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Capítulo 624: Aconteceu Alguma Coisa Entre Vocês Dois?
Brown olhou para Aurora com preocupação. Ele não sabia por quê, mas não conseguia acreditar que ela simplesmente desapareceria da equipe sem motivo. Isso significava… alguém deve tê-la levado.
Mas quem? Foi Everett?
Não podia ser. Se fosse Everett, por que ela iria querer relatar isso à polícia?
Esse pensamento tornava tudo mais complicado. Brown tinha certeza de que havia mais na situação de Aurora do que ela estava revelando.
Mas ao ver o quão exausta ela parecia—coberta de poeira, testa encharcada de suor—ele não teve coragem de pressioná-la por respostas.
Aurora conversou em particular com o diretor por um tempo, depois entrou no carro com Dominic. Naquele momento, Everett já tinha desaparecido há muito.
O diretor parecia sombrio. Uma vez dentro do veículo, ele hesitou, então decidiu ligar para Eric e informá-lo que Aurora havia sido encontrada.
Eric só fez uma pergunta: “Ela está bem?”
Ao ouvir que ela estava bem, ele não perguntou mais nada—apenas disse ao diretor para ficar de olho em Outono.
O diretor já estava desconfiado de Outono, e depois de ouvir o aviso de Eric, ele ficou convencido de que havia algo errado com ela.
Ele já havia trabalhado com Aurora antes e sabia que tipo de pessoa ela era—confiável e responsável. Ela não era do tipo que desaparecia sem avisar. O que significava que todo esse incidente… definitivamente não era simples.
No trailer, Aurora deitou-se na cama, finalmente relaxando. “Ufa, finalmente indo para casa.”
Enquanto mordia um pedaço de pão, disse a Dominic: “Ligue para a Tia Li e peça para fazer um mingau refrescante. Estou sobrevivendo de coxinhas de frango nesses últimos dias.”
“Pode deixar,” disse Dominic com um sorriso. Aurora não comia arroz ou mingau há dias—estava faminta.
Pela primeira vez na vida, arroz e mingau pareciam um banquete.
Só de olhar para o pão já sentia enjoo, mas forçou a comer para manter o estômago quieto.
Depois de fazer a ligação, Dominic abaixou a voz e provocou: “Aurora, você tem certeza de que nada aconteceu entre você e Everett? Que desperdício. Quero dizer, sério—só vocês dois, sozinhos no meio da natureza—e nada aconteceu? Como vou acreditar no amor agora?”
“Não seja ridícula,” Aurora disparou. “Não existe amor entre mim e ele.”
“Mas ele te ama!” Dominic disse animadamente. “Pense bem—ele é o CEO do Grupo NC, e ele literalmente veio até aqui para te procurar. Isso aqui não é a cidade—é o meio do nada. Fácil de se perder!”
Ela praticamente pulava de excitação. “Sinceramente, acho Everett um cara incrível. Claro, ele já te entendeu mal antes… mas sabe, como homem, essas coisas podem acontecer. Especialmente quando—”
“Dominic!” Aurora a interrompeu bruscamente.
Dominic imediatamente tapou a boca—percebendo que quase falara mais do que deveria.
Afinal, o motorista e dois funcionários estavam bem ali na frente.
Paredes têm ouvidos. Esse tipo de conversa não era seguro.
Dominic coçou a cabeça, sem graça. “Tá bom, tá bom, entendi. Vou ficar quieta.”
Aurora se sentou e tomou um gole de água. Ela já havia trocado para roupas limpas, mas ainda se sentia completamente esgotada.
“Estou meio cansada… vou dormir um pouco,” Aurora disse, terminando a última mordida do pão. Ela puxou um travesseiro, fechou os olhos e meio dormiu, meio mastigou.
Mas mesmo depois de engolir o pão, o sono não veio. O cansaço bateu forte, mas seu coração estava acelerado—como se fosse sair do peito.
Dominic percebeu que o rosto de Aurora estava corado, de forma estranha. Ela estendeu a mão e tocou a testa dela—então exclamou, “Nossa, Aurora, você está com febre!”
Sem surpresas. Dois dias de exaustão física, suando nas roupas, sem troca seca—é claro que ela pegou um resfriado.
“Mmm-hmm…” Aurora nem abriu os olhos. “Não precisa de hospital… só peça ao médico para me dar remédios para resfriado e antitérmicos quando chegarmos em casa.”
A empresa havia contratado um médico residente especificamente para os artistas que moravam no complexo residencial.
Aquele complexo abrigava mais de uma dúzia de artistas—não estrelas famosas, apenas trabalhadores ocupados com treinamentos e ensaios. Aurora raramente tinha tempo para interagir com eles.
Eles chegaram na Cidade S por volta das 15h. O rosto e as orelhas de Aurora estavam ardendo de quente. Tia Li e Eleanor correram para chamar o médico assim que a viram.
Enquanto Aurora tomava alguns goles de mingau, o médico receitou medicamentos e lembrou ela de descansar e se manter hidratada.
Depois que o médico saiu, Eleanor deu um tapinha gentil na mão de Aurora. “Aurora, como você conseguiu desaparecer da equipe desse jeito? O que realmente aconteceu?”
Aurora tomou mais alguns goles do mingau antes de deixar a tigela de lado. “Eleanor, é uma longa história. Vamos conversar lá em cima.”
Eleanor assentiu, e ela e Dominic ajudaram Aurora a subir para o seu quarto.
Depois de tomar o remédio, Aurora se sentou enquanto Dominic preparava o banho. Enquanto isso, ela deu a Eleanor uma versão curta e direta do que aconteceu—como ela havia sido amarrada à base de uma árvore.
O rosto de Eleanor escureceu com choque e raiva. “Eu não acredito que alguém faria algo tão cruel… quem fez isso não queria só te machucar—they queriam te eliminar. A única que se beneficiaria disso é… Outono. Quem mais?”
Aurora assentiu, pegando o pijama que Dominic lhe entregava. “É o que eu penso também. Vou dormir um pouco e depois fazer um boletim de ocorrência.”
“Não precisa. Vou pedir para Dominic fazer isso por você. Você só descansa,” Eleanor disse fria. “Alguém tão cruel não pode escapar—essa pessoa vai tentar algo novamente.”
Dominic resmungou, sua voz cheia de raiva. “Alguém assim merece vingança. Se eu tivesse superpoderes, faria ela envelhecer da noite para o dia—se tornar feia e sem esperança!”
“Tudo bem, vamos dar um espaço para ela. Descanse—nós cuidamos disso,” Eleanor disse gentilmente. Seu coração doía por Aurora, não apenas pela exaustão, mas por ser alvo—mais uma vez.
Aurora não se preocupou com formalidades. Depois de mais de um ano juntas, Eleanor e Dominic pareciam mais família do que colegas.
Aurora entrou no banheiro e afundou na água morna. Seu corpo estava fraco—ela ainda estava ardendo de febre.
Manteve uma garrafa de água por perto, tomando goles enquanto relaxava na banheira, tentando se hidratar e baixar a temperatura.
Quando olhou para sua coxa, sua mente voltou na outra noite—aquela noite—com Everett. Seu nariz se enrugou de irritação. Por que estou pensando nele de novo? Tão irritante.
Quando saiu do banheiro, Dominic correu para pegar o secador de cabelo.
“Está se sentindo melhor?” Dominic perguntou.
Aurora olhou para o termômetro e deu de ombros. “Não sei. Vou conferir agora.”
Cinco minutos depois—38°C. Um grau inteiro a menos do que antes.
Pelo menos a febre estava baixando.
Depois de secar o cabelo de Aurora, Dominic saiu. Aurora deitou-se em sua cama, grogue. Não sabia por quanto tempo dormiu antes de acordar e beber um copo cheio de água morna.
Ela notou a luz indicadora piscando em seu telefone. Hã? Uma mensagem?
Ela havia silenciado o telefone antes de dormir para descansar adequadamente, especialmente com a febre.
Ela o pegou—duas chamadas perdidas de um número desconhecido… e uma mensagem de vídeo.
O número parecia familiar.
Então ela viu os últimos três dígitos—899. De repente clicou: Everett.
Ela havia bloqueado Everett uma vez, e depois de ele parar de incomodá-la, ela excluiu o número dele.
Então isso era dele?
Aurora hesitou, então finalmente tocou para abrir o vídeo.
O que exatamente ele havia enviado para ela?