Herdeira Real: Casamento Relâmpago com o Tio do Ex-Namorado - Capítulo 33
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33: Preciso de tempo para seguir em frente 33: Preciso de tempo para seguir em frente Há quatro anos, Lucius estava voltando de um funeral, vestido em um terno preto. Sua aparência estava desgrenhada; seus cabelos desalinhados, hematomas manchando seu rosto. Seus olhos estavam inchados e vermelhos, revelando que não dormia há dias.
O motorista ficou ao lado da porta do passageiro, segurando-a aberta para Lucius, mas ele balançou a cabeça, recusando a carona. “Pode ir. Eu vou encontrar meu próprio caminho para casa,” ele murmurou antes de caminhar sem rumo pela trilha, mal consciente de seus arredores.
Ele não tinha noção de tempo ou direção. O peso da dor e do esgotamento nublava sua mente até que ele resolveu olhar para cima. O céu estava escurecendo, as nuvens da noite pesadas e ameaçando chuva.
Lucius baixou o olhar, focando no chão à frente, quando de repente um menino esbarrou nele. Sobressaltados, ambos pararam, e o menino rapidamente se desculpou, com a voz pequena e nervosa.
Os olhos de Lucius fixaram na margarida branca na mão do menino. Uma onda inesperada de raiva o invadiu, e sem pensar, ele arrancou a flor da mão do menino. Os olhos do menino se arregalaram em choque, e lágrimas começaram a se formar enquanto ele começava a chorar.
Ignorando o sofrimento do menino, Lucius começou a se afastar quando uma voz aguda o parou.
E aquela margarida o fez lembrar…
“Pare aí mesmo!”
Ele virou, com um olhar frio e implacável, encontrando os olhos de uma jovem mulher que havia corrido para o lado do menino.
Layla se ajoelhou ao lado da criança chorando, acalmando-o com leves tapinhas nas costas, seus olhos nunca deixando Lucius. Havia fogo em seu olhar, mas ele não estava com humor para confrontos. Virando-se nos calcanhares, ele se preparou para partir.
Mas a voz dela cortou o ar novamente.
“Senhor, comportar-se assim com uma criança é indigno de você,” disse Layla, ficando de pé. “Eu entendo que você está chateado, mas sua dor não lhe dá o direito de arruinar a felicidade de outra pessoa.”
Lucius congelou, as palavras dela o atingindo mais forte do que ele esperava. Seus olhos se voltaram novamente para o menino, agora agarrando a mão de Layla, ainda fungando.
Layla deu-lhe uma última olhada antes de se virar para o menino. “Vamos, Sam. Eu vou te comprar um buquê inteiro de margaridas,” ela disse suavemente, guiando a criança para longe sem olhar para trás.
Lucius permaneceu lá, suas mãos tremendo enquanto a margarida amassada caía ao chão.
**Fim do Flashback**
Layla ainda não podia acreditar que o homem diante dela era Lucius, o mesmo homem que ela havia encontrado naquele dia fatídico. Naquela época, ele parecia tão quebrado, tão distante do indivíduo polido e composto que ela conhecia agora.
“Suas palavras poderiam ter sido mais duras, mas foram suaves. Por quê?” O olhar de Lucius permaneceu nela, buscando uma resposta em seus olhos.
“Bem, você não parecia estar na melhor condição,” Layla admitiu, com um riso suave escapando. “Mas como você pôde se apaixonar por mim?”
“Porque ninguém jamais havia falado comigo daquele jeito antes,” Lucius respondeu sem hesitação.
Layla sentiu que havia mais por trás das palavras dele, uma história mais profunda que ele não estava compartilhando. Mas ela não quis pressioná-lo, não agora. Em vez disso, ela mudou a conversa.
“Você escondeu tantas coisas de mim. Você me enviou uma proposta porque gostava de mim. Mas você sempre soube que eu estava com Roderick? Eu sei que ele nunca mencionou nosso relacionamento para ninguém, mas você sabia?”
Lucius pausou, contemplando se revelaria a verdade ou inventaria uma mentira. No final, ele escolheu a honestidade. “Eu sabia. Eu vi vocês dois juntos muitas vezes em seus encontros.”
Os olhos de Layla se arregalaram em incredulidade. “Você me seguiu?”
“Não exatamente,” Lucius corrigiu, seu tom calmo. “Aconteceu de os lugares onde vocês dois iam aos encontros serem muitas vezes os mesmos lugares onde eu tinha reuniões de negócios. Eventualmente, eu os via.”
“Hmm,” Layla murmurou, processando suas palavras. “Você poderia ter me dito a verdade sobre Roderick e Orabela se você gostava de mim.”
‘Se eu tivesse, meu plano não teria funcionado,’ Lucius pensou consigo mesmo, embora mantivesse esse sentimento oculto. Exteriormente, ele simplesmente disse, “Pensei que você descobriria por conta própria.”
Passando por ela, Lucius mudou de assunto. “Devemos descansar? Temos um voo para a Noruega amanhã,” ele a lembrou enquanto se acomodava no colchão.
“Lucius, eu preciso te dizer algo,” Layla disse, seu tom mudando para algo mais sério.
“Hmm? Estou ouvindo,” ele respondeu, seus olhos agora fixados nela.
Layla respirou fundo, se estabilizando antes de falar. “Eu estava apaixonada por Roderick. E você provavelmente percebeu que eu não reagi muito a tudo o que aconteceu entre nós. Tenho tentado me convencer a seguir em frente, a agir como se isso não me afetasse. Achei que, se ignorasse os sentimentos por tempo suficiente, meu coração e mente iriam deixá-lo ir. Mas isso não funcionou. Eu não falei com ele. Eu nem mesmo perguntei a ele por que ele fez isso — por que ele dormiu com Orabela, ou por que ele me manteve no escuro sobre seus sentimentos. Eu preciso de tempo para seguir em frente.”
Sua voz tremia, e lágrimas se formavam em seus olhos. Ela engoliu em seco, lutando para não chorar. Ela não queria desabar na frente de Lucius ou de qualquer pessoa, sabendo que, se se deixasse chorar agora, não conseguiria parar.
Lucius permaneceu em silêncio por um momento antes de responder, “Então, tome seu tempo.”
Ela ficou surpresa ao ouvi-lo. Pensou que ele ficaria com raiva por um momento.
“Obrigada,” Layla sussurrou, sua voz carregada de emoção. “Eu não sei quanto tempo vai levar. Lamento não poder retribuir seus sentimentos da maneira que você deseja. Mas em tão pouco tempo, você fez com que eu me sentisse especial.”
Lucius a observou atentamente, entendendo sua dor mais do que demonstrava. Ele simplesmente assentiu, sabendo que às vezes, o tempo é o único remédio para feridas tão profundas.
“Está tudo bem. Forçar amor não é minha praia de qualquer forma. Então, eu deveria cancelar a viagem para a Noruega,” Lucius disse.
“Não. Podemos ir lá para conhecermos mais um ao outro. Ainda tenho muito a descobrir sobre você. Pode parecer egoísmo, mas quero me livrar das memórias que criei com Roderick. Talvez um novo lugar possa me ajudar a superar,” Layla afirmou. Ela sabia que Lucius estava muito animado para essa viagem. Ele planejou tanto para isso, então ela não queria que ele ficasse chateado.