Herdeira Renascida: Reconquistando o que é Seu por Direito! - Capítulo 543
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Capítulo 543: Rasgando a Ferida
Entre todas as especulações, essa era a única que parecia realista. Porque mesmo que Vitória tivesse sido empurrada do prédio, James nunca havia revelado nenhuma falha ao longo dos anos.
Então, era impossível. James havia feito seus preparativos, mas ele nunca tinha sido cruel o suficiente para pedir um divórcio de Vitória!
Eric estendeu seus dedos bem definidos, tremendo enquanto folheava as fotos uma por uma. Cada foto capturava um ângulo diferente.
Até mesmo James e Grace, com suas expressões de pânico e roupas desalinhadas, juntamente com ele mesmo gritando em agonia, haviam sido fotografados.
Mais uma vez, Eric viu a si mesmo como uma criança.
A ferida foi rasgada, crua e sangrando — doía tanto!
Ele era um homem crescido agora, mas aquela experiência de infância havia se tornado um momento definidor em sua vida.
Aquele crepúsculo vermelho-sangue — Eric nunca esqueceria a completa impotência e terror que sentiu. Nas fotos, ele começou confuso, e eventualmente desabou em prantos incontroláveis, seu rosto contorcido além do reconhecimento.
Essas fotos estavam embebidas em tristeza, fazendo o coração de Eric quase parar…
Como se a tragédia estivesse se desenrolando diante de seus olhos mais uma vez!
O suor frio brotou na testa de Eric, seu coração torcido de dor e suas têmporas pulsando violentamente, como se algo em sua mente estivesse revivendo o pesadelo repetidamente — rasgando implacavelmente suas cicatrizes.
Com um rugido feroz, ele varreu as fotos da mesa, espalhando-as pelo chão.
Seu corpo inteiro se sentiu fraco. Ele desabou em sua cadeira, encostado no espaldar, e pegou seu telefone para discar o número de John.
“John, venha aqui… agora mesmo.”
John foi pego de surpresa. O que havia acontecido com Eric? Por que sua voz soava tão frágil e exausta?
“Entendido, Sr. Nelson. Estarei aí imediatamente!”
John tinha acabado de voltar de sua lua de mel no País Y apenas um dia atrás. Ele tinha planejado tirar mais três dias de folga antes de voltar ao trabalho.
Mas no momento em que recebeu a ligação de Eric, ele ignorou as reclamações de sua esposa, vestiu-se às pressas e correu para a empresa.
Quando chegou e empurrou a porta do escritório, um cheiro espesso e sufocante de fumaça invadiu o ar, fazendo-o congelar por um momento.
Eric raramente fumava.
Ele só o fazia quando estava em um humor muito ruim, profundamente frustrado.
Trabalhando com Eric por tantos anos, John só o tinha visto fumar duas vezes — uma quando Ella terminou com ele, e a segunda vez quando ela foi encontrar Elias sozinha.
Naquele período, Eric tinha sido como uma pessoa completamente diferente — cigarro na mão o tempo todo, exalando um fumaça forte e acre.
“Sr. Nelson, o que aconteceu?” John perguntou suavemente, seu olhar se deslocando para as fotos espalhadas pelo chão.
Sua expressão escureceu instantaneamente.
Ele não tinha visto as pessoas nessas fotos antes, mas ele podia adivinhar vagamente quem eram.
Ajoelhando-se, sua mão tremeu levemente enquanto pegava uma das fotos. Nela, um Eric de sete anos estava agarrado ao corpo sem vida de Vitória, chorando de dor.
O coração de John se encheu de uma tristeza amarga. Quem tinha enviado essas fotos para Eric?
Logicamente falando, depois que Vitória pulou, James chamou imediatamente os serviços de emergência. O pessoal médico chegou rapidamente, e ninguém deveria ter tido tempo ou razão para tirar tais fotos.
A única possibilidade era que a pessoa que as tirou era ou um repórter ou alguém que as tinha guardado deliberadamente durante todos esses anos.
Grace estava com James na época, e se tivesse sido ele, Eric não o teria deixado se aproximar.
“Descubra… quem diabos tirou essas fotos!”
A respiração de Eric estava pesada, seus olhos frios como gelo.
Seus traços atraentes e afiados estavam entrelaçados com uma hostilidade arrepiante, toda sua presença exalando uma fúria tempestuosa.
Havia um brilho assassino em seus olhos. “Esse desgraçado deve estar procurando pela morte!”
Quem quer que tenha tirado essas fotos provavelmente estava planejando vazá-las.
Na época, Eric tinha apenas sete anos — muito jovem para entender as notícias.
Além disso, o trauma da morte de Vitória já tinha sido o suficiente para transformá-lo em uma criança retraída e autista.
“Essas fotos já foram publicadas?”
“Certo, chefe, vou verificar imediatamente.”
“E… verifique se essas fotos já foram publicadas,” Eric disse duramente, seus olhos brilhando com malícia.
John assentiu, recolhendo as fotos antes de sair rapidamente do escritório de Eric para encontrar seus irmãos e usar meios especiais para rastrear o desgraçado que enviou as fotos.
Eric, entretanto, permaneceu sentado em seu escritório até que sua secretária entrou com alguns documentos urgentes, trazendo-o de volta à realidade.
Ele abriu os arquivos, mas após apenas algumas olhadas, ele não conseguiu continuar.
Era como se seu coração estivesse sendo perfurado por inúmeras agulhas, a dor fina fazendo seu rosto empalidecer, o suor frio gotejando de sua testa.
O que ele deveria fazer?
Como ele havia se tornado assim?
Tanto tempo tinha passado, mas ao ver aquelas fotos cruéis, Eric foi mais uma vez confrontado pela tragédia. Ele de repente se odiou por não ter conseguido proteger sua mãe adequadamente!
O céu parecia escurecer, e ele não conseguia ver um fio de luz.
Ele não sabia quanto tempo ficou sentado ali.
Então, Ella ligou para ele. Ela tinha recebido uma ligação de John, o que a fez entrar em contato com Eric.
O humor de Eric estava abalado, então John, preocupado, secretamente chamou Ella.
“Eric, quando você vai para casa? Que tal irmos buscar nosso filho juntos?” A voz de Ella era gentil, e pela primeira vez, os pensamentos de Eric começaram a voltar para seu corpo.
Ele respirou fundo, enxugando o suor, e respondeu casualmente, “Você pode buscar ele… Eu preciso esperar um pouco aqui antes de ir para casa.”
Eric estava preocupado que se Ella o visse nesse estado, ela ficaria profundamente preocupada. Então, ele precisava controlar suas emoções antes de voltar para casa.
“Você está realmente bem? Eric, John me contou tudo. Se você estiver se sentindo mal, apenas venha para casa, está bem? Não pense demais…”
Eric sentiu um incômodo, amaldiçoando John silenciosamente por se intrometer.
Ele insistiu que estava bem, e Ella, sem poder fazer nada, foi buscar o filho deles sozinha.
Eric sentou-se novamente em sua cadeira, o suor frio formando em suas palmas.
Não era que ele não quisesse ser honesto com Ella, mas ela estava grávida agora, e ele não queria sobrecarregá-la com muito estresse.
Claramente, seu estado emocional estava sendo influenciado por suas antigas lutas com autismo e depressão.
As fotos, entretanto, o mergulharam de volta ao inferno, causando seu coração se quebrar novamente.
Ele não conseguia esquecer como Vitória, a mulher que mais o amara, havia lhe dado ternamente o mundo, apenas para deixá-lo tão subitamente!
Ele não conseguia aceitar.
Às cinco horas da tarde, Ella chegou na entrada do Jardim de Infância Pequeno Príncipe para esperar pelo filho deles.
Elias e Dorian saíram juntos, e Ella notou que a Sra. Taylor não estava mais ensinando na escola. Ella sabia que Taylor tinha algum tipo de relação com Lin.
Mas que tipo de relação era, ela não queria perguntar mais. Afinal, qualquer pessoa que tivesse interagido com Isaac ou lhe fornecido informações tinha sido secretamente tratada por Eric.
“Mamãe, por que o Papai não veio me buscar?”
“É, onde está o Papai?”
Normalmente, Ella e Eric buscavam os filhos juntos, mas às vezes ele estava ocupado com o trabalho. Ainda assim, as crianças realmente sentiam falta do pai delas.
“O Papai está ocupado. Ele provavelmente estará em casa quando chegarmos,” Ella forçou um sorriso.
Foi então que um menino correu até eles, mas foi impedido por dois seguranças.
“Irmã mais velha, sou eu!” O menino estava radiante de emoção, seus olhos brilhando com uma luz dourada e calorosa.
Ella de repente se lembrou deste menino — ele era o que a tinha confundido com uma modelo da última vez.
Para ser sincera, após o incidente de Brandon, Ella não tinha muito carinho por meninos que gostavam de desenhar. Mas como ela não conhecia esse menino, ela também não sentia nenhuma antipatia.
Ela deu um simples aceno de cabeça. “Eu me lembro de você. Precisa de alguma coisa?”