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Capítulo 406: O globo de neve
Na Véspera de Natal, a casa de Lucius estava repleta de calor, risadas e o brilho das luzes piscando. A maioria dos convidados eram amigos próximos e familiares de ambos os lados, tornando a celebração verdadeiramente íntima.
Quando Demitri chegou com Nora ao seu lado, um silêncio breve caiu sobre a sala. Todos os olhares se voltaram para eles com surpresa.
“Você está tão bonita, Nora!” exclamou Layla, caminhando rapidamente para cumprimentá-la com um abraço.
“Você também, Senhora,” respondeu Nora com um sorriso educado, sua voz carregando um leve tom de formalidade. Ela estendeu uma caixa de presente bem embrulhada. “Aqui está um pequeno presente da nossa parte.”
Layla pegou o presente com um sorriso caloroso. “Pode me chamar de Layla,” disse ela casualmente. “Amiga de Demitri é minha amiga também. Formalidades de trabalho ficam no trabalho.”
O sorriso de Nora suavizou com isso, uma fagulha de alívio passando por seu rosto. “Obrigada… Layla.”
“Demitri, quando você começou um relacionamento?” Roger exclamou, com os olhos arregalados em falsa traição. “Seu traidor! Sempre alegando estar solteiro!”
Risos se espalharam pela sala quando seu tom mudou para um de provocação. “Vamos lá, conte tudo. Quando começou o romance entre vocês dois?”
As bochechas de Nora ficaram de um tom rosado suave enquanto ela olhava timidamente para Demitri.
“Foi minha avó que nos arranjou em um encontro às cegas,” admitiu Demitri com um pequeno sorriso. “Tudo meio que aconteceu a partir daí.”
“Então,” interrompeu Lucius com um sorriso, levantando seu copo de vinho, “que tal fazermos um brinde ao novo casal?”
Os copos começaram a erguer-se ao redor da sala, mas Lucius acrescentou, “E também ao meu sobrinho e sua noiva.” Seus olhos se voltaram para Roderick e Ivy com orgulho.
“Vocês ficaram noivos?” Roger perguntou, atônito.
“Roderick me pediu em casamento,” Ivy respondeu, seus olhos brilhando de felicidade.
“É melhor você cuidar bem dela,” Ruby disse severamente, fixando os olhos em Roderick em um aviso que só uma irmã mais velha poderia dar.
Enquanto isso, em um cantinho aconchegante do salão, os membros mais velhos das famílias de Layla, Lucius e Ivy estavam sentados juntos. Eles observavam silenciosamente a geração mais jovem rindo, provocando e celebrando entre si.
Enquanto a celebração de Natal continuava com risadas e tintilar de taças, Lucius não pôde deixar de olhar para a porta da frente de tempos em tempos. Apesar da alegria ao redor, uma saudade silenciosa pairava em seus olhos.
‘Parece que Sylvia vai continuar chateada comigo para sempre,’ ele pensou.
Layla, sempre atenta, seguiu seu olhar e imediatamente entendeu. Ela foi até ele, sua taça de vinho na mão. “Sylvia não veio,” ela disse suavemente. “Por que você não liga para ela?”
Lucius balançou a cabeça lentamente. “Acho que não deveria.”
“Por quê?” ela perguntou, as sobrancelhas franzindo em preocupação.
Ele hesitou, então murmurou, “É que… acho que agora, Sylvia precisa mais de si mesma do que de qualquer um de nós.”
Antes que Layla pudesse dizer mais alguma coisa, Aiden, que havia escutado a conversa, discretamente pegou seu telefone. Ele se desculpou do grupo e escorregou para um canto mais silencioso do salão.
Ele discou o número de Sylvia, esperando ao menos ouvir sua voz, mas a ligação foi diretamente para o correio de voz.
“O telefone dela está desligado?” ele sussurrou, suas sobrancelhas se juntando em preocupação.
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Depois de desfrutarem de uma farta refeição de Natal juntos, um por um, os convidados começaram a se despedir. Alguns carregavam sacolas de presentes, outros abraçavam por mais tempo, relutantes em se despedir tão cedo do conforto de rostos familiares e da alegria compartilhada.
Layla e Lucius ficaram junto à porta da frente, oferecendo sorrisos calorosos e despedidas gentis. Lucius apertava firmemente as mãos dos homens enquanto Layla cuidava para que cada convidado saísse com uma pequena caixa de muffins embrulhada que ela havia preparado mais cedo.
“Dirija com cuidado,” Layla lembrou a Ruby após lhe dar um abraço caloroso.
“Obrigado por virem,” disse Lucius a Demitri e Nora.
Logo, o último carro desapareceu pela entrada.
“Foi tão divertido,” Layla disse, encostando a cabeça no peito de Lucius, sentindo-se exausta.
Lucius de repente a pegou no estilo “noiva”, surpreendendo-a.
“Vamos para o nosso quarto então,” ele sussurrou, seu hálito roçando os lábios dela.
Quando chegaram ao quarto, Lucius a ajudou gentilmente a sentar no colchão.
“Bem, seu presente de Natal está atrasado,” ele disse, caminhando até o armário.
Ele pegou uma pequena caixa de presente e voltou para ela, ficando de joelhos ao entregá-la.
Layla abriu a caixa fofa e prendeu a respiração ao ver o globo de neve dentro. Era feito sob medida, com duas pequenas figuras dentro. A figura masculina segurava a feminina, seus olhos fixos um no outro, sua cabeça levemente inclinada para cima enquanto a olhava.
“Oh meu Deus! Isso não tem a ver com o momento em que eu…” Layla começou.
“Quando você confessou seu amor por mim,” Lucius completou por ela. “Esse é o momento mais lindo e precioso para mim. Eu te segurei nos meus braços enquanto olhávamos para as luzes da cidade,” ele disse, seus olhos cheios de profunda afeição.
Layla colocou delicadamente o globo de neve na mesa de cabeceira, os flocos girando lentamente até se assentarem enquanto ela se virava para Lucius.
Ela segurou o rosto dele, seus dedos acariciando a barba de sua mandíbula. Então, sem dizer mais nada, ela se inclinou e o beijou.
Lucius respondeu sem hesitação, correspondendo à paixão dela com a sua. Ele subiu na cama, seus joelhos pressionando o colchão enquanto Layla lentamente se inclinava para trás, seu corpo afundando na suavidade abaixo deles.
O beijo se aprofundou. Era lento, terno e cheio da adoração que tinham um pelo outro.
Quando ela finalmente se afastou, ofegante e corada, Layla sussurrou, “Eu te amo, Lucius.”
Ele sorriu, seu polegar acariciando levemente a bochecha dela, mas antes que ele pudesse responder, ela acrescentou, “Também tenho um presente para você.”
Curioso, Lucius observou enquanto ela se levantava e ia até o segundo armário. Ela voltou um momento depois com uma pequena caixa bem embrulhada e a entregou a ele. “Aqui está seu presente de Natal.”
Lucius desembrulhou cuidadosamente a caixa e, ao levantar a tampa, seu fôlego travou.
Dentro estavam dois anéis elegantes. Um tinha a gravação “Mamãe” e o outro, “Papai”.
“Eu pensei… que deveríamos usá-los o tempo todo,” Layla disse suavemente, sua voz tremendo levemente.
Lucius olhou para os anéis, seus dedos acariciando as gravações. “Isso é… incrivelmente atencioso da sua parte,” ele disse, sua voz rouca. Ele olhou para ela, os olhos brilhando. “Agora que uma nova vida está crescendo dentro de você… esses anéis—são um lembrete perfeito. Um símbolo do que está por vir e da responsabilidade que carrego agora.”
Layla sorriu, seus olhos brilhando de amor. “Humm… Vai nos lembrar de quanto o nosso amor cresceu, Lucius. Estou muito animada para esse bebê.”
Lucius beijou o meio de sua testa. “Eu também. Mal posso esperar para segurar o pequeno bebê nas minhas mãos e vê-lo crescer lentamente.” Ele encheu suas bochechas de beijos, fazendo-a rir de alegria.