Herdeira Real: Casamento Relâmpago com o Tio do Ex-Namorado - Capítulo 249
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- Capítulo 249 - 249 Queimo o mundo por você 249 Queimo o mundo por você
249: Queimo o mundo por você 249: Queimo o mundo por você Demitri estava em frente ao espelho, aplicando suavemente uma pomada nos hematomas que marcavam sua pele. Lucius não havia falado direito com ele desde aquele dia e isso o incomodava.
“Ele tem todo o direito de estar chateado comigo”, murmurou Demitri para si mesmo antes de suspirar profundamente e descer para o café da manhã.
Enquanto o aroma de café recém-preparado enchia a cozinha, Demitri preparava uma refeição simples. No meio de seu café da manhã, seu telefone vibrou no balcão. Deixando a caneca de café de lado, ele pegou o aparelho e leu a mensagem exibida na tela:
“Venha para o escritório. Não está relacionado a trabalho algum.”
Um leve sorriso surgiu nos seus lábios. Então, ele está se aproximando afinal. Com uma nova energia, Demitri terminou rapidamente o café da manhã, vestiu-se e saiu.
No caminho, fez uma parada rápida em uma floricultura, selecionando cuidadosamente um buquê de flores vibrante. Na loja seguinte, ele escolheu um pequeno, mas pensativo presente.
Quando chegou ao escritório de Lucius, Demitri notou o silêncio incomum. A sala estava vazia, e não havia sinal de Roger também. Justo quando começou a olhar ao redor, uma voz o interrompeu.
“O Senhor está em uma reunião importante com a Presidente e os outros diretores da empresa”, disse um jovem que acabava de entrar.
Demitri virou-se para encará-lo.
“Sou o Assistente John. Gostaria de um café enquanto espera?” o homem perguntou educadamente.
“Não, obrigado”, Demitri respondeu com igual cortesia.
Enquanto John saía da sala, Demitri tomou assento no sofá felpudo, esperando pacientemente. O tempo passou, mas logo o som de passos se aproximando chamou sua atenção. A porta se abriu, e Lucius entrou, em conversa profunda com Layla.
“Demitri?” os olhos de Layla se iluminaram de surpresa ao vê-lo levantar do sofá.
“Estas são para você”, disse Demitri calorosamente, avançando para entregar a ela o buquê e a sacola de presente. Seu sorriso era genuíno e sincero enquanto continuava, “Parabéns por se tornar a Presidente, Layla. Você fez um trabalho incrível.”
O rosto de Layla se suavizou ao aceitar o presente atencioso e o buquê.
“Vocês dois formam um belo par”, comentou Demitri com um sorriso caloroso, seu olhar passando entre Lucius e Layla.
“Obrigada”, Layla respondeu graciosamente, seu sorriso vacilando ligeiramente enquanto seus olhos se estreitavam nos hematomas de Demitri. “Mas o que são esses? Lucius bateu em você de novo?” Seu tom se acentuou ao virar um olhar furioso para o marido.
“De maneira alguma, Layla. Eu não encostei um dedo nele”, defendeu Lucius, erguendo as mãos como se rendesse.
A carranca de Layla se aprofundou, mas antes que ela pudesse pressionar mais, Lucius suspirou e acrescentou, “Bem, eu também deveria me desculpar. Naquela noite quando saí de repente, eu não tinha uma reunião de urgência—era algo completamente diferente.” Seu olhar desviou para Demitri, que já começava a se contorcer sob o peso do momento. “Agora, está na hora de você contar tudo para minha esposa.”
A mão de Demitri instintivamente se moveu para coçar a parte de trás de sua cabeça enquanto suas pálpebras tremulavam nervosamente. “Eu… é…”, hesitou, procurando pelas palavras certas enquanto Layla cruzava os braços, seu olhar expectante firmemente fixado nele.
“Espere! Lucius, por que você sempre mente para mim? Eu suponho que agora você deveria pelo menos confiar que sou forte o suficiente para saber sobre seus assuntos de ‘máfia'”, Layla falou em um tom direto.
“A Senhora está absolutamente correta”, interrompeu Roger, espiando por trás de Layla, sua tentativa de se esconder fazendo pouco para protegê-lo do olhar irado de Lucius.
Lucius cerrou os dentes, visivelmente irritado.
“Eu não entendo nenhum de vocês”, Layla declarou, exasperação tingindo seu tom. “Todos parecem gostar de mentir para mim. Não quero ouvir mais nada. Estou indo embora—acabei de lembrar que tenho uma reunião”, ela pronunciou, virando-se abruptamente sobre os calcanhares.
“Mas estou dizendo a verdade agora”, disse Lucius, avançando e agarrando gentilmente seu pulso para pará-la. Seu aperto não era forçado, mas era firme o suficiente para fazê-la pausar.
“Eu estava com medo naquele dia, tá bem? Pensei que poderia perder o Demitri, e não queria que você se envolvesse. Eu não sabia como lidar com isso.” Seus olhos, usualmente tão controlados, revelaram uma mistura rara de preocupação e culpa.
O coração de Demitri se apertou com a confissão de Lucius. Não era frequente vê-lo baixar suas defesas assim, e isso o comoveu profundamente.
“O Chefe está certo, Senhora”, disse Roger, saindo de seu esconderijo, seu semblante subitamente sério. “Ele não quis te enganar. Por favor, perdoe o Chefe—e todos nós—por não termos sido honestos mais cedo.” Ele fez uma leve reverência enquanto pedia desculpas com sinceridade.
Layla respirou fundo, sua raiva se dissolvendo à medida que processava as palavras deles. Enquanto se sentia mais calma, uma dúvida persistia. Ela sabia que se algo semelhante acontecesse no futuro, eles ainda poderiam tentar protegê-la da verdade.
“Confio que o Demitri não esconderá nada de mim no futuro”, ela disse, desviando o olhar para Lucius, Roger e para o ausente Aiden. “Mas é difícil para mim estender a mesma confiança a vocês três.”
Lucius assentiu. “Eu entendo, Layla. Não era minha intenção te deixar no escuro. Percebi que estava errado, e é por isso que chamei o Demitri aqui hoje—para esclarecer e acertar as coisas. Estou trabalhando no seu conselho, de verdade.” Ele hesitou por um momento antes de acrescentar, “Por favor, me perdoe essa última vez.”
O olhar de Layla suavizou enquanto ela o estudava. Ela murmurou e disse a eles que deviam sentar.
Após se acomodar no sofá, Layla cruzou as pernas e olhou para Demitri com um olhar penetrante e inquisidor. “Você contou a verdade para o Lucius—aquela que quase quebrou a amizade de vocês?”
Demitri assentiu devagar, seu rosto marcado pelo arrependimento. “Eu contei”, admitiu, sua voz pesada. “Eu estava errado, e percebi isso tarde demais… quando fui sequestrado.”
“Sequestrado?” os olhos de Layla se arregalaram de choque. “Por quem?”
Demitri suspirou, passando a mão pelos cabelos. “Foi um chefe da máfia chamado Fábio. Ele é um velho conhecido do Matteo.” Sua voz baixou à medida que explicava mais, cada palavra carregada de culpa.
“A verdade que eu vinha escondendo do Lucius… Eu já revelei para ele. Anos atrás, Matteo buscou ajuda do falecido pai de Fábio para conseguir informações sobre o Tsar. No processo, Matteo acabou tomando algumas de suas propriedades e terras. Fábio guardou rancor e decidiu me usar para acertar aquela antiga dívida. Ele pensou que Lucius, sendo próximo de mim, seria a maneira perfeita de cobrir as perdas do pai.”
Layla olhou para ele, atônita em silêncio, mas Demitri ainda não havia terminado.
“O ataque que aconteceu há alguns dias”, continuou, sua voz ficando sombria agora, “foi obra do Fábio. Eu havia descoberto, mas recusei contar ao Lucius pois queria manter minha promessa ao Matteo. Pensei que poderia lidar sozinho com isso, mas…” Ele parou, percebendo o quão tolo fora.
“Quando descobri que Demitri havia sido sequestrado, tive que sair imediatamente”, Lucius começou, seu tom mais sério que o de costume. “Eu não queria preocupar você ou o Pai naquela noite, então menti. Além disso, Pai nunca gostou da minha amizade com Matteo, e eu não queria reabrir antigas feridas.”
Layla murmurou suavemente, processando suas palavras. Ela pôde entender por que ele escolheu esconder a verdade deles, embora isso não desculpasse completamente suas ações.
“Então, onde está o Fábio agora?” ela perguntou após uma pausa. “Suponho que você o entregou à polícia.”
“Sim, eu fiz”, Lucius respondeu simplesmente, seu tom neutro.
“Mas o Chefe incendiou toda a propriedade que pertencia ao Fábio”, interrompeu Roger com um sorriso alegre, como se estivesse entregando boas notícias.
“O quê?” os olhos de Layla se arregalaram, e ela parou de piscar, chocada.
“Por favor, não fique zangada”, disse Lucius rapidamente, inclinando-se como se tentasse amenizar a situação. “Foi necessário. Eu não podia usar minha arma para matá-lo, Layla. Quando tentei, seu rosto apareceu na minha mente, e eu simplesmente… não consegui fazer. Mas ele tentou te prejudicar, e eu não podia deixar seu império de pé. Queimá-lo foi a única maneira de acabar com o poder dele.”
Layla o encarou por um momento antes de começar a sorrir. O sorriso se alargava e logo ela estava rindo, para confusão de Lucius.
“Layla?” ele perguntou hesitante, franzindo a testa ligeiramente.
Sua risada continuou. Finalmente, ela conseguiu falar entre as gargalhadas, enxugando uma lágrima do canto do olho. “Eu já ouvi frases dramáticas como ‘Eu queimaria o mundo por você’, mas na verdade cheguei a testemunhar uma versão disso”, disse Layla, sua voz tingida com sarcasmo brincalhão.
Lucius riu baixinho, coçando a parte de trás do pescoço enquanto sorria. Ele não tinha uma resposta inteligente dessa vez, mas o calor nos seus olhos disse o suficiente.
Layla se aproximou, envolvendo-o em um abraço repentino. Lucius ficou rígido por um momento antes de relaxar, suas mãos se acomodando gentilmente em suas costas.
“Fico feliz que você tenha entregado o Fábio à polícia em vez de tomar… outras medidas”, disse Layla enquanto se afastava um pouco, olhando para ele com um sorriso alegre. “E é bom que você tenha guardado seus socos para o vilão da sua vida”, afirmou, fitando seus olhos.