Herdeira Real: Casamento Relâmpago com o Tio do Ex-Namorado - Capítulo 36
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- Capítulo 36 - 36 Me dê uma chance 36 Me dê uma chance Na manhã seguinte
36: Me dê uma chance 36: Me dê uma chance Na manhã seguinte, conforme planejado, Layla e Lucius partiram para Noruega em um jato particular. A viagem durou apenas duas horas. Para surpresa de Layla, Lucius havia organizado para que ficassem em uma cabana isolada.
“Lucius, isso deve ter sido caro,” comentou Layla, percebendo o brilho divertido nos olhos dele. “Deixa pra lá. É só que… Eu nunca tive a chance de viajar assim antes.” Ela se lembrou de como, antes de seu casamento, raramente tinha a oportunidade de sair de férias com sua família. A única vez que fez isso, jurou nunca mais repetir a experiência.
“Nada é caro demais se te faz feliz,” respondeu Lucius, puxando-a suavemente de seus pensamentos. Passando o braço em volta de seus ombros, acrescentou, “Vamos, vamos descansar,” enquanto a levava para o quarto no andar de cima.
Layla sentou-se na cama enquanto Lucius mencionou que precisava fazer uma ligação importante e voltaria logo. Ela tirou os saltos e deslizou sob o edredom, pegando seu celular para passar o tempo. Uma mensagem de sua mãe chamou sua atenção:
“Você vai me ignorar para sempre? Apenas me ligue uma vez.”
Layla suspirou, sem vontade de lidar com sua mãe, Seraphina, que parecia sempre repreendê-la sem motivo. Ela não tinha desejo de se envolver em mais uma discussão.
Foi então que seu telefone tocou, exibindo um número desconhecido. A curiosidade venceu Layla, e ela atendeu, levando o telefone ao ouvido.
“Layla!” A voz familiar do outro lado fez com que ela congelasse por um momento. Era Roderick.
“Por favor, não desligue em mim. Você bloqueou meu número, então tive que usar um novo,” explicou Roderick rapidamente, percebendo sua hesitação.
A voz de Layla tornou-se fria. “Não me ligue mais, Rick,” ela disse, sua raiva começando a aflorar.
“Você confiou em Orabela tão facilmente,” disse Roderick, ignorando seu pedido. “Quando você voltar para Itália, encontre comigo uma vez. Tenho coisas para explicar—coisas que você não sabe. Por favor, apenas me dê uma chance de esclarecer tudo.”
Layla cerrava o maxilar, sentindo seu pulso acelerar. Ela estava farta de Roderick e suas mentiras, e ainda assim algo no tom dele a inquietava. Mas antes que ela pudesse responder, ele falou novamente, desta vez numa voz mais suave, quase lamentável.
“E… espero que você não conte ao meu tio que eu liguei. Ainda estou me recuperando—mal consigo usar meu pulso.” Sua voz carregava um tom de culpa, como se tentasse evocar sua simpatia ao mencionar a lesão que o deixou vulnerável.
Layla não disse nada e desligou na cara dele. Ela colocou o número de Roderick na lista de bloqueio. No entanto, suas palavras a fizeram questionar se Orabela havia mentido naquela noite. Ela se recusava a acreditar em Roderick depois de como ele agiu com ela.
“Não posso cair nas armadilhas deles. Tanto minha mãe quanto Rick estão tentando ganhar minha simpatia. Eles sabem que eu me amolecço. Mas não desta vez.” Layla estava determinada a não cair nas palavras deles nunca mais. Ela se deitou na cama e adormeceu em minutos.
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À noite, o sono de Layla foi interrompido abruptamente por um sonho estranho e perturbador. Nele, Orabela estava diante dela, rindo crueldade de sua miséria, como se regozijando em seu sofrimento.
Layla acordou sobressaltada, seu coração acelerado, e respirou fundo para se acalmar, tentando afastar a inquietação persistente.
Lentamente, virou a cabeça para o lado, seu olhar pousando em Lucius, que dormia ao seu lado, pacificamente.
Seu rosto, calmo e sereno na suave luz do quarto, trouxe-lhe um sentimento de conforto. Layla se apoiou no cotovelo, observando-o por um momento antes de gentilmente puxar o edredom para cima para cobri-lo, garantindo que ele estivesse aquecido.
Ao fazer isso, seus olhos foram atraídos para algo inesperado—uma cicatriz parcialmente escondida sob a tatuagem intrincada em seu braço.
Era sutil à primeira vista, quase camuflada pela tinta escura, mas ao olhar mais de perto, ela podia ver as linhas finas do tecido cicatricial antigo. Embora não estivesse completamente visível, Layla podia dizer que era profunda e antiga, como se estivesse lá há muitos anos.
“Como será que você conseguiu isso,” ela murmurou para si mesma, seus dedos traçando levemente o contorno da tatuagem, cuidadosa para não acordá-lo.
Pensando em não perturbar seu descanso, ela saiu silenciosamente de baixo do cobertor e correu para o banheiro.
Depois de se refrescar, Layla voltou para o quarto, secando delicadamente o rosto com uma toalha macia. Seu cabelo já estava preso em um coque arrumado, e ela se sentia revigorada e ansiosa para explorar a cabana. A quietude serena do lugar a chamava, e ela mal podia esperar para ver o que havia lá fora.
A curiosidade a levou à varanda, e a vista tirou seu fôlego. A cabana estava aconchegada bem ao lado do oceano, com o ritmo suave das ondas quebrando contra a costa preenchendo o ar. O sol, ainda pairando perto do horizonte, pintava o céu em tons de laranja e rosa. Ainda não havia se posto, lançando um brilho suave sobre a água que tornava a cena ainda mais mágica.
Layla inalou profundamente, fechando os olhos por um momento para saborear a brisa fresca do oceano. Foi então que um par de braços fortes envolveu-a por trás, puxando-a de seu devaneio pacífico. Ela abriu os olhos e viu Lucius segurando-a perto.
“Como é que está?” ele sussurrou, seus lábios roçando seu lóbulo da orelha, enviando um arrepio por sua espinha.
“É lindo. Eu amo isso,” respondeu Layla com um sorriso, virando-se para encará-lo. Ela colocou as mãos em seus ombros nus, sentindo o calor de sua pele sob seus dedos. “Você dormiu bem?”
“Sim,” ele respondeu suavemente, afastando uma mecha de cabelo solta de sua têmpora. “E você?”
“Eu também,” ela disse, sua voz cheia de contentamento.
“Ótimo! Iremos para a cidade daqui a pouco, depois de jantarmos aqui. Como é verão aqui, o sol não se põe cedo,” mencionou Lucius, olhando para o horizonte brilhante.
“Sim, eu até preparei uma lista de lugares para visitarmos. Estou tão animada!” Os olhos de Layla brilhavam de entusiasmo enquanto ela lhe mostrava um sorriso largo e radiante.
Lucius riu de sua felicidade contagiante. “Sim, eu posso ver isso,” ele disse, inclinando-se para dar um beijo suave em seus lábios. “Vou me refrescar, e você também deveria trocar de roupa,” ele acrescentou.
“Hmm,” murmurou ela, observando-o enquanto ele desaparecia no banheiro.
Layla voltou sua atenção para o armário, sua empolgação borbulhando novamente. Ela escolheu um top xadrez branco e jeans de boca de sino pretos.
Depois de trocar de roupa, ela ficou em frente ao espelho, admirando como o pingente que Lucius lhe dera brilhava ao redor de seu pescoço.
Decidindo arrumar o cabelo, ela o deixou solto, mas trançou duas seções finas e as prendeu de forma arrumada na parte de trás da cabeça, dando-lhe uma aparência brincalhona, mas elegante. Ela calçou um par de tênis brancos, adicionando um toque de conforto ao seu look, e se observou uma última vez no espelho.
Satisfeita, Layla voltou para o quarto, para ver se Lucius estava pronto para a noite que os aguardava.