Herdeira Real: Casamento Relâmpago com o Tio do Ex-Namorado - Capítulo 64
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64: A dor que você está segurando 64: A dor que você está segurando Na manhã seguinte, Layla acordou sobressaltada, seu sono estilhaçado pelo mesmo pesadelo assustador que a atormentava repetidamente.
Nele, Orabela a empurrava para a água, observando friamente enquanto ela lutava, afundando impotente sob a superfície. A imagem vívida persistia em sua mente enquanto ela se sentava abruptamente, colocando uma mão trêmula na testa, seus dedos agarrando firmemente seu cabelo.
Seus suspiros eram profundos e irregulares enquanto ela tentava dissipar o medo que permanecia.
“Por que estou tendo esse pesadelo de novo?” ela murmurou, frustração entremeando sua voz enquanto olhava para si mesma.
Lentamente, lembranças da noite anterior começaram a ressurgir, inundando seus pensamentos. Uma vermelhidão profunda tomava suas bochechas enquanto imagens de seus momentos íntimos preenchiam sua mente — cada toque, cada beijo, o prazer que a havia consumido. No entanto, o último passo ainda estava ausente. Uma ligação chegou e depois disso, Lucius partiu para algum lugar.
“Céus! Em que estou pensando logo de manhã?” Layla murmurou para si mesma, sacudindo a cabeça em uma tentativa de limpar os pensamentos.
Ela deu leves tapinhas em suas bochechas como se para trazer-se à realidade. Seus olhos instintivamente percorriam o quarto, à procura de Lucius. Onde ele estava?
Olhando para o relógio no criado-mudo, ela viu que eram quase sete horas. Guardando o edredom, ela desceu da cama e prendeu o cabelo em um coque antes de entrar no banheiro.
Após seu banho quente, Layla voltou ao quarto, uma toalha envolta confortavelmente em volta dela enquanto o vapor se agarrava à sua pele. Foi então que a porta rangeu e Lucius entrou, seu peito subindo e descendo com respirações lentas e regulares, ainda levemente ofegante.
“Que visão pela manhã,” comentou Lucius, seus olhos percorrendo ela, demorando-se nas marcas de amor que deixara em seu pescoço na noite anterior.
“Você foi correr?” Layla perguntou, inclinando a cabeça curiosa.
“Hmm. Faz um tempo que não corria,” ele respondeu casualmente, se aproximando dela. “Dormiu bem?”
Ela assentiu com um murmúrio suave. “E você?”
“Dormi como um cavalo,” ele disse com um sorriso brincalhão, diminuindo a distância entre eles.
O sorriso de Layla desvaneceu levemente, sua expressão tornando-se séria enquanto uma questão pesava em sua mente. “Onde você foi na noite passada tão de repente?” ela perguntou, cruzando os braços sobre o peito. “Espero que me diga a verdade desta vez.”
O olhar de Lucius desviou levemente, um lampejo de algo indecifrável passando por seus olhos. “Era um negócio urgente,” ele respondeu vagamente, claramente sem vontade de se alongar.
Layla exalou e passou por ele, seus ombros tensos. “Não importa. Entendo se não quiser me contar,” ela disse, sua voz tingida de decepção.
Antes que pudesse andar mais, Lucius falou, sua voz suave mas firme. “Estou procurando pelo assassino do meu amigo,” ele confessou. “Recebi algumas informações sobre isso ontem à noite. Me desculpe por sair às pressas.”
Layla se virou para encará-lo, surpresa brilhando em seus olhos. “A polícia não pôde ajudar com isso?”
Lucius balançou a cabeça, sua mandíbula tensionada. “Já se passaram mais de quatro anos. Eles não encontraram uma única pista. Eu não queria trazer isso à tona esta manhã. Não queria te chatear.”
O olhar de Layla suavizou enquanto ela se aproximava dele. “Não estou chateada, Lucius. Eu não vou me chatear. Mas por quanto tempo você vai carregar esse fardo sozinho?” ela perguntou gentilmente. “Eu ainda me lembro de como você estava devastado naquele dia. Seus olhos entregavam tudo, e ainda entregam. Eu vejo a dor que você segura e isso me preocupa.”
Lucius permaneceu em silêncio por um momento. “Preciso me refrescar,” ele disse e foi para o banheiro.
Layla baixou os braços e suspirou. “Espero que ele se abra comigo, ou terei que perguntar ao Roger o que exatamente aconteceu naquele dia,” ela murmurou enquanto tricotava as sobrancelhas juntas.
Mais tarde, na mesa do café da manhã, eles tomaram o café em silêncio. Layla desejava iniciar, mas não sabia como começar. Sorvendo a água restante do copo, ela passou o guardanapo pela boca.
“Layla!”
“Huh?”
“Me desculpe por magoar seus sentimentos. Enquanto você quer me acalmar, me confortar, eu sou incapaz de falar sobre aquele dia. A razão é que ninguém nunca se importou em saber como eu me senti. Aprecio que você queira me ouvir,” disse Lucius, entrelaçando as mãos.
“Não fique triste de manhã. Está tudo bem. Às vezes é difícil,” Layla respondeu com um tom de compreensão.
Antes que Lucius pudesse responder, o telefone de Layla tocou, assustando-a. Quando ela olhou para a tela, seus olhos se arregalaram de surpresa — era Miriam, a mãe de Orabela.
“Quem está ligando?” Lucius perguntou, notando sua reação.
“A mãe de Orabela,” Layla respondeu calmamente, ainda processando porque Miriam estaria entrando em contato. Ela hesitou por um momento antes de atender a chamada, levando o telefone ao ouvido enquanto as empregadas terminavam rapidamente de arrumar a mesa e saíam do cômodo.
“Bom dia, Senhora,” Layla cumprimentou educadamente, se dirigindo a Miriam com a formalidade que sempre mantinha. “Está se sentindo bem?”
“Sim, estou bem,” a voz de Miriam chegou através da linha, calma, mas com um tom subjacente que Layla não conseguia identificar. “Gostaria de encontrá-la. Posso ir à sua casa?”
A testa de Layla franzida com o pedido repentino. “Estarei no escritório hoje. Não acho que haja necessidade de nos encontrarmos,” ela respondeu, seu tom medido, tentando manter a conversa distante.
“Então irei até seu escritório,” insistiu Miriam. “Onde você trabalha?”
Pega de surpresa pela insistência dela, Layla hesitou antes de responder, “Trabalho na empresa do meu marido.” Ela forneceu o endereço, incerta quanto às intenções de Miriam.
“Certo. Quando estará livre? Que tal durante o almoço?” Miriam perguntou, sua voz desconcertantemente composta.
Layla olhou para o relógio, já planejando mentalmente sua agenda. “Estarei em uma reunião durante o almoço, mas talvez esteja livre por volta das onze.”
“Hmm. Te vejo então,” Miriam concordou, e sem mais uma palavra, encerrou a chamada.
“Por que ela te ligou?” Lucius franziu a testa.
“Não sei. Mas ela quer me encontrar. Imagino o que ela tem a dizer,” Layla murmurou.
“Ela pode querer se desculpar com você. Não pense demais e vamos para o escritório,” Lucius disse e saiu da cadeira.