Herdeira Real: Casamento Relâmpago com o Tio do Ex-Namorado - Capítulo 222
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222: Ajudando-me (1) 222: Ajudando-me (1) Três horas atrás:
“Demetri! Abra essa porta agora mesmo, ou eu juro que trago uma escavadeira para derrubar sua casa!” A voz de Roger ecoava pelo alto-falante, ressoando pelo bairro tranquilo.
Dentro, Demetri jazia esparramado em sua cama, gemendo enquanto pressionava as mãos sobre os ouvidos, desesperado para abafar o tumulto.
Mas ele sabia que era inútil.
Roger era teimoso como uma mula, e uma vez que decidia algo, não havia como pará-lo, assim como Lucius. O barulho com certeza acordaria todo o bairro, e Demetri já podia imaginar seus vizinhos espiando pelas cortinas, xingando seu nome pela perturbação.
Com um suspiro resignado, ele murmurou: “Esse homem não vai descansar até conseguir o que quer.”
Resmungando baixinho, Demetri calçou seus chinelos e caminhou em direção à porta da frente. Ele a abriu e dirigiu-se aos portões principais, já se arrependendo do esforço. Assim que abriu o portão, Roger estava lá, sorrindo presunçosamente com o alto-falante ainda em mãos.
“Eu durmo durante o dia,” Demetri retrucou, arrancando o alto-falante da mão de Roger. Sem mais uma palavra, ele girou nos calcanhares e voltou em direção à casa.
Roger seguiu, não desanimado. “Eu sei disso, mas precisamos resolver o que está acontecendo entre você e o chefe,” ele insistiu, sua voz meio suplicante, meio exasperada.
Demetri parou, sua expressão se escurecendo enquanto ele se virava. “Nem tente,” ele advertiu, a fúria colorindo sua voz.
Ele se jogou no sofá da sala, inclinando a cabeça para trás contra as almofadas, seu rosto marcado pela frustração.
Roger pousou na poltrona em frente a ele, cruzando os braços. “Você sabe como o Chefe é. Se algo deu errado, resolva como homens. Ele estava um caco ontem à noite—bebendo mais do que eu o vi beber assim há alguns anos.”
Demetri revirou os olhos, não querendo ser arrastado para a conversa.
“O que aconteceu, Demetri? Você deveria ter dito algo a ele ontem à noite. O que você disse?” Roger pressionou, sua voz cheia de preocupação genuína.
“Por que você não vai perguntar ao seu Chefe?” Demetri retrucou, fechando os olhos numa tentativa de bloquear Roger.
Roger suspirou pesadamente. “Layla não está deixando ele sair de casa e confiscou o telefone dele. Aparentemente, o que aconteceu ontem à noite lhe rendeu algum tipo de punição. Você sabe como ela é.”
Demetri exalou bruscamente. “Bem, isso é bom para ele. Lucius merece ficar trancado em casa,” ele murmurou.
“Sério, Demitri!?” Roger arqueou a sobrancelha para ele.
“Sim, estou falando sério. Seu chefe rompeu a amizade. Eu não o conheço mais, e ele também não me conhece. É melhor você ir embora. Não quero ser rude com você,” Demetri afirmou.
“O quê? Vocês dois terminaram a amizade?” Roger exclamou incrédulo. Seus braços caíram ao lado enquanto ele colocava as mãos no colo. Foi então que ele notou o hematoma escuro marcando a bochecha de Demetri. Seus olhos se arregalaram em preocupação. “Não me diga que vocês dois brigaram,” ele acrescentou cautelosamente.
O olhar de Demetri se aguçou. “Eu não sou tão violento quanto seu chefe,” ele respondeu secamente. “Você deveria ir embora. Preciso descansar,” ele adicionou, inclinando-se levemente como se enfatizasse sua dispensa.
Roger hesitou, incerto se deveria insistir, mas a finalidade gelada no tom de Demetri não lhe deixou escolha. À medida que começava a se levantar, o som agudo da campainha ecoou pela sala, interrompendo o momento tenso.
Demetri se levantou sem uma palavra, indo em direção à porta. Roger o seguiu, sua curiosidade aguçada. Quando Demetri abriu a porta, ambos os homens foram recebidos pela figura imponente de Lucius parado no umbral.
“Chefe?” A voz de Roger estava carregada de choque enquanto seu olhar oscilava entre os dois homens.
Os olhos incisivos de Lucius se voltaram para Roger. “O que você está fazendo aqui?” ele exigiu friamente, sua carranca se aprofundando. Mas antes que Roger pudesse responder, Lucius fez um gesto displicente com a mão. “Não importa. Nos deixe,” ele ordenou, sua voz não admitindo argumentos.
Reconhecendo a gravidade da situação, Roger assentiu e afastou-se, seus instintos dizendo-lhe para não demorar.
Demetri cruzou os braços, seu olhar penetrante fixo nele. “Onde está sua arma?” ele perguntou de forma incisiva.
Lucius exalou profundamente, o peso de seu arrependimento evidente em sua expressão. “Desculpe,” ele disse, sua voz mais suave do que o habitual.
Demetri estreitou os olhos. “Foi Layla quem te mandou aqui?” ele perguntou, seu tom exigindo honestidade. Em seguida, ele deu um passo para trás, gesticulando para Lucius entrar. “Entre,” ele disse e caminhou de volta para a casa, deixando a porta aberta para Lucius segui-lo.
Quando entraram na sala de estar, os olhos agudos de Lucius imediatamente notaram um alto-falante casualmente deixado no sofá. No entanto, ele o ignorou sem um segundo olhar, pois estava aqui por uma questão mais importante.
Demetri afundou no sofá, sua postura desleixada como se o peso de sua conversa já estivesse pressionando sobre ele. Seu olhar brevemente piscou para Lucius antes de ele falar.
“Layla e eu nos encontramos ontem à noite,” ele começou. “Por causa dela, estou disposto a te dar uma chance de se explicar. Então, fale.”
Lucius hesitou por um momento enquanto processava as palavras de Demetri. Ele finalmente deu um passo à frente antes de falar, “Eu sempre acreditei que a morte de Matteo era um fardo que eu deveria carregar sozinho,” ele admitiu, a dor da memória evidente em seu tom. “Mas eu percebi que não me assombrava apenas—ela te despedaçou tanto quanto. Talvez até mais. Eu fui um idiota por ter levantado a mão para você. Você pode fazer o mesmo.”
“Eu mereci aquele soco,” Demetri disse. “Eu cometi um erro. E não quero falar com você. Não vou te dizer o que Matteo me pediu. Espero que você entenda, Lucius.”
“Certo,” Lucius assentiu com a cabeça e pegou seu telefone, “Não vou te forçar. Você pode descobrir os detalhes do telefone de X? Zayne me deu isso mais cedo quando vim aqui te ver. Não negue me ajudar. Eu te asseguro que nada vai acontecer comigo. Eu não sou Matteo. E eu sei o que estou fazendo.”