Herdeira Real: Casamento Relâmpago com o Tio do Ex-Namorado - Capítulo 52
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52: Mulher gentil e inocente 52: Mulher gentil e inocente “Você realmente acha que aparecer no meu local de trabalho com essa marmita patética e cara de inocente vai fazer com que eu te perdoe?” Roderick cuspiu, com a mandíbula fortemente travada. “Eu já te disse, Orabela, eu não quero mais nada com você. Acabou.”
A fúria de Orabela inflamou com as palavras dele. Com um escárnio amargo, ela passou os dedos pelos cabelos, com os olhos se estreitando. “Você acha que pode me descartar como lixo, Rick? Eu te arrasto até a sua cova se for preciso—junto com a Layla.” Suas mãos agarraram a gola de sua camisa, sua voz um rosnado baixo e perigoso enquanto ela fixava os olhos nele.
“Por que, Rick? Por que está fazendo isso comigo? É por causa dela? Por causa da Layla?” ela exigiu, com a voz tremendo levemente enquanto procurava a verdade em seus olhos.
“Não, Orabela! É porque você me enganou, do jeito que você me manipulou!” Roderick retrucou, com a voz tensa.
“Manipulei você?” A risada de Orabela era afiada e amarga. “Você é o que veio até mim, frustrado que a Layla nem te deixava tocar até vocês se casarem. Você disse que eu era melhor que ela! Você quis isso, Rick. Não vire as costas agora e aja como uma vítima.” Sua confusão e raiva fervilhavam sob a superfície enquanto ela o encarava, exigindo uma explicação que ele não estava pronto para dar.
“E o que dizer das mentiras que você me disse?” Roderick estalou, com a voz subindo em frustração. “Você afirmou ontem que estava grávida! Quem mandou você ir contar tudo sobre nós para a Layla? Você sequer pensou em discutir isso comigo antes? Você me fez parecer o vilão na frente de todos!” Ele deslocou a culpa para Orabela, convenientemente ignorando que suas ações seriam muito piores.
Os punhos de Orabela se fecharam, a vontade de bater nele pulsando dentro dela. “Então, qual era o seu plano, Rick? Me manter como sua amante, escondida nas sombras?”
“Não, não é isso que estou dizendo,” Roderick respondeu, com um tom defensivo. “Você exigiu um anel de mim enquanto eu estava bêbado. Eu não estava consciente naquela noite. E você nem mesmo me disse que a Layla estava prometida ao meu tio antes de contar tudo para ela. Pelo menos você poderia ter me deixado terminar com ela. Agora meu tio quer me destruir, e se ficarmos juntos, como vou proteger você de tudo isso?” O tom dele suavizou enquanto ele devagar tirava as mãos dela de sua gola, virando-se para longe dela.
Era uma desculpa fraca, a única que ele conseguia inventar para empurrar Orabela para fora de sua vida. No fundo, Roderick se arrependia de ter se envolvido com ela, mas se recusava a reconhecer o verdadeiro crime—sua traição.
Orabela juntou as sobrancelhas enquanto finalmente sentia a turbulência pela qual Roderick estava passando. Ela o abraçou por trás, pedindo desculpas a ele.
“Podemos lutar juntos contra isso, Rick. Veja, se você e eu nos casássemos, meu pai transferirá muitas coisas para o seu nome também. Afinal, eu sou a herdeira da Família Rosenzweig. Isso vai beneficiar você antes da sucessão como presidente. Seu tio não poderá tocar em você.”
Roderick percebeu que se livrar do controle de Orabela não seria fácil. Ele precisava de um plano melhor, um que a fizesse ir embora por vontade própria. Por enquanto, ele tinha que desfazer a tensão.
“Eu não vou me casar até me tornar presidente,” Roderick disse, virando-se para encará-la com um tom cuidadosamente calculado. “Espero que você entenda, Orabela. Não é sobre o dinheiro que você tem como herdeira.”
“Mas por quê?” ela perguntou, estreitando os olhos.
“Orabela, precisamos de um tempo,” Roderick continuou, injetando uma sensação de vulnerabilidade em sua voz. “Estou sob tanto estresse… mais do que você poderia imaginar. Desde que o Tio Lúcio quebrou meu pulso, eu estou vivendo com medo. Ele não é qualquer um—ele é um chefe da máfia. Estou aterrorizado com o que pode acontecer com nós dois. Eu só quero que nós dois sobrevivamos a isso.”
Orabela hesitou, sabendo muito bem que Lúcio não era um homem comum. Na noite em que ele apareceu em casa deles, ele não havia se abalado ao puxar o gatilho. O perigo era real. Mas, no fundo, Orabela sabia que toda essa turbulência havia começado por causa da Layla—sua meia-irmã. Até agora, o término deles estava enraizado na Layla. Pela primeira vez na vida, Orabela não estava conseguindo o que queria. Pior ainda, os boatos sobre ela já haviam se espalhado pelo país.
Roderick, internamente tenso, rezava para que sua manipulação emocional funcionasse, para que ela finalmente fosse embora.
Para seu alívio, ela foi.
“Certo,” Orabela disse friamente. “Mas você vai se arrepender de me perder.” Com isso, ela saiu tempestuosamente de seu escritório, deixando-o ali parado em silêncio.
“Isso foi insano”, Roderick murmurou para si mesmo enquanto caía na cadeira giratória, tentando se livrar da tensão.
Seus olhos pousaram em seu telefone, e ele o pegou, deslizando pelos mensagens não lidas que havia enviado para Layla. Todas elas tinham sido ignoradas, e isso só aumentava sua frustração.
O silêncio da Layla era insuportável, mas ele sabia que tinha um plano—um que poderia destruir Lúcio e criar uma rixa entre ele e Layla.
“Eu preciso contar a verdade para Layla,” Roderick murmurou, seus pensamentos escurecendo. “Se ela soubesse dos crimes que meu tio cometeu, ela não conseguiria lidar com isso. Uma mulher gentil e inocente como ela—ficaria horrorizada. Ela o deixaria.”
Ele se recostou na cadeira, as memórias de uma década atrás voltando. A morte do seu pai nunca havia parecido um acidente.
Lúcio havia estado envolvido desde o início, manipulando os bastidores.
Embora os detalhes fossem turvos, Roderick havia juntado o suficiente ao longo dos anos para saber que Lúcio não era apenas um empresário impiedoso—ele era um assassino.
Seu pai tinha sido apenas um obstáculo na ascensão ao poder de Lúcio, eliminado sem um segundo pensamento.
Layla, até agora, não fazia ideia de que tipo de monstro ela estava casada.
Mas Roderick conhecia a verdade, e agora ele precisava encontrar uma forma de expô-la a ela. Ele imaginou a reação de Layla—chocada, traída, devastada. Ela deixaria Lúcio; Roderick tinha certeza disso. Uma vez que ela soubesse o que Lúcio havia feito, ela nunca ficaria casada com ele.
“Tudo que preciso é do momento certo,” Roderick murmurou, sua mente acelerando com as possibilidades. Layla seria a chave para despedaçar a vida de Lúcio. O único arrependimento de Roderick era de não ter agido antes, mas desta vez, ele faria questão de que tudo viesse à luz.
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Conforme o céu da noite escurecia, Layla e Lúcio finalmente desceram do avião, retornando ao seu país de origem após a lua de mel.
Pela primeira vez em muito tempo, ela sentiu que havia feito uma verdadeira pausa, distanciando-se dos relacionamentos tóxicos e exigências exaustivas que a rodeavam antes. Ela se sentiu mais leve, como se um peso tivesse sido tirado de sua alma.
Quando eles chegaram à mansão, Roger e Aiden estavam lá para recebê-los, com expressões respeitosas enquanto a porta do carro se abria.
Lúcio saiu primeiro, seu olhar afiado capturando imediatamente o de Roger, que parecia ter algo importante a dizer. No entanto, Lúcio não estava no clima para negócios.
“Estamos exaustos. Falaremos mais tarde,” Lúcio disse, erguendo uma mão para cortar Roger antes mesmo que ele pudesse começar. Ele podia sentir que havia notícias, mas por agora, tudo o que queria era relaxar.
“Claro, Chefe,” Roger respondeu, recuando.
Lúcio virou-se, alcançando a mão de Layla. Ela sorriu suavemente enquanto caminhavam de mãos dadas para dentro da mansão, seus passos sincronizados após semanas tão próximos.
No momento em que cruzaram o limiar, Lúcio a conduziu diretamente para o quarto, sabendo o quão cansada ela estava.
Layla suspirou aliviada, tirando os saltos assim que entrou no quarto, e praticamente mergulhou na cama. O colchão macio a acolheu enquanto ela caía de barriga, o rosto enterrado no travesseiro fofinho.
“Estou com tanto sono,” ela murmurou, com a voz abafada enquanto se virava de costas, fechando os olhos. A viagem havia sido maravilhosa, mas agora o cansaço a atingiu de uma vez.
Lúcio sorriu ao observá-la, puxando o cobertor sobre ela com um movimento silencioso e gentil. Sua expressão amansou, algo que raramente acontecia na presença de outros além dela. “Você deveria dormir,” ele falou, com sua voz baixa e tranquilizante. “Vou tomar um banho e logo me junto a você.”
Ele começou a desabotoar sua camisa, observava enquanto a respiração de Layla desacelerava, seu corpo afundando mais na cama. Ela já estava meio adormecida.
Lúcio se afastou quando o telefone de Layla tocou. Ela esfregou os olhos e olhou para o telefone, que estava ao lado dela dentro do cobertor. Pegando-o, ela viu um número desconhecido piscando na tela.
Ela atendeu e ouviu Orabela do outro lado, “Layla, está feliz por destruir meu relacionamento com Roderick? Vou garantir que você não tenha paz.”
“Não deveria eu dizer isso a uma traidora? Eu não sei o que aconteceu entre vocês dois, então pare de me incomodar. Antes da minha paz, você deveria pensar na sua própria,” ela estalou para Orabela e desligou a chamada antes de desligar o telefone.