Herdeira Real: Casamento Relâmpago com o Tio do Ex-Namorado - Capítulo 232
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- Capítulo 232 - 232 Recupere aquele dia 232 Recupere aquele dia Obrigado
232: Recupere aquele dia 232: Recupere aquele dia “Obrigado, Aiden, pela ajuda,” disse Lucius enquanto esperava do lado de fora da mansão, o olhar fixo na entrada onde o carro de Aiden acabara de estacionar.
“Chefe, me desculpe,” começou Aiden, saindo do carro. “Deixei Roderick levar uma surra no bar.” Ele inclinou a cabeça em direção ao banco do passageiro, onde Roderick estava desabado, com os olhos fechados.
Lucius lançou um olhar para o sobrinho e suspirou. “Tudo bem. Obrigado por trazê-lo para casa inteiro.”
Movendo-se para o lado do passageiro, Lucius abriu a porta e deu um leve empurrão em Roderick.
“Tio, o que você está fazendo?” Roderick murmurou sonolento, os olhos se abrindo lentamente.
“Levando você para dentro,” respondeu Lucius, passando um braço por baixo de Roderick para ajudá-lo a sair do carro.
Uma vez dentro da mansão, Lucius guiou Roderick até o quarto dele. Ajudou o sobrinho a deitar-se na cama.
Examinando o armário, Lucius encontrou o kit de primeiros socorros e voltou para o lado de Roderick. Os hematomas em seus lábios, bochecha e mãos não passaram despercebidos pelo olhar atento de Lucius.
Roderick sentou-se, sua expressão carregada de irritação. “Você deveria ir embora. Não estou com vontade de falar com ninguém, especialmente você.”
Lucius ergueu uma sobrancelha, imperturbável. “Guarde esse ódio para depois,” respondeu calmamente. Ignorando o protesto de Roderick, ele abriu o kit de primeiros socorros e tirou uma bola de algodão desinfetada. Ele se aproximou, dando batidinhas suaves nos hematomas no rosto de Roderick.
“Ahh,” Roderick gemeu, estremecendo. “Está ardendo,” reclamou.
“Então não deveria ter se metido em uma briga,” murmurou Lucius, um vislumbre de diversão em sua voz. “Pare de ser chorão.” Ele aplicou pomada nas áreas avermelhadas com cuidado eficiente.
“Você não mudou nada, né?” Lucius disse, um pequeno sorriso escapando enquanto terminava.
Os lábios de Roderick se curvaram em um leve sorriso. “O mesmo vale para você, Tio. Você mantém seus cães ao meu redor,” Roderick devolveu em desafio.
Lucius fez uma pausa, encontrando o olhar de seu sobrinho com uma intensidade constante. “Quando você vai começar a respeitá-los? Eles são como família para mim,” pronunciou firmemente.
“É. Todos, exceto eu, são sua família,” murmurou Roderick baixo, observando enquanto Lucius cuidadosamente enrolava uma bandagem em torno de seus nós dos dedos machucados.
Lucius suspirou. “Bem, eu nunca te considerei um estranho,” respondeu suavemente. “Foi você que me afastou, Rick.”
Ele terminou de cuidar da bandagem e endireitou-se, fixando o olhar em seu sobrinho.
“Por que você ligou para o meu pai naquele dia?” murmurou Roderick, sua voz ligeiramente trêmula. “A pescaria poderia ter esperado. Você não sabe o que é perder um pai de repente.”
Em seu estado intoxicado, ele falou mais livremente do que jamais teria sóbrio, a dor que normalmente enterrava transbordando à superfície.
A expressão de Lucius se fechou enquanto absorvia as palavras de Roderick. Ele soltou um lento suspiro antes de responder. “Me sinto culpado por isso, Rick. E carrego essa culpa todos os dias desde então.”
Ele fez uma pausa como se as memórias o estivessem puxando de volta no tempo. “Eu consigo empatizar com sua dor. Você pode pensar que é mentira, mas eu fiquei tão devastado quanto você. Talvez até mais. Ele não era só o seu pai—era meu irmão, meu melhor amigo e tudo para mim.”
A voz de Lucius falhou, e por um breve momento, a força usual em seu comportamento pareceu se quebrar. Ele engoliu em seco, forçando-se a continuar. “Se eu pudesse voltar naquele dia, eu voltaria.”
Roderick olhou para o tio, um lampejo de reconhecimento atravessando-o ao notar a dor silenciosa na expressão de Lucius.
Mas logo o cansaço o dominou, e seus olhos se fecharam gradativamente enquanto ele desabava na cama, deitado de costas.
Lucius não pôde deixar de sorrir levemente. Com cuidado, ele ajustou a postura de Roderick, garantindo que ele ficasse confortável, antes de puxar o edredom sobre ele.
Como um gesto final, Lucius passou a mão levemente pelo cabelo desalinhado do sobrinho, uma suavidade em seu toque que desmentia seu comportamento geralmente rígido em relação a Roderick.
“Estou perto da verdade,” sussurrou Lucius. “Vou provar para você que não fui eu quem armou contra Antoine.”
Endireitando-se, ele ficou por um momento antes de virar-se em direção à porta. Com uma última olhada para Roderick, Lucius saiu do quarto.
Chegando ao seu quarto, Lucius abriu o armário e pegou o arquivo desgastado.
Ele se acomodou na cadeira perto da janela, a luz suave do luar lançando um brilho suave pelo quarto. Layla já estava profundamente adormecida. Cuidadoso para não perturbá-la, Lucius ligou o abajur, sua luz quente se espalhando sobre o arquivo em suas mãos.
Desta vez ele leu com atenção e a cada palavra seu coração afundava mais.
‘Por que Antoine não me disse que Matteo o ligou naquele dia? Sobre o que eles conversaram? Antoine nunca gostou de Matteo.’ As perguntas o roíam.
‘E por que o relatório foi alterado?’ ele se perguntou, franzindo a testa. ‘Não há evidências da câmera de segurança recuperadas, de acordo com o relatório antigo. Por que uma prova tão importante foi removida? Ou será que Matteo sempre a teve?’
O peso dessas perguntas sem resposta pesava sobre Lucius. Ele se inclinou para trás na cadeira, passando a mão pelos cabelos.
Lucius pegou o telefone na mesa, os dedos tremendo levemente enquanto abria o contato de Demitri. Com uma exalação forte, ele começou a digitar.
“Você vai me esconder o segredo para sempre?” ele digitou e apertou enviar.
Os minutos passaram enquanto ele olhava para a tela, esperando por uma resposta. Quando nenhuma veio, ele digitou novamente, desta vez mais direto. “Encontrei o arquivo original relacionado ao caso do meu irmão. Matteo falou com meu irmão por último.”
Ele apertou enviar novamente, o maxilar se apertando enquanto se inclinava de volta na cadeira. Finalmente, seu telefone vibrou, e a resposta de Demitri apareceu na tela:
“Matteo não pode ser o culpado!”
Lucius franzia a testa diante do emoji surpreendente, mas rapidamente começou a digitar.
“Estou chocado também. Ajude-me. Preciso chegar à verdade. Sinto que as mortes deles estão conectadas, e de algum modo, estou no centro de tudo isso.”
No outro extremo, Demitri encarou a tela, sua expressão indecifrável. Seus dedos pairaram sobre o teclado. Após um momento de hesitação, ele finalmente formulou uma resposta e enviou-a para Lucius.