora percebeu o clima gelado e rapidamente controlou seu sorriso, receosa de que, se parecesse muito amigável com Brown, Everett pudesse descontar—nele.
As próximas tomadas correram tranquilamente. Aurora e Brown tinham um bom contato visual, e no final do dia, ela estava de volta ao seu elemento.
Everett, interpretando o melancólico fotógrafo mudo, incorporou completamente o papel. Sua atuação deixou todos impressionados.
Quando a última cena terminou, Aurora suspirou longamente de alívio. Finalmente havia acabado. Tudo o que faltava agora era filmar na Cidade S e, depois, no exterior no País Y.
Só de pensar em voar novamente, já lhe dava dor de cabeça. Será que Love You realmente terminaria de ser filmado no País Y?
Enquanto Aurora se distraía, de repente sentiu algo rastejando abaixo de sua clavícula. Ela olhou para baixo—
Um inseto escuro e assustador estava entrando em sua camisa.
Ela gritou e instintivamente tentou pegá-lo—
E Everett, em um movimento surpreendente, avançou e segurou a gola da camisa dela…