Herdeira Real: Casamento Relâmpago com o Tio do Ex-Namorado - Capítulo 20

20: Desculpas patéticas 20: Desculpas patéticas Quando Alekis pediu pela primeira vez para Layla chamá-lo de “pai”, uma pequena parte dela ficou inesperadamente satisfeita. Seu próprio pai nunca a havia tratado como sua filha, mas talvez seu sogro o fizesse. No entanto, ela rapidamente percebeu o quão errada estava.

“Eu não sou mentirosa,” Layla retrucou, com voz afiada e decidida. “Não faço ideia do que seu filho tenha feito. Por que não liga para ele e pede a verdade antes de vir aqui me acusar?” Ela estava cansada de tolerar acusações infundadas e não permaneceria mais em silêncio. “Já que não há mais nada a discutir, Senhor, acredito que seja melhor o senhor partir.”

Com isso, Layla levantou-se de seu assento, fez-lhe uma reverência curta e virou-se sobre o calcanhar, afastando-se com fúria fervilhante sob sua fachada composta.

Ela caminhava rapidamente, sem perceber para onde estava indo, até que se encontrou em uma parte da mansão que nunca havia explorado antes. Ela parou, recuperando o fôlego, e então continuou pelo longo e desconhecido corredor até chegar ao final, onde uma velha porta ornamentada a esperava na luz tênue.

Colocando a mão na porta, Layla pausou ao notar um leitor de impressões digitais embutido na maçaneta, percebendo que não poderia simplesmente abri-la. Sua curiosidade foi interrompida por uma voz masculina e profunda atrás dela.

“Senhora, deseja entrar?” a voz perguntou. Surpreendida, ela virou-se para encontrar um homem alto parado ali.

“Umm… não. Eu estava apenas curiosa,” Layla respondeu, levemente atrapalhada. “Qual é o seu nome?” ela perguntou, tentando recuperar a compostura.

“É Aiden, Senhora. Eu sou seu guarda-costas pessoal, nomeado pelo Chefe,” ele respondeu com um sorriso gentil e tranquilizador.

“Hmm. Aiden, você pode me contar mais sobre Lucius? Eu mal sei alguma coisa sobre ele além do que vi nas redes sociais ou ouvi através de fofocas,” ela sugeriu, pensando que essa poderia ser uma boa oportunidade para aprender mais sobre seu enigmático marido de alguém próximo a ele.

A expressão de Aiden permaneceu serena, mas havia um vislumbre de hesitação. “O que gostaria de saber, Senhora?” ele perguntou com cuidado.

“Lucius está envolvido com… a máfia?” Layla perguntou, baixando a voz como se as paredes tivessem ouvidos.

“Sinto muito, Senhora, mas não estou autorizado a discutir tais assuntos. Você precisará perguntar diretamente ao Mestre,” Aiden respondeu, inclinando sua cabeça respeitosamente, evitando o olhar dela.

Layla suspirou mas não insistiu. Ela sabia que Aiden não trairia sua lealdade a Lucius, e perguntar-lhe não a levaria a lugar algum. Lucius sempre foi reservado sobre seus assuntos, e ela duvidava que isso mudaria agora.

“Quero voltar,” Layla finalmente disse, com voz mais suave.

Sem perder o ritmo, Aiden fez um gesto para que ela o seguisse e a conduziu de volta à sala de estar. A tensão de Layla diminuiu quando viu que o pai de Lucius havia partido. Ela subiu as escadas até o quarto deles, sentindo o peso de perguntas sem resposta sobre si.

Uma vez dentro, ela andava de um lado para o outro no quarto, com a mente agitada. “Por que sinto que Orabela é a responsável por espalhar boatos sobre mim? Quem mais se rebaixaria tanto?” ela murmurou em voz baixa. “Ela me traiu com Roderick, e agora está tentando arruinar minha vida. Bem, eu vou garantir que Roderick a deixe de uma vez por todas.”

Com uma determinação afiada, Layla pegou o celular e discou o número de Roderick, que ela havia memorizado quando trocaram contatos há muito tempo. O telefone tocou apenas uma vez antes de Roderick atender.

“Layla!” ele exclamou, com voz apressada. “Por que você não respondeu as minhas mensagens? Me desculpa pelo que aconteceu, tá bom?” O pedido de desculpas soou ensaiado e insincero para os ouvidos dela.

“Não liguei para ouvir suas desculpas patéticas,” Layla cortou, interrompendo-o. “Diga a Orabela para parar de tentar sabotar minha vida. Eu não sou a mesma Layla que você conhecia—eu tenho meu marido agora, e não estou sozinha. Vocês dois se merecem de qualquer forma, então continuem saindo. Ninguém mais iria querer vocês.”

Sem esperar uma resposta, Layla terminou a chamada abruptamente e bloqueou o número de Roderick. Ela não tinha interesse em ouvir mais mentiras dele.

Um sorriso lento surgiu em seus lábios enquanto um plano começava a se formar em sua mente. “Tem uma recepção de casamento amanhã,” ela planejou em voz alta, “e eu vou garantir que Orabela conheça o seu lugar.”

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“Orabela disse isso por mim?” Orabela murmurou em incredulidade, sua mente acelerando para processar as palavras. Era difícil acreditar que a outrora tímida Layla havia falado com tamanha malícia. Mas novamente, após o que aconteceu na noite passada, Orabela não tinha certeza de que qualquer coisa que Layla fizesse poderia surpreendê-la mais.

Ela havia assumido que uma vez que os rumores começassem a se espalhar, Layla iria desmoronar—recuar para lágrimas e derrota como sempre havia feito.

No entanto, algo estava diferente desta vez. Layla parecia… mais forte, mais determinada. Orabela mal podia reconhecer a mulher que ela havia subestimado tão facilmente.

“Por que você não foi para casa? Ficar sozinha no hotel nessa condição não é sensato,” Orabela afirmou e sentou-se diante dele na cama. Ela pegou a mão de Roderick na dela e continuou, “Mamãe deseja ver você depois que eu contei a ela sobre nós. Se você não quiser ir para casa, pode vir para a minha. Eu cuidarei bem de você ou você pode deixar eu ficar aqui ao seu lado.”

A mente de Roderick ecoava com as palavras de Layla, que ela havia dito ao telefone.

“Por que você não se desculpa com Layla?” Roderick perguntou.

“O que você quer dizer?” Orabela franziu a testa para ele.

“Você começou essa bagunça, Bella. Você falou sobre nós sem me perguntar uma vez sequer. De fato, eu te pedi em casamento, mas foi para manter o seu coração. Agora, Layla está magoada e ela está fazendo tudo isso,” Roderick disse.

“Não vou pedir desculpas a ela. Ela é quem está arruinando minha vida. E por que de repente você está suave com ela? Ela não te incomoda?” Orabela apertou os punhos.

“Eu estava apenas sugerindo uma maneira de amenizar a raiva de Layla. Assim estaremos ambos seguros e poderemos viver uma vida pacífica. Você não acha? E não esqueça, ela é minha tia agora. Eu preciso mostrar respeito por ela por causa do meu tio também,” Roderick explicou a ela.

“Eu jamais direi desculpas para aquela vadia! Ela é quem precisa pedir desculpas a mim. Por causa dela, eu levei um tapa pela primeira vez, Rick!” Os olhos de Orabela se encheram de lágrimas.

“Por que você se meteu com ela então? Não te avisei para não fazer isso? Meu tio vai arruinar você se continuar com essa atitude,” Roderick afirmou, irritado. Justo nesse momento, a campainha tocou, interrompendo a discussão deles.

Roderick decidiu verificar e os olhos dela se arregalaram em choque ao ver Roger diante dele.