- Home
- Herdeira Real: Casamento Relâmpago com o Tio do Ex-Namorado
- Capítulo 402 - Capítulo 402: Ela é minha ex, Elena
Capítulo 402: Ela é minha ex, Elena
“””
“Eu não esperava que você fosse ligar para Imanuel,” Lucius disse enquanto dirigia o carro a uma velocidade moderada.
“Enquanto eu conversava com o gerente de projeto de vendas, notei Nora resolvendo tarefas. Ela estava carregando pilhas de arquivos enquanto todos os outros faziam uma pausa. Isso me enfureceu. Quando os outros recepcionistas saíram para almoçar, ela foi a única forçada a ficar para trás. Eu não podia simplesmente ficar parada e assistir. Isso me lembrou demais do meu antigo eu, sempre trabalhando demais, desesperada para garantir uma posição estável, com medo de decepcionar qualquer um.” Layla desabafou enquanto falava essas palavras.
Lucius assentiu, segurando o volante. “Você fez a coisa certa. Honestamente, eu não ficaria surpreso se você demitisse esses funcionários e os substituísse por pessoas que realmente respeitam os colegas,” ele murmurou.
Layla balançou a cabeça. “Eu considerei isso, mas não quero ser vista como uma chefe implacável ou ser alvo de xingamentos. Tem que haver um jeito melhor. Eu quero mudar essa cultura tóxica no trabalho, não apenas naquele departamento, mas em toda a empresa.”
Lucius a observou, admiração cintilando em seus olhos. “Esse é um objetivo nobre, mas erradicar completamente a toxicidade no local de trabalho é quase impossível.”
“Eu sei,” Layla admitiu. “Mas se pudermos tomar medidas para minimizá-la, então vale o esforço.”
“É verdade,” ele concordou, assentindo pensativamente. “Aliás, não esperava que você acompanhasse cada pequeno detalhe na empresa. Isso acontece com outros funcionários também?” ele perguntou com curiosidade.
“Ainda não percebi isso com mais ninguém,” Layla respondeu. “Mas com Nora, eu observei desde o início de seu tempo aqui.”
Lucius murmurou pensativo. “Isso provavelmente tem a ver com Demitri,” ele comentou.
Layla franziu a testa, voltando-se para ele. “O que você quer dizer?”
“Bem, Demitri a conhece, e dado sua posição alta na empresa, as pessoas devem ter notado. A equipe da recepção pode ter sido tomada por ciúmes após vê-los conversando,” ele explicou.
Layla suspirou, balançando a cabeça. “Isso é uma questão totalmente diferente. É errado intimidar alguém apenas pela associação com outra pessoa. Vou garantir que nenhum funcionário seja tratado de forma injusta sob minha supervisão,” ela afirmou com firmeza, encostando-se no assento.
Lucius sorriu debochado para ela. “Eu sei que a presidente não vai deixar isso passar tão facilmente.”
Enquanto falava, ele trouxe suavemente o carro para uma parada no estacionamento do restaurante. Eles saíram do carro ao mesmo tempo e seguiram para dentro.
Naquele momento, Alekis chegou, seu rosto iluminando-se de alegria ao avistá-los.
Lucius se aproximou para abraçar seu pai, seguido por Layla, que também ofereceu um abraço caloroso.
Alekis sorriu enquanto acariciava a cabeça de Layla. “O trabalho não está muito estressante, está?” ele perguntou com uma preocupação gentil.
“Não, Pai,” Layla assegurou com um pequeno sorriso.
“Bom. Vamos nos sentar,” Lucius disse, puxando uma cadeira para seu pai. Alekis se acomodou primeiro, seguido por Layla e Lucius.
Uma vez sentados, Lucius pegou o menu, seus olhos percorrendo as opções. “O que vocês gostariam de comer?” ele perguntou, olhando entre eles.
“Peçam o que vocês preferirem,” Alekis respondeu, com um tom relaxado.
Lucius murmurou pensativo antes de se virar para Layla para uma breve discussão. Após decidirem suas escolhas, ele sinalizou ao garçom e fez o pedido.
Lucius sentiu o celular vibrar no bolso justamente quando começou a tocar. Pesquisando-o, ele franziu o rosto ao ver o nome de Carlo piscando na tela. Com um suspiro, ele se levantou.
“Volto em um minuto,” ele desculpou-se.
Saindo, ele encontrou um lugar tranquilo e reservado antes de atender à ligação.
“Por que você mudou repentinamente a reunião para a noite?” A voz irritada de Carlo soou imediatamente. “Você acha que tenho todo o tempo do mundo para você?”
Lucius soltou uma risada baixa, seu tom cheio de ameaça silenciosa. “Mesmo que você esteja ocupado,” ele murmurou, “você vai arranjar tempo.”
Enquanto isso, dentro do restaurante, Alekis e Layla conversavam.
“Layla, você se lembra da primeira vez que eu lhe chamei para almoçar juntos?”
“Sim, Pai. Eu estava nervosa e animada ao mesmo tempo,” Layla respondeu.
“Você fez uma promessa, e você a cumpriu. Estou tão orgulhoso de você,” Alekis disse, sua voz cheia de carinho.
“Obrigada, Pai,” Layla respondeu com um sorriso agradecido. “Eu acredito que já falamos sobre isso antes, mas, realmente, nada disso seria possível sem seu apoio inabalável.”
Alekis assentiu, sua expressão tornando-se pensativa. “Ainda assim, você é quem reuniu esta família. Eu vi mudanças em meu neto também. Fiona se tornou mais humilde e mais pensativa. Tanta coisa mudou desde que você chegou.” Seu sorriso se aprofundou enquanto acrescentava, “E agora, em breve, teremos o pequeno entre nós.”
“Sim, Pai,” Layla concordou, seus olhos brilhando de felicidade.
Alekis exalou, seu tom ficando mais reflexivo. “Sempre me preocupei mais com Lucius do que com qualquer outro. Mas agora, me sinto tranquilo porque ele tem você. Eu sei que ele não vai mais se desviar de seu caminho.”
Percebendo a mudança de humor, Layla inclinou levemente a cabeça. “Pai, está tudo bem? Você sente falta de ter Lucius em casa?” ela perguntou gentilmente. “Se sentir, eu posso convencê-lo a voltar. Ele não é contra mais. É só que ele permanece cauteloso por causa de Roderick. Mas agora, os dois também já resolveram suas diferenças.”
“Não, não era isso que eu quis dizer,” Alekis disse, balançando a cabeça. Seu tom era firme, mas havia uma certa profundidade por trás de suas palavras. Ele não conseguia se forçar a contar a verdade para Layla de que seus dias estavam contados. Agora não era o momento para essa revelação.
Antes que o silêncio se prolongasse, o garçom chegou, empurrando um carrinho carregado de comida. Quase simultaneamente, Lucius voltou e ocupou seu lugar ao lado deles.
“Vamos comer,” Alekis disse, mascarando seus pensamentos com um sorriso caloroso.
~~~~~
“Demitri, eu não esperava que a presidente fosse ligar para Imanuel Miller. Você, por acaso, contou para ela sobre isso?” Nora perguntou.
Ela apertou distraidamente o copo de café quente.
“Eu não contei nada para Layla. Ela deve ter observado tudo aquilo,” Demitri respondeu, tomando um gole do café. “Honestamente, essas pessoas merecem uma punição. Fico feliz que isso tenha acontecido. Eles nem deixam você almoçar.”
“Eu fui quem concordou em assumir aquele trabalho,” Nora sussurrou.
“Isso porque você é bondosa demais,” Demitri respondeu, sua voz cheia de admiração silenciosa.
Nora piscou surpresa antes de um pequeno sorriso surgir em seus lábios com o inesperado elogio.
“Demitri?!”
Uma voz feminina aguda reverberou, fazendo ambos olharem para cima.
O calor na expressão de Demitri sumiu instantaneamente, substituído por um olhar frio e irado. Ao seu lado, Nora franziu o rosto em confusão enquanto fixava o olhar na mulher parada diante deles.
“Vocês estão namorando?” a mulher chamada Elena exclamou, seus olhos já arregalados de descrença. “Isso é surpreendente. Você nunca me dedicou sequer um momento, e agora está aqui.” Ela olhou para Nora com um sorriso irônico antes de voltar sua atenção para Demitri. “Ou… você está apenas enganando essa mulher para que ela fique com você?” ela riu, zombando.
As sobrancelhas de Nora se juntaram, desconforto tomando conta de sua expressão.
“Vamos embora,” Demitri disse firmemente, levantando-se enquanto segurava a mão de Nora. Sem olhar para Elena novamente, ele conduziu Nora para a saída.
Mas Elena não tinha terminado.
“Demitri,” ela o chamou, com um tom cheio de diversão. “Certifique-se de não desperdiçar o tempo dessa mulher. Nós dois sabemos que você não é do tipo que se compromete. Lembre-se disso.”
Nora lançou um olhar afiado para Elena, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, Demitri já a tinha puxado para fora do restaurante. Eles caminharam em silêncio, até que ele finalmente parou.
“Desculpe,” ele murmurou, sua voz cheia de arrependimento.
“Por quê?” Nora perguntou, inclinando a cabeça. “Quem era aquela mulher? E por que você não respondeu nada para ela?”
Demetri exalou, passando a mão pelo cabelo. “Ela é minha ex, Elena.”
Nora o observou cuidadosamente. Havia algo em seu tom. Uma ferida antiga, talvez. Não era difícil perceber que suas memórias com ela não eram agradáveis. Percebendo sua relutância, ela decidiu não perguntar mais.
A sua volta, pessoas circulavam, e conversar sobre isso ali não seria apropriado.
“Você deveria ir para casa,” Nora disse suavemente, oferecendo um pequeno sorriso. “Eu gostei do almoço, graças a você. Conversaremos mais tarde, à noite.”
Demetri murmurou em concordância, gratidão cintilando em seus olhos.
“Eu vou acompanhá-la até a entrada da empresa,” ele ofereceu.
“Não é necessário,” ela recusou com delicadeza. “É menos de cem metros. Eu consigo. Não se preocupe demais, está bem?”
Antes de se virar, ela ergueu a mão e colocou-a gentilmente no rosto dele, o polegar acariciando sua pele em um gesto reconfortante.
Demetri ficou parado, observando enquanto ela se afastava. “Obrigada, Nora,” ele murmurou. Ele se virou para o estacionamento, entrou no carro e partiu.
“””