Herdeira Real: Casamento Relâmpago com o Tio do Ex-Namorado - Capítulo 68
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68: Para viver sua vida plenamente 68: Para viver sua vida plenamente “Ruby, eu não te esqueci,” disse Layla, sua voz suave com arrependimento. “Tanta coisa aconteceu, e eu não pude entrar em contato antes. Mas eu prometo, irei te ver em breve.” Ela encerrou a chamada e olhou para o relógio — já era hora do almoço. Com pressa, dirigiu-se ao escritório, apenas para encontrar Lucius reclinado em sua cadeira, aparentemente à vontade.
Seus passos vacilaram quando ela percebeu o quão pacífico ele parecia. ‘Ele está dormindo?’ ela se perguntou, hesitante em perturbá-lo. À medida que Layla se aproximava, ela ocupava-se arrumando sua mesa bagunçada, tentando fazer o mínimo de barulho possível.
O suave farfalhar dos papéis, contudo, despertou Lucius de seu sono. Ele piscou, acordando, mas em vez de falar, simplesmente a observava, seus olhos percorrendo as delicadas linhas de sua figura com uma quietude admiradora.
Quando Layla finalmente se virou, surpresa ao vê-lo acordado, ela gaguejou, “Desde quando você—”
“Apenas há um momento,” Lucius interrompeu suavemente, sua voz ainda entremeada com resquícios do sono. Ele segurou seu pulso, um toque gentil mas firme, e antes que ela pudesse reagir, ele a puxou para o seu colo. Seus dedos deslizaram levemente por sua têmpora, afastando uma mecha solta de cabelo. “Você está se sentindo melhor agora?”
“Sim,” ela sussurrou, sua voz mal audível sobre as batidas de seu coração.
Sua expressão se escureceu, o momento terno dando lugar a algo mais feroz. “Eles já te causaram tristeza suficiente,” ele disse, seu maxilar se tensionando. “Eu te ofereci a chance de deixar eu lidar com eles — do meu jeito. Por que você insiste em carregar esse fardo sozinha?” Sua voz ficava mais suave, mas mais intensa, como se cada palavra fosse um voto. “Eu quero preparar um caminho de rosas aos seus pés, livre de espinhos. Apenas diga a palavra, Princesa, e eu garantirei que eles nunca mais te incomodem.”
“Eles alguma vez vão se arrepender do que fizeram comigo? Os danos que causaram em minha vida?” Layla perguntou, sua voz impregnada de amargura. “Eu quero que eles sintam o peso de suas ações, que queimem de culpa pelo resto de suas vidas.”
Lucius murmurou pensativo, soltando sua pegada. “Talvez,” ele disse, levantando-se e oferecendo-lhe uma mão para se equilibrar. “Mas por agora, vamos focar no almoço.” Ele se virou para sua mesa, abrindo uma gaveta para pegar seu celular, enquanto Layla seguia em direção ao seu próprio espaço de trabalho.
“Fiz algumas amizades com a equipe de secretariado,” disse Layla enquanto verificava seu telefone. “Elas me convidaram para beber com elas esta noite.”
Lucius arqueou uma sobrancelha, ajustando os botões de seu blazer. “Você disse a elas que você bebe mal?” ele perguntou, seu tom leve mas brincalhão.
Layla riu nervosamente, olhando por cima do ombro para ele. “Como eu poderia dizer isso? É a primeira vez que sou convidada para sair por colegas. Eu quero ir,” ela acrescentou, seus olhos brilhando de empolgação.
“Claro, você está livre para ir,” Lucius respondeu com um pequeno sorriso.
“Você virá comigo?” ela perguntou, embora sua voz denotasse incerteza.
“Sim,” ele respondeu sem hesitação.
Layla franziu a testa levemente, mordendo o lábio. “Mas então todos vão se sentir constrangidos. Eles sabem que somos marido e mulher, e ter o chefe deles ali pode deixá-los desconfortáveis. Eles podem não falar abertamente comigo se você estiver por perto.”
Lucius considerou as palavras dela e assentiu em compreensão. Ele podia ver que ela queria se enturmar com seus colegas, algo que ela não tinha tido muita oportunidade de fazer antes. “Então eu vou manter distância,” ele concordou facilmente.
Layla se amoleceu com a compreensão dele, um lampejo de culpa aparecendo em sua expressão. “Eu não quis magoar seus sentimentos.”
“Eu não estou magoado, esposa,” ele tranquilizou-a, diminuindo a distância entre eles. Sua voz era terna enquanto ele continuava, “Você merece se divertir, viver sua vida plenamente. Eu não vou tirar isso de você. Apenas… não beba demais, certo?” Seu tom era brincalhão enquanto ele estendia a mão e tocava levemente a ponte do nariz dela com o dedo.
Layla sorriu, uma onda de calor se espalhando por ela com suas palavras, sentindo-se tanto grata quanto aliviada. Ela deixou um beijo suave em seus lábios e seguiu na frente dele em direção à porta. Isso o fez rir e ele a seguiu.
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No restaurante, Lucius e Layla desfrutaram de um almoço farto, sua conversa leve e agradável. Após um tempo, Layla se desculpou, afastando sua cadeira. “Já volto,” ela disse com um pequeno sorriso antes de se dirigir ao banheiro.
No silencioso banheiro, ela lavou as mãos, a água fria a acalmando enquanto ela reunia seus pensamentos. Justo quando estava prestes a pegar uma toalha, uma voz familiar chamou atrás dela.
“Layla!”
Sobressaltada, ela olhou-se no espelho para ver Kylie, uma das amigas próximas de Orabela, parada na entrada, seus olhos arregalados de empolgação.
“Meu Deus! É mesmo você!” Kylie exclamou enquanto avançava, envolvendo Layla em um abraço inesperado mas entusiasmado. Layla piscou, momentaneamente surpreendida pelo repentino abraço.
Kylie recuou, seus olhos percorrendo o rosto de Layla com um sorriso. “Você está com esse brilho pós-casamento—vida a dois realmente combina com você!” ela elogiou, sua voz cheia de admiração. “Você está absolutamente radiante.”
Layla, ainda surpresa, retribuiu com um pequeno sorriso. “Kylie, faz tempo.”
Kylie assentiu avidamente, ainda segurando os braços de Layla como se temesse que ela desaparecesse. “Sabe, você esteve nas notícias nacionais. Eu fiquei tão chocada ao descobrir que você se casou com Lucius De Salvo! Eu nunca esperava isso! Mas de novo, meu pai o conhece pessoalmente, então eu nunca realmente acreditei em todos os boatos. Ao contrário dos outros, eu não tinha preconceitos contra ele,” Kylie acrescentou com um sorriso orgulhoso.
Layla forçou um sorriso educado, incerta sobre como navegar a conversa. “Entendo,” ela murmurou, sentindo-se um pouco desconfortável.
Kylie nunca havia sido diretamente cruel com ela, mas sempre esteve ao lado de Orabela, que tornara seus anos de escola e faculdade difíceis. Layla não tinha certeza se Kylie estava sendo genuína ou se estava jogando algum tipo de jogo. A incerteza sobre seu caráter fazia Layla ser cautelosa.
Kylie parecia alheia aos pensamentos internos de Layla. “Ah, a propósito, estamos tendo uma festa de reencontro na próxima semana. Você já deve ter ouvido falar, certo? Você deveria vir! Seria ótimo te ver lá,” ela disse com entusiasmo, seus olhos brilhando.
“Vou ver se tenho tempo,” Layla respondeu cautelosamente, sem se comprometer com nada. A ideia de comparecer a uma reunião, especialmente onde Orabela poderia estar presente, não era exatamente atraente. “De qualquer forma, meu marido está me esperando lá fora, então eu preciso ir.”
“Oh, claro!” Kylie deu um passo para trás, oferecendo-lhe um sorriso rápido. “Mas pense na festa!”
Layla deu um aceno pequeno antes de virar nos calcanhares e deixar o banheiro.