Herdeira Real: Casamento Relâmpago com o Tio do Ex-Namorado - Capítulo 79

79: Um terrível acidente de carro 79: Um terrível acidente de carro “Mas eu o matei,” murmurou Lucius.

Os dedos de Layla pausaram momentaneamente em seu cabelo, e então continuaram, massageando seu couro cabeludo, trabalhando a espuma em cada mecha. “Eu não acho que você fez isso. Você pode me contar a verdade,” ela disse suavemente.

“Você confia tanto em mim. E se eu te trair?” ele perguntou, com um tom distante.

“Por que você está dizendo coisas assim?” ela repreendeu, puxando a alavanca da torneira. A água morna lavou a espuma, deixando seus cabelos limpos.

Lucius fechou os olhos, saboreando o conforto do toque dela. Assim que ela terminou de enxaguar o cabelo dele, Layla pediu que ele se levantasse. Seu vestido estava úmido em alguns lugares, mas ela o ignorou, seu foco totalmente em Lucius. Ela pegou uma toalha e se aproximou dele enquanto ele se apoiava na pia, com uma postura cansada.

Enquanto ela secava gentilmente seu cabelo, ele quebrou o silêncio. “Você não tem medo de mim? Agora que você sabe que eu—”
“Eu só tenho medo de pessoas que mentem para mim,” Layla interrompeu, com a voz firme. Ela deixou a toalha drapeada sobre a cabeça dele, seus olhares se encontrando enquanto ela falava. “Se você quiser tomar banho, pode usar primeiro,” ela afirmou e virou-se para sair quando Lucius a puxou de volta, envolvendo o braço em torno do pescoço dela.

“Lucius…” A voz de Layla estava suave, encorajando-o a continuar.

“Obrigado por acreditar em mim,” ele sussurrou, a voz quase inaudível. “Mas a verdade é… eu sou a razão da morte do Antoine.”

Os olhos de Layla vasculharam seu rosto, esperando que ele explicasse, sua paciência irradiando através do silêncio.

“Por que você diria isso?” ela perguntou gentilmente.

Lucius inalou profundamente, sua expressão nublada com culpa. “Porque ele me salvou… mas eu não pude salvá-lo.” Sua voz rachou levemente ao recordar a memória dolorosa. “Antoine era mais do que apenas um irmão para mim; ele era meu protetor, meu melhor amigo. Quinze anos atrás, estivemos num terrível acidente de carro.”

Layla inclinou a cabeça levemente, seu olhar inabalável enquanto ela ouvia.

“Aconteceu tão rápido,” continuou Lucius, seus olhos distantes como se ele estivesse de volta naquele momento. “Antoine me protegeu do pior do impacto. Eu sobrevivi por causa dele, mas eu estava consciente—acordado e ciente—enquanto ele estava lá, imóvel. Eu deveria ter pedido ajuda. Eu deveria ter feito alguma coisa. Mas eu não fiz… Eu congelei. Não consegui me forçar a agir. Eu deveria ter tentado mover meu corpo.”

Ele apertou os punhos, sua frustração palpável. “Se eu apenas tivesse convencido ele a não ir naquela pescaria… se eu simplesmente tivesse insistido, nada disso teria acontecido.” Sua voz estava cheia de arrependimento, como se ele estivesse revivendo aquela culpa todos os dias desde então.

Layla virou-se e o abraçou enquanto dava leves tapinhas em suas costas.

“Não foi sua culpa. Se fosse, então seu irmão não teria te protegido. Você simplesmente queria passar tempo com seu irmão. Me sinto tão mal em saber que você passou por tanto. Deve ter sido difícil para você,” disse Layla enquanto demonstrava compreensão.

Lucius simplesmente fechou os olhos, querendo permanecer em seu abraço desse jeito.

~~~~
“Roderick, quando você planeja contar para a Layla como o Lucius matou seu pai?” Orabela perguntou, com a voz perfumada de curiosidade.

“Em breve. Eu apenas não tive a chance de vê-la, é por isso que está demorando,” respondeu Roderick, soando frustrado.

“Bem, você sempre poderia usar o nome do seu avô para encontrá-la. Não é como se ela fosse reclamar dele sobre isso,” Orabela sugeriu com um sorriso malicioso. Ela se apoiou nos cotovelos, descansando os braços no peito nu dele enquanto encarava seus olhos. “O que você acha?”

“Não é uma má ideia,” disse Roderick, sorrindo com o pensamento.

“Aliás, por que você terminou comigo em primeiro lugar? E então, do nada, você me pediu em noivado?” Orabela perguntou, seus olhos se estreitando levemente, à espera de sua explicação. “Você ainda gosta de Layla? Você ficou magoado quando descobriu que ela é a esposa do seu tio?” ela pressionou.

“Eu te disse, eu queria te proteger do meu tio,” Roderick explicou suavemente. “E a Layla… ela mudou. Ela não hesita em manchar sua imagem. Mas eu me arrependi de ter te deixado ir. Não conseguia ficar longe de você. Foi por isso, assim que percebi meu erro, fui até a sua casa e pedi que nos noivássemos na frente das nossas famílias,” ele acrescentou, um sorriso caloroso se espalhando em seu rosto.

Orabela retribuiu seu sorriso, sentindo-se tranquilizada por suas palavras. “Você me ama tanto,” ela sussurrou. “Me desculpa por ter mentido para você antes sobre a gravidez. Eu estava com tanto medo de te perder, tão irritada que você ainda tinha sentimentos pela Layla quando fui eu que te dei tudo,” ela confessou, sua voz carregada de vulnerabilidade.

Roderick puxou Orabela para baixo, seus dedos entrelaçados em seu cabelo enquanto a abraçava apertado, seu aperto possessivo. “Eu só amo você, Bella,” ele sussurrou, mas seus olhos escureceram com algo muito mais sinistro do que afeto.

Em sua mente, um plano retorcido já estava em andamento. ‘Assim que você for declarada herdeira da família Rosenzweig, eu vou te expulsar da minha vida.’ Um sorriso brotou em seus lábios, despercebido por Orabela. ‘Layla não pode ficar comigo por causa do seu status, mas uma vez que eu der a ela tudo que ela sempre quis, ela voltará. Afinal, dinheiro pode comprar qualquer coisa.’
Seu sorriso se alargou enquanto Orabela se aninhava mais perto, completamente alheia à traição que se chocava por trás de suas palavras gentis.

“Eu quero que nosso casamento seja grandioso, Rick,” Orabela disse, sua voz carregada de determinação.

“Sim, será grandioso. Seremos o assunto da cidade,” Roderick assegurou, embora sua mente estivesse em outros lugares.

“Por causa de Layla, minha mãe ficou chateada comigo. Ela até me deu um tapa, Rick. Eu quero logo mostrar a Layla o lugar dela. Justamente por causa de seu tio, eu sou incapaz de fazer isso,” ela murmurou, amargura evidente em seu tom.

A mandíbula de Roderick se apertou. “Melhor você não fazer nada irresponsável. Se meu avô descobrir, ele ficará furioso,” ele advertiu, sua voz calma, mas firme. ‘Esta mulher traz problemas sem motivo,’ ele pensou, irritação borbulhando por baixo da superfície. A impulsividade de Orabela era uma responsabilidade que ele tinha que gerenciar, pelo menos enquanto ele não precisava mais dela.