Herdeira Real: Casamento Relâmpago com o Tio do Ex-Namorado - Capítulo 65
- Home
- Herdeira Real: Casamento Relâmpago com o Tio do Ex-Namorado
- Capítulo 65 - 65 Despedaçou o mundo dela 65 Despedaçou o mundo dela Qual o
65: Despedaçou o mundo dela 65: Despedaçou o mundo dela “Qual o relatório, Roger?” Lucius perguntou, seu tom afiado ainda que tranquilo.
“Chefe, não há registro hospitalar do nascimento da Senhora, nem nada sobre Orabela também. Parece que nenhuma delas nasceu nesta cidade,” Roger relatou confiante.
Lucius se inclinou para trás na cadeira, olhos fixos na ponta lustrosa de sua caneta tinteiro. “Nesse caso, precisaremos adotar uma abordagem diferente.”
Roger hesitou por um momento antes de perguntar, “O que devemos tentar agora?”
“Um teste de DNA,” Lucius respondeu, erguendo os olhos para encontrar os de Roger.
“Precisarei coletar amostras da casa delas para isso,” Roger sugeriu pensativo.
Lucius fez um leve aceno com a cabeça, sua voz firme. “Confio que você vai lidar com isso precisão.”
Roger murmurou baixinho, com um rosto cheio de determinação enquanto assegurava a Lucius, “Não se preocupe, Chefe. Eu cuido disso.” Então, com uma mudança súbita no tom, a preocupação invadiu sua voz. “Aliás, Chefe, sobre a noite passada… você contou à Senhora que quase levou um tiro?”
Lucius riu, deixando a caneta sobre a mesa com um leve tilintar. “Você acha que eu diria algo assim para ela? O que quer que ela faça, deserdar-me?” Seu tom era leve, mas havia traço de seriedade em suas palavras.
Roger franziu o cenho, ainda preocupado. “Eu pensei que a Senhora tinha começado a se aproximar mais de você, Chefe.”
Lucius suspirou, seu olhar se suavizando ao pensar nela. “Ela tem um coração gentil, Roger. A vida dela já está cheia de problemas — eu não estou prestes a sobrecarregá-la com os meus.” Houve uma pausa antes de ele adicionar, mais silenciosamente, “Ela não precisa saber sobre os perigos que eu enfrento.”
Roger assentiu, entendendo o peso não dito por trás das palavras de Lucius. “Eu entendo, Chefe. Você sempre pensa nela primeiro.”
Sua conversa foi interrompida quando a porta do escritório rangeu ao abrir, revelando Layla entrando com um arquivo agarrado em sua mão. Ela ofereceu um sorriso educado para Roger, que retribuiu a saudação antes de se desculpar e sair da sala.
“Lucius, você pode dar uma olhada nisso?” Layla perguntou, segurando o arquivo enquanto se aproximava da mesa.
Lucius olhou para cima, um leve sorriso surgindo no canto da boca. “Eu cuidarei disso… mais tarde.” Sua resposta foi casual, sua atenção ainda não transferida para o documento que ela ofereceu.
Layla colocou o arquivo gentilmente na mesa dele, assim como o telefone fixo em sua própria mesa começou a tocar. Ela rapidamente se moveu para atender, levantando o fone ao ouvido.
A voz da recepcionista passou pela linha. “Senhora, Miriam Rosenzweig está aqui para vê-la.”
“Hmm.” Ela colocou o fone para baixo e virou-se para Lucius, apenas para ouvir a voz dele, já ciente da situação sem que ela dissesse uma palavra.
“Pode ir,” Lucius disse, inclinando-se na cadeira com um olhar entendido. “Converse com sua madrasta. Só não deixe que ela te afete.” Sua voz carregava tanto um pedaço de conselho para ela quanto uma nota de preocupação.
Layla se aprumou, seus olhos brilhando com determinação. “Eu não vou,” ela declarou firmemente, preparando-se para o confronto que a aguardava.
~~~~
Miriam estava sentada rigidamente na poltrona de pelúcia do quarto privado, sua postura impecável, as mãos descansando levemente em seu colo.
Quando Layla entrou, Miriam não pôde deixar de notar um novo ar de autoridade em torno de sua enteada.
A transformação era marcante — Layla parecia mais composta, mais confiante do que nunca. Estava claro que sua vida havia mudado drasticamente após o casamento.
Miriam fez um movimento para se levantar, mas a voz calma de Layla a deteve. “Por favor, permaneça sentada, Senhora.” O tom era educado, mas firme.
Layla tomou assento diretamente à frente dela, seus movimentos controlados e deliberados. Após um breve momento, ela perguntou, “Gostaria de algo para beber?”
Miriam balançou a cabeça levemente, oferecendo um sorriso tênue mas sincero. “Não, obrigada. Estou apenas grata por você ter feito o tempo para se encontrar comigo, Layla.”
Houve uma breve pausa antes de Miriam ir direto ao cerne da questão, seus olhos buscando o rosto de Layla por respostas. “Por que você não nos contou sobre você e o Roderick?”
Layla antecipara esse momento por algum tempo. Ela havia se preparado para essa conversa por muito mais tempo do que Miriam provavelmente percebia.
“Porque Roderick queria fazer o anúncio ele mesmo,” Layla respondeu suavemente, sua voz estável e isenta de emoção.
Miriam engoliu, sua compostura anterior vacilando enquanto se preparava para falar novamente. Seus olhos ficaram marejados, e ela hesitou, como se as próprias palavras fossem pesadas demais para dizer. “Quando você descobriu sobre…?” Sua voz se perdeu, e seu olhar caiu para o colo, tentando reunir coragem para terminar.
A resposta de Layla foi calma, mas entrelaçada com uma mágoa subjacente. “No dia em que a proposta de casamento de Lucius chegou para mim. Orabela de repente declarou que Roderick tinha proposto para ela.” Suas palavras eram honestas, revelando a dor que ela havia mantido oculta por muito tempo.
Os dedos de Miriam se fecharam em punhos apertados, suas juntas ficando brancas. Uma onda de vergonha a tomou, e uma inquietante sensação de déjà vu a atingiu. Ela conhecia essa situação muito bem. Não era apenas uma traição de sua enteada; trouxe de volta lembranças de seu próprio passado. Como isso era diferente de quando ela descobriu sobre o caso de Darius com Seraphina?
A memória era tão vívida quanto se tivesse acontecido ontem. Ela estava no nono mês de gravidez, prestes a dar à luz, quando Darius, seu marido, tinha despedaçado seu mundo. Sem aviso, ele anunciou que estava envolvido com outra mulher — Seraphina — desde o início do casamento deles. A devastação daquele momento a marcou, deixando-a se sentindo impotente e traída.
E agora, sua própria filha havia causado uma dor semelhante. O coração de Miriam doía com o peso de sua própria culpa. Ela nunca imaginou que seu sangue, sua própria filha, repetiria o mesmo ciclo de engano. .
Layla, vendo a súbita mudança na expressão de Miriam, ficou preocupada. Ela reconheceu a tempestade de emoções que flickering através do rosto de Miriam — culpa, arrependimento, tristeza — mas decidiu não abordar as dolorosas memórias que ambas compartilhavam.
Ela havia aprendido há muito tempo que às vezes o silêncio era mais reconfortante do que palavras. Em vez disso, ela se sentou em silêncio, observando Miriam com um entendimento silencioso, seu olhar se suavizando ao escolher deixar o passado não dito entre elas.
Miriam, por sua vez, lutou para se manter firme, sua voz agora mal mais que um sussurro. “Eu nunca pensei… que minha própria filha faria algo assim.”
“Você sempre soube o que Orabela estava fazendo. Você apenas escolheu permanecer em silêncio porque eu sou a filha ilegítima e diante de sua filha, minhas palavras não significavam nada para você ou qualquer um naquela casa,” Layla declarou.