Herdeira Renascida: Reconquistando o que é Seu por Direito! - Capítulo 553
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Capítulo 553: Um Coração nas Sombras
Eric entrou freneticamente, empurrando através da multidão com força imprudente, despertando um coro de olhares desaprovadores.
“Ella, Elias… Dorian!” ele gritou, sua voz crua de angústia. Os espectadores olhavam para ele com simpatia enquanto ele lutava contra aqueles que bloqueavam seu caminho.
“Me deixem passar! Preciso encontrar minha esposa e filhos!” Eric arfava, socando o homem que o bloqueava.
O homem desviou, sua voz grave. “O avião estava em chamas quando caiu. Lá dentro… os corpos estão irreconhecíveis. Dois sobreviventes foram levados para o hospital.”
O coração de Eric se estilhaçou em um instante.
Duas sobrevivências—apenas duas sobreviveram.
O homem soltou seu aperto, e enquanto a visão de Eric clareava, a cena devastadora se desdobrava diante dele. A enorme aeronave estava em ruínas, destroços espalhados pelo chão. Um cheiro estranho e acre enchia o ar.
A fuselagem estava quase completamente reduzida a cinzas. Por toda parte que olhava, havia restos carbonizados, corpos irreconhecíveis—a visão era nada menos que horripilante.
Eric engoliu o bile que subia em sua garganta e procurou frenética e desesperadamente. Mas Ella e os filhos estavam em lugar nenhum. As vítimas eram além do reconhecimento.
Os lamentos das famílias enlutadas ecoavam através dos destroços.
Policiais começaram a cercar a cena, confirmando que não havia mais sobreviventes.
Quando Eric finalmente voltou ao seu carro, percebeu que sua camiseta por baixo estava encharcada de suor frio.
Respirando pesadamente, seu peito apertado com uma dor insuportável, ele pediu emprestado um telefone para uma pessoa que passava. A garota corou enquanto o entregava a ele.
Eric discou o número de Ella.
Sem resposta.
Seu coração se apertou. Ele devolveu apressadamente o telefone à garota e correu para seu carro. Ela ficou congelada, observando até que o veículo desapareceu de vista.
Sem perder um segundo, Eric acelerou em direção ao hospital próximo.
Mas quando lá chegou, descobriu que os dois sobreviventes em estado crítico não eram Ella, Elias ou Dorian.
Seus membros viraram gelo.
Encostando-se na parede fria do hospital, ele deslizou até se sentar no chão, completamente esgotado.
“Ella… Elias… Dorian…”
Ele sussurrou seus nomes, seus olhos transbordando lágrimas. Ao abaixar a cabeça, gotas silenciosas caíram sobre os ladrilhos brancos vívidos.
A dor era insuportável. O arrependimento e a culpa o atormentavam, sufocando-o.
Se ao menos ele não tivesse insistido em carregar tudo sozinho, não teria deixado Ella para trás.
Se ele tivesse ficado, eles já teriam partido do País S para o País W.
Agora Eric percebia—a depressão não era o verdadeiro horror. O verdadeiro horror era perder sua esposa e filhos para sempre.
Ele uma vez pensou que estava preso no passado, mas naquele momento, ele viu seu antigo eu pelo que ele era—autocomplacente e cego.
Seu corpo tremia violentamente enquanto agarrava a cabeça, lágrimas correndo sem controle pelo rosto.
Seu mundo tinha ido embora.
Sua depressão não precisava mais de tratamento—porque ela tinha sido substituída pelo desespero absoluto.
Pessoas que passavam lançavam olhares estranhos ao homem agachado no chão, chorando silenciosamente.
Nenhum deles sabia da agonia insuportável esmagando sua alma.
Nenhum deles sabia que sua amada Ella, seu precioso Elias e Dorian, haviam sido reduzidos a nada além de restos carbonizados…
ele queria um último olhar na mulher que amava e nos filhos que mais estimava.
mas… eles todos haviam se tornado corpos irreconhecíveis.
desgosto além da medida, um mundo reduzido ao nada.
um suave tique-taque de passos se aproximou de uma curta distância.
as pessoas pararam na frente dele. eric segurava a cabeça com as mãos, não ligando mais que sua dignidade e orgulho tivessem se espatifado completamente—ele só queria chorar, desabafar tudo.
“mamãe, esse tio está usando a mesma roupa que o papai!”
“mamãe, esse tio está chorando?”
as vozes inocentes de duas crianças fizeram eric dar um salto. ele levantou a cabeça em choque, apenas para encontrar o olhar igualmente surpreso de uma mulher parada diante dele.
“Ella!” ele levantou-se e avançou, envolvendo-a fortemente em seus braços.
Lágrimas quentes e avassaladoras escorriam pelo rosto dele, umedecendo o cabelo sedoso de Ella. Naquele instante, Eric sentiu seu coração reviver, batendo violentamente no peito. Era como se a escuridão sufocante tivesse sido levantada, como se o mundo tivesse sido pintado de cores novamente.
“Papai! É realmente você?”
“Claro que é o papai! Você não viu o papai beijando a mamãe?”
Os dois pequeninos piavam com suas vozes infantis e suaves.
Ella, ainda atordoada, instintivamente empurrou Eric para longe. “Cuidado! E se você esmagar nossa filha? E por que você está aqui mesmo?”
Eric não deveria estar na cidade L? Como ele acabou aqui?
À medida que ela olhava nos olhos cheios de lágrimas dele, eles eram como uma nascente cristalina, levando embora todo o ressentimento que ela tinha acumulado.
Ele tinha chorado?
Eric gentilmente puxou Ella de volta para seus braços. “Eu pensei… eu pensei que vocês estavam naquele voo.”
Ella balançou a cabeça. “Dorian deve ter comido algo estragado. Ele estava vomitando e com diarreia no aeroporto, então eu pedi para os seguranças mudarem nossos bilhetes. Eu o trouxe aqui para ver um médico. Ele está um pouco melhor agora.”
Eric sugou uma respiração afiada.
Se não fosse por seu pequeno amante de comida… Ella e as crianças teriam sido…
Um acidente aéreo, a maior taxa de mortalidade de todas. No momento em que Eric ouviu as notícias, foi como se seu coração tivesse sido rasgado.
Secretamente, ele limpou as lágrimas remanescentes dos cantos dos olhos. Um homem adulto chorando na frente de sua esposa e filhos—era um pouco embaraçoso.
Depois de secar as lágrimas, Eric finalmente soltou Ella e voltou-se para Dorian, que agora estava sentado em um banco. “Dorian, como está se sentindo? Está tudo bem agora?”
Ele andou até lá e ergueu o filho nos braços, o alívio avassalador de tê-lo de volta fazendo seus olhos arderem novamente.
O peso pesado em seu coração parecia se levantar instantaneamente, varrendo a escuridão sufocante que ele carregava há tanto tempo.
No momento, ele entendeu—o verdadeiro medo não era a depressão. Era ter um coração tão cego que não conseguia ver a beleza do que tinha, a perfeição de sua família.
Como ele poderia ter pensado em desistir? De si mesmo? Deles?
Dorian, ainda fraco e cambaleante, acenou obedientemente. “A enfermeira me deu uma injeção no bumbum… doeu muito, mas eu não estou mais vomitando.”
Elias se aproximou cambaleando e se agarrou ao braço de Eric. “Papai, eu também quero um abraço.”
“Elias, seja bonzinho. Seu irmão não está se sentindo bem. Deixe ele conversar com o papai um pouco.” Ella avançou, puxando Elias gentilmente para seus braços e dando-lhe um beijo carinhoso na testa.
O corpo de Eric tremia levemente enquanto segurava Dorian, o calor e a realidade do momento se aprofundando. Tudo tinha sido um falso alarme.
“Senhora, seu telefone descarregou,” de repente o segurança se adiantou e informou Ella com voz baixa.
“E… oh, Sr. Nelson, o senhor está aqui?” o segurança parecia surpreso. Mais cedo, John tinha ligado para checar Ella, confirmando que ela não tinha embarcado no avião. Depois de ouvir as notícias, John tinha rido consigo mesmo por um tempo antes de pedir ao segurança que passasse uma mensagem—que o voo tinha caído.
“Sim, estou aqui,” Eric murmurou.
Segurando Dorian perto, ele se virou de volta para Ella. “O voo que vocês deveriam pegar… caiu. Há pouco mais de uma hora atrás. O avião caiu.”
Os olhos de Ella se arregalaram de choque. Ela encarou Eric, a realização se amanhecendo nela. Ela e os meninos escaparam da morte por mera chance.
Não é de se admirar que Eric tinha vindo até aqui, chorando em segredo…