Herdeira Real: Casamento Relâmpago com o Tio do Ex-Namorado - Capítulo 426
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Capítulo 426: Me dê um abraço
Roger acordou abruptamente no meio da noite. Ele esfregou os olhos ao vê-la parada perto da janela do quarto. “Varya, por que você não está dormindo?”
Ao ouvir a voz de Roger, ela enxugou as lágrimas das bochechas e dos olhos antes de se virar para ele.
“Eu–eu estava indo chamar a enfermeira para pedir a ela que trouxesse outra garrafa de glicose. A atual está quase acabando.” Varya inventou uma desculpa rápida.
Antes que Roger pudesse perguntar, ela se desculpou e saiu da sala.
“Ela estava definitivamente chorando. Seus olhos…” Ele murmurou em voz baixa enquanto mantinha a cabeça no travesseiro, sem tentar se sentar por causa da ferida abdominal.
Pouco depois, Varya voltou com uma enfermeira, que rapidamente colocou outra garrafa de glicose no suporte. Ela também verificou os sinais vitais de Roger antes de sair.
Varya cobriu Roger com o cobertor, e ele segurou sua mão. “Senta,” ele sussurrou. Ela se sentou enquanto mantinha o olhar fixo nele.
Roger levantou a mão, e seus dedos roçaram as bochechas dela. “Por que você estava chorando?” ele perguntou, seus olhos carinhosos olhavam nos dela. “Nunca te vi chorando… Exceto no dia em que você foi ao túmulo do Matteo. Por que estava chorando sozinha à noite?”
“Eu não estava chorando,” Varya mentiu. “Você deve ter notado algo errado.” Ela tentou desviar a conversa e abaixou a mão de Roger.
“Não minta. Você acha que eu não consigo ler seu rosto e olhos. Você pode mentir para todos e convencê-los com seu rosto sério, mas não para mim. Eu sou diferente de todas as pessoas que você conheceu até agora, por isso você se apaixonou por mim.” Mesmo no momento difícil, Roger sabia como manter a conversa leve e isso fez Varya sorrir.
“Eu estava sobrecarregada por tudo,” Varya admitiu. “Você sabe que só perdi pessoas na minha vida, então fiquei um pouco assustada.” Enquanto falava a verdade, seus olhos novamente se tornaram marejados.
“Desculpe,” Roger sussurrou.
“Por que você está se desculpando?” Varya o olhou, confusa.
“Porque eu te estressei,” Roger respondeu. “Agora, me dê um abraço.” Ele abriu um braço.
Varya riu e se inclinou para abraçá-lo com cuidado. Ela beijou sua bochecha antes de se endireitar.
“Durma ao meu lado. Você não vai dormir no sofá,” Roger disse a ela.
“Isso seria desconfortável para você,” Varya opinou.
“A cama tem espaço suficiente,” Roger afirmou.
“Não. Eu vou dormir no sofá. Agora, não discuta,” Varya disse a ele.
“E se você continuar chorando mesmo depois que eu adormecer?” Roger perguntou.
“Eu não vou,” Varya prometeu. “Feche os olhos,” ela sussurrou, sua mão batendo suavemente no peito dele.
Roger ainda estava sob a influência do medicamento injetado e acabou adormecendo.
Enquanto isso, Varya voltou para o sofá e se deitou antes de se cobrir com o cobertor. Depois de se virar, verificando repetidamente Roger, ela finalmente caiu no sono.
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Lucius e Aiden chegaram ao hospital cedo pela manhã. Enquanto Varya estava fora cuidando de algumas papeladas de alta, Roger foi pego de surpresa pela aparição inesperada deles.
“Chefe, eu disse que nós poderíamos gerenciar,” Roger disse, tentando se sentar mais ereto.
“Fique quieto,” Lucius ordenou firmemente. “Encontramos Varya no saguão. Você está recebendo alta. Então, vista-se,” ele acrescentou, caminhando até a cabeceira e oferecendo uma mão a Roger.
“Mas Chefe, você deveria estar com—”
“Layla está cercada por várias pessoas,” Lucius interrompeu, ajudando Roger enquanto ele se levantava. “E teria sido errado se eu não viesse. Eu não sou sem coração. Se eu fosse o ferido, você não teria ficado ao meu lado durante a noite?” ele perguntou, guiando Roger cuidadosamente em direção ao banheiro.
Roger não respondeu, mas o olhar em seus olhos mostrou que ele entendeu.
Enquanto isso, Aiden os seguiu até o banheiro carregando um conjunto limpo de roupas e uma toalha para Roger.
Lucius pegou a toalha dele, molhando-a na torneira. Com cuidado silencioso, ele limpou o suor e o cansaço do rosto de Roger antes de colocar a toalha no balcão. Então, sem dizer uma palavra, ele ajudou Roger a se vestir, garantindo que ele não se esforçasse.
Quando Varya voltou, Roger já estava vestido e sentado de volta na cama, parecendo mais estável.
“Roger, você não está autorizado a trabalhar por uma semana,” Lucius disse firmemente. “Vou designar outra pessoa para cuidar de suas responsabilidades.”
“Chefe, eu cuido disso,” Aiden garantiu a ele. “Você não precisa se preocupar com nada.”
Neste momento, Varya entrou na sala, segurando um livreto de alta e um envelope. Seus olhos pousaram em Roger, agora vestido com roupas casuais e parecendo mais bem arrumado. Um pequeno sorriso curvou seus lábios. “Obrigada, Lucius, Aiden, por estarem aqui,” ela disse suavemente.
Lucius retribuiu o sorriso dela. “Não precisa agradecer. Roger é como um irmão para nós.”
Seguiu-se uma breve pausa antes de Aiden perguntar, “Você pegou os remédios?”
“Sim, a enfermeira me entregou,” Varya respondeu, levantando ligeiramente o envelope para mostrar a ele.
“Ótimo. Então vamos para casa. Eu vou dirigir,” Lucius disse, já se movendo para a ação. Aiden rapidamente pegou a bolsa de viagem, enquanto Lucius apoiava Roger suavemente, ajudando-o a caminhar com cuidado. Varya liderou o caminho e juntos eles seguiram para o estacionamento.
Roger e Varya se acomodaram no banco de trás enquanto Lucius assumia o volante e Aiden sentava ao seu lado na frente. O motor foi ligado e Lucius cuidadosamente saiu do estacionamento do hospital.
“Varya, vou enviar alguém para ajudar em casa,” Lucius disse, com os olhos fixos na estrada à frente. “Sei que vocês estavam administrando bem antes, mas agora é necessário.”
“Isso seria muito útil, Chefe,” Roger respondeu.
“Quando é a cirurgia do seu pai?” Varya perguntou em tom preocupado.
Lucius respondeu, embora enquanto falava, uma profunda preocupação se formou em sua testa, traindo a preocupação que ele mantinha para si mesmo.
“Nós também vamos. Se Roger não puder, eu irei,” Varya ofereceu suavemente.
“Não, isso não é sábio,” Lucius respondeu, mantendo o tom firme, mas gentil. “A ferida de Roger levará tempo para cicatrizar, e ele precisa do seu apoio constante. Meu pai estará cercado por muitas pessoas. Não se preocupe. Eu vou mantê-la atualizada sobre tudo após a cirurgia.”
Embora ele falasse com determinação firme, apertou ligeiramente os nós dos dedos no volante. Ele fazia o melhor para permanecer forte, mas no fundo, um medo o corroía, que ele se recusava a mostrar.