Herdeira Real: Casamento Relâmpago com o Tio do Ex-Namorado - Capítulo 24

24: Você é engraçada, Layla 24: Você é engraçada, Layla Quando Layla voltou do banheiro, encontrou Lucius sentado ereto na cabeceira da cama, com os olhos fechados e as mãos frouxamente entrelaçadas no colo, claramente tendo cochilado naquela posição desconfortável.

Sua expressão pacífica amoleceu seu coração, e ela hesitou por um momento ao se aproximar, estendendo a mão para pegar um cobertor.

Ela o cobriu gentilmente, sua mão pairando perto do ombro dele. Por uma fração de segundo, ela considerou deixá-lo descansar, mas sabia que ele não conseguiria dormir daquela forma a noite toda.

“Lucius”, ela sussurrou, inclinando-se para tocar suavemente seu ombro. “Você deveria se deitar.”

Sem aviso, Lucius se mexeu, abrindo os olhos meio sonolentos. Em um movimento rápido, ele a puxou para deitar-se na cama com ele. Layla deu um grito abafado de surpresa enquanto ele a envolvia com o braço, segurando-a contra si. Ele bateu palmas e, instantaneamente, as luzes se apagaram, mergulhando o cômodo na escuridão. Sua perna deslizou sobre a dela, entrelaçando-a completamente.

O fôlego de Layla faltou ao perceber o quão apertado ele a segurava. “Lucius”, ela murmurou, sua voz abafada contra o peito dele, “Não consigo respirar. Me dá um pouco de espaço.”

Imediatamente, a pressão do seu abraço diminuiu, embora não o suficiente para que ela pudesse se afastar. Ela tentou se mexer, mas o braço dele ainda repousava ao seu redor, mantendo-a perto. Apesar de seus esforços, criar qualquer distância entre eles parecia inútil.

“Você está dormindo?” Layla sussurrou baixinho.

“Ainda não”, Lucius murmurou em resposta, sua voz baixa e calma na escuridão.

Houve um breve silêncio antes de ela perguntar, “O que você fez na minha casa?”

Lucius exalou lentamente, seu tom ficando sério. “Eu lhes dei uma boa lição, assegurei que eles saibam como te respeitar de agora em diante”, disse ele firmemente. “Talvez eu tenha exagerado um pouco”, ele admitiu após uma pausa, “mas considerando como eles te trataram, acho que minhas ações foram justificadas.” Havia uma certeza tranquila em suas palavras, como se ele não tivesse arrependimentos.

“Lucius, por que você gosta de mim?” Layla perguntou suavemente, inclinando a cabeça levemente em sua direção. Embora o quarto estivesse escuro, ela ainda podia distinguir o brilho dos olhos dele, profundos como o oceano, atravessando as sombras.

“Eu pensei muito sobre isso. Você enviou uma proposta repentinamente para minha casa. Você sabia que minha família me casaria por causa do seu status. Você não acha que me deve uma resposta?” Ela precisava de clareza.

Lucius fez uma pausa antes de responder, “Beije-me, e você terá sua resposta.”

Layla riu levemente. “Esquece”, ela murmurou, fechando os olhos e virando-se ligeiramente para longe dele. “Boa noite.”

Na escuridão, Lucius esboçou um sorriso. Seus lábios roçaram o topo do ombro dela em um beijo leve como uma pluma, fazendo sua respiração falhar. Ele aninhou o nariz na curva do pescoço dela, seu hálito quente provocando a pele dela a cada suave exalação.

A sensação despertou algo dentro dela, fazendo seu coração bater descontroladamente. Ela pôde sentir seu corpo reagindo – seus dedos dos pés se encolheram involuntariamente, borboletas explodiram em seu estômago, não importando quanto ela tentasse manter a compostura.

“Lucius, por favor… pare”, ela sussurrou.

Ele parou de repente, permitindo que ela relaxasse. “Você ainda me resiste”, Lucius comentou baixinho. “Não é assim que você vai conseguir alguma resposta de mim.”

Layla alcançou o abajur ao lado da cama, acendeu-o e então virou-se para encará-lo. Seus rostos estavam tão próximos que ela podia sentir sua respiração contra sua pele, o calor do corpo dele permanecendo entre eles.

“Obrigada por hoje – e até mesmo ontem”, ela começou, sua voz suave, mas sincera. “Você agiu como um verdadeiro cavalheiro. Mesmo tendo perdido a cabeça naquele estado de embriaguez, você não se aproveitou de mim. E então você foi até minha casa, defendeu-me. Ninguém nunca fez isso. Sempre estive sozinha, e eu nunca esperava que alguém lutasse por mim… mas seu gesto me tocou profundamente.”

Com um toque gentil, Layla levou a mão ao rosto dele, acariciando-o suavemente. A tensão entre eles pareceu derreter, deixando apenas um entendimento não dito.

“Layla, você percebe o que está fazendo comigo?” Lucius perguntou, sua voz baixa enquanto colocava a mão sobre a dela. Ele entrelaçou seus dedos, baixando as mãos unidas entre eles.

“Amando você”, ela sussurrou, suas palavras cheias de emoção. “Agora percebo que, como eu, você tem estado sozinho há muito tempo. Não sei muito sobre sua mãe, mas posso sentir – você se sentiu sozinho, assim como eu.”

“Minha mãe está viva, Layla”, Lucius disse, seus lábios curvando-se em um leve sorriso.

“O quê?” Layla piscou surpresa, sua mente acelerada. “Eu-Eu…”
Lucius riu baixinho da súbita gagueira dela. Sua risada era rica, profunda e surpreendentemente gentil. “Você é engraçada, Layla. Não é exatamente assim que você acelera meu coração”, Lucius brincou, puxando-a para mais perto. Seu nariz roçou o dela, seus lábios pairando a apenas centímetros de distância.

“Onde está sua mãe, então? Eu só conheci seu pai”, Layla perguntou, sua confusão evidente.

“Ela está em Londres, eu acho”, Lucius respondeu desinteressadamente. “Honestamente, não tenho ideia de onde ela está, nem me importo.”

Layla piscou surpresa. “Por que ela está em Londres? Ela está envolvida nos negócios da sua família?”

“Não”, Lucius disse, seu tom plano. “Ela está lá com seu segundo marido e a família dele.”

“Ah.” As sobrancelhas de Layla se ergueram surpresas, processando a revelação. A ideia dos pais de Lucius serem divorciados, e sua mãe ter se casado novamente, era algo que ela não esperava.

“Minha mãe foi a segunda esposa de meu pai”, Lucius continuou, sua voz carregando um traço de indiferença. “Sinceramente, é melhor que ela não esteja por perto. Ela sempre foi crítica e provavelmente teria questionado minhas decisões mais do que meu pai jamais fez.”

“Entendo…” A voz de Layla amaciou enquanto ela absorvia suas palavras. “Então, você… não sente falta dela, né?”

Lucius sacudiu a cabeça levemente. “Não sinto. Nunca fomos próximos. Ela me deixou quando eu tinha quinze anos, e antes que eu completasse dezesseis, já havia se casado novamente com alguém na Inglaterra. Ela nunca realmente se importou comigo, e eu também não me importei com ela. Claro, me senti sozinho quando era mais novo, mas isso foi há muito tempo, talvez 17 ou 18 anos.”

Layla ouviu em silêncio, seu coração doendo um pouco pelo garoto que Lucius fora, deixado para trás pela mãe. “Deve ter sido difícil”, ela murmurou.

“Não foi”, Lucius respondeu.

“Você está mentindo”, Layla contestou suavemente, seus olhos buscando seu rosto. “Quando somos jovens, coisas assim nos machucam mais do que queremos admitir. Então, acho que agora temos algo em comum – nossas mães não nos amam.”

Lucius permaneceu quieto por um momento, seu olhar suavizando. “Hmm”, ele murmurou em concordância.

Antes que um deles pudesse dizer mais, Layla inclinou-se e pressionou seus lábios nos dele. Por um momento, Lucius não se moveu, seus olhos arregalados de surpresa.

Mas então, ele os fechou, entregando-se ao calor e à suavidade dos lábios dela. Ele puxou-a para mais perto, sua mão gentilmente segurando a parte de trás de sua cabeça enquanto aprofundava o beijo.